Conheça William W. Prescott, o Homem que Introduziu Conceitos Trinitarianos nos Escritos da Sra. White

 

Embora discordemos totalmente das posições teológicas do artigo reproduzido abaixo, nós o estamos publicando por entender que se trata de um importante documento acerca de como a apostasia doutrinária penetrou sorrateiramente entre os adventistas após a morte de Tiago White, que, como marido e, portanto, cabeça de Ellen G. White, servira-lhe como uma espécie de protetor contra a assimilação de heresias disfarçadas como doutrinas bíblicas.

Depois da morte de Tiago, Ellen G. White viu-se tão desamparada e abalada psicologicamente que chegou a dizer que fizera um pacto com o falecido marido, durante uma suposta aparição de Tiago White em sonho (depois de morto!), para que trabalhassem juntos outra vez.

Infelizmente, como já demonstramos aqui, ela atribuiu esse sonho diabólico a Deus e, em minha opinião, a partir daí, ocorrem alguns problemas em seu ministério, os quais incluem algumas afirmações contraditórias quanto à constituição da Divindade, uma vez que contrariam textos anteriores de sua própria pena, do tempo em que a colaboração e argumentação bíblica de Tiago White impedia-lhe de se deixar enganar por doutrinas não-bíblicas como a da Trindade.

Sei que isto causará polêmica e uma certa aversão às leitoras deste texto, mas convém dizer que a concessão do dom profético a Ellen G. White não anula instrução bíblica anterior, dada através do mesmo Espírito de Profecia ao apóstolo Paulo, no sentido de que a Igreja deva avaliar as mensagens proféticas à luz da Bíblia e que a mulher deve estar também doutrinariamente submissa ao marido:

Tratando-se de profetas, falem apenas dois ou três, e os outros julguem. Se, porém, vier revelação a outrem que esteja assentado, cale-se o primeiro. Porque todos podereis profetizar, um após outro, para todos aprenderem e serem consolados. Os espíritos dos profetas estão sujeitos aos próprios profetas; porque Deus não é de confusão, e sim de paz.

Como em todas as igrejas dos santos, conservem-se as mulheres caladas nas igrejas, porque não lhes é permitido falar; mas estejam submissas como também a lei o determina. Se, porém, querem aprender alguma coisa, interroguem, em casa, a seu próprio marido; porque para a mulher é vergonhoso falar na igreja. Porventura, a palavra de Deus se originou no meio de vós ou veio ela exclusivamente para vós outros? Se alguém se considera profeta ou espiritual, reconheça ser mandamento do Senhor o que vos escrevo. -- 1 Coríntios 14:19-35.

Leia também I Timóteo 2:11-15 e Efésios 5:22-24. Observe ainda que a mulher não estava impedida de profetizar, segundo a orientação divina, através de Paulo, em I Coríntios 11:3-12, mas devia submeter-se em tudo ao marido, como o próprio Filho de Deus subordina-Se a Seu Pai.

 

Parceria ministerial

A própria Sra. White entendia que o trabalho como mensageira do Senhor havia sido confiado tanto a ela quanto a seu marido:

Na obra a que meu marido e eu fomos chamados pela providência de Deus para desempenhar uma parte, já desde seus princípios em 1843 e 1844, temos tido o Senhor a delinear e planejar para nós, e Ele tem executado Seus planos mediante Seus agentes vivos. Falsos caminhos têm-nos sido tantas vezes indicados, e as sendas verdadeiras e seguras tão claramente definidas em todos os empreendimentos relacionados com a obra de que fomos incumbidos, que posso dizer com verdade, não sou ignorante dos ardis de Satanás, nem dos caminhos e da operação de Deus. Temos tido de exercitar intensamente toda faculdade mental, confiando na sabedoria de Deus para guiar-nos em nossas pesquisas, ao termos de examinar as diferentes teorias trazidas a nossa atenção, pesando-lhes os merecimentos e os defeitos à luz que resplandece da Palavra de Deus e das coisas que Ele me tem revelado mediante Sua Palavra e os testemunhos, a fim de não sermos enganados nem enganarmos outros. -- O Cuidado de Deus, pág. 358. MM 1995, 10 de dezembro.

Enquanto meu marido viveu, desempenhou o papel de ajudador e conselheiro no envio das mensagens que me eram dadas. Viajávamos longamente. Por vezes eram-me concedidos esclarecimentos durante a noite, outras, de dia, perante grandes congregações. As instruções recebidas em visão eram fielmente escritas por mim, segundo eu tinha tempo e forças para a obra. Posteriormente examinávamos juntos o assunto, meu marido corrigia os erros gramaticais e eliminava as repetições desnecessárias. Então elas eram cuidadosamente copiadas para a pessoa a quem se dirigiam, ou para o prelo. -- Mensagens Escolhidas, pág. 50.

Posteriormente, depois da morte de Tiago White, o único auxiliar indicado diretamente por Deus para ela foi seu próprio filho, G. C. White:

Enquanto nos achávamos na Austrália, o Senhor instruiu-me quanto a dever G. C. White ser aliviado dos muitos encargos que seus irmãos punham sobre ele, a fim de estar mais livre para assistir-me na obra que o Senhor pôs sobre mim. Foi feita a promessa: "Porei sobre ele o Meu Espírito, e lhe darei sabedoria."

