Alberto Timm Confirma que EGW Afirma que o
Espírito Santo é Cristo, Mas Depois Tenta Desdizer Tudo...
O texto abaixo foi publicado
em recente número da Revista do Ancião e (por enquanto) pode ser encontrado no
seguinte endereço:
http://www.dsa.org.br/revistadoanciao/JAS2005/perguntas_respostas.asp
Em
Manuscript Releases, vol. 14, págs. 23 e 24, estaria Ellen White
sugerindo que Cristo e o Espírito Santo são a mesma pessoa?
O texto diz: "Limitado pela humanidade, Cristo não podia estar pessoalmente
em toda parte; portanto, era para benefício deles que Ele os deixasse, fosse
para o Seu Pai, e enviasse o Espírito Santo para ser o Seu sucessor na
Terra. O Espírito Santo é Ele próprio despojado da personalidade humana e
independente dela. Ele representaria a Si mesmo como presente em todos os
lugares pelo Seu Espírito Santo, como o Onipresente. 'Mas o Consolador, o
Espírito Santo, a quem o Pai enviará em Meu nome, esse (embora invisível
para vós) vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos
tenho dito' [João 14:26]. 'Mas Eu vos digo a verdade: convém-vos que Eu vá,
porque, se Eu não for, o Consolador não virá para vós outros; se, porém, Eu
for, Eu vo-lo enviarei' [João 16:7]."
Para entendermos essa declaração
é indispensável que interpretemos corretamente a segunda e a terceira
sentenças, que, no original em inglês, aparecem da seguinte forma:
"The Holy Spirit is
Himself divested of the personality of humanity and independent thereof.
He would represent Himself as present in all places by His Holy Spirit,
as the Omnipresent."
Isoladas do seu contexto, essas
sentenças acabam se tornando ambíguas. Conseqüentemente, o pronome reflexivo
"Himself", que aparece na expressão "the Holy Spirit is Himself", poderia
ser interpretado como se referindo ao Espírito Santo ou a Cristo. Se
optarmos pela primeira alternativa, então teremos que entender a sentença da
seguinte forma: O próprio Espírito Santo é despojado da personalidade humana
e independente dela. Mas, nesse caso, os pronomes "He", "Himself" e "His" da
sentença seguinte teriam que ser interpretados como também se referindo ao
Espírito Santo, o que nos obrigaria a entender a sentença como segue: O
Espírito Santo representaria a Si mesmo como presente em todos os lugares
pelo Seu Espírito Santo, como o Onipresente. Mas tal interpretação é
destituída de sentido e, portanto, inaceitável.
A despeito de qualquer
ambigüidade, o contexto confirma que em ambas as sentenças os pronomes "He",
"His" e "Himself" se referem a Cristo e não ao Espírito Santo. Assim sendo,
as sentenças podem ser entendidas da seguinte forma: "O Espírito Santo é
Cristo despojado da personalidade humana e independente dela. Cristo
representaria a Si mesmo como presente em todos os lugares pelo Seu Espírito
Santo, como o Onipresente."
Essa interpretação é confirmada
por uma declaração paralela encontrada em O Desejado de Todas as Nações,
pág. 669, na qual é dito que "o Espírito Santo é o representante de Cristo,
mas despojado da personalidade humana, e dela independente".
Até aí tudo bem, a partir
daqui começa o contorcionismo interpretativo do doutor:
Alguns pretendem que, ao afirmar que o Espírito Santo é
Cristo, Ellen White estaria afirmando que o Espírito Santo é uma mera
energia despersonalizada que emana de Cristo. Mas tal interpretação não é
corroborada pelo contexto em que aparecem as referidas expressões. Ao
asseverar que o Espírito Santo é Cristo "despojado da personalidade humana e
independente dela", Ellen White sugere uma clara distinção entre a natureza
divina do Espírito Santo e a natureza divino humana de Cristo. Além disso,
as declarações de que o Espírito Santo seria enviado pelo Pai em nome de
Cristo (João 14:26) e pelo próprio Cristo (João 16:7), citadas no mesmo
parágrafo, confirmam que o Espírito Santo é distinto, tanto do Pai como do
Filho. Para ser enviado por ambos, o Espírito Santo precisa ter uma
personalidade distinta de ambos, pois ninguém se auto envia.
Ao sugerir que o Espírito Santo é Cristo, Ellen White
empregou uma força de expressão semelhante à que Cristo usou ao dizer "Eu e
o Pai somos um" (João 10:30). Essas expressões enfatizam a unidade essencial
entre o Espírito Santo e Cristo, e entre Cristo e o Pai, respectivamente,
sem com isso negar a distinção de personalidade de cada um deles. Portanto,
ao dizer que o Espírito Santo é Cristo, Ellen White sugere que a presença do
Espírito Santo no mundo, como representante de Cristo, não representaria
qualquer perda para os discípulos. Por mais que alguns busquem endosso para
suas teorias antitrinitarianas na declaração de Manuscript Releases,
tais tentativas jamais conseguirão ofuscar os claros ensinos bíblicos e de
Ellen White a respeito da Divindade como formada por três Pessoas distintas
- Pai, Filho e Espírito Santo.
Fonte:
http://www.dsa.org.br/revistadoanciao/JAS2005/perguntas_respostas.asp
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