Minha Paciência com a Liderança da AES se Esgotou!

 

Vitória - ES, 26 de setembro de 2003. De Fernando Pretti Para Robson Ramos - Editor do site www.adventistas.com

Senhor editor:

É sabido que sou avesso a atacar a IASD, ou o MR, ou qualquer outra denominação. Dei provas disso através da minha postura, esses anos todos, mesmo sendo massacrado por elas, especialmente a 1ª.  

Recentemente, quando estava deixando o MR e retornando a IASD, meu filho primogênito suicidou-se, o que acabou por me fazer aquietar mais ainda.  

Enganam-se os ASD quando pensam que voltei por causa da tragédia, ou por que tenha voltado atrás no que penso sobre eles. Todavia, voltei com firme propósito de não mais "guerrear" com ninguém.  

Nesse afã, pedi meu religamento ao rol de membros da IASD, porque tenho mais dois filhos e esposa, que precisam se congregar, afinal, não fui excluído, mas, fui eu quem pediu exclusão. Daí que solicitei a reinclusão através de profissão de fé.  

O presidente da AES, que nem sequer foi ao enterro de meu filho, ou, que nesse tempo todo jamais me procurou para uma conversa, ao receber meu pedido, orientou ao distrital que:

1. Promovesse meu rebatismo, como manda a lei ASD.  

2. Verificasse, durante um tempo, se eu realmente havia voltado atrás em minhas posições, antes de me rebatizar.  

3. Certificasse-se de que repudio o MR.

Eis minha resposta, abaixo:  

E-mail à AES

De: fernandopretti Para: secretaria.presidencia@aes.org.br   Data: 25/09/2003 16:50   Assunto: carta de 12/09/2003  

Ao Ilmº. Sr   Pr. Maurício Lima   Pastor geral da AES das IASD  

Prezado irmão:  

Em atenção à sua carta supra-referenciada, tenho a dizer o seguinte.  

Pedi o religamento apenas por causa de minha família. Jamais me batizarei de novo, nem na IASD, nem no MR, nem em lugar algum.  

Continuo pensando a mesma coisa que escrevi em 2000/2001.  

Tinha a intenção de manter uma trégua com vocês, porém, sua manifestação hipócrita, insensível e não inteligente, aliada à arbitrariedade com que tratou o caso de Henderson Velten, bem como Herbert Carvalho e Juarez Oliveira, obrigam-me a fazer o que não gostaria. De hoje em diante, vou aceitar o convite do grupo de estudos do Soteco, liderado por aqueles irmãos, para compor o mesmo, de modo que me considerem, apenas, um visitante na IASD.  

Não quero pregar; não almejo cargos; não quero nada com sua liderança.  

Amo o adventismo, mas é uma ilusão pensar que a IASD é, de fato, a menina dos olhos de Deus, enquanto organização-empresa, assim como se enganam os reformistas.  

Lamento decepcioná-lo outra vez. Todavia, não me considere inimigo, porque não o sou. Apenas tenho opinião própria.  

Falo apenas por mim e não por minha família, que está livre para se rebatizar.  

Respeitosamente,

Fernando José Pretti de Oliveira  

Desde 2000, quando mandei uma carta à AES/UEB/DAS/AG/CG, cuja cópia faço anexar, para a qual nunca obtive resposta, decidi não expor meu dossiê a ninguém, tendo em vista que propus não mais me relacionar com a IASD, indo para a IASD - MR. A mesma coisa fiz, e sustento, em relação ao MR (Vide anexos).  

Agora, porém, a coisa ficou diferente, porque senti na carta do Pastor Geral um certo desprezo e aproveitamento de uma situação, na qual estaria eu em desvantagem, com o fito de fazer vergar a minha alma. Por isso autorizo ao Sr. publicar este material, da forma que julgar conveniente, uma vez que minha paciência com a liderança da AES se esgotou.  

