União Européia (Papado):
A Besta que Emerge do Mar


Golpe de Estado no mundo

Que existe um neoglobalismo em ação, um novo Império cuja expansão coloca em risco as soberanias nacionais, ninguém no Brasil duvida. Todos os nossos líderes políticos, intelectuais e militares se dizem conscientes e alertas quanto a esse ponto. Mas, quando perguntamos de onde vem o perigo, as respostas provam que estamos conversando com sonâmbulos e teleguiados, prontos a deixar-se usar como instrumentos pelo próprio inimigo que alegam combater.

Não sabem, por exemplo, o que o Império está fazendo, com discreta e espantosa facilidade, contra um país bem mais forte que o Brasil: a Grã-Bretanha.

A Grã-Bretanha como nação independente está para acabar nos próximos dias, quando Tony Blair oficializar sua anuência à nova Constituição da União Européia, que cria os Estados Unidos da Europa e transfere para a sede do Império em Bruxelas o poder de decisão do governo de Londres sobre orçamento, comércio, transportes, defesa nacional, relações internacionais, imigração, justiça e direitos humanos, reduzindo o Parlamento à condição de assembléia local subordinada.

Há quem diga que Blair deveria submeter o assunto a um referendo, mas ele não quer. Alega que a questão é complicada demais para ser julgada pelo povo. É assim que se fazem hoje os golpes de Estado: por meio de passes de mágica incompreensíveis à multidão. Uma pesquisa do jornal “The Sun” mostrou que, de fato, 84 por cento dos eleitores britânicos ignoravam a iminente transferência de soberania.

Mas, deste lado do oceano, a ignorância é maior ainda. Aqui, até as elites desconhecem tudo do novo quadro internacional. Imaginam que o neoglobalismo é uma extensão do bom e velho “imperialismo ianque” e, infladas de antiamericanismo, se preparam para combater os marines na selva amazônica.

O governo global que se forma ante os nossos olhos não é americano: é uma aliança das velhas potências européias com a revolução islâmica e o movimento esquerdista mundial. Suas centrais de comando são os organismos internacionais, e a única força de resistência que se opõe à mais ambiciosa fórmula imperialista que já se viu no mundo é o nacionalismo americano.

Os planos do governo mundial estão expostos desde 1995 no documento “Our Global Neighborhood,” publicado por uma “Comissão de Governança Global”, que prega abertamente “a subordinação da soberania nacional ao transnacionalismo democrático”. Esses planos incluem: 1. Imposto mundial. 2. Exército mundial sob o comando do secretário-geral da ONU. 3. Legislações uniformes sobre direitos humanos, imigração, armas, drogas etc. (sendo previsível a proibição dos cigarros e a liberação da maconha). 4. Tribunal Penal Internacional, com jurisdição sobre os governos de todos os países. 5. Assembléia mundial, eleita por voto direto, passando por cima de todos os Estados Nacionais. 6. Código penal cultural, punindo as culturas nacionais que não se enquadrem na uniformidade planetária “politicamente correta”.

É o Estado policial global, a total liquidação das soberanias nacionais. E não são meros “planos”: com os Estados Unidos da Europa, tudo isso entra em vigor imediatamente no Velho Continente, da noite para o dia, sem consulta popular, sem debates, sem oposição, anunciando para prazo brevíssimo a extensão das mesmas medidas para o globo terrestre inteiro pelo mesmo método rápido da transição hipnótica.

A Inglaterra, que parecia resistir, cedeu. Hoje está claro que o apoio de Blair aos EUA no Iraque se destinou somente a amortecer o choque da traição que viria em seguida. Só num país o assunto é discutido abertamente, e a opinião pública se volta em massa contra os planos da Governança Global: os EUA.

A guerra entre os EUA e o governo mundial já começou. Se a soberania americana cair, cairão todas. E o Brasil, burro como ele só, acredita defender a sua armando-se de prevenções contra os EUA e abrindo-se gostosamente aos detonadores explícitos de toda soberania.

Uma das causas desse trágico engano é a incultura pura e simples. Mas a desinformação ativa também pesa nisso. Uma de suas inumeráveis fontes é o sr. Lyndon La Rouche, que se faz de herói antiglobalista vendendo receitas de antiamericanismo no Terceiro Mundo e é muito lido no Brasil. Num panfleto recente, ele chegou ao cúmulo de associar a política externa de Bush aos planos de governo mundial traçados por Herbert George Wells num livro de 1928, “The Open Conspiracy”.

Isso é a exata inversão da realidade. As idéias de Wells germinaram na Fabian Society de Londres, entidade socialista sob orientação da chancelaria soviética, e são a origem direta dos planos de “Governança Global” da ONU, contra os quais, precisamente, se volta a política externa de George W. Bush.

Lendas e mentiras sobre a Amazônia também ajudam a enganar todo mundo, criando a ilusão de que precisamos defendê-la contra as ambições americanas. Quem quer que investigue um pouco a presença estrangeira na Amazônia verificará que ela se constitui maciçamente de ONGs européias. Há algumas americanas, sim, mas são as mesmas que subsidiam as campanhas “pacifistas” anti-Bush, o esquerdismo internacional e, em última análise, o terrorismo.

Ignorantes e semiloucos, vemos a realidade às avessas, pedimos socorro ao bandido e colocamos nossos sentimentos nacionalistas a serviço do neo-imperialismo global, que vai nos subjugar e humilhar até um ponto que nem todos os imperialistas americanos, somados, chegaram jamais a ambicionar em sonhos.

