Carta aberta para o Dr. José Carlos Ramos e irmãos de Goiânia

A presente carta objetiva aclarar uma questão que gerou dúvida na mente de irmãos adventistas sinceros da cidade de Goiânia - GO, estudantes da palavra de Deus e crentes na mensagem do único Deus, nosso Pai celestial, conforme o testemunho das Escrituras. Não objetiva responder as afirmações deste teólogo da denominação adventista, feitas em público, apenas por ter ele o título de doutor, uma vez que "Deus não aceita a aparência do homem", mas sim o faz pelo fato de tais declarações dele terem ocasionado dúvidas na mente de sinceros indagadores da verdade que, embora não o devessem (pois Deus dá graça abundante a todos para firmarem a fé somente sobre a palavra de Deus) confessaram a mim terem sido abalados por tais declarações.

Entendo a dificuldade destes irmãos sinceros, uma vez que, após terem sido ridicularizados, perseguidos e caluniados em suas igrejas, e serem ainda constantemente bombardeados com argumentos falsos bem montados para "provar" a existência de uma "trindade" pela Bíblia, sentem-se mais inseguros quando são notificados de que irmãos os quais viram defendendo a verdade do único Deus voltaram atrás. Exponho brevemente o caso, para melhor entendimento:

Estando o Dr. José Carlos Ramos em Goiânia falando para irmãos adventistas concernente ao tema Divindade x Trindade, mencionou que teria ele tido um encontro comigo, no qual eu teria confessado que eles estavam com a verdade, mas eu considerava que era tarde demais para voltar atrás, e permaneceria, portanto na minha posição.

O fato me foi relatado por testemunhas oculares do ocorrido, as quais não convém, por razões óbvias, citar os nomes aqui. Confesso diante do senhor, Dr. José Carlos Ramos, bem como diante de todos os leitores que não me recordo e não tenho qualquer conhecimento de dita reunião.

Até hoje nos encontramos pessoamente por duas vezes: Uma na igreja adventista central de Curitiba, onde o senhor teceu todo um raciocínio para tentar derrubar o entendimento de que os Sete Reis de Apocalipse 17 são sete papas. Fiz dois apartes. Como especialmente o segundo aparte não lhe foi conveniente, uma vez que contradisse vossa argumentação, o senhor não me permitiu mais aportar mesmo após eu insistir para fazê-lo, levantando a mão. Deixei então a reunião antes de esta terminar, enquanto o senhor continuava expondo sua tese.

O segundo e último encontro pessoal que tivemos se deu na sede da Associação Paulista Leste, em um domingo pela manhã, no qual haveria um debate entre o senhor (José Ramos) e o irmão Silas Jackel, para retificar a decisão da igreja adventista da Penha - SP, em excluir este nosso querido irmão, por não crer na trindade.

Foi solicitado que me dessem a palavra, assim como ao irmão Silas, para se expor o entendimento que temos sobre o tema (Divindade). Vossa resposta foi que somente um poderia falar. Como o irmão Silas era a pessoa em questão no processo de exclusão, discursaram ele e o senhor, e coube a mim aguardar e contribuir eventualmente com perguntas.

Na ocasião, o irmão Silas foi usado pelo Senhor para expor as ligações ecumênicas da igreja adventista do sétimo dia através de farta documentação - tanta, que foi necessário até mesmo resumir a palestra, para poder se apresentar também o tema "Divindade", também ricamente documentado.

Ante cada prova apresentada, mostrando as ligações ecumênicas da IASD e também o abandono da verdade sobre a Divindade (não trindade) dada aos pioneiros desta denominação pela Conferência Geral nos anos subseqüentes à morte de Ellen G. White, o senhor apenas limitava-se a dizer, em resposta que os argumentos apresentados não eram verdade.

Contra toda a documentação apresentada pelo irmão Silas, o senhor apresentou um artigo datado de cerca de 5 anos antes, publicado em um jornal, como suposta evidência de que a IASD não possuísse ligações ecumênicas.

