Discordo do Robson Ramos Quanto ao Espírito Santo

Comentário contrário ao artigo: Textos Bíblicos Apontam o Pai e o Espírito Santo Como a Mesma Pessoa. Se ainda não o leu, clique primeiro no link para poder compreender as críticas do irmão Josiel T. Lima, de Brasília, DF.

 

O ser humano está constantemente aprendendo alguma coisa, e assim será por toda eternidade. Portanto, podemos com certeza dizer: Quando alguém deixar de aprender é porque já morreu. Não quero parecer e muito menos ser o dono da verdade, da mesma forma, também, estou consciente que nenhum mortal é. Por isso, em função deste assunto: “Espírito Santo”, algumas observações, no que diz respeito ao referido artigo, serão apresentadas.

O artigo foi dividido em 05 (cinco) partes. Na primeira está sendo afirmado que: “A salvação vem dos judeus”. Está é a mais explicita e cristalina verdade. Contudo, devemos entender o contexto em que foi feita tal afirmação.

Primeira Parte:

De acordo com João 4:20, a questão girou em função do local de adoração: No Templo do Monte Gerizim ou no Templo de Jerusalém.

Já no verso 21, o Messias feita uma declaração profética: “Disse-lhe Jesus: Mulher, crê-me, a hora vem, em que nem neste monte, nem em Jerusalém adorareis o Pai”.

No verso 22, o Messias centraliza o tema central do Universo: “Vós adorais o que não conheceis (um Mistério); nós adoramos o que conhecemos (o Pai – o Messias colocou-Se como adorador); porque a salvação vem dos judeus”.

Aqui, a grande pergunta é: De qual salvação o Messias está falando? É óbvio que a Salvação em referência, trata-se dEle e de tudo o que Ele iria realizar. Além do mais, o Messias é judeu. Para confirmar, nos versos 25 e 26, o diálogo foi concluído assim:

Replicou-lhe a mulher: Eu sei que vem o Messias (que se chama o Cristo); quando ele vier há de nos anunciar todas as coisas. Disse-lhe Jesus: Eu o sou, eu que falo contigo”.

Portanto, podemos concluir que a Salvação é obra do Messias, porque Ele é a própria Salvação. E como é sabido, o Messias é judeu.

Pois os meus olhos já viram a tua salvação”. “... Hoje veio a salvação a esta casa...”. (Luc. 2:30 e 19:9 – AVR).

Uma outra afirmação que foi feita, sobre os judeus Messiânicos, é a seguinte: “o Espírito Santo é D-us, o Pai, devemos dar-lhes ouvidos”. Uma coisa é não crer na trindade, outra totalmente diferente, é aceitar tudo o que os judeus Messiânicos afirmam ser verdade. Por exemplo: aceitar que “o Espírito Santo é D-us, o Pai”, não é uma verdade. Portanto, não pode ser aceita.

Se fosse feita a seguinte declaração, como já ouvi de um Rabino: “O Espírito Santo é a projeção do Pai e do Filho”. Portanto, também, pode, perfeitamente, ser aceitável dizer que o Espírito Santo representa o Pai e o Filho. Mas, não podemos dizer que o Espírito Santo é o Pai nem que o Espírito Santo seja o Filho ou ainda o Pai e o Filho juntos.

No livro de Atos temos a seguinte declaração: “Mas ele [Estevão], cheio do Espírito Santo [Pneúmatos Hagíou], fitando os olhos no céu, viu a glória de Deus, e Jesus em pé à direita de Deus, e disse: Eis que vejo os céus abertos, e o Filho do homem em pé à direita de Deus”. (Atos 7:55-56 – AVR).

Em Luc 11:13 diz: “Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais dará o Pai celestial o Espírito Santo [Pneûma Hágion] àqueles que lho pedirem?”.

Prestem atenção a esta expressão: Pneúmatos Hagíou e Pneûma Hágion. Creio que por meio desses dois versos, podemos entender perfeitamente que o Espírito Santo, não se trata do Pai nem do Filho, contudo, representa o Pai e o Filho. Sendo, no entanto, destituído dos dois atributos inerentes ao Pai e ao Filho: Criador e ser digno de adoração. 

