Para Análise e Reflexão: Outra visão sobre o Dízimo
É importante que tenhamos em mente algumas informações preliminares para
entendermos a questão do Dízimo na história da Igreja:
Já sabemos, por diversos estudos, que o dízimo instituído na lei cerimonial da
Primeira Aliança tratava-se de mantimento e não dinheiro, ou ouro, prata, ou
coisa similar; e, que quem roubava ao Eterno nos dízimos, citados em Malaquias,
eram os próprios Sacerdotes. Então, vamos a outros fatos.
Quando o Messias incumbiu os discípulos a irem por todas as cidades pregando o
evangelho disse, entre outras coisas, para que não levassem dinheiro. Eles
deveriam comer daquilo que lhes fosse espontaneamente oferecido nas casas onde
entrassem.
nem de alforje para o caminho, nem de duas túnicas, nem de alparcas, nem de
bordão; porque digno é o trabalhador do seu alimento.
Mateus 10:10
E ordenou-lhes que nada tomassem para o caminho, senão somente um bordão; nem
alforje, nem pão, nem dinheiro no cinto;
Marcos 6:8
E disse-lhes: Nada leveis convosco para o caminho, nem bordões, nem alforje, nem
pão, nem dinheiro; nem tenhais duas túnicas.
Lucas 9:3
E perguntou-lhes: Quando vos mandei sem bolsa, alforje, ou alparcas, faltou-vos
porventura alguma coisa? Eles responderam: Nada.
Lucas 22:35
Após o pentecostes, o que Pedro tinha para oferecer ao mendigo?
Não vos provereis
de ouro, nem de prata, nem de cobre, em vossos cintos;
Mateus 10:9
Não possuais
ouro, nem prata, nem cobre, em vossos cintos,
Mateus 10:9
Disse-lhe Pedro: Não tenho prata nem ouro; mas o que tenho, isso te dou;
em nome de Jesus Cristo, o nazareno, anda.
Atos dos Apóstolos 3:6
O que Paulo falou sobre o dinheiro dos fiéis?
Atos 20: 28 Cuidai pois de vós mesmos e de todo o rebanho sobre o
qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de
Deus, que ele adquiriu com seu próprio sangue. 29 Eu sei que depois da minha
partida entrarão no meio de vós lobos cruéis que não pouparão rebanho,
30 e que dentre vós mesmos se levantarão homens, falando coisas perversas
para atrair os discípulos após si. 31 Portanto vigiai, lembrando-vos de que por
três anos não cessei noite e dia de admoestar com lágrimas a cada um de vós. 32
Agora pois, vos encomendo a Deus e à palavra da sua graça, àquele que é poderoso
para vos edificar e dar herança entre todos os que são santificados. 33 De
ninguém cobicei prata, nem ouro, nem vestes. 34 Vós mesmos sabeis que
estas mãos proveram as minhas necessidades e as dos que estavam comigo.
35 Em tudo vos dei o exemplo de que assim trabalhando, é
necessário socorrer os enfermos, recordando as palavras do Senhor Jesus,
porquanto ele mesmo disse: Coisa mais bem-aventurada é dar do que receber.
Como viviam os primeiros conversos? Eles devolviam o dízimo?
Atos 2: 42 e perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do
pão e nas orações. 43 Em cada alma havia temor, e muitos prodígios e sinais eram
feitos pelos apóstolos. 44 Todos os que criam estavam unidos e tinham tudo
em comum. 45 E vendiam suas propriedades e bens e os repartiam
por todos, segundo a necessidade
de cada um. 46 E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e
partindo o pão em casa, comiam com alegria e singeleza de coração, 47 louvando a
Deus, e caindo na graça de todo o povo. E cada dia acrescentava-lhes o Senhor os
que iam sendo salvos.
O Dízimo foi recomendado aos primeiros conversos entre os gentios?
Atos 15:19 Por isso, julgo que não se deve perturbar aqueles,
dentre os gentios, que se convertem a Deus, 20 mas escrever-lhes que se
abstenham das contaminações dos ídolos, da prostituição, do que é sufocado e do
sangue.
Mas para igualdade; neste tempo presente, a vossa abundância supra a falta
dos outros, para que também a sua abundância supra a vossa falta, e
haja igualdade;
2 Coríntios 8:14
2 Coríntios 12:13 Pois, em que tendes vós sido inferiores às outras
igrejas, a não ser que eu mesmo vos não fui pesado? Perdoai-me
este agravo. 14 Eis aqui estou pronto para pela terceira vez ir
ter convosco, e não vos serei pesado, pois que não busco o
que é vosso, mas sim a vós: porque
não devem os filhos entesourar para os pais,
mas os pais para os filhos. 15 Eu de
muito boa vontade gastarei, e me deixarei gastar pelas vossas almas,
ainda que, amando-vos cada vez mais, seja menos amado.