Em conclusão, afirmo que não reconheço a autoridade divina dessa liderança ASD, em todos os seus níveis, de modo que considero pecado devolver dízimos a ela, ou submeter-se às suas decisões. Dessa forma, estou me unindo ao grupo de estudos dos irmãos do Soteco - Vila Velha - ES - Brasil, formado por membros da IASD (até que sejam excluídos), não como uma igreja paralela, mas apenas como movimento extra-oficial, e continuarei a freqüentar a Escola Sabatina, normalmente (até que me expulsem de lá).  

Quanto ao problema específico dos irmãos do Soteco, favor contatá-los para saber se autorizam divulgar seu dossiê.  

Fraternalmente,  

Fernando Pretti

Leia o "dossiê" do irmão Fernando (Artigos em formato *.doc do Word):

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Em Defesa da IASD

Prezado Robson,

Gostaria que se fizesse publicar minha opinião quanto ao discurso do senhor Pretti relacionado à direção da AES da IASD.

01. Não sou membro efetivo da IASD por exclusão provocada por pastor preocupado com o regime financeiro/empresarial mantido pela organização em detrimento dos princípios de compaixão e irmandade que devem orientar uma entidade religiosa de pretensões cristãs.

02. Apesar de não estar ligado ao rol oficial de membros da IASD, pelo fato de ter sido praticamente nascido no seio da mesma, de ter conduta pessoal pautada por princípios de vida que evidenciam minha ligação com o adventismo do sétimo dia, tenho sido visto na comunidade em que vivo como um evangélico adventista (termo que os atuais ASD gostam que se lhes aplique).

03. Evidentemente, o dossiê apresentado pelo senhor Pretti está eivado de informações verídicas no que pertine à atual situação da Obra Adventista. O excesso de exação (exercício de autoridade) por parte dos signatários de cargos elevados nas Associações, faz parecer que os princípios que norteiam o exercício de poder na Obra são os mesmos da Administração Publica brasileira, principalmente nos idos da ditadura militar, época em que qualquer direito/tentativa de defesa ou opinião divergente eram punidos com desterro ou a morte até.

04. Atualmente, a Administração Pública tem demonstrado o desejo de fazer valer os interesses individuais, especialmente o da ampla defesa e do contraditório, mesmo na esfera da administração, sem necessidade de ordem judiciária para tal intento, garantidos pela Constituição da República promulgada nos idos do ano de 1988.

05. Na contra mão da história, o movimento Adventista no Brasil tomou a posição dos ditadores do regime de exceção, na ânsia de, pela força do grito - da excomunhão mesmo! - tentar calar a voz dos insatisfeito, dos revoltados com o atual estado de coisas na estrutura da Obra.

06. Observe  o senhor que, inclusive, o teor dos sermões dos nossos pastores lembram muito as campanhas bem sucedidas do ex-Secretário da Receita Federal, Dr. Everardo Marciel, na busca pelo aumento da arrecadação de impostos federais. Vemos os nossos ilustres sacerdotes, no ímpeto de manter suas centrais arrecadadoras (igrejas) em posição de vantagem em relação às demais, fazerem sermões acalorados e exaltados em prol da "mordomia cristã" e do "dever sagrado de devolver à Deus o que lhe pertence" (dízimo). Nesse pormenor, tenho a dizer que a mordomia cristã mais parece "mordomia pastoral" (no sentido popular do termo)  no caso dos "donatários" que se assenhoraram da Associação Espírito Santense e tantas outras espalhadas por este País.

07. Não obstante tudo isso, ainda creio no movimento adventista, creio na obrigatoriedade da devolução do dízimo à Obra e creio também que não existe pessoa com predestinação neste mundo; todavia, creio que o MOVIMENTO ADVENTISTA DO SÉTIMO DIA é predestinado a cumprir seu destino junto à humanidade.

08. Os cristãos atentos às profecias bíblicas, cônscios de sua interpretação à luz do espírito de profecia (mediante textos não isolados) percebem que a denominação passa pelos derradeiros momentos descritos pela Inspiração, aqueles que parecem destruir-lhe os pilares da fé e da motivação evangelística.