Segunda Parte:

Nesta parte, temos uma afirmação verdadeira: “Os verdadeiros adoradores adorarão o Pai”. Este é um dos assuntos mais claros, tanto na Bíblia quanto no Espírito de Profecia. Adoração somente ao Pai e ao Filho. Em nenhum lugar na Escritura Sagrada ou no Espírito de Profecia, é nos ordenado adorar ao Espírito Santo. Mas quanto ao Messias, tanto no Antigo (Josué 5:13-15) quanto no Novo Testamento (Heb. 1:5-6 – cf. Fil. 2:9-11), temos referências sobre adoração. (Leia apoc. 19:10 e 22:8-9).

Terceira Parte:

Nesta parte, também temos a afirmação: “O Pai está em busca de adoradores”. (João 4:23) E “A grande questão é: a quem adoraremos, ao Pai ou ao diabo? A doutrina da trindade muda o foco do grande conflito”.

O ponto central da grande controvérsia no Universo é a adoração. E as três mensagens angélicas, com a mensagem adicional do anjo de Apoc. 18 estão centralizadas na adoração.

Apocalipse 11:1-2 nos foi ordenado: “mede [avaliar, prestar atenção] o santuário de Deus, e o altar, e os que nele adoram”. Esta ordem pode ser perfeitamente entendida, quando estudamos os capítulos 4 e 5 do mesmo livro. No capítulo 4, apenas o Pai é adorado. No capítulo 5, somente o Pai e o Cordeiro são adorados.

Quarta Parte:

Nesta parte, tem uma afirmação que causa confusão a muitas pessoas bem intencionadas.

Deus é Espírito”. É claro que esta afirmação foi feita em relação ao Pai, bem como ao local de adoração em questão: o Templo do Monte Gerizim ou o Templo de Jerusalém. Por isso, o Messias acrescentou: “E é necessário que os que o adoram [os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade – v. 23] o adorem em espírito e em verdade”. (João 4:24 - AVR).

Adoração em espírito é o mesmo que adoração em pensamento. Adoração em verdade é o mesmo que adoração por palavras e atos.

As referências citadas: Isaías 57:15. (Ver também 1 Reis 8:27-28 e II Crônicas 2:5-6.); Atos 17:14-28 e o Salmo 139, nos ensinam muitas verdades.

O Pai habita onde Ele quer. No Seu Santuário no Céu, bem como em Suas criaturas, por meio da Sua glória.

“... Desde os séculos eternos era o desígnio de Deus que todos os seres criados, desde os luminosos e santos serafins até ao homem, fossem um templo para morada do Criador. Devido ao pecado, a humanidade cessou de ser o templo de Deus. Obscurecido e contaminado pelo pecado, o coração do homem não mais revelava a glória da Divindade. Pela encarnação do Filho de Deus, porém, cumpriu-se o desígnio do Céu. Deus habita na humanidade, e mediante a salvadora graça, o coração humano torna-se novamente um templo. ...”. (O Desejado de Todas as Nações. 20ª ed. 1997. p. 161.).

Segundo o livro de Atos, nós vivemos, nos movemos e existimos na glória do Pai. E, de acordo com o capítulo 139 de Salmos, nós não podemos fugir da presença de Yahweh. Primeiro, Ele tudo conhece. Outro motivo, que podemos identificar, é que em qualquer lugar onde nos encontrarmos, os seus mensageiros (os anjos da glória) nos acompanharão – abençoando, consolando, repreendendo, protegendo, etc;

No que diz respeito à glória, após o pecado Adão e Eva ficaram privados dela (Rom. 3:23). Por isso, eles geraram filhos segundo a imagem e semelhança deles (Gên. 5:3).

Para adorarmos o Pai não precisamos contemplá-LO face a face. Embora esta seja a nossa esperança. Por isso, o Messias declarou: “Os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade”.

O Messias fez as seguintes declarações: “Deus é Espírito”. (João 4:24). “... As palavras que eu vos tenho dito são espírito e são vida”. (João 6:63 - AVR). Em outro lugar, falando dos anjos maus Ele disse: “Ora, havendo o espírito imundo saído do homem... Então vai e leva consigo outros sete espíritos piores do que ele...”. (Mat. 12:43-45 - AVR).

Em Hebreus, falando dos anjos bons, está escrito: “Não são todos eles espíritos ministradores, enviados para servir a favor dos que hão de herdar a salvação?”. (Heb. 1:14 – AVR).