Desde minha volta à América do Norte tenho recebido várias vezes instruções de que o Senhor me deu G. C. White para ajudador, e que nesta obra o Senhor lhe dará de Seu Espírito. -- Mensagens Escolhidas, Vol. 1, pág. 50.

Foi-me mostrado também que meu filho, G. C. White, seria meu ajudante e conselheiro, e que o Senhor poria sobre ele o espírito de sabedoria e são discernimento. Foi-me mostrado que o guiaria, e que ele não seria desviado, porque reconheceria as direções e orientação do Espírito Santo. -- Idem, pág. 54.

"O Senhor será teu Instrutor. Encontrarás influências enganadoras; virão sob muitas formas, em panteísmo e outras formas de infidelidade; segue, porém, por onde Eu te conduzir, e estarás a salvo. Porei Meu Espírito sobre teu filho, e fortalecê-lo-ei para fazer sua obra. Ele possui a graça da humildade. O Senhor o escolheu para desempenhar parte importante em Sua obra. Para isso nasceu ele."

Esta comunicação foi-me feita em 1882, e desde então tem-me sido assegurado que lhe era dada a graça da sabedoria. Mais recentemente, em uma ocasião de perplexidade, o Senhor disse: "Dei-te Meu servo, G. C. White, e dar-lhe-ei discernimento para ser teu auxiliar. Dar-lhe-ei habilidade e entendimento para dirigir sabiamente." -- Idem, pág. 55.

Diante destas incontestáveis declarações da própria Sra. White a respeito do que Deus lhe disse sobre seu filho, Guilherme C. White, convido o leitor a, antes de avançar para a leitura do texto abaixo, clicar neste link para comprovar, mediante documentação do White Estate, traduzida para o português, que esse Filho da Sra. White Não Acreditava na Trindade!

Não deixe de ler também, logo após o artigo abaixo, um resumo final da influência de W. W. Prescott sobre escritos da Sra. White e a teologia adventista. -- Robson Ramos.


A MODELAGEM DO ADVENTISMO:
O CASO DE W. W. PRESCOTT

Este artigo passa em revista o livro The Shaping of Adventism: The Case of W. W. Prescott, [A Modelagem do Adventismo: O Caso de W. W. Prescott], de Gilbert M. Valentine, publicado pela Andrews University Press (editora da Universidade Andrews, da Igreja Adventista do Sétimo Dia) em 1992, com 307 páginas. Este livro mostra como mesmo grandes líderes ao longo da história do adventismo tiveram que lutar com ensinos tradicionais e de quão devagar mudam as estruturas religiosas corporativas. Segundo Desmod Ford, autor desta crítica literária, “este livro é um sinal alvissareiro de que crenças não-bíblicas podem ser postas no olvido”.

 

Um Erudito Influente

The Shaping of Adventism percorre a vida e ministério daquele que foi talvez o erudito mais influente no adventismo até meados do século vinte—William Warren Prescott (1855-1944).

Segundo seu colega e amigo, o presidente da Associação Geral Arthur G. Daniells, o Prof. Prescott destacava-se acima de quaisquer outros líderes na Igreja porque era abençoado com uma profusão dos ‘mais raros dons’ de que qualquer líder adventista fosse possuidor. (Prefácio, p. x.).

Redator e Escritor

Como redator do órgão oficial da Igreja Adventista do Sétimo Dia, a Review and Herald, Prescott tentou dirigir a denominação a um crescente entendimento de muitos tópicos vitais. Alguns desses tópicos foram justificação pela fé, a natureza de Cristo, a natureza da inspiração, o sentido de Daniel 8:13 e 14, e a confiabilidade de modernas traduções bíblicas.

Uma contribuição pela qual a posteridade sempre se lembrará dele é sua parte na redação das primeiras páginas do livro O Desejado de Todas as Nações. Ellen White, a autora, ficara grandemente impressionada quando ouviu Prescott pregar sobre o assunto da deidade de Cristo e a Trindade. Após isso, ela buscou o auxílio de Prescott na preparação de sua apresentação da condição original de Cristo [antes da encarnação] em O Desejado de Todas as Nações.

Prescott ajudou a corrigir muitas idéias errôneas, mas tradições populares, entre os adventistas do sétimo dia. Uma delas era a equivocada atribuição do número 666 (Apocalipse 13:18) ao Papa. A comissão da Associação Geral aceitou a evidência de Prescott sobre esse tema décadas atrás.

 

O Costumado Sacrifício

Juntamente com outros, Prescott exerceu pressão quanto a que Urias Smith estava errado em sua apresentação do “costumado sacrifício” em Daniel 8:13. (Os ‘outros’ incluíam L. R. Conradi [1856-1939] na Alemanha, o filho de Ellen White, William [1854-1937], e A. G. Daniells [1858-1935]).

