Carta Aberta Aos Irmãos Adventistas

 

Prezado Irmãos,

A Paz do Senhor seja convosco.  

Lendo os artigos que são publicados no adventistas.com, quero esclarecer aos irmãos, que eu sai da Igreja Adventista, por livre e espontânea vontade. O quero dizer, é o seguinte:

Fiquei certo tempo na Igreja porque o Pastor que a dirigia não tinha a coragem de reunir a comissão para tratar de meu caso.

Fui adventista de 1964 até 1966. Nesse período tive a oportunidade de trabalhar na Associação Paranaense com séde em Curitiba, naquela época. Lá tive a oportunidade de ver como era administrado os fundos da Igreja. Era a maior fonte de corrupção que já vi em minha vida no trato com o dinheiro que vinha das arrecadações das igrejas e quanto coisa era jogado fora que pertencia ao patrimônio da igreja. Fiquei seis meses nesse trabalho e cheguei a conclusão que isso que acontecia não podia ser obra de Deus. Voltei para a minha casa e deixei a igreja.

Casei, tive três filhos, e vários anos depois, o meu filho mais novo foi estudar no IAP, na cidade de Ivatuba - Pr, no meu estado. Ele chegou lá e se interessou por religião. Porque na nossa casa ninguém tinha religião. Não se tocava nisso. Criei meus filhos com alguma orientação na Palavra de Deus, mas não encontrava meios de dizer a eles qual era a religião que deviam seguir.

As Igrejas protestantes não levavam a nada, porque eram farinhas do mesmo saco, ou seja, filhas do catolicismo. Os adventistas eram demasiados dinheiristas e na prática da caridade um zero a esquerda. A minha mulher, oriunda de família católica, mas não acreditava na baboseira dos padres, sempre foi contestadora das práticas religiosas dessa igreja. Então ficamos uma família crentes em Deus, mas sem religião. Líamos a Bíblia, e criamos nosso próprio conceito a respeito da Palavra de Deus, mas vivíamos uma vida libertina, tentando justificar a nós mesmos.

Bem, meu filho ficou um ano e meio no IAP e foi batizado lá mesmo. Voltou convencido de que era a verdadeira religião. Contei a ele a minha desilusão que tive quando trabalhei na Associação e o alertei para as possíveis desilusão que o mesmo ia ter com o passar do tempo. Minha mulher começou a freqüentar a Igreja de minha cidade e gostou e disse que meu conceito estava errado e que eu devia acompanhá-los. Aquelas experiências que tive eram coisas do passado e que eu devia reconsiderar e voltar para a Igreja.

Comecei a freqüentar os cultos e a escola Sabatina. Estranhei o comportamento dos irmãos, a igreja não era a mesma que eu tinha conhecido. As mulheres de vestidos curtos, mostrando as coxas, cabelos curtos. As jovens mostrando a barriga. Os hinos então, estavam horríveis, vinham cantores vender CDS na porta da Igreja e muita outras coisas.    Rebatizei meio a contragosto, mas ajudava a igreja no que podia. Pagava meus dízimos com pontualidade e às vezes não eram pouco. Minha esposa é professora e também era pontual com os dízimos.

Bem irmãos, daí entrei firme nos estudos da Palavra de Deus. Tomei gosto pela Palavra e comecei a buscar via internet, vários assuntos que condiziam com respeito à religião. Dei de cara com o adventistas.com. E comecei a ver as críticas que eram feitas por vários irmãos sobre o comportamento de certos pastores e da organização. Mas como estava na igreja, achei algumas críticas um tanto contundente, mas fui analisando as mesmas.

Nesse tempo, meu filho foi estudar em Curitiba, fazer cursinho pré-vestibular, e freqüentar a igreja central de lá. Não deu outra, começou a ver como eram as coisa que lá aconteciam. As idéias não podiam ser expostas.

Compreendeu que o sistema funcionava de cima para baixo, e nesse ínterim conheceu um grupo que já tinha sido excluído da Igreja, por discordarem da Trindade, e entrou firme no estudo da questão para aumentar seus conhecimentos sobre o assunto. Quando veio pela primeira vez em visita na minha cidade, já veio completamente mudado a respeito desse assunto. Entrei firme no estudo dessa questão com ele. Se existe esse erro, então deve haver muitos outros, disse a ele. E fomos averiguar. Daí conversando com alguns irmãos descobri que aqui na cidade já havia alguns que também não acreditava na doutrina da trindade.

Formamos nosso grupo. E começamos a analisar o assunto em reuniões em minha casa. A igreja ficou alvoroçada quando soube que havia um grupo que se reunia separadamente aos Sábados à tarde em minha casa. E aí fomos estudar, além da doutrina da trindade, outros pontos doutrinários, que também achávamos estranhos. Partimos para a pesquisa, que envolvia, desde o nascimento da Igreja, e de outras igrejas também.

Ajuntei vasto material. Comprei vários livros dos autores Vagner e Jones, dois pastores excluídos da igreja por discordarem de algumas doutrinas e estudamos os mesmos. Após uma série de estudos queríamos saber onde estaria a Igreja que Jesus e os apóstolos fundaram. Estava ela dispersa? Tinha ela acabado e que precisaria de outras pessoas para fundar novas denominações?

Jesus havia dito que estaria com ela até a consumação dos séculos (Mat 28:20). Li o livro de Eusébio de Cesaréia, História Eclesiástica, que viveu de 265 d.C. ate 340 d.C. e aí entendi um pouco melhor a história da Igreja. Li também o livro a Trindade da Igreja Adventista (li duas vezes) e não me convenceu, mas esclareceu certos pontos na história da Igreja e também da igreja de Jesus. É muito interessante nessa parte.

Irmãos, hoje já sei que a igreja que Jesus e os apóstolos fundaram ainda existe, apesar de pequena ela subsiste, sem muita propaganda. São sabatistas, não trinitarianos, batizam em nome de Jesus, fazem as orações sempre ajoelhados, crêem na restauração do povo de Israel, conforme está escrito na Bíblia, mas não pregam o judaísmo, se alimentam de acordo com levítico 11, o sistema de governo é congregacional. E sua história é tão antiga como o novo testamento. Se o irmãos se interessarem poderemos estudar essas questões mais de perto, e aí os senhores verão que não será preciso a se submeter à disciplina de igreja nenhuma, o srs. mesmos deixarão à igreja, porque se inteirarão que a verdade não está nessa denominação, como aconteceu comigo e os companheiros de meu grupo. Pensem nisto irmãos.

Oraremos pelos srs. e sua famílias, e espero podermos estudar com todos aqueles que se interessarem por esse assunto o qual hoje tenho razoável conhecimento.

José Pedro de Oliveira
Av. Frei Guilherme Maria, 411
Santo Antônio da Platina - Pr
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