Organização Define Praxes Contra Pastores Adúlteros e Vota Denunciar Violadores à Justiça


Discussões Sobre Ética Sexual Para Pastores

November 11, 2003 Riverside, California, United States .... [Ansel Oliver/ANN]

Um pastor bem sucedido tinha estado numa igreja por cinco anos. Ele tinha trinta e cinco anos e era casado e pai de dois filhos, mas rumores circulavam na congregação de que estava tendo relacionamento ilícito com uma mulher da Igreja. Mais tarde isso se confirmou.

"O que fazer nesse ponto envolve muitas questões", declara Nikolaus Satelmajer, secretário ministerial associado da Igreja Adventista a nível mundial. "O que a administração da igreja local faz? O que dizer da esposa e filhos do pastor? O que dizer do impacto chocante sobre a congregação e a comunidade? O que dizer da parceira sexual do pastor? O dano causado por tal atitude ilícita cria dor quase imensurável nas vidas de muita gente", diz ele.

Alguns estimam que 10 por cento dos terapeutas têm relacionamentos inapropriados e que a impropriedade pode ser mais elevada entre clérigos do sexo masculino, segundo Stanley J. Grenz e Roy D. Bell em seu livro Betrayal of Trust: Confronting and Preventing Clergy Sexual Misconduct [Traição à Confiança: Confrontando e Prevenindo Conduta Sexual Ilícita de Ministros Religiosos]

Dirigentes adventistas do sétimo dia reuniram-se recentemente num fórum para discutir como os ministros podem melhor se preparar para evitar conduta sexual ilícita. Cerca de 70 pastores adventistas reuniram na Universidade La Sierra, uma instituição adventista em Riverside, Califórnia, para abordar a questão da ética sexual na vida dos pastores.

O orador principal, Dr. Louis McBurney, e sua esposa Melissa, são fundadores do Marble Retreat Center, um centro de aconselhamento interdenominacional no Colorado. McBurney deseja que os pastores entendam que são vulneráveis e que "nunca, nunca, nunca, nunca [imaginam] que isso ocorreria com eles". Ele diz que provavelmente 100 por cento de seus hóspedes no retiro julgavam que isso nunca lhes aconteceria.

McBurney diz que alguns pastores pregam contra o adultério e ainda são apanhados num caso ilícito. "É realmente impressionante como uma pessoa pode compartimentalizar o seu comportamento". Diz que algumas coisas que podem conduzir à impropriedade são a solidão, o esgotamento, tensões maritais e estresse.

A Dra. Rosa Banks, diretora de relações humanas para a Igreja Adventista na América do Norte, faz eco aos pontos de vista de McBurney quanto àqueles que se julgam imunes: "Os ministros religiosos que julgam que não podem ser tentados são quase sempre os mais vulneráveis". Ela diz que isso começa quando os clérigos deixam de ter suas esposas consigo quando estão aconselhando mulheres, ou que aconselham mulheres sozinhos em lugares clandestinos.

No que tange à questão de tratar do assunto, há uma variedade de maneiras como a administração da igreja lida com o problema. "Alguns violadores pastorais têm sido disciplinados ao ponto de perderem suas credenciais e licenças", diz Banks. "Outros recebem um tapinha nas costas, outros mais são transferidos de uma parte a outra do país. Creio que um problema é a incoerência em nossa aplicação de políticas disciplinares em todos os casos".

"Ela está absolutamente certa", declara Satelmajer. "É urgente que desenvolvamos a aplicação coerente de modo que conduta semelhante resulte num resultado semelhante". Satelmajer declara que muitas vezes o mesmo ato não provoca as mesmas conseqüências. Um painel apresentando recomendações adotaria medidas mais unificadas para cada caso, ele diz, esperando que a conduta sexual ilícita na Igreja algum dia seja confrontada dessa maneira.

Oficiais denominacionais na América do Norte na semana passada votaram suas praxes sobre condutal sexual ilícita (Praxe 30 15 da Divisão Norte Americana dos Adventistas do Sétimo Dia) para aplicar-se não somente aos ministros religiosos e funcionários denominacionais, mas também a voluntários, levando em conta o número de voluntários em escolas adventistas. Também votaram denunciar todas as violações a autoridades judiciais apropriadas.

"É importante que tornemos isso prioritário", declara Roscoe J. Howard III, secretário da Igreja na América do Norte. "Demoramos muito em adotar praxes. A Igreja tem uma responsabilidade de proteger [as crianças]. É também importante que não exponhamos a Igreja a litígio sem ter praxes preparadas".

"Em muitos casos, o pastor é que se deixa seduzir por uma mulher na congregação", diz Banks. "Mas aqui novamente. . . ele é o que está na folha de pagamento, e é quem se espera que conduza os membros errantes a Cristo. Se uma mulher chega a ele apelando a que se desvie, como representante de Deus ele deve agir como José--correr, se necessário for". -- Copyright © 2003 Adventist News Network .

Fonte: http://www.adventist.org/news/data/2003/10/1068561361/index.html.pt

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