Apelo aos Adventistas Brasileiros que Vivem nos EUA

“Não removas os marcos antigos que puseram teus pais”.(Provérbios 22:28)

Hoje (02/03/2002), pela manhã, ao chegar à Igreja Central de João Pessoa-PB, recebi a notícia de que a Missão havia determinado a extinção da Escola Adventista. Nossa Escola nunca foi grande, funcionava em algumas salas nos fundos da Igreja, mas fez história para aqueles que tomaram parte nela, principalmente as crianças. Sempre a amei! Foi ali onde meus três filhos tiveram a educação de 1º grau, onde fizeram amizades, onde fortaleceram a fé.

Sentíamos que, mais cedo ou mais tarde, a Missão cumpriria suas ameaças, já que há aproximadamente 18 meses que vínhamos apresentando um déficit mensal de aproximadamente R$ 1.500,00, resultado de uma administração imposta pela Organização, possivelmente inapta para as características de nossa realidade local.

Sabíamos que não seria levado em conta os mais de quinze anos em que apresentamos superávit em nossas contas e que todo esse excesso de receitas era engolido pela Administração com mirabolante promessa de que o excedente era aplicado nas escolas da Missão que apresentasse resultados negativos. E agora, qual a Escola que com seu excedente poderá nos socorrer?

Lembro-me como se fosse hoje, e sei que o Pastor Dílson Bezerra, atualmente pastoreando a IASD de língua Portuguesa de DALLAS-EUA, deverá lembra-se, das envolventes palestras sobre educação adventista, ministrada pela querida irmã Áurea, mãe do Pastor W.Costa Jr., a qual era Departamental na Missão Nordeste, e que nos impressionava com a seriedade de nossas Escolas, afirmando categoricamente que nós educávamos não com a intenção de obter lucros, mas que nosso objetivo era educar para a salvação, “Educar para a eternidade”.

Acho que o Pastor Dílson recorda-se quando, diante da comissão da Igreja, eu comuniquei, a todos, que doravante meus dízimos e ofertas seriam destinados a socorrer financeiramente a nossa Escola, a qual atravessava dificuldades financeiras, e recebia constantes ameaças de ser fechada. E mesmo diante da resistência do Pastor e do tesoureiro, continuei firme em meu propósito por mais de dois anos, até que a Escola superou as dificuldades.

Agora não mais pretendo administrar minha participação financeira em socorro de nossa Escola, porque naquele tempo o Conselho Escolar tinha a liberdade de escolher entre (os)as irmãs(os) das Igrejas do Distrito qual estaria apta a dirigir a Escola, entretanto hoje somos submetidos às imposições da Missão, que geralmente nomeia como diretora, a esposa do Pastor Distrital, contra quem não temos nada de pessoal, entretanto são pessoas que estarão temporariamente entre nós, isto sem salientarmos a injustiça que se comete contra aqueles que deram a vida pela instituição e que na maioria das vezes estão bem mais aptas às características locais de nosso povo.

Para concluir gostaria de solicitar ao Pastor Dílson que promova em sua comunidade uma campanha de socorro a nossa Escola, pois imaginamos que os nossos irmãos Norte Americanos são mais providos economicamente que nós, e que a comunidade de João Pessoa já se cansou de contribuir para a Organização. Aliás, é impossível enchermos um saco que não tem fundo.

Que Deus nos abençoe, heraclitomota@ig.com.br. Membro da IASD-Central João Pessoa(PB)

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