Prescott e os outros entendiam que “a remoção do costumado sacrifício” era a remoção do evangelho da Igreja pelo evangelho falsificado que prevalecia durante a Idade Média. O verdadeiro evangelho do sacrifício de Cristo havia sido prefigurado e simbolizado pelo sacrifício diário no antigo serviço do tabernáculo israelita.

 

O Insustentável Juízo Investigativo

O que não é sabido por muitos adventistas é que W. W. Prescott finalmente repudiou a doutrina do juízo investigativo. Por tal razão ele não teve permissão de continuar como professor no Emmanuel Missionary College (atual Universidade Andrews).

Por décadas, Prescott havia tentado responder aos ensinos de Albion Ballenger (1861-1921), W. W. Fletcher (1879-1947), e outros, que protestavam por voz e pena que a doutrina do juízo investigativo não era escriturística (págs. 259-278). Contudo, Prescott viu-se incapaz de encontrar respostas satisfatórias à refutação deles da doutrina do juízo investigativo.

O autor Valentine não dá enfoque somente ao juízo investigativo nessa seção. Mas a conclusão que Prescott não pôde encontrar apoio bíblico para a doutrina do juízo investigativo é clara.

Numa campal no Michigan, Prescott fizera notar a W. H. Branson, dirigente da Associação Geral, seu associado, que esperara por anos “alguém apresentar uma resposta adequada a Ballenger, Fletcher, e outros”. As questões relativas à doutrina denominacional do santuário que aqueles homens haviam suscitado eram sérias, disse ele, mas não havia ainda “visto” ou “ouvido” uma resposta. . . . Nos ouvidos de Branson, a observação do professor simplesmente soou como uma admissão de que Ballenger e Fletcher estavam corretos (pág. 259). Branson estava certo no seu pressuposto.

 

Algo de História

Prescott estivera presente nos julgamentos de Ballenger e Conradi. Ele também havia servido como secretário de campo da Associação Geral, e por sete anos fora redator da Review, tendo escrito o livro The Spade and the Bible [A pá e a Bíblia], publicada pela editora Revell. Centenas de pregadores e oficiais da denominação receberam sua instrução de Prescott. The Doctrine of Christ [A doutrina de Cristo], escrita por ele nos anos vinte, sumaria suas apresentações doutrinais na sala de aula.

Nas Atas Oficiais de 2 de março de 1934 encontramos uma alusão à necessidade de salvar a denominação de “desviar-se em teorias como as de Ballenger”. Na Review de 28 de outubro de 1909 e edições subseqüentes Prescott havia dado resposta às heresias de Ballenger.

Nas Atas de 22 de janeiro de 1934, está registrado:

W. W. Prescott, que ensina Bíblia no Emmanuel Missionary College, tinha certos questionamentos quanto a nossa teologia. Quando essas coisas foram consideradas por um pequeno grupo, concordou-se que W. W. Prescott continuasse no EMC até o restante deste ano letivo, e que não mais lecionasse em sala de aula quaisquer destas questões sobre que diferia da denominação. Também se havia concordado que ao final do ano letivo ele não prosseguiria no EMC. Uma carta havia sido recebida por W. H. Branson, da parte de K. H. Holden, pedindo que a Associação Geral chamasse W. W. Prescott de volta a Washington para poupá-lo de pedir-lhe que interrompesse o seu trabalho. Tempo considerável foi gasto discutindo exatamente qual seria o melhor procedimento a seguir no tratamento com o Pastor Prescott.

Foi finalmente votado que I. H. Evans e W. H. Branson redigissem uma declaração para W. W. Prescott, explicando-lhe que, com base em conversações que haviam sido mantidas com ele por membros do staff oficial, entendemos que ele não está em plena harmonia com as crenças denominacionais, e que cremos não poder ele continuar ensinando num Departamento de Bíblia enquanto seus pontos de vista não estiverem em harmonia com a denominação, e sugerimos-lhe que coopere com os Oficiais e com a mesa administrativa do Emmanuel Missionary College retirando-se ao final do ano letivo; que adicionalmente lhe sugerimos ter uma audiência sobre seus pontos de vista religiosos com os Oficiais da Associação Geral.

Em 2 de fevereiro de 1934 W. W. Prescott escreveu aos Pastores Branson e Evans. Citamos os dois primeiros parágrafos.

Caros Irmãos:

Em vossa carta de 29 de janeiro, recebida ontem, aconselhais-me a retirar-me voluntariamente de meu lugar como obreiro neste movimento, com base em que eu estou “em certa medida fora de harmonia com a fé estabelecida da denominação em certos pontos vitais, especialmente a doutrina do santuário”. Fazeis isto sem terdes tido qualquer entrevista comigo a respeito da séria questão envolvida, e sem expressardes qualquer pesar de que eu tenha tomado esse rumo ao ponto de perderdes a confiança em mim como um representante apropriado dessa obra, após ter dedicado por volta de cinqüenta anos de minha vida a seu progresso. Não somente isso, mas deixais claramente implícito que se eu não retirar-me desse modo, a questão será levada à Mesa Administrativa deste colégio com o propósito, logicamente, de impedir-me de ser convidado por seus administradores a prosseguir o meu trabalho aqui.

