"Mas o romanismo, como sistema não se acha hoje em harmonia com o evangelho de Cristo mais do que em qualquer época passada de sua história. As igrejas protestantes estão em grandes trevas, pois do contrário discerniriam os sinais dos tempos. São de grande alcance os planos e modos de operar da Igreja de Roma. Emprega todo expediente para estender a influência e aumentar o poderio, preparando-se para um conflito feroz e decidido a fim de readquirir o domínio do mundo, restabelecer a perseguição e desfazer tudo que o protestantismo fez." - O Grande Conflito, págs. 565 e 566.


Papa Antecipa Jubileu do Ano 2000 e Pede Reconciliação Religiosa

Bruno Bartoloni

Cidade do Vaticano (AFP) - O Papa João Paulo II se declarou esta quinta-feira, no Vaticano, contrário ao uso das religiões para alimentar a violência e os conflitos, numa excepcional cerimônia inter-religiosa, considerada como o "primeiro ato" do Jubileu do ano 2000.

A cerimônia teve mais de 250 representantes: judeus, muçulmanos, cristãos protestantes e ortodoxos, hindus, budistas, shintoístas, confucionistas, assim como enviados de religiões tradicionais africanas, indianas e norte-africanas.

O Dalai Lama Tenzin Gyatso, que visita Roma desde segunda-feira, interveio na cerimônia e depois se entrevistou com o soberano pontífice.

"Qualquer uso da religião para alimentar a violência é um abuso da religião", afirmou o Papa num discurso.

"A religião não é e não deve ser um pretexto para os conflitos, e ainda mais quando a identidade religiosa, cultural e étnica é a mesma", frisou.

"Os chefes religiosos devem mostrar claramente que se comprometeram a promover a paz precisamente devido às suas convicções religiosas", afirmou.

"Fomos chamados a promover uma cultura de diálogo. Individualmente ou em conjunto devemos mostrar que a fé religiosa inspira a paz, estimula a solidariedade, contribui para promover a justiça e defender a liberdade", indicou.

"Estou convencido de que o progresso no diálogo inter-religioso é um dos sinais de esperança neste fim de século", indicou.

Em uma declaração comum, firmada no final dos trabalhos, os participantes dirigiram um apelo aos chefes religiosos do mundo inteiro.

No mesmo se pede "que a religião não seja utilizada para alimentar o ódio e a violência, ou para estimular a discriminação" para que "o papel da religião na sociedade, ao nível internacional, nacional e local seja respeitado", para que "a pobreza seja erradicada".

No espírito do Jubileu do ano 2000, todos os participantes se comprometeram a "pedir perdão pelo mal cometido no passado", a "promover a reconciliação lá onde as experiências dolorosas do passado causaram a divisão e o ódio". Também se comprometeram a "não permitir que o passado obscureça a compreensão e o amor recíprocos".

Transcrito do Paraná On Line em 29/10/99.

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