Contra as provas da mudança doutrinária mostradas nos documentos, testemunhos e hinários da denominação, o senhor, dentre os poucos pobres argumentos que deu, quase que apenas se limitou a dizer que, quando fez teologia, já se pregava a trindade.

Em dita ocasião, o senhor colocou que éramos um grupo de dissidentes insatisfeitos com a igreja por questões pessoais. No aparte que fiz, após ser-me cedida a palavra na última fala do irmão Silas, coloquei que defendíamos a verdade bíblica quanto a Divindade, e apelei publicamente não somente a ti, mas a todos os pastores e líderes que estavam congregados ali, para que se arrependessem de vosso pecado de idolatria (idolatria - adoração de três deuses, Pai, Filho e Espírito Santo, ou três em um, o que dá no mesmo). Este foi nosso segundo e último encontro. Como é de seu e de meu conhecimento, não tivemos qualquer encontro além destes dois aqui mencionados.

Fica portanto patente que o senhor MENTIU para os irmãos que estavam congregados em Goiânia. TAL DECLARAÇÃO de minha parte, como a citada pelo senhor nesta cidade, NUNCA OCORREU, e o senhor bem sabe disso. Mas, talvez, como convinha ao propósito de enganar as almas de Goiânia e deixá-las enredadas no engano satânico da trindade, foi isto feito.

Cito isto nesta carta aberta também com o propósito de auxiliar aos sinceros que estudam este tema, pois a exposição da sua atitude é prova de que o senhor não advoga a verdade. Bem nos advertiu o Senhor com respeito a pessoas que realizassem obras como esta que fizeste, dizendo: "acautelai-vos do fermento dos fariseus, que é a hipocrisia".

Jesus disse: "santifica-os na verdade". Isto significa que é a verdade o que santifica o homem. Expedientes como calúnia, difamação, mentira, etc. não necessitam serem usados pelos que estão com a verdade revelada pelas Escrituras. Mas a natureza de sua obra mostra que a "verdade" da trindade na qual o senhor diz crer é que o leva a praticar as obras que o senhor está praticando, as quais não têm origem nos céus, mas antes, como a Escritura o revela, são inspiradas por um poder de baixo.

Dirijo-me agora aos queridos irmãos adventistas de Goiânia, que ouviram tais calúnias. Primeiramente, meu queridos, não confiem em mim. Embora não tenha deixado de confessar a verdade do Deus único desde que a aceitei até hoje, sou homem e posso cair. Não seja eu o vosso fundamento.

Ninguém pode por outro fundamento além do que já foi posto, o qual é Jesus Cristo. Confiem na palavra de Deus, dada por Cristo e firmem vossa fé nela. É ela quem afirma haver apenas um Deus, o Pai. Em segundo lugar, não confiem nos pastores.

O senhor bem nos advertiu em Isaías 56 sobre a natureza da obra da maioria dos pastores segundo a carne que existem hoje em dia, que dão ouvidos a espírito enganadores e ensinam doutrinas de demônios, que conduzem à perdição aqueles que nelas crêem.

É verdade que existem pastores que sinceramente ensinam a verdade que aprenderam, mas Deus não deixou nem estes como responsáveis por determinar a regra de fé e prática para nós. Seja a Palavra de Deus o nosso firme fundamento, não os pastores. Em terceiro lugar, não deixeis de pregar esta verdade do único Deus, o Pai, tão claramente revelada na Bíblia.

Existem muitos adventistas que necessitam ser esclarecidos quanto a isto, e cabe a nós permitirmo-nos ser usados como instrumentos em Suas mãos para o cumprimento desta obra.

No mais, sede fortalecidos na força do Senhor, nosso Deus. Que a graça esteja convosco.

Que Deus vos abençoe,

Jairo Carvalho

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