1 - CITAÇÕES DO LIVRO “EVANGELISM” (EVANGELISMO)

 

1.1 – A afirmação de que o Espírito Santo seria uma pessoa

O livro “Evangelism” (Evangelismo) é um compilado de textos de Ellen G. White elaborado em 1946, aproximadamente 31 anos após a morte de Ellen G. White. Como este livro foi escrito após a morte da mensageira do Senhor, ele não foi revisado por ela. Assim, quaisquer diferenças encontradas entre os textos originais escritos por ela e os textos transcritos para o livro “Evangelism” são frutos de modificações acidentais ou intencionais por parte dos elaboradores deste compilado.

O primeiro texto do livro “Evangelism” que trazemos para a análise é o que se encontra na página 616:

"We need to realize that the Holy Spirit, who is as much a person as God is a person, is walking through these grounds." Ev-616.

Tradução:

“Nós precisamos entender que o Espírito Santo, que é tanto uma pessoa como Deus é uma pessoa, está andando por estes caminhos.”

 

Muitas pessoas sinceras podem assumir esta frase como estando a dizer “Deus, o Espírito Santo”, está andando pela Terra, enquanto “Deus, o Pai” e Seu Filho estão no Céu.  O texto citado no livro “Evangelism” apresenta como fonte o Manuscrito 66, 1899. Entretanto, ao compararmos o texto do livro “Evangelism” com o texto do manuscrito citado por ele, vemos uma diferença significativa. Apresentamos abaixo o texto deste manuscrito em seu contexto original:

"The Lord instructed us that this was the place in which we should locate, and we have had every reason to think that we are in the right place. We have been brought together as a school, and we need to realize that the Holy Spirit, who is as much a person as God is a person, is walking through these grounds, that the Lord God is our keeper, and helper. He hears every word we utter and knows every thought of the mind." Manuscript Releases, Vol. 7, page 299 / Manuscript 66, 1899

Tradução:

“O Senhor nos instruiu de que este era o lugar no qual deveríamos estar, e nós temos tido razão para pensar que estamos no lugar certo. Nós fomos colocados juntos como uma escola, e precisamos reconhecer que o Espírito Santo, que é tanto uma pessoa como Deus é uma pessoa, está andando por estes terrenos, que o Senhor Deus é nosso mantenedor e ajudador. Ele ouve cada uma de nossas palavras e sabe cada pensamento da mente.”

No original em inglês apresentado acima, enfatizamos e grifamos o texto que foi tirado do original e colocado como sendo uma frase completa no livro Evangelismo. Vejam os irmãos que a palavra “we”, que aparece depois da vírgula no manuscrito original, foi colocada com letra maiúscula (We) como sendo o início da frase que aparece no livro “Evangelism”. Observem também que a vírgula que se encontra após a palavra “grounds” no original foi substituída por um ponto no livro “Evangelism”, fazendo parecer que esta parte da frase do texto original fosse uma sentença completa:

 

Citação do livro Evangelism, apresentada como se fosse uma sentença completa:

"We need to realize that the Holy Spirit, who is as much a person as God is a person, is walking through these grounds." Ev-616.

Citação do original – Manuscrito 66:

We have been brought together as a school, and we need to realize that the Holy Spirit, who is as much a person as God is a person, is walking through these grounds, that the Lord God is our keeper, and helper.

Os trechos do início e do final da frase (que negritamos acima) que estão no manuscrito original foram omitidos, e apenas a parte central da frase foi colocada no livro “Evangelism”. Note-se que não foram colocadas reticências ao final da frase, indicando que o trecho apresentado no livro é somente uma parte da frase do texto original. Percebe-se portanto claramente a intenção de fazer parecer com que a frase do livro “Evangelism” corresponde à mesma frase completa do texto original. Todos nós sabemos que um texto fora de contexto é um pretexto para alguma coisa, e este é bem o caso em questão. O texto foi tirado do seu contexto para dar o leitor a falsa idéia que Ellen G. White teria crido no Espírito Santo como um Deus.

