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“A isto ele respondeu: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo o teu entendimento; e: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Então, Jesus lhe disse: Respondeste corretamente; faze isto e viverás.Lucas 10:27-28”

 

Muitas vezes a bíblia dar respostas simples as grandes indagações da humanidade, sendo que neste relato de Lucas 10:25/37, Jesus busca resposta àquela indagação no conceito religioso do próprio inquiridor, cujo conceito conflitava-se com o seu “modus vivendis”.

 

É importante percebermos que tudo se originou de um importante questionamento: “Mestre, que farei para herdar a vida eterna?” Tal pergunta, em nossos dias, talvez fosse mais bem formulada da seguinte maneira: “Qual a religião verdadeira que nos conduzirá as mansões celestiais?”

 

E se nos fosse solicitado uma resposta baseada em nossos próprios conceitos teológicos, é provável que recorrêssemos ao nosso credo doutrinário, e com certeza teríamos respostas do tipo: “a verdadeira religião é aquela que observa os mandamentos de Deus, inclusive o sábado”; “a verdadeira religião é aquela que não aceita o dogma da Trindade”; “a verdadeira religião é aquela que não cobra dízimos” etc.

 

A famosa parábola do bom samaritano, contada pelo nosso Mestre, tinha a principal finalidade esclarecer a figura do “próximo”, a qual deveria ser o objeto de um amor altruísta por parte de todo o verdadeiro cristão, todavia, ainda, podemos considerar os demais simbolismos delineados no relato, a fim de deleitar-nos na mensagem de Jesus.

 

A parábola é constituída por quatro personagens principais: a vitima de um assalto, um sacerdote, um levita, e um samaritano. Na maioria das parábolas ou milagre de Jesus os samaritanos apresentam-se, quase sempre, como o herói da fé, e neste caso não é diferente.

 

Nisto, o que se apresenta como novidade são as figuras do sacerdote e do levita, o que me parece ser esta a primeira vez em que os tais assumem o desempenho de vilões, pois estamos mais acostumados a ver em tais situações os saduceus ou fariseus.

 

Sempre li e reli esta parábola, mas sem argüir o porquê de Jesus haver oferecido ao sacerdote e ao levita um papel tão degradante. Meditando um pouco mais, cheguei a conclusão de que Ele fez isto de forma proposital, com o fim de rasgar o véu que encobria a vida de pecado daquela classe tão privilegiada por Deus.

 

Por outro ângulo posso compreender, também, que a parábola pode nos ensinar que o velho sistema financeiro do povo de Deus, tão bem estabelecido nas normas de ofertas e dízimo, havia se exaurido, em virtude do comportamento egoísta daqueles sobre os quais pesavam a solene responsabilidade de assistir de forma espiritual e material as necessidades dos indigentes, pois não é sem razão que a palavra assim se expressa: “..para que haja mantimento na minha casa; Malaquias 3:10”

 

O moral da história é que a fé depositada no institucionalismo, mesmo que este se tenha originado nos ditames divinos, enfraquece o nosso relacionamento pessoal com Deus e o nosso próximo, pois rouba o amor e a confiança que deveríamos, sem reservas, consagrarmos ao nosso Deus

 

Heráclito Fernandes da Mota

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