Clipping: Vaticano Elogia Liderança Global do Papa (Não há hoje um líder global como o Papa, diz Vaticano) O porta-voz do Vaticano, Joaquín Navarro-Valls, afirmou ontem que, além do Papa, não há atualmente um líder público global e, portanto, "não é preciso se surpreender" com o grande interesse do mundo da comunicação em seu Pontificado. Não existe "uma grande personalidade com autoridade no mundo ocidental que se preocupe com a condição interior do homem contemporâneo e que concentre sua atenção na questão do sentido da vida, da virtude, da origem das grandes dúvidas humanas", disse Navarro-Valls em uma conferência em Madri. O porta-voz do Vaticano centrou seu pronunciamento na Embaixada da Itália sobre "João Paulo II: um Pontificado na modernidade" em três aspectos que, em sua opinião, justificam o "grande interesse" pelo Papa: o restabelecimento de um sistema comum de referências, a declaração da fé e a renovação do Pontificado. Sobre o primeiro, Navarro-Valls disse que o causador de uma das maiores dificuldades para a transmissão e comunicação de valores, particularmente os religiosos e transcendentes, é o desaparecimento de um sistema comum de referências. "As sociedades humanas perderam sua homogeneidade cultural e os distintos sistemas de referência convivem ofuscando o significado último das palavras", disse. Por isso o trabalho de João Paulo II consistiu em recriar o léxico comum "que não existe mais em nossos dias". Navarro-Valls destacou que o Papa, através de suas viagens, colocou a dimensão religiosa em evidência: "A religião sai da esfera da subjetividade e se torna visível, um fato público que pode ser observado ao vivo e comentado pelos meios de comunicação". Sobre a renovação do Pontificado, Navarro-Valls disse que, se inicialmente a imagem transmitida pela imprensa era de "uma grande novidade pessoal" dentro de uma instituição antiga, com a passagem dos anos, o destaque se deslocou para as mudanças que João Paulo II gerou na instituição. "Da imagem de um homem jovem em uma instituição milenar, passamos à imagem de uma instituição que apresenta uma grande rapidez em sua renovação histórica. Talvez seja posível sustentar que João Paulo II representa e encarna uma instituição, mas jamais dá a impressão de representar um papel", ressaltou. O porta-voz lembrou que Paulo VI, "o primeiro Papa que viajou para fora da Itália, se limitava a saudar os jornalistas, mas não aceitava perguntas. João Paulo II provocava os jornalistas: aceitava suas perguntas e respondia nas línguas em que eram formuladas". Apesar das advertências de alguns colaboradores sobre os riscos representados por esta atitude do Pontífice, ele "prosseguiu suas viagens com esta inovação radical e os encontros com a imprensa se mostraram um meio muito eficaz para se comunicar com a opinião pública de todo o mundo". Risco que o Papa aceitou também ao publicar livros, "o que aproximou fiéis do pensamento cristão e de outras religiões", disse o porta-voz, acrescentando que esta atitude "não só teve um papel decisivo na determinação de como o mundo vê o Pontificado romano hoje, mas também de como a Igreja percebe hoje sua missão". -- Agência EFE. Fontes: http://noticias.terra.com.br/mundo/interna/0,,OI223166-EI294,00.html e http://ultimosegundo.ig.com.br/useg/mundo/artigo/0,,1435009,00.html Navarro-Valls: «João Paulo II restabeleceu um sistema comum de referência» Intervém em Roma em um ato acadêmico de homenagem ao Papa ROMA, 28 de novembro de 2003 (ZENIT.org).-
O segredo do interesse dos meios de comunicação pelo Papa radica em sua capacidade em
«restabelecer um sistema comum de referência», reconheceu na quinta-feira passada Joaquín
Navarro-Valls, porta-voz da Santa Sé. Fonte: http://zenit.org/portuguese/visualizza.phtml?sid=45359 Leia também: |
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