 

A versão em português, traduzida com o nome de “Evangelismo”, apresenta uma frase ainda mais tendenciosa:

Precisamos reconhecer que o Espírito Santo, que é tanto uma pessoa como o próprio Deus, está andando por estes caminhos.” Evangelismo, 616

Quando analisamos a frase e o contexto do texto original em inglês, fica evidente que Ellen G. White não estava de forma alguma afirmando que o Espírito Santo é um Deus. Leiamos novamente o texto original, traduzido para o português:

“O Senhor nos instruiu de que este era o lugar no qual deveríamos estar, e nós temos tido razão para pensar que estamos no lugar certo. Nós fomos colocados juntos como uma escola, e precisamos reconhecer que o Espírito Santo, que é tanto uma pessoa como Deus é uma pessoa, está andando por estes terrenos, que o Senhor Deus é nosso mantenedor e ajudador. Ele ouve cada uma de nossas palavras e sabe cada pensamento da mente.” Manuscript Releases, Vol. 7, page 299 / Manuscript 66, 1899

 

O objetivo do texto original NÃO era provar que o Espírito Santo é um “outro Deus”, junto com o Pai e o Filho. O texto mostra que o”Senhor”, que “nos instruiu”,  “o Espírito Santo” que está “andando por estes caminhos”, o “Senhor Deus”, o qual é nosso “mantenedor” e “ajudador” e que “ouve cada uma de nossas palavras” e “sabe cada pensamento” é a mesma pessoa – Jesus Cristo glorificado. O pensamento principal da citação original de Ellen G. White é extraído do texto de Salmos 139:1-8:

Senhor, tu me sondas e me conheces... de longe penetras meus pensamentos... Para onde me ausentarei do teu Espírito? Para onde fugirei da Tua face? Se subo aos céus, lá estás; se faço minha cama no mais profundo do abismo, lá estás também.” Salmo 139:1-8

Ellen G. White estava afirmando o mesmo que afirma o texto bíblico. Jesus, “é tanto uma pessoa” quanto Deus, o Pai “é uma pessoa”. Jesus “está andando por estes caminhos”. Jesus “é nosso mantenedor e nosso ajudador”. Jesus “ouve cada uma de nossas palavras e sabe cada pensamento da mente.

 

A irmã White está enfatizando que uma pessoa real está conosco, e não somente uma força intangível ou eletricidade, como o Dr. J. H. Kellog estava ensinando. Na citação que apresentamos a seguir, fica evidente que Ellen G. White cria que a pessoa divina que está andando conosco na Terra é Jesus:

Há poder para nós em Cristo. Ele é nosso Advogado perante o Pai. Ele envia Seus mensageiros à cada parte do Seu domínio a fim de comunicar Sua vontade ao Seu povo. Ele anda no meio das Suas igrejas... “que anda no meio dos sete candeeiros de ouro.” Apocalipse 2:1. Este texto mostra a relação de Cristo para com as igrejas. Ele anda no meio das Suas igrejas através da longitude e da latidude da Terra. Ele as assiste com intenso interesse para ver se elas estão em tal condição espiritual que possam avançar para Seu reino. Cristo está presente em cada assembléia da igreja. Ele está ligado a cada um que se encontra envolvido no Seu serviço. Ele sabe quais corações Ele pode encher com o óleo santo, para que estes dividam-no com outros.” Testimonies, Vol. 6, págs. 418, 419

 

Pudessem nossos olhos ser abertos, e poderíamos ter visto Jesus em nosso meio com seus santos anjos. Muitos sentiram sua graça e Sua presença em rica medida.... Nós sabemos que o Salvador, perdoador dos pecados, estava em nosso meio.... Eu sabia que Jesus estava em nosso meio.” 1888 Materials, págs. 58, 59

 

1.2 – A afirmação de que o Espírito Santo tem personalidade

Outra citação comumente mal interpretada e analisada fora do seu contexto para dar a parecer que Ellen G. White cria na Trindade, é também encontrada no livro “Evangelism”. Quando lida da forma que está apresentada no livro, ela nos dá a clara impressão de que Ellen G. White está afirmando que o Espírito Santo é uma pessoa, apoiando o conceito de que Ellen G. White teria crido na Trindade. Entretanto, quando acrescentamos o texto do original que está substituído por reticências (...) no livro “Evangelism”, verificamos que o Ellen G. White não estava de maneira alguma afirmando que o Espírito Santo era uma pessoa diferente de Deus Pai e Jesus Cristo. Apresentamos esta citação abaixo:

(as sentenças que estão em negrito abaixo não aparecem no texto do livro Evangelism)

O Espírito Santo é uma pessoa; pois dá testemunho com o nosso espírito de que somos filhos de Deus. Uma vez dado este testemunho, traz consigo mesmo sua própria evidência. Em tais ocasiões acreditamos e estamos certos de que somos filhos de Deus. [Que forte evidência do poder da verdade nós podemos dar aos crentes e não crentes quando nós podemos dizer as palavras de João, “Nós temos conhecido e crido no amor que Deus tem por nós. Deus é amor; e aquele que está em amor, está em Deus, e Deus nele.”]