Portanto, devemos ter cuidado em fazer afirmações precipitadas, no que diz respeito a palavra “Espírito”. Porque o Pai é Espírito; o Filho é Espírito; os anjos, tanto os bons quanto os maus são espíritos; as palavras proferidas pelo Messias (a Escritura Sagrada) são espírito; aquele que se une ao Messias e O aceita como Salvador, também, torna-se um espírito (1Cor. 6:17 – cf. 6:14; 2Cor. 3:17; 5:16 e 1Cor. 8:6), porque nasceu da água e do Espírito (João 3:5-6 – nasceu do Senhor).

Quinta Parte:

Nesta parte, faremos as seguintes observações: A primeira, diz respeito ao que foi dito no início, sobre os versos 2Cor. 3:17 e Atos 5:3 e 4. O primeiro verso pelo contexto do capítulo e das Epístolas do apóstolo Paulo, trata-se do próprio Messias. Porque ele afirmou: “... Um só Senhor, Jesus Cristo...” e “Ora, o Senhor é o Espírito...”. (1Cor. 8:6 e 2Cor. 3:17 - AVR).

Já a expressão de Atos 5:3 e 4, diz: “... Para que Mentisses ao Espírito, o Santo [Tò Pneûma, tò Hágion]... Não mentiste aos homens, mas a Deus”.

Ananias e Safira fizeram um voto ao Senhor (ao Messias). Por isso, que a mentira relatada aqui, foi ser não aos homens, mas a Deus. Todo e qualquer pecado, os atos são demonstrados por meio da transgressão da lei do Pai. E no íntimo, as pessoas aceitam ou rejeitam ao Messias, por meio dos pensamentos e planos.

Não vos deixarei órfãos, voltarei para vós outros. Ainda por um pouco, e o mundo não me verá mais; vós, porém, me vereis; porque eu vivo, vós também vivereis. Naquele dia, vós conhecereis que eu estou em meu Pai, e vós, em mim, e eu, em vós. ... Se alguém me ama, guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada”. (João 14:18-23).

Esta afirmação do Messias: “Não vos deixarei órfãos, voltarei para vós outros”, diz respeito à Sua morte e ressurreição. Este é o verdadeiro motivo pelo qual Ele fez essa afirmação. Órfão é a pessoa que perdeu os pais ou um deles em função da morte. Não é o caso do Messias que morreu e ressuscitou. Ascendeu ao Céu, mas não abandonou os seus discípulos para estarem sob o poder do maligno.

A expressão: “Ainda por um pouco, e o mundo não me verá mais vós, porém, me vereis”, diz respeito aos ensinamentos do Messias. Após a ressurreição, Ele não mais se dirigiu ao povo para ensinar; somente aos Seus discípulos. Mas algumas pessoas, que não eram Seus discípulos viram o Messias.

“Com os onze discípulos, dirigiu-Se Jesus agora para o monte. Ao passarem pela porta de Jerusalém, muitos olhares curiosos seguem o pequeno grupo, chefiado por Aquele que, poucas semanas antes, fora condenado pelos principais, e crucificado. ...”. (O DTN. p. 830.).

Esta expressão: “Naquele dia, vós conhecereis que eu estou em meu Pai, e vós, em mim, e eu, em vós”, diz respeito à glória.

O Pai habita no ser humano e em suas criaturas, por meio da Sua gloria. A condição para o Pai e o Filho, habitar em nós, é amarmos ao Filho e guardarmos a Sua palavra, que é espírito.

Quanto a esse verso: “Estas coisas vos tenho dito por meio de figuras; vem a hora em que não vos falarei por meio de comparações, mas vos falarei claramente a respeito do Pai”. (João 16:25). O contexto dele começa na Santa Ceia, pois é a partir dela, que o Messias começa a fazer importantes declarações.

NO verso 10, Ele diz: “Em verdade, em verdade vos digo: Quem receber aquele que eu enviar, a mim me recebe; e quem me recebe a mim, recebe aquele que me enviou”. (Confira Luc. 10:16).

Portanto, por esse verso, e o de Lucas 10:16, nos afirmam que qualquer anjo ou mesmo um ser humano que o Messias enviar, e for bem recebido, está recebendo o Messias e, conseqüentemente, recebendo o Pai, por outro lado, se não é recebida, o Messias é quem está sendo rejeitado e, conseqüentemente, o Pai. Leia Mat. 25:31-46.

No capítulo 14 o Messias disse: “Eu Sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém chega ao Pai, senão por Mim”.

No verso 7-9, Ele diz: “Se vós me conhecêsseis a mim, também conheceríeis a meu Pai; e já desde agora o conheceis, e o tendes visto”. (Col. 1:15 e Heb. 1:3 – o Messias é a Imagem do Pai).

