Bin Laden Vai Atacar Outra Vez!
EUA Preparam o "Plano Apocalipse"

FBI e CIA alertaram senadores e deputados: a rede Al Qaida planeja outro grande atentado logo que forem iniciados os ataques americanos ao Afeganistão. Alvos poderão ser "símbolos do poder e da cultura" dos EUA

Fechando o cerco ao Afeganistão e na contagem regressiva para acionar sua poderosa máquina de guerra contra os redutos de Osama bin Laden, os Estados Unidos, ao mesmo tempo, se preparam para o que seus serviços de informações já advertiram: há "100% de possibilidade" de um novo e grande atentado da rede terrorista Al Qaida em território americano. A ameaça é considerada tão certa que levou o FBI (polícia federal) a preparar o "Plano Apocalipse": nas 72 horas que se seguirem ao primeiro ataque militar americano no Afeganistão será posta em execução a "defesa total" do território dos EUA e entrará em vigor o estado de alerta em seu mais alto nível para os objetivos mais expostos, que incluem centrais nucleares, depósitos químicos, gasodutos e símbolos nacionais.

O jornal Washington Post informou ontem que todas estas informações, contidas num relatório secreto, foram passadas por influentes funcionários do FBI e da CIA (Agência Central de Inteligência) , terça-feira, numa reunião restrita, em Washington, com os membros das comissões de Inteligência do Senado e da Câmara dos Deputados. Uma fonte dos serviços de inteligência comentou que "há 100% de possibilidade" de um novo e grande atentado depois que os EUA atacarem o Afeganistão.

Congressistas que participaram da reunião com o FBI e a CIA não quiseram comentar o assunto. Mas o senador republicano Richard Shelby acabou falando:

"Devemos acreditar que haverá outra tentativa de um grupo terrorista de dar-nos novo golpe. Quase que se pode apostar nisso. É algo em que simplesmente devemos crer que ocorrerá." A Casa Branca não comentou o assunto.

"Símbolos do poder"

Segundo o Washington Post, as informações sobre o novo atentado em preparação pelos terroristas de Bin Laden procedem dos serviços secretos da Grã-Bretanha, Alemanha e Paquistão e de atividade de inteligência no Afeganistão. Estão envolvidos nesses planos terroristas "elementos egípcios, somalis e paquistaneses da rede Al Qaida." De acordo com o jornal, as autoridades temem "um ataque potencial em algum de centenas ou milhares de lugares, inclusive em símbolos do poder e da cultura americana", como edifícios do governo ou centros de entretenimento. Também se preocupam com eventuais atentados com caminhões-bomba em gasodutos ou usinas de energia nuclear, além de possíveis ataques químicos ou bacteriológicos.

O FBI ainda não encontrou ligações entre os 19 seqüestradores dos aviões usados nos atentados em Nova York e Washington, ou de seus possíveis cúmplices, com cerca de dois mil suspeitos de serem integrantes a Al Qaida.

Isso, segundo as autoridades, aumenta a probabilidade de que outras "células fechadas" de terroristas estejam operando no país sem terem sido detectadas.

Um influente funcionário do governo disse ao Post que, "se a Al Qhaida segue seus padrões regulares, outros atentados estão em várias etapas de planejamento e provavelmente "mesclem táticas e alvos".

O próprio procurador-geral (secretário da Justiça), John Ashcroft, disse que "se espera mais atividade terrorista" e que "o risco aumentará com o início da ação militar". Uma fonte governamental revelou ao Post que "o pessoal de John Ashcroft e de Colin Powell (o secretário de Estado) está trabalhando em "como ordenar as palavras para fazer estas advertências", de forma a não causar pânico entre a população.

Janelas reforçadas

O relatório secreto preocupou tanto os senadores e deputados que levou a direção do Congresso a determinar o reforço de todas as janelas do Capitólio. Os trabalhos de dotar as janelas de revestimentos blindados antiatentado começaram quinta-feira.

Desde os atentados de setembro, as medidas de segurança foram reforçadas em toda a capital americana. O acesso a edifícios públicos e particulares está muito mais controlado e os agentes do serviço secreto que protegem o presidente Bush e outros membros do governo foram multiplicados.

Fonte: http://www.jt.com.br/editorias/2001/10/06/int011.html

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