2 Coríntios 11:6 E, se sou rude na palavra, não o sou contudo na ciência;
mas já em todas as coisas nos temos feito conhecer totalmente
entre vós. 7 Pequei, porventura, humilhando-me a mim mesmo, para
que vós fôsseis exaltados, porque de graça vos anunciei o
evangelho de Deus? 8 Outras igrejas despojei eu para vos servir,
recebendo delas salário; e quando
estava presente convosco, e tinha necessidade, a ninguém fui pesado.
9 Porque os irmãos que vieram da Macedônia supriram a minha necessidade; e em
tudo me guardei de vos ser pesado, e ainda me guardarei. 10 Como
a verdade de Cristo está em mim, esta
glória não me será impedida nas regiões da Acaia.
Os levitas eram obrigados a pagar dízimos? O que representou o dízimo dos
levitas?
Hebreus 7:1 PORQUE este Melquisedeque, que era rei de Salém, sacerdote do Deus
Altíssimo, e que saiu ao encontro de Abraão quando ele regressava da matança dos
reis, e o abençoou; 2 A quem também Abraão deu o dízimo de tudo, e
primeiramente é, por interpretação, rei de justiça, e depois
também rei de Salém, que é rei de paz; 3 Sem pai, sem mãe, sem genealogia, não
tendo princípio de dias nem fim de vida, mas sendo feito semelhante ao
Filho de Deus, permanece sacerdote para
sempre. 4 Considerai, pois, quão grande era este, a quem até o
patriarca Abraão deu os dízimos dos despojos. 5 E os que dentre os filhos de
Levi recebem o sacerdócio têm ordem, segundo a lei, de tomar o dízimo do povo,
isto é, de seus irmãos, ainda que tenham saído dos lombos de Abraão. 6 Mas
aquele, cuja genealogia não é contada entre eles, tomou dízimos de Abraão, e
abençoou o que tinha as promessas. 7 Ora, sem contradição alguma, o menor é
abençoado pelo maior. 8 E aqui certamente tomam dízimos homens que morrem; ali,
porém, aquele de quem se testifica que vive. 9 E, por assim dizer, por
meio de Abraão, até Levi, que recebe dízimos, pagou dízimos. 10 Porque
ainda ele estava nos lombos de seu pai quando Melquisedeque lhe saiu ao
encontro. 11 De sorte que, se a perfeição fosse pelo sacerdócio levítico
(porque sob ele o povo recebeu a lei), que necessidade havia logo de que
outro sacerdote se levantasse, segundo a ordem de Melquisedeque, e não fosse
chamado segundo a ordem de Arão? 12 Porque, mudando-se o sacerdócio,
necessariamente se faz também mudança da lei.
A lei ordenava pagar dízimo a tribo de Judá? O Dízimo, como na lei cerimonial,
foi ab-rogado (cessar a lei ou privilégios), ou seja, revogado, anulado?
13 Porque aquele de quem estas coisas se dizem pertence a outra tribo, da
qual ninguém serviu ao altar, 14 Visto ser manifesto que nosso
Senhor procedeu de Judá, e concernente a essa tribo nunca Moisés falou
de sacerdócio. 15 E muito mais manifesto é ainda, se à semelhança de
Melquisedeque se levantar outro sacerdote, 16 Que não foi feito segundo a
lei do mandamento carnal, mas segundo a virtude da vida incorruptível.
17 Porque dele assim se testifica: Tu és sacerdote eternamente, Segundo a
ordem de Melquisedeque. 18 Porque o precedente mandamento é
ab-rogado por causa da sua fraqueza e inutilidade
19 (Pois a lei nenhuma coisa aperfeiçoou) e desta sorte é introduzida uma
melhor esperança, pela qual chegamos a Deus.
20 E visto como não é sem prestar juramento (porque certamente aqueles, sem
juramento, foram feitos sacerdotes, 21 Mas este com juramento por aquele que lhe
disse: Jurou o Senhor, e não se arrependerá; Tu és sacerdote eternamente,
Segundo a ordem de Melquisedeque),
Este novo sacerdote exigiu de nós o Dízimo? O que Ele fez por nós?
22 De tanto melhor aliança Jesus foi feito fiador.
23 E, na verdade, aqueles foram feitos sacerdotes em grande número, porque pela
morte foram impedidos de permanecer, 24 Mas este, porque permanece eternamente,
tem um sacerdócio perpétuo. 25 Portanto, pode também salvar perfeitamente
os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por
eles. 26 Porque nos convinha tal sumo sacerdote, santo, inocente, imaculado,
separado dos pecadores, e feito mais sublime do que os céus; 27 Que não
necessitasse, como os sumos sacerdotes, de oferecer cada dia
sacrifícios, primeiramente por seus próprios pecados, e depois pelos do povo;
porque isto fez ele, uma vez,
oferecendo-se a si mesmo. 28 Porque a lei constitui sumos sacerdotes a
homens fracos, mas a palavra do juramento, que veio depois da lei,
constitui ao Filho, perfeito para sempre.
