O Marketing das Igrejas X
A Libertade em Cristo. Escolha!

Nos dias dos primeiros cristãos não há um só registro no NT de que os mesmos praticavam o dízimo além das ofertas voluntárias, o que faziam às vezes acima das suas posses (II Cor. 8:3), bem diferente dos dias do AT quando estavam em pleno vigor o sacerdócio levítico e as leis cerimoniais, quando, por lei, os israelitas estavam obrigados a dar o dízimo – sempre em alimentos do campo, vegetais ou animais, sempre manufatura de Deus e nunca do homem, como dinheiro, ouro ou prata – dízimo esse que foi destinado ao levita, Num. 18:21, mas também era usado em festividades ao Senhor, Deut. 22:22-27 e também, a cada 3 anos o dízimo era comido pelos estrangeiros, órfãos e viúvas, Deut. 14:28 e 29, sempre com a advertência de Deus de que não se desamparasse o levita, por esse não ter herança entre o povo, Deut. 14:27 e 29. Que contraste! Bem diferente dos pastores de hoje, com raras exceções, que se dizem levitas e não o são, visto que esse sacerdócio foi extinto por Cristo na cruz há dois milênios, os levitas de fato e de direito estavam entre as pessoas mais pobres da sociedade em flagrante contraste com os pretensos levitas de hoje em diferentes igrejas e corporações religiosas oficialmente estabelecidas, cujo market é muito grande, muitas vezes usando a mídia, rádio e canais de TV, outdoor’s, etc. para obter adeptos, ao invés de servir.

No livro de Hebreus, 13:10 lemos: “Temos um altar, do qual NÃO TÊM DIREITO DE COMER OS QUE SERVEM AO TABERNÁCULO”. É simplesmente intrigante esta passagem, percebe?

No verso seguinte, o apóstolo faz referência aos sacrifícios do AT “11 Porque os corpos dos animais, cujo sangue é trazido para dentro do santo lugar pelo sumo sacerdote como oferta pelo pecado, são queimados fora do arraial”.

“Entre os tempos do Antigo Testamento e os tempos do Novo Testamento levantava-se a cruz. O véu que ocultava a cruz aos olhos e aos corações da nação judaica era seu sistema de sacrifícios, cobranças e obras. Seu sistema os mantinha com as costas encurvadas e as cabeças inclinadas, assim que não podiam olhar para cima, a Deus e a seu Filho. Seu sistema de leis, regulamentos, teorias e máximas tinha escravizado o corpo, a mente, e a alma. Seus dirigentes eram mais importantes do que a verdade do Evangelho de Cristo. Enquanto os sacerdotes do sistema se aferravam a seu pai Abraão, negavam ao povo o acesso ao verdadeiro Pai da Humanidade. Um sistema chega a sua etapa de caducidade quando interpõe um véu de salvação por obras, através de algum intermediário, entre o homem carente e um Deus que espera. Esse véu lhes impede uma comunicação direta.

Assim teria de ser com a Igreja Adventista também. Cristo não veio em 1844. Mas o grupo que o esperava não pôde resignar-se a confessar seu erro, o princípio de todos os princípios. Aos equívocos, chamou-se-lhes "erros de cálculo." Ao extremismo, chamou-se-lhe zelo. Os escritos de Ellen G. White se converteram em "a palavra de Deus." Assim, Ellen se converteu no véu que ocultou Cristo aos olhos do povo. Se os administradores, os teólogos, os supervendedores de seu sistema tivessem passado além do véu que eles mesmos tinham criado, Ellen G. White, seguramente teriam encontrado ao Cristo que professavam estar procurando.

Não foi a crença no Cristo objetivo histórico (que não veio em 1844) o que teria de destruir a efetividade deles. Foi a não aceitação do Cristo subjetivo no modo de viver o que eles desperdiçaram. A ironia do movimento adventista parece ser que, ao usar a Ellen G. White para realinhar a história e dar ao futuro uma vívida imaginação, os dirigentes mataram, para a maioria de seus membros, ao Cristo do presente.

