Como João Lidou com os "Anticristos" de Seu Tempo

No livro Atos dos Apostólos, págs. 554-555, Ellen G. White descreve a igreja dos dias de João e sugere que a conduta dele nos sirva como exemplo.

Enquanto os anos passavam e o número dos crentes aumentava, João trabalhava pelos irmãos com crescente fidelidade e devotamento. Os tempos eram cheios de perigo para a igreja. Enganos satânicos existiam por toda parte. Por meio de adulteração e falsificação os emissários de Satanás buscavam suscitar oposição às doutrinas de Cristo; e como conseqüência disso, dissensões e heresias estavam pondo em perigo a igreja. 

Alguns que professavam a Cristo pretendiam que Seu amor os libertara da obediência à lei de Deus. Por outro lado muitos ensinavam que era necessário observar os costumes e cerimônias judaicos; que a mera observância da lei, sem fé no sangue de Cristo, era suficiente para a salvação. Outros mantinham que Cristo fora um homem bom, mas negavam Sua divindade. Alguns que simulavam ser leais à causa de Deus, eram enganadores, e na prática negavam a Cristo e Seu evangelho. Vivendo eles mesmos em transgressão, introduziam heresias na igreja. Muitos eram assim levados a um labirinto de ceticismo e engano.

João enchia-se de tristeza ao ver surgirem na igreja esses venenosos erros. Viu os perigos a que a igreja seria exposta, e enfrentou a emergência com prontidão e decisão. As epístolas de João respiram o espírito de amor. É assim como se ele escrevesse com a pena molhada no amor. Mas quando entrou em contato com os que estavam a quebrar a lei de Deus, embora declarando estar vivendo sem pecado, não hesitou em adverti-los de seu perigoso engano.

Escrevendo a uma auxiliar na obra do evangelho, uma mulher de boa reputação e grande influência, disse ele: "Já muitos enganadores entraram no mundo, os quais não confessam que Jesus Cristo veio em carne. Este tal é o enganador e o anticristo. Olhai por vós mesmos, para que não percamos o que temos ganho, antes recebamos o inteiro galardão. Todo aquele que prevarica, e não persevera na doutrina de Cristo, não tem a Deus; quem persevera na doutrina de Cristo, esse tem tanto ao Pai como ao Filho. Se alguém vem ter convosco, e não traz esta doutrina, não o recebais em casa, nem tão pouco o saudeis. Porque quem o saúda tem parte nas suas más obras." II João 1:7-11.

Estamos autorizados a ter na mesma consideração indicada pelo discípulo amado os que alegam permanecer em Cristo ao mesmo tempo que vivem em transgressão da lei de Deus. Existem nestes últimos dias males semelhantes àqueles que ameaçavam a prosperidade da igreja primitiva; e os ensinos do apóstolo João sobre estes pontos deveriam ser cuidadosamente considerados. "Necessitais mostrar caridade", é o clamor que se ouve em todos os lugares, principalmente da parte daqueles que professam santificação. Mas a verdadeira caridade é demasiado pura para acobertar um pecado inconfessado. Conquanto devamos amar as almas por quem Cristo morreu, não nos devemos comprometer com o mal. Não nos podemos unir aos rebeldes e chamar a isto caridade. Deus requer de Seu povo nesta fase do mundo que permaneça firme pelo direito tanto quanto João, em oposição aos erros que arruínam a alma.

O apóstolo ensina que embora devamos manifestar cortesia cristã, estamos autorizados a tratar em termos claros com o pecado e os pecadores; que isto não está em desarmonia com a verdadeira caridade. "Qualquer que comete pecado", escreve ele, "também comete iniqüidade; porque o pecado é iniqüidade. E bem sabeis que Ele Se manifestou para tirar os nossos pecados; e nEle não há pecado. Qualquer que permanece nEle não peca; qualquer que peca não O viu nem O conheceu." I João 3:4-6.

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