O Espírito Santo tem uma personalidade, do contrário não poderia testificar ao nosso espírito e com nosso espírito que somos filhos de Deus. Deve também ser uma pessoa divina, do contrário não poderia perscrutar os segredos que jazem ocultos na mente de Deus. “Por que , qual dos homens sabes as coisas do homem, senão o espírito do homem, que nele está? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus.” MS 20, 1906. Evangelism págs. 616, 617.

 

Note porque Ellen G. White afirma que o Espírito Santo é uma pessoa: “porque ele testemunha com nosso espírito que nós somos filhos de Deus”. De quem nós somos filhos? Somos nós filhos de uma força impessoal, um vapor ou uma influência? Não, de maneira nenhuma! Nós somos filhos de um Deus pessoal. Se Deus, o Pai não era um ser pessoal, mas apenas um Espírito; se Seu Espírito não tem personalidade, sendo meramente uma força ou poder impessoal, então ele não poderia testemunhar “com” nosso espírito e “para” nosso espírito de que somos filhos de Deus.

 

Qual é o contexto da citação acima? O testemunho acima era uma advertência contra os ensinamentos panteístas do Dr. Kellogs de que o Espírito Santo habita em cada criatura viva, como uma essência viva, relegando assim o Espírito de Deus a uma mera força intangível. A ênfase de Ellen G. White sobre a personalidade do Espírito santo na citação acima foi para contra-atacar a ênfase dada por Kellogs na não personalidade do Espírito Santo de Deus, e por conseqüência de Deus mesmo. Ellen G. White cria no Espírito Santo como sendo o Espírito de Deus, não uma pessoa separada de Deus. Perceba isto nas citações abaixo:

Dando-nos Seu Espírito, Deus dá-nos a Si mesmo, fazendo-se uma fonte de influências divinas, para dar saúde e vida ao mundo.” Testimonies, Vol. 7, pág. 273

O maravilhoso poder que opera através de toda a natureza e mantém todas as coisas não é, como alguns homens da ciência afirma, meramente um princípio ou uma energia atuante. Deus [o Pai – João 4:24] é Espírito; ainda assim Ele é um ser pessoal, porque o homem foi feito a sua imagem. Como um ser pessoal Deus revelou a Si mesmo em Seu Filho... A grandeza de Deus é incompreensível para nós. “O trono de Deus está no céu;” (Salmos 11:4) mas pelo Seu Espírito Ele é onipresente. Ele possui um íntimo conhecimento e um interesse pessoal em todas as obras das suas mãos...

Um princípio intangível, uma essencial impessoal e abstrata, não pode satisfazer as necessidades e desejos dos seres humanos nesta vida de sofrimentos e pecado, pranto e dor.” Education, págs. 132, 133

 

Ellen G. White também cria e afirmava que somente Jesus poderia perscrutar os segredos de Deus. A citação abaixo, escrita por sua própria pena, prova isto:

Deus informou a Satanás que apenas a Seu Filho Ele revelaria Seus propósitos secretos, e que requeria de toda a família celestial, mesmo Satanás, que lhe rendessem implícita e inquestionável obediência; mas que ele (Satanás), tinha provado ser indigno de ter um lugar no Céu.” História da Redenção, pág. 18

 

Segundo Ellen G. White, Deus deixou claro para Satanás que somente Jesus Cristo pescrutaria Seus segredos. Deus, o Ser que nunca muda, disse a Satanás que o perscrutar os segredos que jaziam ocultos em Sua mente seria uma prerrogativa somente de Cristo. Assim, Ellen G. White, mensageira do Senhor, não poderia em nenhuma citação contradizer o que Deus havia afirmado. Isto mostra que, para entender que na citação do livro “Evangelism” Ellen G. White estava colocando o Espírito Santo como uma pessoa divina diferente do Pai e do Filho, temos que desconsiderar todo o contexto histórico e mesmo do próprio texto, bem como uma série de outros textos nos quais ela demonstra que não cria desta forma.

 

1.3 - A afirmação de que há três pessoas vivas no “Trio” celestial

Outra citação escrita a respeito do Dr. Kellogg (contra suas teorias panteístas) que é apresentada fora do seu contexto no livro “Evangelism”, para dar a entender que Ellen White afirmou que o Espírito Santo era uma pessoa, e portanto teria crido na Trindade, é a seguinte:

Fui instruída a dizer: Os sentimentos dos que andam em busca de avançadas idéias científicas, não são para confiar. Fazem-se definições como estas: “O Pai é como a luz invisível; o Filho é como a luz corporificada; o Espírito é a luz derramada.” “O Pai é como o orvalho, vapor invisível; o Filho é como o orvalho condensado numa bela forma; o Espírito é como o orvalho caído sobre a sede da vida.” Outra apresentação: “O Pai é como o vapor invisível; o Filho como a nuvem plúmbea; o Espírito é chuva caída e operando em poder refrigerante.”

