Também Sou Favorável à Associação de Leigos, Mas Contra a Desunião

Prezado Irmão Jonas, Brasília, DF

Tendo em vistas que teus esclarecimentos não me foram suficientes nem plenamente compreensíveis, a principio desejei dirigir-te, através de teu correio eletrônico, as palavras a seguir, entretanto fui aconselhado a faze-lo neste site.

R É P L I C A

Qualquer que seja a distância entre o querer e o efetuar, esta diminui quando damos o primeiro passo, o mesmo Apostolo que falou: "aquilo que quero fazer não faço, mas aquilo que não quero, isso faço", também falou: "combati o bom combate, completei a carreira...", e: "tudo posso Naquele que me fortalece". Na realidade o querer e o efetuar se fundem quando existem fé e união(pecador com Cristo), mas quando se avaliam as possibilidades de demissões ou exclusões é porque não se está visualizando o querer e o efetuar, mas tão somente a oportunidade para aparecer, tendo em vista que nenhuma associação jamais terá a pretensão de dar publicidade aos nomes de seus associados, mas tão somente espera, a participação e contribuição, de cada sócio, para o atendimento dos ideais propostos.

Quando o irmão cita que talvez exista uma pequenina parcela de pastores que está realmente preocupada com as ovelhas, eu concordo plenamente, e é exatamente com esta parcela que devemos contar, uma vez que é na união destes com os leigos que se fundamenta a possibilidade de mudanças, entretanto, me parece que a idéia da ABA-LEI é justamente o contrário, isto é um movimento separatista através da criação de uma nova Igreja que a exemplo do movimento de reforma terá como principal objetivo o de concorrer, ou mesmo combater a "velha" IASD.

Mais uma vez tenho que concordar com o irmão de que na própria liderança da Igreja exista alguns que tem conhecimento da necessidade de mudanças, mas que se sentem incapazes de se unirem com a finalidade de realizá-las, entretanto a grande e esmagadora maioria da liderança, estes sim, conseguem unirem-se com o fim de criar, defender e perpetuar privilégios. E, mais uma vez proponho: não seria interessante se pudéssemos atrai, os que anseiam mudanças, para que junto conosco, os leigos, lutássemos contra a injustiça e toda deformidade administrativa de nossa Igreja.

Não estamos propondo a criação de uma Entidade para lutar contra outra, mas o que propomos é a possibilidade de união dos 7000 que, ainda, não dobraram seus joelhos diante de baal, isto é, não pretendemos ser reformistas fora da Igreja, mas no verdadeiro espírito reformista queremos mudar nossa Igreja e não criarmos outra.

Quanto ao quadro, que o irmão pinta, de uma trienal onde a maioria dos leigos seria ouvida pela administração, é possível que isto só ocorra em um milhão de anos, se, e somente se, não movermos um dedo para mudarmos o estado atual de coisas, ou se continuarmos com a idéia de que com a criação de uma nova Igreja as coisas se resolvem automaticamente, entretanto cremos na força da união e esperamos que as mudanças possam acontecer em muito menos tempo do que possamos imaginar.

É verdade que onde há recursos financeiros existe a possibilidade de corrupção, mas é utopia idealizarmos uma Igreja/Associação, sem doutrinas/estatutos, sem recursos financeiros, sem liderança, organização e objetivos, pois quando pensamos em resgatar as doutrinas puras do início da IASD, já estamos estabelecendo doutrinas, pois quando pensamos em não fazer conchavos para receber favores do governo ou da IASD, é por que esperamos resolver nossas carências financeiras com nossos próprios recursos.

Para concluir, quero dizer ao prezado irmão que estamos na mesma batalha, o que poderá nos tornar diferentes será a arma que escolhermos, eu prefiro a fé e a união.

Um abraço de seu Irmão em Cristo

Heráclito Mota

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