Organização Diz que Participou do Encontro Mundial de Líderes Religiosos Sem Ser Convidada

O noticiário oficial da Igreja Adventista do Sétimo Dia divulga neste final-de-semana um relato contraditório quanto à participação adventista no Encontro Mundial de Líderes Religiosos Promovido pela ONU em parceria com o empresário Ted Turner, da Rede CNN. 

As contradições surgem já no primeiro parágrafo, em que a razão do evento é claramente enunciada embora seja dito no penúltimo parágrafo do texto, que a Igreja Adventista não teria sido convidada e desconhecia os objetivos do encontro.

Talvez não tenha sido convidada, mas isso não significa que não esteve representada, seja por Jonathan Gallager, apresentado como "departamental de contato com a Onu", ou pelos irmãos cujos nomes incluídos na relação de delegados enviados à Nova Iorque para a reunião.

É contraditória também afirmação de que "qualquer tentativa de esforço no sentido de 'unificação religiosa do mundo' ou uma única voz religiosa - como alguns supunham - seria condenada a falhar". Afinal de contas, como igreja, cremos que haverá uma unificação final de todas as falsas religiões e todos os que a ela não se submeterem passarão a ser perseguidos. Ou será que essa doutrina também já teria sido alterada?

A verdade é que parte das declarações do secretário geral Kofi Annan, não mencionada por Gallager, foi tão surpreendente e equivocada para o adventista quanto o documento que dá ênfase à superiodade da Igreja Católica em relação as demais religiões divulgado nesta semana. Segundo noticiou a CNN, "Kofi Annan, pediu aos representantes religiosos reunidos em Nova York que dessem um exemplo de paz e justiça ao mundo, alertando que nenhuma religião possui todas as respostas, mas que as raízes de todas elas jazem sobre as mesmas bases."

A contradição máxima é essa parceria de Laodicéia com os "reis da Terra", através da ONU. Aliás, isso já vem ocorrendo há algum tempo. Se você lê em inglês, veja, por exemplo, no site da Associação Geral, um relato da participação de um sub-secretário da ONU em reunião do Concílio Pastoral da AG no ano passado. Reveja também as notícias da participação desse mesmo sub-secretário da ONU nas reuniões de Toronto.

No quadro abaixo, apresentamos a tradução da nota da Associação Geral que analisamos neste texto:

DIFERENTES REAÇÕES AO ENCONTRO MUNDIAL DE RELIGIÕES DA ONU

New York, New York, U.S. A. .... [ANN Staff]

O Encontro de Religiões e Líderes Espirituais pela Paz Mundial, promovido pela ONU que atraiu mais de 1.000 participantes representando mais de 70 tradições religiosas, causou diferentes reações. O encontro aconteceu entre 28 a 31 de agosto em Nova Iorque e teve como objetivo encorajar o diálogo onde todas as religiões podem ajudar reduzindo conflitos e violência ao redor do mundo.

Jonathan Gallagher, departamental de contato com a ONU da Igreja Adventista do Sétimo Dia, relata que enquanto muitos têm aplaudido a oportunidade de um diálogo interreligioso com líderes de muitos credos presentes, permaneceram preocupações sobre a agenda e a composição do Encontro.

"Embora o Encontro não seja um evento oficial da ONU, ele foi patrocinado pela organização", disse Gallagher. "O reconhecimento da importância da religião pelo Secretário Geral da ONU é bem-vindo e isso enfatiza o direito de liberdade religiosa".

O Secretário Geral Kofi Annan disse em seu discurso que a religião é "um reino de extraordinário poder".

"Onde religiões e seus adeptos são perseguidos, difamados, assaltados ou negados devido a processos, nós somos todos diminuídos, nossas sociedades enfraquecidas", disse Annan. "Não deve haver lugar no século 21 para intolerância e fanatismo religioso".

"Embora a praticalidade de como alcançar esses objetivos permaneçam somente em debates", disse Gallagher, "alguns representantes demonstraram preocupação com a agenda do encontro e seu propósito. Mais especificamente, os delegados questionaram porque um número de grupos Cristãos, incluindo adventistas, não foi convidado, e quais eram as intenções dos organizadores do evento ". O evento foi patrocinado em parte pelo homem de mídia Ted Turner e um grupo de corporações que mantém a "Fundos para um Mundo Melhor" de Turner, uma fundação da ONU.

"Existiram outras preocupações sobre o que seria discutido no proposto Conselho Internacional de Religiosos e os Líderes Espirituais. Qualquer tentativa de esforço no sentido de 'unificação religiosa do mundo' ou uma única voz religiosa - como alguns supunham - seria condenada a falhar ", concluiu Gallagher.

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