Todas essas definições espiritualistas são simplesmente nada. São imperfeitas, inverídicas. Enfraquecem e diminuem a Majestade a que não pode ser comparada nenhuma semelhança terrena. Deus não pode ser comparado a cosias feitas por Suas mãos. Estas são meras coisas terrenas, sofrendo sob a maldição de Deus por causa dos pecados do homem. O pai não pode ser definido por coisas da Terra. O Pai é toda a plenitude da Divindade corporalmente, e invisível aos olhos mortais.

O Filho é toda a plenitude da divindade manifestada. A palavra de Deus declara que Ele é “ a expressa imagem de Sua pessoa”. “ Deus amou o mundo de tal maneira que deu Seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” Aí se manifesta a personalidade do Pai.

O consolador que Cristo prometeu enviar depois de ascender ao Céu é o Espírito em toda a plenitude da divindade, tornando manifesto o poder da graça divina a todos quantos recebem e crêem em Cristo como um Salvador pessoal. Há três pessoas vivas pertencentes à trindade celeste; em nome destes três grandes poderes – o Pai, o Filho e o Espírito Santo – os que recebem a Cristo por fé viva são batizados, e esses poderes cooperarão com os súditos obedientes do Céu em seus esforços para viver a nova vida em Cristo. ...

Será realizado trabalho na simplicidade do verdadeiro poder de Deus, e os velhos tempos estarão de volta, quando, sob a direção do Espírito Santo, milhares se converterão em um só dia. Quando a verdade, em sua simplicidade, for vivida em cada lugar, então Deus atuará através de Seus anjos como Ele atuou no dia de Pentecostes, e corações serão mudados tão decididamente que haverá uma manifestação da influência da genuína verdade, como é representada na descida do Espírito Santo.Special Testimonies, Serie B. N.7, págs. 62 e 63 (1905). Evangelismo, págs. 614, 615

 

A frase negritada extraída do texto acima diz o seguinte:

Há três pessoas vivas pertencentes à trindade celeste; em nome destes três grandes poderes – o Pai, o Filho e o Espírito Santo – os que recebem a Cristo por fé viva são batizados

 

O texto acima foi copiado do livro traduzido para o português, denominado “Evangelismo”. Primeiramente, ressaltamos que o original em inglês deste livro não traz o termo “Trindade”. Apresentamos o texto abaixo para que os irmãos vejam:

There are three living persons of the heavenly trio; in the name of these three great powers – the Father, the Son, and the Holy Spirit...” do livro Evangelism

O texto do original em inglês diz: “existem três pessoas vivas no trio celestial”. Não existe a palavra Trindade. Mas mesmo o texto em inglês do livro “Evangelism”, não é fiel ao manuscrito original. No manuscrito original, Ellen G. White escreveu o termo “persons”, que significa pessoas. Entretanto, ela mesmo corrigiu e colocou o que deveria ser o correto entendimento. Riscou a letra “s” e acrescentou o final “alities”, transformando a palavra “persons” em “personalities”, que significa personalidades. Além disso, ela acrescentou o termo “the” logo após o início da frase, de maneira que a frase do manuscrito original se encontra da seguinte forma:

There are the living three persons alities of the heavenly trio in which every soul repenting of their sins believing receiving Christ by a living faith to them who are baptized.

Tradução:

Existem as três personalidades vivas no trio celestial nas quais cada alma arrependida dos seus pecados recebendo a Cristo por meio de fé viva por eles são batizados.

“There are the living three persons alities of the heavenly trio in which every soul repenting of their sins believing receiving Christ by a living faith to them who are baptized.”

Para que não fique só no meu testemunho, coloco abaixo uma fotocópia escaneada do manuscrito original de Ellen G. White, que comprova que as modificações aqui mencionadas foram feitas por ela mesma:

Qualquer publicação honesta dos testemunhos deveria levar em conta as alterações feitas pela própria escritora. Entretanto, como os irmãos podem ver, isto não foi feito. Fica claro que foi colocado o que interessava de maneira a favorecer a idéia errônea de que Ellen G. White algum dia teria crido na Trindade. Se ela realmente houvesse crido, não seria necessário transcrever os seus manuscritos de maneira desonesta, de maneira a fazer parecer isto.