Agora, é um axioma em qualquer corte de justiça que uma pessoa acusada deva ter oportunidade de defrontar os seus acusadores em tribunal e ter uma oportunidade justa de contradizer as acusações que lhe pesam, mas parece como se já tivestes decidido o caso contra mim, e agora me aconselhais a evitar uma condenação pública por aceitar quietamente vossa decisão. É verdade que me ofereceis a oportunidade de ir a Washington para ter uma entrevista convosco, mas constituiriam os acusadores o júri apropriado para considerar o caso? Não seria um procedimento justo que a acusação que levantais contra mim devesse ser considerada por aqueles que não levantaram a acusação? Para mim parece o procedimento certo.

Nos arquivos há uma interessante nota à mão, com caligrafia de A. W. Spicer. Observe que a primeira sentença traz as palavras de Prescott, mas as palavras restantes são de Spicer:

1. “Tenho esperado por anos por alguém que apresente uma resposta adequada a Ballenger, Fletcher, e outros a respeito de suas posições referentes ao santuário, mas não vi nem ouvi nada ainda”.

2. Após uma longa discussão do santuário, a Trindade e outras questões perguntas se devias renunciar, sendo que estás em desarmonia com a Igreja. Respondi que eu não era competente para dar conselho, mas estava certo de que se ensinastes as coisas sobre que me falaste em tuas aulas, os irmãos pediriam que renunciasses. Asseguraste-me que não as estavas ensinando, mas falado a respeito confidencialmente só com homens da direção.

Do Heritage Room [sala de documentação histórica] da Universidade Andrews (Arquivo VFM 998) vem a seguinte carta:

Outro item interessante veio-me de três fontes diferentes, ou seja: que o Prof. W. W. Prescott tem tornado conhecido que ele não mais crê no juízo investigativo. Escrevi-lhe indagando que evento marcara o cumprimento dos 2300 dias, se o juízo investigativo não começou naquele tempo. Tem sido algo como dois meses desde que lhe escrevi. Ainda não recebi qualquer resposta e estou con[indecifrável] que não responderá. Na medida em que ele está determinado a manter-se na denominação, seu único curso de ação seguro é ignorar minha pergunta.

W. W. Prescott mudou-se para Washington e serviu à Igreja ali. Por ocasião de sua morte dez anos depois, ele foi grandemente honrado tanto pela Igreja quanto por muitos além de suas fronteiras. Após servir a Igreja por 52 anos, W. W. Prescott dormiu em Cristo com a idade de 89 anos em 1944.

 

Livros Encorajadores

As mudanças nas estruturas corporativas são geralmente vagarosas. Mas aqueles que estão ansiando por encontrar reconhecimento denominacional ao que os seus eruditos têm sabido por mais de meio século [Lembre-se que este texto é da autoria de Desmod Ford!] pode ser animador o surgimento de algumas obras recentes.

Sentimo-nos encorajados pelo aparecimento no meio adventista de livros tais como Pilgrimage: Memoirs of an Adventist Administrator [Peregrinação: Memórias de Um Administrador Adventista], pelo Dr. Roy Adams [Review & Herald Publishing Association, 1993]. Este livro adverte os adventistas contra ensinar que Cristo estivera somente no primeiro compartimento do santuário até 1844. Adams declara que tal posição não é bíblica.
Parece bem certo o dito de que  “os moinhos de Deus moem vagarosamente, mas moem bem fininho”. -- (Adaptado da seção “Book Review”, da revista Good News Unlimited, março de 1996, págs. 10 e 11.)

 

Adendo

Mais alguns dados e fatos sobre W. W. Prescott viriam a calhar neste contexto. Sua participação na elaboração de O Desejado de Todas as Nações é exposta acima, mas há também documentos que tratam de sua participação na elaboração de O Conflito dos Séculos que merecem ser conhecidos, como exposto abaixo em material extraído do site www.ellenwhite.org, sob a responsabilidade do pesquisador Dirk Anderson. Mais adiante transcrevemos o trecho do Concílio de Professores de Bíblia e História de 1919 onde W. W. Prescott comenta sua participação na elaboração dessa obra. [Ver também artigos no. 22a e 22b de nosso “Catálogo”, além do de no. 50a, “A Desconhecida História de Quatro Importantes Livros Adventistas”].

Antes de preparar a nova edição de O Conflito dos Séculos, Prescott escreveu uma longa lista de erros que julgava necessitarem de ser corrigidos. Entre esses estavam as posições históricas assumidas para a Revolução Francesa e a sexta trombeta. Prescott assinalou que não havia evidência de que a Bíblia tivesse sido banida da França por três anos e meio e que a predição de Litch concernente a 11 de agosto não só havia sido feita APÓS o fato (contrariamente à declaração de O Conflito, que declarava que havia sido feita ANTES), como era destituída de qualquer valor.

Quando [o livro de Urias Smith] Daniel and Revelation (fonte em que se baseou a Sra. White) foi revisado nos anos da década de 1940, as críticas de Prescott foram revividas e confirmadas. Empreendeu-se mais uma vez um infrutífero giro pelas bibliotecas da Europa e América, como tinha ocorrido antes da edição de 1911 de O Grande Conflito.

