Guerra Fortalece a Imagem do Papa Como Líder Político Mundial

 

Reportagem da Rede Globo, no Jornal Nacional:
Papa condena o início da Guerra no Iraque
(20/03/2003)

O Vaticano afirmou hoje que está "profundamente aflito" com o início dos combates no Iraque. Em Roma, contrariando a posição do governo italiano, manifestantes saíram às ruas para pedir paz.

"Não à guerra do petróleo", dizia a faixa dos manifestantes.

Roma protestou nas ruas do centro, em frente à embaixada americana. Milhares de pessoas saíram de casa num gesto espontâneo de rejeição às armas.

No Vaticano, depois de uma longa noite de Vigília o porta-voz Navarro Valls transmitiu a declaração do Papa. A sua dor profunda.

João Paulo II lamentou que Saddam Hussein não tenha acolhido as resoluções da ONU, disse o porta-voz. E deplorou que o direito internacional não tenha sido usado na tentativa de salvar a paz.

O Papa hoje não apareceu. Na capela particular celebrou uma missa pelo povo do Iraque. O Papa polonês, que conheceu a pobreza e a guerra, o nazismo e o comunismo, fez o que estava ao seu alcance. Rezou sozinho.

O Papa muitas vezes, dirigiu palavras duras ao presidente americano, usando até um tom de excomunhão. Mas os argumentos mais fortes do chefe da igreja contra a guerra, não são religiosos.

Como chefe de uma cidade estado, ele tentou convencer os líderes, de que esta guerra não vale a pena. Por razões humanitárias, sociais e também de equilíbrio político. Uma linguagem que não foi compreendida.

O presidente americano fala em nome de Deus. O presidente iraquiano em nome de Alah. O Papa fala em nome do direito internacional das nações.

Fonte: http://jornalnacional.globo.com/semana.jsp?id=21800&mais=1

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