Ainda sobre a citação acima, ela é entendida por muitos como estando a dizer que “existe um trio de três Deuses vivos na “família de Deus”, que possuem as mesmas qualidades e poderes divinos”, em virtude de um entendimento errôneo do termo “Godhead” (divindade), no parágrafo que fala que o “Consolador ... é o Espírito em toda a plenitude da divindade”. Usam este entendimento para apoiar que Ellen G. White teria crido na Trindade. Será que é isto que Ellen G. White está querendo dizer nesta citação? Se fosse, contradizeria uma série de outras citações que dizem o contrário. Citamos algumas delas abaixo:

Cristo, o Verbo, o Unigênito de Deus, era um com o Eterno Pai – um em natureza, caráter e propósito – o único ser que poderia penetrar em todos os conselhos e propósitos de Deus.” Patriarcas e Profetas, pág. 34

O Filho de Deus partilhava do trono do Pai, e a glória do Ser Eterno, existente por si mesmo, rodeava a ambos. ... Perante os habitantes do Céu, reunidos, o Rei declarou que ninguém, a não ser Cristo, o unigênito de Deus, poderia penetrar inteiramente em Seus propósitos, e a Ele foi confiado executar os poderosos conselhos de Sua vontade.” Patriarcas e Profetas, pág. 36

Pai e Filho empenharam-se na grandiosa, poderosa obra que tinham planejado – a criação do mundo. A Terra saiu das mãos de seu Criador extraordinariamente bela. ...

E agora disse Deus a Seu Filho: “Façamos o homem à nossa imagem”. Ao sair Adão das mãos do criador, era ele de nobre estatura e perfeita simetria.” História da Redenção, págs. 20-21

 

De acordo com as citações acima, que não dão margem a dúvidas, Ellen G. White tinha uma definição bem clara sobre quem é Deus, e qual era e é o papel de cada um dos seres que são Deus (o Pai e o Filho):

1 – O Filho e o Pai eram e são um em natureza, caráter e propósito – PP. pág. 34

2 – A glória do Ser eterno rodeia o Pai e o Filho – PP. pág. 36

3 – Pai e Filho executaram a criação do mundo – HR, pág. 20

4 – Pai e Filho fizeram o homem à Sua imagem – HR, pág. 21

Deus não muda. É IMPOSSÍVEL DEUS TER DADO INFORMAÇÕES DIFERENTES DAS CITADAS ACIMA PARA ELLEN G. WHITE. QUALQUER CITAÇÃO DELA USADA PARA SE ENTENDER ALGO DIFERENTE DO QUE ESTÁ COLOCADO ACIMA, SEJA ANÁTEMA.

Voltando então à citação de Ellen G. White do livro “Evangelism” que estamos analisando, temos que responder a seguinte pergunta: o que Ellen G. White estava realmente tentando dizer neste texto? A seguinte paráfrase expressa a correta interpretação da citação do livro “Evangelism” que estamos analisando:

“Deus, o Pai, é a fonte e o detentor supremo da natureza divina (Divindade) em Si mesmo – sozinho. Ele é invisível aos olhos mortais (I Tim. 1:17; João 1:18).”

“O Filho de Deus veio à Terra para representar, revelar, demonstrar e manifestar o caráter completo do Deus invisível. O Filho humilhou-se e esvaziou-se de Si mesmo para se tornar um homem, de maneira de que a plenitude da Divindade de Seu Pai, ou do Seu caráter divino pudesse ser manifestada para nós.”

“O Espírito Santo de Deus e de Cristo, agindo em e através dos anjos ministradores, representa a plenitude do caráter e poder do Pai e do Filho (natureza divina), após o Filho ter ascendido ao Céu.”

“Aqui nós vemos os três grandes poderes do céu que manifestam, representam e personificam Deus, o Pai. 1) O Próprio Pai, 2) O Filho de Deus como um representante de Seu Pai, 3) O Espírito Santo de Deus e Cristo agindo nos anjos e através dos anjos, personificando seu caráter para a humanidade perdida.”

Ellen G. White explicou o Pai, o Filho e o Santo Espírito da forma que vimos no texto que estamos analisando, para esclarecer a confusão que estava sendo gerada pelos ensinamentos errôneos do Dr. Kelloggs. Por isto, vemos que no mesmo texto, Ellen G. White havia colocado a seguinte declaração sobre declarações espiritualísticas a respeito do Pai, do Filho e do Espírito Santo:

Todas estas representações espiritualísticas são simplesmente nada. Elas são imperfeitas, irreais.” Evangelism, págs. 614, 615.


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