Citamos a declaração oficial da Comissão de Revisão sobre a questão das trombetas:

É interessante notar que quando Tiago White e, mais tarde, Urias Smith, chegaram às sete trombetas, eles não aceitaram uma interpretação original mas francamente se apropriaram de uma interpretação de Josias Litch—a que o própio Litch havia repudiado. À semelhança deles, vossa comissão não encontrou nada melhor para recomendar. Nós, portanto—
Recomendamos, que a interpretação das Sete Trombetas permaneça como está.

Durante o trabalho da comissão encontramos comentários como este que se acha num intercâmbio de cartas:

Estou ainda lutando com o problema do ateísmo e a Revolução Francesa, e não sei ainda como nos sairemos nisso.

Eu observei especialmente o item no 7 para encontrar alguma citação que tomasse o lugar das antigas, mas não pude achar nenhum material proveitoso.

A data 26 de agosto de 1792 não deveria ser empregada. Nada posso encontrar em qualquer história da Revolução Francesa que comprove ser este um dia relevante no ataque ao cristianismo.

Tais comentários apenas evocam outros feitos anos antes por Prescott e Spicer.

Oferecemos alguns exemplos típicos:

Notei que na questão do sinal para 21 de novembro, dá grande margem aos turcos e coisas relativas. Tenho sabido por algum tempo que a data de 11 de agosto de 1840 não suportaria um exame detido. Dois anos atrás apresentamos informação completa sobre isso no Concílio Outonal, mas nada foi feito e nesse entretempo nossos livros e publicações estão repetindo as velhas declarações não comprovadas. . . Se o Imperador João, que morreu em 1448, “nunca se esqueceu de que era um vassalo do Império Otomano”, como podemos assegurar que o Império Bizantino não se sujeitou à Turquia até 1449? Cordialmente, W. W. Prescott

E agora, eis as palavras de W. A. Spicer (30 de novembro de 1914):

Também incluirei algum material sobre as datas dos períodos proféticos de Apoc. 9. Um tempo atrás o Prof. Prescott e eu fomos à Biblioteca do Congresso. Pesquisamos a história de Paquimeris, traduzida do latim por Possínio. É desse livro que Gibbon obteve a data 27 de julho de 1299. Eu pesquisei em Von Hammer, que é o maior autor germânico sobre história otomana, e fica claro que Gibbon cometeu um erro que Von Hammer e outros corrigiram. A forma como Gibbon chegou a esse erro pode ser facilmente vista examinando a tradução de Paquimeris por Possínio. Gibbon descobriu a data 27 de julho no princípio do capítulo 25, e daí foi às tabelas cronológicas dadas por Possínio e encontrou o ano 1299. Ele fez a combinação de 27 de julho com 1299, porém, deixou de perceber que o capítulo começa com 27 de julho, mas então recua e trata de eventos anteriores. Esses eventos anteriores foram os de 1299. [Daí , a data 1299 na tabela de Possínio]. Não foi senão em 1301 que a batalha de 27 de julho teve lugar.

Por essa ocasião o Prof. Benson recebeu documentos demonstrando conclusivamente que o ultimato das Potências não foi entregue ao Paxá do Egito em 11 de agosto de 1840. Então começamos a pesquisar mais a fundo e apresentamos essas questões ao recente concílio. Poderá entender bem que os irmãos teriam que sentar-se e atentar a isso. É digno de nota como as pessoas se indispõem a examinar os fatos, ou corrigir qualquer coisa.

A predição de 11 de agosto supostamente cumprida “no dia exato”, não tem qualquer validade. Litch começou com uma data errada de Gibbon; ao contar o número de dias ele se esqueceu da omissão de dez dias na substituição do calendário juliano pelo gregoriano; ele seriamente distorceu os eventos relativos aos anos da década de 1840; e revelou ignorância quanto ao real sentido de Apocalipse 9:15 segundo o original grego. [Obs.: Comparar com o que consta da edição clássica de O Conflito dos Séculos, segunda metade do capítulo 18, “Um Reformador Americano” (pág. 334 do original em inglês)].

Na Conferência de Professores de Bíblia e História de 1919, segundo suas anotações taquigráficas descobertas após mais de 50 anos de “sumiço” do material nos porões da sede denominacional em Washington D.C. [para o texto completo do debate referido ver artigo 22 (A e B) de nosso “Catálogo”], líderes denominacionais discutiram o livro O Grande Conflito nos seguintes termos:

B. L. House: Pelo que entendo, o Pr. J. N. Andrews preparou essas citações históricas para a velha edição [de O Grande Conflito, de 1888], e os Irmãos Robins e Crislet, Professor Prescott e outros forneceram as citações para a nova edição. Ela introduziu as citações históricas?

