Os Ardis da Intolerância

"Quando os raciocínios da filosofia houverem banido o temor dos juízos de Deus; quando ensinadores religiosos estiverem a apontar no futuro para longas eras de paz e prosperidade, e o mundo estiver absorto em sua rotina de negócios e prazeres, plantando e construindo, banqueteando-se e divertindo-se, rejeitando as advertências de Deus e zombando de Seus mensageiros, então é que súbita destruição lhes sobrevirá, e não escaparão." - Patriarcas e Profetas, pág. 104.

Ruben Dargã Holdorf

Há quatro anos, a Organização das Nações Unidas (ONU) designara 1995 como o Ano Internacional da Tolerância, com o objetivo da manutenção da paz, da justiça, respeito pelos direitos humanos e promoção do progresso social. Segundo as Nações Unidas, a tolerância deveria ser o novo termo a ser usado para a paz - pelo menos na época.

Novos ventos de aparente liberdade alcançavam a ONU, que desejava, ainda, assegurar que cada indivíduo fosse favorável à tolerância, dentro de uma interação social e política reguladora e modeladora da nova ordem social - e mundial. Os primeiros convocados para disseminar o novo pensamento e filosofia da ONU continuam sendo considerados os cabeças do planeta. Chefes de Estado e de governo, ministros e líderes da educação em diversos níveis, prefeitos, políticos professores, religiosos e até mesmo os jornalistas.

O assunto-chave vinculava-se à divisão ética de responsabilidade, visando alcançar às leis, instituições sociais, justiça, educação, cultura, comunicação e mesmo as organizações religiosas. Com isso, solidifica-se dentro do imponente edifício, na margem do Rio Hudson, em Nova York, um movimento que defende a criação de uma federação universal sob os auspícios de um governo internacional.

Por trás disso se encontra, há muito tempo, um movimento chamado New Age (Nova Era), que pretende transformar totalmente o panorama mundial atual. Para que isso ocorra, diversas metas foram estabelecidas, bem como as táticas a serem empregadas para alcançar os objetivos finais. Tencionam assim, inicialmente, criar um sistema econômico mundial, fato que se está verificando com a formação de grandes mercados econômicos continentais. Este é o primeiro passo.

As fases seguintes englobarão um sistema universal de cartões de crédito e impostos unificados, uma central para distribuição de alimentos, tribunais internacionais, serviço militar obrigatório, contrato coletivo de trabalho sem o impasse de fronteiras nacionais, uma nova identificação pessoal e controle mundial da natalidade. Mas os alvos não são estes apenas. Segundo a escritora e pesquisadora Sônia Gazeta info@iaec2.br, em seu livro abordando o tema "Nova Era", os termos paz e tolerância são fachadas para a implantação de um regime totalitário mundial, cuja teoria é respaldada pela ascensão dentro da ONU daqueles que desejam e almejam uma unificação cultural, política, religiosa e econômica como meio de solucionar os grandes problemas do homem. E o mais absurdo ela afirma que está nos planos desse futuro governo supranacional, em último caso, "o extermínio de todos os que não concordarem com esses objetivos". (Ver O Governo da Nova Era, de Elizeu Corrêa Lira - www.cpb.com.br - lira@escelsa.com.br.

O movimento Nova Era, que teve origem em 1875, com Helena Blavatsky, nos Estados Unidos, ficou oculto, propositalmente, com os chamados "iluminados" até 1975, quando teve início sua divulgação e articulação, constituída dos 13 itens seguintes:

Estabelecer uma nova religião mundial e uma nova ordem política e social; a nova religião será o restabelecimento das antigas crenças da Babilônia; o plano será concretizado quando um líder assumir o controle; este será aclamado o homem-deus e mestre do mundo; paz mundial, amor e união serão os lemas; o ensino será universal; líderes da Nova Era tentarão demonstrar que Jesus não era o Cristo; o Cristianismo e outras religiões serão integradas na religião mundial; princípios cristãos serão desacreditados e eliminados; crianças serão induzidas nas escolas à promoção do movimento; a humanidade será levada a crer que cada homem é um deus; ciência e religião serão unificadas; e, pasmem, cristãos que resistirem a esse plano serão exterminados.

Em suma, a tolerância tem sido simplesmente, nestes últimos anos, um sagaz ardil de um grupo, forte e poderoso, que há mais de um século traçou uma estratégia para se chegar ao domínio do planeta e que agora está na iminência de concretizar suas metas e artimanhas, podendo atirar novamente a humanidade nas trevas da intolerância.

Ruben Dargã Holdorf é jornalista de O Estado e pós-graduando em Educação.
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E-mail: rdholdorf@zipmail.com.br

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