Em tempos passados, Deus rasgou o véu do antigo serviço e aboliu o sistema inteiro de sacrifícios. Essa rasgadura foi consertada no início pelos sacerdotes para poder continuar controlando ao povo que representavam. A fumaça de seus sacrifícios continuou subindo, lenta e tristemente, para o céu. De acordo com um escritor”:

“Subia em vão. E o sumo sacerdote ainda entrava ao lugar santíssimo cada ano e aspergia o sangue sobre o propiciatório. E, no entanto, esse sangue apelava a Deus em vão. Porque "Cristo, nossa Páscoa, já foi sacrificada por nós." (I Cor. 5:7). “Por fim, Deus, com ira justa, apagou o sistema de imitação inteiro, com a destruição de Jerusalém por Tito, quando o templo foi queimado e os sacrifícios foram abandonados para sempre”. (Pr. Walter Rea no seu livro A Mentira Branca, p.179).

Continua o autor de Heb. 13:12 “Por isso também Jesus, para santificar o povo pelo seu próprio sangue, sofreu fora da porta. 13 Saiamos pois a ele fora do arraial, levando o seu opróbrio. 14 Porque não temos aqui cidade permanente, mas buscamos a vindoura.

Comentando Hb 13:10  Norman Berry escreveu: “O Cristianismo é algo totalmente novo e diferente do Antigo Testamento”.  Jesus foi levado para fora da cidade religiosa de Jerusalém e ali foi crucificado.

O serviço de um sacerdote é oferecer sacrifícios (Hb. 5:1). Desde que os cristãos são sacerdotes espirituais (1 Pedro 2:5, 9) com Jesus como seu sumo sacerdote, eles precisam oferecer sacrifícios espirituais a Deus, por Jesus Cristo. O escritor identifica alguns destes sacrifícios (Hb. 13:15-16; Rom. 12:1).

Embora os que vivem do evangelho possam ser ajudados a se manter pelos irmãos, o NT nunca apresenta que isso seria com dízimos, cremos que quando o apóstolo Paulo e demais apóstolos viveram e morreram sem cobrar dízimos de qualquer crente mostram na prática ter entendido a ordem de Cristo registrada em Mat 10:8 “...de graça recebestes, de graça daí”.

Certamente por isso o autor de Hebreus no capítulo 13 verso 10 escreveu: “Temos um altar, do qual NÃO TÊM DIREITO DE COMER OS QUE SERVEM AO TABERNÁCULO”. O Velho concerto acabou e um novo concerto ou aliança é estabelecida entre Deus e seu povo.

Se os crentes quiserem estar conforme o Senhor Jesus hoje, serão reunidos ao redor da Sua Pessoa, fora de todas as religiões e denominações dos homens. Estar reunido em redor de qualquer outro nome é desobedecer Ef 4:3. O Cristo vivo está rejeitado, Ele foi expulso por este mundo religioso unido em torno do ecumenismo que nivela a verdade por baixo. Não nos é dito para sairmos a uma igreja ou credo, mas a Ele (Hb. 13:13: “Saiamos pois a Ele fora do arraial, levando o seu opróbrio”). Acaso Ele atrai seu coração?

Lamentando, porém respeitando aos que insistindo em desconhecer e, ou, não aceitar as bênçãos da nova aliança, preferem ficar sob a velha aliança que caducou na cruz do calvário, e persistem em ser escravos de igrejas, relembramos as muito oportunas e memoráveis palavras de Cristo registradas no evangelho conforme João 8:32: “E CONHECEREIS A VERDADE E A VERDADE VOS LIBERTARÁ”.

Amém, aleluia.

Paulo Augusto da Costa Pinto, Ex-membro da IASD por 41 anos, não mais por seguir ao Único Deus, por Seu Filho Jesus Cristo, hoje Adventista Bereano do 7º Dia. http://br.geocities.com/pacostapinto; Ouça agora nossa Rádio Adventista Bereana na Internet, 24 h, http://www.adventistas-bereanos.com.br/radio.php; aos domingos, 14 h, o Programa A Voz e A Verdade, 14-15h.ou por http://www.radiojuazeiro.com.br/webtv.

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