Risco de Redução nos Dízimos Obriga Organização a Ampliar Poderes de Anciãos
Decisão de prestigiá-los e permitir que batizem juntamente com os
pastores pode inibir opção pela independência e o congregacionalismo
Anciãos estão oficiando batismos ao lado do pastor distrital em Mato Grosso
do Sul e outros Estados brasileiros. A decisão surpreende porque o Manual
da Igreja orienta que, na ausência do pastor, o ancião necessita de
autorização do Presidente do Campo para conduzir a cerimônia; recomenda-se
ainda que
essa permissão seja concedida somente quando não haja um ministro ordenado
disponível para o trabalho.
Neste ano, porém, segundo informa o jornal Âncora, de Campo
Grande, MS, a Divisão Sul-Americana teria votado no sentido de orientar os
pastores a envolver mais os anciãos nas cerimônias batismais. O voto
permitiria que o ancião conduza o batismo na ausência do pastor, além de
permitir por inferência que o ancião oficie junto com o pastor.
(Para ver a imagem completa da primeira página do jornal, clique sobre a
foto acima.)
O jornal interpreta o fato como uma demonstração "de confiança no
ancionato" e reconhecimento da "importância do leigo na estrutura
organizacional da igreja". No entanto, sob outra ótica, a decisão pode
representar uma tentativa de reverter a tendência de opção pela
independência e o congregacionalismo, já verificada em em alguns
distritos.
A falta de transparência na demonstração de como o dízimo e outros
recursos são utilizados e evidências de reduzidos investimentos no evangelismo,
além de excessos nos benefícios aos pastores, levam membros melhor informados
a admitir a hipótese de deixar de enviar a totalidade dos dízimos e ofertas
para a Associação. Mas para isso, torna-se-ia necessário o consentimento do
ancião.
É nesse momento que a valorização do ancionato pode ter sido estratégica
e cuidadosamente estudada. Afinal, do ponto de vista meramente humano, é
preferível para a Organização partilhar apenas o poder dos pastores e não,
os dízimos e ofertas que a sustentam.
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