Sem o Direito à Crítica, Nenhum Elogio é Válido, Pastor Nágel

Comentários sobre o artigo do Pr. Rui Nágel, na Revista Adventista de setembro de 2003: “Quem cuida da igreja?”

 

O Pr. Rui Nágel foi no mínimo infeliz nas colocações que fez na RA de Setembro/2003 – “Quem cuida da igreja?”

Primeiramente, ele deveria se lembrar que a censura, que já teve seus dias de glória, já não é mais aplicada, vivemos em um país democrático, que nos dá livre direito de nos expressarmos e, o que nos norteia são os padrões éticos que variam de acordo com cultura de cada indivíduo.

Não se pode proibir as pessoas de se expressarem. Dever ser garantida a cada um o direito de mostrar de maneira livre e aberta seu pensamento no livre uso de sua cidadania na demonstração de suas qualidades mentais como seres pensantes, contrapondo-se aos animais, no uso da qualidade dada pelo próprio Deus que nos fez a sua imagem. Também, não se deve usar a pessoa de Deus com a finalidade de neutralizar o pensamento crítico dentro da igreja pois, a crítica nada mais é do que a exposição da visão que cada um tem sobre um determinado assunto.

Outra menção que merece consideração é a seguinte: “contestamos e criticamos diante de fatos que julgamos ser verdade”. Em Programação Neurolinguística se aprende que o ser humano trabalha apenas com a representação da realidade ou seja, um fato pode ter interpretação variada dependendo do processo usado por cada um para formar seu quadro mental com a finalidade de compreender a informação da forma que lhe é mais peculiar. Com base nisto pergunto: Quem pode julgar o que é a verdade já que isto vai depender do modo como processamos a informação? Na IASD, em todos os níveis, e, principalmente na administração, o que notamos é, informações incompletas e inconsistentes e explicações fajutas que nos fazem refletir sobre a idoneidade dos dirigentes da mesma.

É evidente que não gostamos de presenciar críticas dirigidas a nossos entes queridos mas, elas nos abrem os olhos sobre o tipo de familiar que temos pois tais comentários, são os olhos da sociedade, sociedade esta que tem buscado ver nosso exemplo como professos cristãos e, nossa integridade de caráter. Estes comentários devem nos causar profunda reflexão e, nos levar a avaliar se nossa conduta tem refletido a fé que professamos.

É necessário ter humildade para reconhecer nossos erros e coragem os assumir. No entanto, é preciso sabedoria para se andar em retidão e, “o termo do Senhor é o princípio da sabedoria”.

Podemos notar que o artigo do Pr. Rui Nágel nada mais é do que uma crítica aos que criticam, só para mostrar que ninguém está livre de criticar pois é uma habilidade natural dada ao homem que é um ser pensante – racional.

Seria de grande valia se membros que compartilham da mesma postura do Pr. Rui Nágel, aplicassem os conselhos de Ellen G. White contidos no livro Educação e, ao invés de inibir o pensamento crítico de nossos irmãos, criassem condições para que estes saibam questionar e ser posicionar sobre os mais diversos temas colocando em pratica o que diz o referido livro à página 17: “Cada ser humano criado à imagem de Deus, é dotado de certa faculdade própria do Criador – a individualidade – faculdade esta de pensar e agir. ... É obra da verdadeira educação desenvolver esta faculdade, adestrar os jovens para que sejam pensantes e não meros refletores do pensamento de outrem”. E, se aja em conformidade com o conselho divino que nos diz: “Vinde, pois, e arrazoemos...”. Is. 1:18.

Que Deus nos abençoe a todos,

Charles Batista da Silva
Pedro Leopoldo, MG

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