09. Em suma, o que pretendo dizer, aqui, ao douto irmão Pretti, pessoa conhecida e querida no seio do Adventismo do Estado do Espírito Santo, irmão que foi tão festejado quando de seu convencimento da verdade bíblica que possuímos - não falo em conversão porque não sou o Espírito Santo -, é que a Obra estava em estado de doença febril quando de sua assunção à verdade, tudo o que o irmão viu e vê já foi visto por tantos outros antes de si. Tantos que tosquenejaram como o senhor tem feito, mas, jamais, abandonaram o seio do Movimento, na certeza de estão no lugar onde haverá a manifestação derradeira do Espírito Santo para o cumprimento da Tríplice Mensagem Angélica.

10. Se o irmão foi preterido pelos pastores, quando em pêsames pela perda da prole querida, simplesmente não recebeu a visita que tantos milhares de adventistas anônimos estiveram necessitados quando de idênticas perdas. Me parece que suas correspondências possuem um sentido de amargura por uma atenção especial que julga merecer. De fato a merece, mas, também, os irmãos preteridos no seu direito de atenção o merecem. O estrelismo não dura para sempre! Portanto, ao nosso lado, no banco da igreja, existe um lugar para você, sabe pra quê?  PARA ADORAR A DEUS, EM ESPÍRITO E EM VERDADE.

11. Teria muito ainda a dizer, textos e citações que confortariam o coração do irmão Pretti. Porém, à alma que não deseja consolo, nada se pode dizer. O que fiz quando perdi o direito de "comungar" no seio dos "santos"?  Sentei-me no banco, orei, adorei a Deus, e toquei minha vida de comunhão sem perguntar o por que do desalento e do sofrimento.

12. Como diz a Palavra: "nem todos em Israel são israelitas"; também nem todos na IASD são Adventistas. O ASD é um estilo de vida, uma conduta pautada por princípio e prerrogativas de cunho individual e de caráter inviolável! Quem poderá violar a consciência do homem que crê e tem fé?

13. Quando eu era pequeno, os adventistas ufanavam-se em dizer que eram PROTESTANTES. Nunca ouvi alguém na minha igreja dizer que era evangélico. Nunca nos havíamos identificado com esse modernismo 'gospel' que domina o protestantismo apostatado. Havia, de fato, um compromisso com o ideal da Reforma, de liberdade individual na comunhão com Deus e de compromisso com o lema "a bíblia e a bíblia somente"; aliás, esse ponto - a individualização da comunhão e o compromisso com a Inspiração Escrita - é a grande marca que nos liga à Reforma Protestante e nos caracteriza como os PROTESTANTES de estirpe neste século.

14. Ainda hoje, de igreja em igreja, encontramos os irmãos ansiosos pela verdadeira reforma da Obra. Aqueles que choram em suas orações noturnas, aqueles que jejuam, que crêem na verdade como ela é. O movimento ASD ainda está cheio de cristãos fiéis e devotados que lutam, principalmente nas periferias, para propagar a Tríplice Mensagem Angélica e advertir ao povo para que não "adore a besta nem a sua imagem nem receba o seu sinal na mao e na fronte".

15. Por tudo isso, irmão, procure esse compromisso, com Deus, sem as intermediações humanas. As intermediações humanas e a lisonja são os elementos que transformaram a Igreja de Roma em Babilônia.

16. Deus abençoe o irmão, lhe dê forças nessas horas probantes da carreira cristã, porque bem sei que após o estrelismo do bem querer Organizacional,  ter que enfrentar o repúdio daqueles que estão à frente da Obra, é tremenda prova que um cristão pode ter. Não desanime, Cristo vem logo.