A Bíblia proíbe a devolução do dízimo? O que substitui o dízimo efetivamente?
A Bíblia não proíbe o Dízimo, da mesma forma que também não proíbe a
circuncisão, mas proíbe a obrigação dos tais. O Eterno quer um coração muito
mais agradecido do que apenas uma formalidade. No Salvador o tipo alcançou a
plenitude. Um coração grato era a grande diferença entre os primeiros conversos
da Segunda aliança que davam tudo, para os legalistas da Primeira que apenas
davam 10%. Os primeiros conversos tinham tanto desprendimento e zelo pela
pregação do evangelho que tudo que possuíam não sentiam ser de posse particular,
mas uma dádiva do céu e oportunidade para ajudar ao próximo.
O Eterno quer todo o nosso coração e dedicação à Sua Obra. Ele não nos pede
sacrifícios materiais e sim o nosso sacrifício vivo, completo, não 10% do meu
salário, mas toda a minha vida. Também não se agradará de corações avarentos que
não se dispõe na divisão dos seus bens para suprir a necessidade, primeiramente
dos necessitados e depois, também, dos materiais para Sua obra. Um coração
perfeito é um coração voluntário em tudo.
Quando Abraão devolveu o Dízimo para Melquizedeque ele o fez de uma única vez,
por todos nós, incluindo os próprios Levitas que nunca pagaram dízimo
efetivamente. Esse dízimo de Abraão representava o sacrifício único do nosso
verdadeiro e eterno Sumo Sacerdote.
Se aceitarmos o encargo do dízimo como sendo uma lei vigente, estaremos
reduzindo o sacrifício do Salvador a nenhum valor. Seria igualar o sacerdócio
dEle ao dos levitas que precisavam ser continuamente abastecidos para continuar
realizando os sacrifícios. Aceitar a continuidade da lei do dízimo seria
equivalente a aceitar a continuidade dos sacrifícios de cordeiros.
Que cada um aja segundo propuser no seu coração e com toda a alegria de ser um
participante da Obra Sagrada. Que nossas dádivas sejam como as da viúva, que as
deu ocultamente e de todas as suas forças.
Que ninguém se sinta no direito de criticar os que não participam
financeiramente da obra, pois do Senhor é o ouro, a prata, e todo o poder para
terminar a Sua Obra. Só Ele conhece os corações.
Se a obra do Senhor estivesse dependendo do Dízimo, com certeza os cofres das
“casas-do-tesouro” não estariam tão estufados de reservas e o Salvador já teria
voltado. Como já sabemos que não é assim, entendemos porque o homem continua
coagindo o povo a dizimar e o dinheiro é parte desperdiçado e a sobra é
acumulada nos “celeiros”. Eles de fato não crêem na volta do Messias e nem
sofrem pelas necessidades de órfãos e viúvas, por isso tantos passam fome dentro
das igrejas, enquanto os pagos pelo dízimo têm tanta abastança.
Certa ocasião, quando trabalhava na Obra, tive que ouvir da voz de um importante
pastor o seguinte: o bom de trabalhar na obra é que o dinheiro é nosso.
Em outras palavras, ele podia fazer o que quisesse com a verba da igreja sem ter
de prestar contas a ninguém, o dinheiro não tinha dono, além dos pastores é
claro. Hoje eu entendo porque o que ele estava falando não era considerado uma
heresia, ou pensamento particular. É assim mesmo que a “máquina” (adventista,
universal, católica e etc...) funciona e pensa sobre o dinheiro recolhido dos
fiéis.
Isaías 66: 1 ASSIM diz o SENHOR: O céu é o meu trono, e a terra o escabelo dos
meus pés; que casa me edificaríeis vós? E qual seria o lugar do meu descanso? 2
Porque a minha mão fez todas estas coisas, e assim todas elas
foram feitas, diz o SENHOR; mas para esse olharei, para o pobre e abatido
de espírito, e que treme da minha palavra. 3 Quem mata um boi é como o
que tira a vida a um homem; quem sacrifica um cordeiro é como o que degola um
cão; quem oferece uma oblação é como o que oferece sangue de porco; quem queima
incenso em memorial é como o que bendiz a um ídolo; também estes escolhem
os seus próprios caminhos, e a sua alma se deleita nas suas abominações.
Porque será que o Eterno nunca pediu dinheiro em espécie para sustentar os
Obreiros: sejam os sacerdotes da primeira Aliança, ou discípulos na Segunda
Aliança? Será que a corrupção e ganância que vemos hoje respondem a esta
pergunta? Louvada seja a sabedoria do Eterno. (Prefiro não ser identificada.) |
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