No verso 8: “Disse-lhe Felipe: Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta”.

No verso 9, o Messias declara: “Há tanto tempo que estou convosco, e ainda não me conheces, Felipe? Quem me viu a mim, viu o Pai; como dizes tu: Mostra-nos o Pai?”. Nesse verso, além do Messias declarar que é a Imagem e semelhança do Pai, Ele, também, repreende Felipe. Porque se Felipe não O conhece, a quem vê, como vai conhecer o Pai, a quem não vê?

É por causa desses versos, que o Messias fez a declaração:

Estas coisas vos tenho dito por meio de figuras; vem a hora em que não vos falarei por meio de comparações, mas vos falarei claramente a respeito do Pai”. (João 16:25).

Leia o comentário de Ellen G. White, em Testemunhos Seletos. Vol. 3. 5ª ed. 1985. pp. 264-266.

Os três últimos versos, do capítulo 16, diz:

Saí do Pai, e vim ao mundo; outra vez deixo o mundo, e vou para o Pai. Disseram os seus discípulos: Eis que agora falas abertamente, e não por figura alguma. Agora conhecemos que sabes todas as coisas, e não necessitas de que alguém te interrogue. Por isso cremos que saíste de Deus”. (João 16:28-30 - AVR).

Estes versos: Êxodo 17:2-7 e Heb. 3:7-11, estão falando do Messias. Leia Isaías 63:7-14 e Atos 7. A expressão de Hebreus, traduzida por Espírito Santo, na Língua Grega é: Tò Pneuma, tò Hágion – o Espírito, o Santo.

Nos versos de Isaías 6:1-10 e Atos 28:25-27, também esta falando do Messias.

Em Isaías 6:1 diz: “No ano em que morreu o rei Uzias, eu vi o Senhor [Adonay – o Messias] assentado sobre um alto e sublime trono...”.

Verso 3: “... Santo, santo, santo é o Senhor dos exércitos... ”. O Senhor dos Exércitos é o Messias. (DTN. p. 833 e Salmos 24:7-10).

No verso 6 diz: “Então voou para mim um dos serafins, trazendo na mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz”.

No verso 8 diz: “Depois disto ouvi a voz do Senhor [Adonay], que dizia: A quem enviarei, e quem irá por nós? Então disse eu: Eis-me aqui, envia-me a mim”.

Versos 9-10 diz: “Disse, pois, ele: Vai, e dize a este povo: Ouvis, de fato, e não entendeis, e vedes, em verdade, mas não percebeis. Engorda o coração deste povo, e endurece-lhe os ouvidos, e fecha-lhe os olhos; para que ele não veja com os olhos, e ouça com os ouvidos, e entenda com o coração, e se converta, e seja sarado”.

O apóstolo João interpretou este acontecimento, e escreveu:

Por isso não podiam crer, porque, como disse ainda Isaías: Cegou-lhes os olhos e endureceu-lhes o coração, para que não vejam com os olhos e entendam com o coração, e se convertam, e eu os cure. Estas coisas disse Isaías, porque viu a sua glória, e dele falou”.

Em Atos, também, está escrito: Tò Pneuma, tò Hágion – o Espírito, o Santo.

As referências de Jer. 31:31-34 e Heb. 10:15-17, também estão falando do Messias. Porque é o Messias que é o Anjo da Aliança (Anjo do Concerto ou Anjo do Pacto).

Eis que eu envio o meu mensageiro, que preparará o caminho diante de mim; de repente, virá ao seu templo o Senhor, a quem vós buscais, o Anjo da Aliança, a quem vós desejais; eis que ele vem, diz o SENHOR dos exércitos”. (Mal. 3:1 - ARA).

Em Hebreus, 10:15, diz: Tò Pneuma, tò Hágion – o Espírito, o Santo.

Portanto, as referências citadas, onde traz o Espírito, o Santo, falam do Messias, e não do Pai. Além do mais, de acordo com a profecia de Dan. 9:24: “O Santo dos Santos” é o Messias.

Contudo, não podemos confundir a expressão: Tò Pneuma, tò Hágion – o Espírito, o Santo. Atos 20:28, que derramou o Seu próprio sangue, com a expressão: “Pneuma Hágion – Espírito Santo”, referente ao batismo que seria realizado pelo Messias. Porque quem derramou sangue foi o Messias. Não foi nem o Pai nem Espírito Santo.