A. G. Daniells: Não. . . .

W. W. Prescott: O irmão está tocando exatamente na experiência pela qual passei, pessoalmente, porque todos os senhores sabem que eu dei minha contribuição para a revisão de O Conflito dos Séculos. Forneci considerável material tratando dessa questão. . . . Quando falei com W. C. White sobre isso (e não sei se ele é uma autoridade infalível), ele me disse francamente que quando prepararam O Conflito dos Séculos, se não encontrassem em seus escritos qualquer coisa em certos capítulos para realizar as ligações históricas, tomavam outros livros, como o Daniel e Apocalipse [de Urias Smith], e utilizavam porções deles. . . .

Fonte: http://minist03.bizland.com/33CASODEW.html (Em 21/03/2004)


Saiba Mais Sobre W. W. Prescott

William Warren Prescott foi um dos que primeiro denunciaram a manipulação dos escritos da Sra. White, uma vez que ela nem sempre supervisionava todo o trabalho de "preparação dos manuscritos para a publicação" nem checava sua versão final.

O próprio W. W. Prescott preparou dois livros dela sobre educação para a publicação, a partir de manuscritos que tinha recebido. E a Sra. White não viu sequer uma página datilografada desee material, antes que fosse para o prelo. Ela estava na Austrália nesse tempo. Sem qualquer supervisão, ele editou e praparou sozinho os textos para publicação.

Prescott trabalhou também muito proximamente com Marion Davis na preparação dos manuscritos de O Desejado de Todas as Nações para publicação. Sugeriu temas e idéias e atuou como autoridade final na análise para a publicação de certos trechos, sem qualquer supervisão da Sra. White.

A apresentação de Cristo como o grande "EU SOU"; a ênfase na eternidade de Sua existência, usando freqüentemente a expressão "o Eterno Filho"; e a conexão do nome "EU SOU" de Êxodo 3:14 com João 8:58, aceita por muitos cristãos, mas acrescida de todos os outros "eu sou" do Evangelho ("Eu sou o Pão da Vida", "Eu sou a Luz do Mundo", "Eu sou a porta das ovelhas", etc), ricos de lições espirituais, mas usados apenas como introdução a uma metáfora; todos incluídos no livro O Desejado, são também obra sua.

Não foram apenas pequenos e insignificantes acréscimos, Prescott mesmo alertou para a introdução de capítulos inteiros, escritos por assistentes literários sem a aprovação final de Ellen G. White, os quais posteriormente foram totalmente atribuídos a ela.

Após a morte de Ellen G. White, W. W. Prescott foi um dos que conduziram a Igreja Adventista a rapidamente adotar a doutrina da Trindade. Na Conferência Bíblica de 1919, ele conduziu uma série de estudos bíblicos, intitulada “The Person of Christ”. Esses estudos promoviam o Trinitarianismo e não foram aceitos pela totalidade dos delegados. Contudo, as discussões chegaram a um ponto tão acirrado que o então presidente da Associação Geral, A. G. Daniells, procurou acalmar os ânimos com a frase: Não estamos aqui para tomar um voto sobre trinitarianismo ou arianismo, mas podemos pensar no assunto.”

No início dos anos 40, alguns de nossos ministros ainda resistiam à "nova teologia" proposta por W. W. Prescott e outros. Um deles foi o pastor J. S. Washburn, que escreveu um contundente ataque contra W. W. Prescott devido a um sermão trinitariano que ele pregara na igreja de Takoma Park (Md.), em 14 de outubro de 1939.

Por volta de 1944, a maioria dos obstáculos já havia sido removida e a nova teologia, representada pelos ensinos de W. W. Prescott estava livre para dominar o movimento adventista. O único espinho na carne eram os livros de Urias Smith, sobre Daniel e Apocalipse, publicados com o endosso da inspiração de Ellen G. White. Foi então que a liderança adventista optou pel a revisão dos dois volumes que compunham a obra, com omissão dos trechos anti-trinitarianos. Assim, acatava-se mais uma idéia de W. W. Prescott, proferida na Conferência Bíblica de 1919.

Tudo isso é contado em detalhes especialmente no capítulo "The Spirit of Prophecy and Editorial Work" ["O Espírito de Profecia e o Trabalho Editorial"], do livro The Foundation of Our Faith, de Allen Stump (860 kb), disponibilizado completo aqui no site para download (em arquivo *.doc do Word. Clique no link com o botão direito e escolha a opção "salvar destino como". Não há necessidade de senha. Caso seja solicitado, apenas cancele.).

In a recently published editorial, a Seventh-day Adventist stated that when he received literature asking the reader to be open-minded he would discard it. This request was taken to be a sure sign that the material was new and divisive. As I read the article I thought how strange that many of our people so easily have a double standard in this area. When we share the Sabbath truth or the mortality of the soul we ask people to be open-minded. Yet we easily develop an attitude that says, “I already have all the truth, I have no need to further investigate anything.” Today we need not only an open mind, but an honest mind as well. Some are willing to listen and hear anything new under the sun. However, only a few are willing to follow truth when clearly presented. Perhaps no subject within Adventism today requires a more open and honest mind than an examination of how some of Sister White’s writings were put together. We enter into this study with the realization that the truth, and only the truth, can make us free.

