Que Pastor Procuraria o Bullón para Contar Seus Problemas?

Quem escreve é um pastor distrital, que gostaria de tecer algumas considerações sobre a figura do Ministerial -- chamado "Pastor dos Pastores" -- na Organização Adventista.

O propósito do Ministerial nas Associações, Uniões e Divisões seria o de ser um "pastor dos pastores". Mas, salvo raríssimas exceções, isso não acontece. É espião da Administração! Na maioria dos casos, o Ministerial apenas promove encontros de anciãos e se limita a realizar algumas raras visitas a pastores. 

Resumindo, diria: "A figura do Ministerial dentro da Organização Adventista é nula, inócua." Mas vou explicar porque.

Todos os pastores enfrentam problemas. Mas qual deles teria a coragem de chegar e se abrir com o Ministerial de seu campo? Qual deles estaria disposto a expor sua vida particular para depois correr o risco de ver isso sendo divulgado para a Administração e ser assim considerado um fraco e problemático?

Com certeza, a maioria dos pastores não o faz. Em quase todos os casos, o Ministerial está a anos-luz de distância da amizade sincera do companheiro de Obra. 

Que pastor procuraria o Alejandro Bullón para contar seus problemas mais íntimos, sabendo que o caso poderia ser usado com sensacionalismo em um de seus sermões? Quem convive ou já conviveu de perto com ele, sabe muito bem que é uma pessoa fria, não cumprimenta os que passam perto dele e se demonstra completamente indiferente aos que o cercam, a menos que tenham um caso que ele possa usar proveito para ilustrar suas palestras.

Quem procuraria o ministerial associado da DSA, Jonas Arraes? Uma pessoa que sempre teve, desde os tempos de colégio a sua "panelinha de orgulhosos", e era somente com esses que se relacionava. Sempre foi tido como pedante e exclusivista. Um menino que lá foi colocado apenas para agradar o segmento de pastores distritais - só para não dizerem que os distritais não foram representados - e que Ruy Nagel, nem sabia quem era quando esse nome foi mencionado na comissão de nomeações da conferência Geral do ano passado (2000).

Quem poderia procurar o ministerial da UCB, Mário Valente? Uma pessoa que poderia desempenhar muito bem a grande responsabilidade de um pastor distrital, mas sem nenhuma qualificação para exercer as funções que lhe são atribuídas hoje, haja vista que nem a organização do último concílio pastoral da UCB em Águas de Lindóia ele teve condições de fazer. Ainda bem que outros pastores tomaram a frente, se não, nada teria saído direito. 

Por quê então é mantido no cargo? Pergunte ao Pr. Tércio Sarli.

Realmente há uma grande necessidade de se rever esse papel dentro da Obra, para que os pastores distritais não sofram e tenham condições de procurar alguém de sua confiança para expor suas dificuldades e serem ajudados na condução de seu ministério.

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