Mat. 3:11: em Pneúmati Hagío(i) – em Espírito Santo;

Mar. 1:8: em Pneúmati Hagío(i) – em Espírito Santo;

Luc. 3:16: em Pneúmati Hagío(i) – em Espírito Santo;

João 1:33: em Pneúmati Hagío(i) – em Espírito Santo;

Atos 1:5: em Pneúmati ... Hagío(i) – em Espírito ... Santo;

Atos 2:4: Pneúmatos Hagíou – Espírito Santo.

Em João 20:22, o Messias soprou: Pneûma Hágion – Espírito Santo. E não, o Espírito, o Santo.

Em função desses versos, entendo que não pode haver confusão em aceitarmos o Espírito Santo como sendo um representante do Pai e do Filho. No entanto, adoração, somente ao Pai e ao Filho. Pois só eles são Criadores.

Ser representante do Pai e do Filho, não quer dizer que seja D-us, Criador e que deve receber adoração.

Portanto, concluo dizendo que adoração, somente ao Pai e ao Seu Filho, tanto no Céu quanto na Terra. – josielteli@hotmail.com


Resposta do Editor/Autor da Reflexão:

Amigo Josiel,

Creio que começaremos a ter problemas se, ao invés de nos ajudar, começarmos a nos atacar por conta de opiniões e compreensões diferentes. Como você deve imaginar, também não concordo com 100% daquilo que você escreve, mas nem por isso preparo um artigo para combater o seu, que eu mesmo publiquei.

Creio que não estamos numa disputa para provar quem sabe mais. De fato, cheguei à posição anti-trinitária posteriormente em relação a você, mas isso não significa que, em função do tempo, deva sujeitar-me às suas opiniões, submeter o que penso à sua avaliação ou deixar de opinar apenas porque ainda não cheguei a uma conclusão definitiva. Creio que o conhecimento se constrói com a pesquisa e que posso emitir relatórios temporários do que vou descobrindo, enquanto o estudo avança.

Creio também que seria importante não impor aos leitores do site apenas a sua opinião, à luz da qual todos os artigos publicados sobre o tema teriam que ser ajustados e corrigidos. Discordo da ênfase que você dá ao espírito santo como uma entidade separada de Deus, porque não vejo isso no Antigo Testamento. Para mim, o espírito de Deus faz parte do próprio Deus, como o meu espírito faz parte de mim mesmo e não sai me representando por aí.

Aliás, isso aprendi com judeus messiânicos a quem tenho consultado. E o que disse no artigo foi que deveríamos concordar com o que dizem a respeito da identificação do Espírito Santo, num artigo muito bem fundamentado para o qual fiz o link. Não disse que devemos aceitar tudo o que provenha de judeus messiânicos.

É virtude, creio eu, admitir que textos da Palavra de Deus possam ser entendidos de mais de uma maneira e, até em alguns casos, de modo atravessado em relação à lógica, haja vista interpretações inspiradas do Novo Testamento em relação ao Antigo, às quais se analisadas criticamente muitas vezes destoam completamente do contexto. Por isso, creio, você não deveria pretender que todo e qualquer texto bíblico citado possa ser entendido apenas por sua ótica.

Posso até estar errado em tudo que acabo de lhe dizer, mas é o que vai em meu coração neste momento. Imaginei que teria um ótimo artigo explicativo quanto à diferença entre O Espírito, o Santo e espírito santo, mas o que li foi apenas uma tentativa de adequar o fruto de reflexões que me custaram leitura, orações e reflexão à camisa-de-força dos seus pensamentos.

Posso vir a alterar completamente esse texto, como já fiz em relação a alguns pontos (faço isso sempre com aquilo que escrevo). Posso vir até a renegar tudo que ali escrevi, desde que a pesquisa bíblica que desenvolvo me demonstre estar equivocado. Se ler a apresentação do site, verá que nada do que é escrito aqui tem caráter definitivo.

Pegue mais leve comigo. Estou engatinhando no assunto em relação a você. Se quiser desenvolver algo sobre o tema, faça-o sem referências diretas e, particularmente, tente me fazer ver onde poderia melhorar meu raciocínio à luz da Bíblia. Mas esteja também disposto a rever suas conclusões em algum momento. Leia, por exemplo, despreconceituosamente, o artigo dos messiânicos ao qual me referi, verá que há informações interessantes e importantes ali. -- Robson Ramos.

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