“On April 6, 1915, W. W. Prescott wrote a letter to W. C. White in which he raised some very sensitive issues and made some very pointed comments about the writings of Mrs. White.”1 Before we observe part of Prescott’s letter it should be noted that Prescott was one of the leading ministers and educators within the Seventh-day Adventist Church during the last part of the 19th century and the early part of the 20th century. He served as editor of the Review & Herald and was president of several of our colleges. He greatly appreciated and supported the work of Sister White. Prescott also labored against the Kellogg apostasy. His letter reads in part:

The way your mother’s writings have been handled and the false impression concerning them which is still fostered among the people have brought great perplexity and trial to me. It seems to me that what amounts to deception, though probably not intentional, has been practiced in making some of her books, and that no serious effort has been made to disabuse the minds of the people of what was known to be their wrong view concerning her writings. But it is no use to go into these matters. I have talked with you for years about them, but it brings no change. I think however that we are drifting toward a crisis which will come sooner or later and perhaps sooner. A very strong feeling of reaction has already set in. (W. W. Prescott to Willie White, April 6, 1915)

What did Prescott mean when he wrote about the “wrong view” some church members had concerning Sister White’s writings? What crisis did he feel we were drifting toward which would come sooner or later, and perhaps sooner? First, we should note that Prescott was not suggesting that Sister White was not inspired and used of God. He did, however, wish to see the church members better educated concerning the way her writings were put together.

The last two decades have brought an increased awareness of Sister White’s literary borrowing. The amount of borrowing in some instances is considerable. Some gems of thought that were once considered to have originated from her pen have been shown to be copied from others. While there are different views concerning the reason and rationale behind the borrowing, few today can, in the face of overwhelming evidence, deny its existence.2 Prescott knew that many in the church were not aware of the borrowing and had misunderstandings in other areas as well.

One of those areas was the editing done to Sister White’s writings before going to print. While it is well known that Sister White had several good literary assistants who edited her work, most are under the assumption that Sister White always checked their work and approved the final drafts. Prescott himself knew better for he had been one of the editors who worked with Sister White’s manuscripts from time to time. For example, in 1893 and 1897 Prescott had “prepared two books on education for the press from manuscripts he had received, and Mrs. White saw none of the final drafts before they went to press. She was in Australia at the time. He alone did the unsupervised editing and preparing of the MS for the press.3

George Amadon, an able printer and later a trusted minister, stated to Dr. Kellogg that Sister White “never wrote the prefaces of her books. She, of course, heard them read over, but she never reads the proof. You know, Doctor, that Sister White never in the Office sat down and read proofs properly.” (“An Authentic Interview between Elder G. W. Amadon, Elder A. C. Bourdeau and John Harvey Kellogg” in Battle Creek, Michigan on October 7th, 1907, p. 36)4

Concerning Prescott’s work in the preparation of some of Sister White’s writings, Dr. Gilbert Valentine writes:

Secondly, when in Australia, in 1896, Prescott worked very closely with Marion Davis in preparing the MS of Desire of Ages for publication. Reference to this is to be found in Ellen White’s own diary, as well as Lacey’s letter [of] 1945. Thirdly, as we have noted, Prescott assisted Crisler in 1908 in drafting out chapters and suggesting themes and ideas for some of the series on Ezra and acted as a final authority on certain critical matters regarding what to publish in certain areas. This too without Mrs. Whites supervision. (“A Response to Two Explanations of W. W. Prescott’s 1915 Letter,” p. 16)

The Lacey letter of 1945 Valentine mentions was from H. Camden Lacey (W. C. White’s brother-in-law) to LeRoy Froom. In his letter, Lacey wrote:

Professor Prescott was tremendously interested in presenting Christ as the great ‘I AM’ and in emphasizing the Eternity of His existence, using frequently the expression ‘The Eternal Son.’ Also he connected the ‘I AM’ of Exodus 3:14, which of course was Christ the Second Person of the Godhead, with the statement of Jesus in John 8:58, which we all agreed to; but then linked it up also with other ‘I ams’ in the Gospel - 7 of them, such as ‘I am the Bread of Life’ ‘I am the Light of the World’ ‘I am the Door of the Sheep’ etc. all very rich in their spiritual teaching - but which seemed a little far-fetched to me especially as the ‘I am’ in all those latter cases is merely the copula in the Greek, as well as in the English. But he insisted on his interpretation. Sr Marion Davis seemed to fall for it, and lo and behold, when the ‘Desire of Ages’ came out, there appeared that identical teaching on pages 24 and 25, which, I think, can be looked for in vain in any of Sr. White’s published works prior to that time!

