Jesus Foi ao Teatro e Não Gostou!

Há respaldo bíblico para nossa irmã Ellen G. White condenar as encenações teatrais na igreja? Se há, onde poderíamos encontrar algum tipo de encenação na Bíblia? Porque obviamente só alguém insensato poderia tentar comparar o cerimonial simbólico do santuário com o espúrio engano do teatro. Mesmo que este apresentasse como resultado de uma apresentação um batismo de 5.000 ou 10.000 pessoas, ainda assim, falaria mais alto o "está escrito", proibindo-o. 

No relato sobre a morte de Lázaro lemos em João 11:33: “Jesus pois, quando a viu chorar, e também chorando os judeus, que com ela vinham, moveu-se muito em espírito, e perturbou-se.” (Veja também O Desejado de Todas as Nações, págs. 525-534.) 

Imagine um velório. Você entra e vê pessoas chorando em alta voz, inconsoláveis. Comovido pela cena, você também não contém as lágrimas. Chorando se aproxima de uma destas pessoas e, após um bom tempo tentando dar-lhe consolo, desiste. Então, você se aproxima de um dos parentes do falecido, conhecido seu, e lhe pergunta: Quem são estes que sentem tanta dor pelo morto?

A resposta que você ouve parece mentira! Eles não sentem nada, são pagos para fazer o que fazem.

Os pranteadores da época de Jesus eram como os atores de hoje, que fingem ser o que não são, que brincam com os sentimentos do povo, fazendo-os ora rir, ora chorar, enquanto os anjos de Lúcifer ao seu lado se debulham em gargalhadas ante a fragilidade dos seres criados por Deus. 

Se a pessoa que estiver assistindo ao teatro for um professo filho de Deus, a história se complica bastante. Aí, quase se pode ver o inimigo não só se divertindo com a fragilidade deste, mas, também acusando-o perante os seres celestiais, lançando o vitupério sobre Cristo, como quem diz: "Foi por estes marionetes que destes a vida? São estes os que O amam? Veja como me obedecem: Agora, fá-los-ei chorar, agora, rir, chorar, rir, chorar, rir... 

O inimigo sabe que abalando o sistema nervoso, incapacitando-nos para dominar nossos sentimentos, estamos com a guarda aberta e, então, suas mensagens subliminares não encontram nenhuma resistência. O livre arbítrio foi oferecido de bandeja a Baal, uma vez que o sentimentalismo tomou conta da razão.

Alguém poderia objetar dizendo: E o que isso tem a ver com representação teatral “cristã”? Ocorre que os pranteadores eram judeus, ou, em linguagem de hoje, eram adventistas! E estavam apenas fazendo o papel de tristes, teatralizando.

Parábola do Porco

Chamar o porco de suíno, criá-lo com ração, limpar seu chiqueiro para que ele não durma em meio à sua imundície e mesmo batizá-lo, não fará dele um animal menos imundo. Nem todos os sistemas de controle alimentar do mundo poderão detectar o verdadeiro problema que ele representa ao organismo humano, uma vez que ao contrário do que se pensa, há muito o porco “fez regime” e deixou de ser o campeão do colesterol. O único microscópio que consegue apresentar seu real problema chama-se: “Está escrito”.

Assim, pode-se batizar o teatro, podemos chamá-lo --  como fez o Sr. Timm -- de dramatizações, de encenações, teatro gospel, ou seja o que for. Podemos tentar cristianizá-lo, mas ele levará para sempre o estigma do seu criador: Lúcifer, que estreou sua primeira peça no Éden como serpente. Numa outra ocasião, fez-se passar por um anjo enviado por Deus para fortalecer a Cristo. E hoje, inspira atores e mais atores a dirigirem cultos espíritas, em cada capítulo de novela -- Porto das Macumbas, Anjo que Foi Expulso do Céu, Estrela da Manhã... -- seriado, filmes ou desenhos, aos quais os professos filhos de Deus acompanham a cada dia.

Rimos da inocência dos indígenas que davam fortunas em ouro por pequenos espelhos que refletiam suas imagens. O inimigo ri de nós ao oferecermos nossa maior fortuna, nossos filhos e, quem sabe, a salvação frente a um brinquedo que emite imagens. A única diferença é que os espelhos que se vendiam aos indígenas não eram fatais. 

Os pranteadores poderiam decorar o nome do morto para repeti-lo em caso de necessidade, mas não tinham uma experiência viva com o falecido, o que os fazia incapazes de sentir realmente dor por sua morte. O que faziam era representar por dinheiro. Hoje, a maioria dos atores "cristãos" decora o texto a ser dito, mas uma vez que não conhecem por experiência a força do "está escrito", fazem-no apenas pela fama ou orgulho, esquecendo-se que o verdadeiro cristão deve servir a Cristo em espírito (por amor) e em verdade (da forma correta, e não como acha que pode ser feito). O inimigo muda a estratégia, mas o fim é o mesmo. 

O verdadeiro cristão tem consciência de que deve imitar a Cristo em tudo, mas, sabendo de sua indignidade, eleva seu clamor a Deus, reconhecendo sua pecaminosidade bradando do íntimo de sua alma: Quem estará à altura de tal missão? No entanto, os atores teatrais disputam o papel principal (o de Jesus) como se fosse motivo de honra desvirtuar a personalidade de Cristo, fazendo-se passar por Ele, quando um simples olhar de nosso Salvador bastou para despedaçar o coração de um presunçoso (até então) Pedro. 

Quem teria a coragem de em são juízo fazer-se passar por aquele que a um toque de mão curou milhares, ainda que fosse "de mentirinha"? Finalmente, nós, seres humanos que ao longo de seis mil anos de pecado levamos as marcas do pecado em nós, recuaríamos ofendidos se nos fosse oferecido o papel do maior teatrólogo que já existiu ou existirá, Satanás. Não nos esqueçamos de que a obra mestra do engano será fazer o papel de Cristo, na maior cena de teatro que o mundo irá presenciar.

Embora nos ofendamos com a realização dessa oferta de desempenharmos o papel de Satanás, quando participamos de cenas teatrais dentro da igreja, estamos, de fato, aceitando o papel de cada anjo dele, contrariando o "está escrito".

No sincero desejo de que o trigo de Deus, que enganado por esse erro, possa tão somente abrir os olhos para sair dele e, orando a Deus para que Seu espírito nos possa mostrar a verdade, saúdo-vos na graça do Senhor, na certeza de que "os sábios entenderão, mas os ímpios não entenderão". -- RB

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