O projeto “New American Century”, de William Kristol, mal esboçado e instantaneamente bombardeado na mídia brasileira como prova dos objetivos expansionistas do governo Bush, é apenas uma proposta, tardia e parcial, de reação possível a um esquema imperialista já implantado na Europa e em pleno processo de extensão ao resto do planeta. A guerra pelo domínio do mundo já começou. E o Brasil já entrou do lado errado.

Fonte: http://oglobo.globo.com/oglobo/colunas/olavo.htm (Jornal O Globo, domingo, 25 de maio de 2003.)


O Vaticano pede para mencionar o cristianismo no Preâmbulo da Constituição Européia

CIDADE DO VATICANO, 26 de maio de 2003 (ZENIT.org).- A Santa Sé pediu que a futura Constituição Européia inclua uma referência ao «patrimônio religioso, especialmente cristão» que forjou o continente.

Em uma entrevista concedida neste domingo ao diário italiano «Il Corriere della Sera», o arcebispo Jean-Louis Tauran, secretário vaticano para as Relações com os Estados, fez sua sugestão nas vésperas da reunião do “Presidium a Convenção” européia, encarregada da redação.

No artigo 37 do esboço atual do tratado continental, foi incluído a respeito do estatuto vigente das Igrejas e comunidades religiosas nas legislações dos Estados membros da União Européia, algo que monsenhor Tauran espera que fique na versão definitiva.

Dado que a menção no texto dos valores espirituais e/ou religiosos da Europa suscitava debate, o presidente da Convenção, Valéry Giscard d’Estaing, pediu que esta referência possa incluir-se no «Preâmbulo» da Constituição, cuja redação logo se discutirá.

Segundo monsenhor Tauran, poderá ser o espaço adequado para mencionar o «patrimônio religioso, especialmente cristão» da Europa.

Segundo o colaborador do Papa, esta fórmula, «proposta pelas Conferências Episcopais da União», é válida, «pois tem em conta a contribuição dada pelas diferentes religiões, sem descuidar a contribuição totalmente particular do cristianismo».

Segundo Tauran, se a proposta for rejeitada, «se pagará o preço de reescrever a história européia». --
Código: ZP03052606. Data de publicação: 2003-05-26.

Fonte: http://www.zenit.org/portuguese/visualizza.phtml?sid=36169


Representantes cristãos acolhem o projeto de Constituição da União Européia

BRUXELAS, 27 de maio de 2003 (ZENIT.org).- Representantes da Igreja católica e das demais comunidades cristãs européias alentaram as melhoras que têm sido feitas da futura Constituição da União Européia, em particular a que prevê o reconhecimento do estatuto das igrejas e comunidades religiosas.

A publicação do projeto revisado da primeira Parte do Tratado Constitucional foi acolhida com a publicação de um comunicado conjunto emitido esta terça-feira pelo reverendo Rudiger Noll, diretor da Comissão Igreja e Sociedade da Conferência das Igrejas Européias (KEK) e por monsenhor Noel Treanor, secretário geral da Comissão dos Episcopados da Comunidade Européia (COMECE).

A KEK (http://www.cec-kek.org) reúne a 126 igrejas ortodoxas, protestantes, anglicanas e vetero-católicas de todos os países europeus, com mais de 43 organizações associadas.

A COMECE (http://www.comece.org) é uma comissão das Conferências Episcopais Católicas dos Estados membros da União Européia.

O comunicado conjunto, após felicitar os membros da Convenção Européia pelo «impressionante trabalho que realizaram», aplaudem «as emendas que reforçam o compromisso da União por uma economia de mercado social e --em sua relação com o mundo-- pela promoção da paz, da segurança, do comércio livre e justo, da proteção dos direitos do homem e do respeito dos princípios da Carta das Nações Unidas».

Os representantes cristãos aprovam desta forma a última redação do «Título VI» da Constituição sobre «A vida democrática da União», por considerar que foi visivelmente melhorada.

«Aplaudimos o consenso crescente sobre o papel da religião na futura União Européia, como reflete o projeto emendado do artigo 51 (antigo Artigo 37)», afirma o comunicado.

«Este artigo garante o respeito por parte da União Européia do estatuto das Igrejas e comunidades religiosas nos Estados membros, baseado nas diferentes tradições constitucionais», recorda o texto.

«A disposição de um diálogo aberto, transparente e regular reflete a contribuição específica das Igrejas e das comunidades religiosas, que são algo distinto da autoridade secular, ao serviço de toda a sociedade», esclarecem os representantes cristãos.

O comunicado termina desejando «inspiração e valentia» aos membros da Comissão para as próximas semanas, nas quais trabalharão por alcançar um consenso final.

O esboço da Constituição européia analisado pelo comunicado, que foi apresentado nesta segunda-feira, não prevê a referência às raízes religiosas européias. Membros do Presidium, assembléia com 105 representantes, entre eles o presidente da Convenção, Valéry Giscard d’Estaing, pediram que se faça esta menção no «Preâmbulo».

O arcebispo Jean-Louis Tauran, secretário vaticano para as Relações com os Estados, em uma entrevista concedida neste domingo a «Il Corriere della Sera», considerou que poderia ser o lugar adequado para mencionar o «patrimônio religioso, especialmente cristão» da Europa. --
Código: ZP03052705. Data de publicação: 2003-05-27.

Fonte: http://www.zenit.org/portuguese/visualizza.phtml?sid=36213

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