In this connection, of course you know that Sr Marion Davis was entrusted with the preparation of ‘Desire of Ages’ and that she gathered her material from every available source - from Sr White’s books already in print, from unpublished manuscripts, from private letters, stenographic reports of her talks, etc. - but perhaps you may not know that she (Sr Davis) was greatly worried about finding material suitable for the first chapter. She appealed to me personally many times as she was arranging that chapter (and other chapters too for that matter) and I did what I could to help her; and I have good reason to believe that she also appealed to Professor Prescott frequently for similar aid, and got it too in far richer and more abundant measure than I could render. (Letter of H. Camden Lacey to LeRoy Froom, August 30, 1945 - emphasis in original)

Besides editorial and small additions, another of Prescott’s concerns may have been the actual writing out of whole chapters by assistants which were supposed to be later proofed by Sister White. In 1887, Willie White was working in Switzerland with B. L. Whitney, head of the church’s publishing house in Basel, on a French and German translation of the 1884 Great Controversy. In a letter to C. H. Jones of the Pacific Press, White noted places in the new English edition where improvements could be made. His letter stated:

It was immediately after chapter 4, that the largest additions were to be made, and while we were all together, it seemed advisable to devote our attention to the corrections and additions to be made in other parts of the book, leaving the manuscripts for chapters 5, 6, and 7 to be prepared by Sr. Davis after Mother had gone from Basel. The work of preparing these is now nearly completed, and will soon be sent to her in England for examination. (Letter of Willie C. White to C. H. Jones, July 21, 1887 - Quoted from Bible Study Guide - Adventist Laymen’s Foundation.)

At this point we might ask, “Why did the brethren feel they could have so much liberty with Sister White’s writings?” The answer, in part, goes back to 1883. During that year the published copies of the Testimonies were exhausted. Action was taken during the General Conference of that year which not only provided for the reprinting of the Testimonies, but also gave reason for editing. The action the Conference took was printed as follows in the Review & Herald:

32. WHEREAS, Some of the bound volumes of the ‘Testimonies to the Church’ are out of print, so that full sets cannot be obtained at the Office; and–

WHEREAS, There is a constant and urgent call for the re-printing of these volumes; therefore–

Resolved, That we recommend their re-publication in such form as to make four volumes of seven or eight hundred pages each.

33. WHEREAS, Many of these testimonies were written under the most unfavorable circumstances, the writer being too heavily pressed with anxiety and labor to devote critical thought to the grammatical perfection of the writings, and they were printed in such haste as to allow these imperfections to pass uncorrected; and–

WHEREAS, We believe the light given by God to His servants is by the enlightenment of the mind, thus imparting the thoughts, and not (except in rare cases) the very words in which the ideas should be expressed; therefore–

Resolved, That in the re-publication of these volumes such verbal changes be made as to remove the above-named imperfections, as far as possible, without in any measure changing the thought; and further–

34. Resolved, That this body appoint a committee of five to take charge of the republication of these volumes according to the above preambles and resolutions.(The Review & Herald, November 27, 1883)

Elder George Butler appointed W. C. White, Uriah Smith, J. H. Waggoner, S. N. Haskell, and himself to the committee.5

While the intentions were good, this action opened the door for further editorial work beyond the scope of the preamble and resolution. This work of editing could be done because the inspiration that was given to Sister White was declared to be thought inspiration. While Adventists have long believed that the prophets were God’s penmen and not His pen, where in the Bible can we find such an example of editorial work done to a prophet’s message?

 

The 1919 Bible Conference

History reveals that it was shortly after the death of Ellen G. White that the S. D. A. Church quickly moved to embrace the Trinity doctrine. In the 1919 Bible Conference, W. W. Prescott gave a series of studies entitled, “The Person of Christ.” These studies, promoting Trinitarianism, were not universally received by the delegates. The discussion following his presentations became quite intense. G. C. President A. G. Daniells, attempted to calm the discussions down by stating: “We are not going to take a vote on trinitarianism or arianism, but we can think.” (Transcript from the 1919 Bible Conference)5

Holdouts

By the early 1940’s, there were still some holdouts who resisted the new theology. One was a minister by the name of Elder J. S. Washburn, who in 1940 wrote a blistering attack on Elder W. W. Prescott concerning a sermon that Prescott had preached in the Takoma Park Church, (Md.) on October 14, 1939. The title of Prescott’s sermon was “The Coming One,” and dealt with the Trinity among other subjects. Washburn’s paper, while highly personal, was liked so well by one conference president that he asked for thirty-two copies to distribute to all the ministers in his conference. The significance of the matter is not so much the specific content of the sermon, nor the reply of Washburn, but rather, that in 1940 there was still an anti-Trinitarian faction in the church.14

The Revision of Daniel and Revelation

By 1944, most of the obstacles had been removed so the new theology could fully engulf the movement. One thorn in the flesh was Uriah Smith’s book, Daniel and Revelation. This book, originally published in two portions, Thoughts, Critical and Practical, on the Book of Revelation (1867), and Thoughts, Critical and Practical, on the Book of Daniel (1873), carried the endorsement of Ellen G. White.17 It was and has been the longest running Adventist publication in print outside of the Spirit of Prophecy books. However, it taught an anti-Trinitarian view of Christ. The necessity of removing it from circulation for this reason was suggested by W. W. Prescott at the 1919 Bible Conference.18 Rather than dropping what many considered an otherwise fine volume, it was decided that the book would be “revised” to help bring it up to date with historical events that had occurred since it had last been revised by Elder Smith. However, the main thrust in the revision was to remove the anti-Trinitarian statements.19

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