17. Um estudo acurado, despido de preconceitos e mágoa, principalmente do Espírito de Profecia, fará o irmão perceber no âmago da questão que a Obra é de Deus e ele está à frente de tudo que está aí. No momento oportuno haverá o tão esperado "joeiramento" de que estamos desejosos; aí, então, ficará demonstrado que há Deus em Israel e não precisamos, sequer, conhecer os Baalins - nesse ponto o irmão sabe do que falo.

Por conhecer tudo que o irmão conhece e ter experiência desagradável com a Organização ainda sou instando a dizer-vos que "A IGREJA ADVENTISTA DO SETIMO DIA É A IGREJA REMANESCENTE DA PROFECIA BÍBLICA, E PESSOAS DE TODAS AS TRIBOS LÍNGUAS E POVOS SÃO CHAMADAS A TER COM ELA COMUNHÃO" separando-se do ermo desolador da confusão babilônica e guardar os mandamentos de Deus e ter o testemunho de Jesus.

Douglas Lorenzon - Vitória, ES


Paciência Esgotada (MESMO!) Contra a AES

Prezados irmãos:

Em primeiro plano, devo louvar a Deus por ler palavras sábias e confortadoras. Obrigado irmão Douglas. Gostaria de ver-lhe, pessoalmente.

Afirmo-lhes que não mais arredo pé da IASD e nela permaneço até o peneiramento final. Por segundo, desejo acrescentar fatos ao meu dossiê, os quais autorizo publicar.

Em 2000, quando mandei a primeira carta, o que ocorreu foi que a AES, na pessoa de Ignácio Kalbermatter, Miranda, Zirnaldo, Lira, dentre outros pastores, exceto Marcos Aguiar, Antônio Dourado e Gildásio Publio, ao invés de me responderem teologicamente e de assumirem uma postura pastoral, simplesmente, eles divulgaram a carta em seus distritos e promoveram uma difamação sem precedentes de meu nome, proibindo-me acesso, não só aos púlpitos, mas à irmandade.

Fique claro que, nem naquela época e nem mesmo quando fui para o MR, divulguei tal dossiê: eu esperava uma atitude de homens! Qual! Enlamearam meu nome, e o resultado foi que deixei a igreja, com o compromisso de não atacá-la.

Decepcionei-me com a Reforma, e tenho, também, um bom dossiê acerca deles, mas somente o divulgarei se for necessário.

Agora, ao voltar, consolado pelo Pr. Zirnaldo, por ocasião de minha particular tragédia, e amparado pelo amor de Pr. Fontes, e preocupado em dar instrução religiosa aos filhos, retornei à IASD, com boas intenções. Estava disposto até a não mais entrar na internet, e violentar minha alma, para manter a paz, porque estou fragilizado.

Não obstante, este homem maligno, Pastor Geral da AES, feriu-me com ferro e fogo, devendo arrostar as conseqüências, pois que ele não sabe quem sou, e quem é Juarez Rodrigues, Henderson Velten, Herbert Carvalho, Jeandro, Jardel e toda uma turma de bereanos, revoltada com tantas arbitrariedades.

A dissolução vergonhosa do Grupo do Soteco, não vai ficar assim. É mais fácil o Pastor Geral cair do que um membro de lá deixar se levar pelas suas armadilhas, e isso sem contar com a questão jurídica. o fato é que A GUERRA ESTÁ SÓ COMEÇANDO, e que eles não nos subestimem.

Anteontem, o Pr. Maurício Lima reuniu os distritos da Grande Vitória, para, perante m centenas de irmãos incautos e subservientes, re-denegrir minha imagem e fundamentar a dissolução do citado grupo. E, a  í, fez o que parecia impossível: com que os irmãos acreditassem que eu estou por trás do levante do SOTECO contra a AES, quando apenas mencionei que estava indo me congregar lá, isso após a dissolução estar decidida. Bem, irmãos, mais para frente darei outros detalhes.

Quero finalizar dizendo que os desdobramentos deste caso serão terríveis para a AES, a menos que a diretoria da AES renuncie.

Cordialmente,

Fernando Pretti

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