2 – A promessa do “Consolador”

A primeira passagem bíblica que analisaremos é João 14:16-26, que traz a promessa da vinda do “Consolador”. Este texto denomina o “Consolador” primeiramente de “Espírito da Verdade”, e depois o chama de “Espírito Santo”:

16  E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco,

17  o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não no vê, nem o conhece; vós o conheceis, porque ele habita convosco e estará em vós.

18  Não vos deixarei órfãos, voltarei para vós outros.

19  Ainda por um pouco, e o mundo não me verá mais; vós, porém, me vereis; porque eu vivo, vós também vivereis.

20  Naquele dia, vós conhecereis que eu estou em meu Pai, e vós, em mim, e eu, em vós.

21  Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me manifestarei a ele.

22  Disse-lhe Judas, não o Iscariotes: Donde procede, Senhor, que estás para manifestar-te a nós e não ao mundo?

23  Respondeu Jesus: Se alguém me ama, guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada.

24  Quem não me ama não guarda as minhas palavras; e a palavra que estais ouvindo não é minha, mas do Pai, que me enviou.

25  Isto vos tenho dito, estando ainda convosco;

26  mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito.

Nos versos 16 e 17, Jesus está dizendo que rogará ao Pai, e Ele dará “outro” Consolador, o “Espírito da verdade”. Destas palavras, poderíamos extrair o seguinte raciocínio:

1 – Jesus “roga”, ou pede ao Pai que envie outro Consolador;

2 – O “outro Consolador” não pode ser Jesus, porque Jesus pede ao Pai que o envie;

3 – O “outro Consolador” não pode ser o Pai, porque seria redundante Jesus pedir ao Pai que envie a Si mesmo;

4 – O “outro Consolador” é o Espírito da Verdade, e também é o Espírito Santo (verso 26);

5 – Então o “outro Consolador” é uma pessoa, pois será enviado pelo Pai (não é o Pai) e não pode ser Jesus.

Este raciocínio parece contundente. Mas antes de aceitá-lo, devemos verificar se a Bíblia não explica um pouco melhor o que é o Consolador em outras passagens. Achando estas passagens, podemos permitir que a Bíblia seja a sua própria intérprete e ver a qual conclusão chegamos. Sobre o “Consolador”, o próximo capítulo do livro de João nos traz alguma luz. Apresentamos João 15:26,27:

Quando, porém, vier o Consolador, que eu vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da verdade, que dele procede, esse dará testemunho de mim; e vós também testemunhareis, porque estais comigo desde o princípio.

Jesus disse que o “Consolador” seria enviado da parte do Pai. Também disse que o Consolador é o “Espírito da verdade”. Esta a mesma informação dada no capítulo anterior, versos 16 e 17, que analisamos a pouco. Entretanto, agora Jesus algumas informações. Primeiro, Jesus diz que o Consolador “procede do Pai”. Portanto, o Consolador está intimamente relacionado com o Pai. Em segundo lugar, diz que o “Consolador” dará testemunho dEle:

O Consolador, que eu vos enviarei da parte do Pai ... esse dará testemunho de mim” – verso 26

Em João 5:36-39, Jesus menciona o que dá testemunho dEle:

32  Outro é o que testifica a meu respeito, e sei que é verdadeiro o testemunho que ele dá de mim....

36  Mas eu tenho maior testemunho do que o de João; porque as obras que o Pai me confiou para que eu as realizasse, essas que eu faço testemunham a meu respeito de que o Pai me enviou.

37  O Pai, que me enviou, esse mesmo é que tem dado testemunho de mim. Jamais tendes ouvido a sua voz, nem visto a sua forma.

38  Também não tendes a sua palavra permanente em vós, porque não credes naquele a quem ele enviou.

39  Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim.

Jesus afirmou no verso 32 que outro testemunhava a Seu respeito. No verso 37, Ele deixa claro que este outro ao qual Ele se referia era Deus, o Pai. Por outro lado, Jesus também afirmou que as obras que Deus Pai havia confiado para que Ele fizesse testificavam dEle. Já vimos que, enquanto esteve na Terra, as obras que Jesus fazia, não as fazia pelo Seu poder, mas pelo poder do Pai (João 5:30). Se as obras que Jesus fazia não eram realizadas pelo Seu poder, elas eram em verdade realizadas pelo poder de Deus.

Temos então que o Pai dava testemunho de Jesus na Terra por meio do Seu poder, operando por meio da fé de Jesus para realizar as obras que Jesus realizava. Assim, o “Consolador”, que procede do Pai e dá testemunho de Jesus, que vimos em João 16:25,26, é o poder de Deus, o mesmo que realizava as obras por meio da fé de Jesus. O texto de João 14:10-12, confirma este raciocínio:

10  Não crês que eu estou no Pai e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo não as digo por mim mesmo; mas o Pai, que permanece em mim, faz as suas obras.

11  Crede-me que estou no Pai, e o Pai, em mim; crede ao menos por causa das mesmas obras.

12  Em verdade, em verdade vos digo que aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço e outras maiores fará, porque eu vou para junto do Pai.

Para deixar mais claro o raciocínio que fizemos acima, vamos apresentá-lo a seguir, de forma resumida:

1 – Em João 16:25,26, Jesus afirmou que o Consolador é o Espírito da verdade, que procede de Deus, o Pai, e que daria testemunho dEle:

O Consolador, que eu vos enviarei da parte do Pai ... esse dará testemunho de mim” – verso 26

2 – Em João 5:32, 36 e 37, Jesus afirma que Deus, o Pai, dava testemunho dEle através das obras que Ele (o Pai) fazia pelo Seu poder (poder do Pai) por intermédio dEle (Jesus):

As obras que o Pai me confiou para que eu as realizasse, essas que eu faço testemunham a meu respeito ...O Pai, que me enviou, esse mesmo é que tem dado testemunho de mim” – versos 36 e 37

“...O Pai, que permanece em mim, faz as suas obras.” – João 14:10

3 – Jesus disse aos discípulos que quem cresse nEle faria obras até maiores do que as que Ele fez pelo poder de Seu Pai, e que esta promessa de envio de poder do Pai se cumpriria por ocasião da vinda do Consolador:

Aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço e outras maiores fará” - João 14:12

“E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco, o Espírito da verdade” – João 14:16,17

4 – O Consolador, o Espírito da verdade, que capacitaria os discípulos a fazerem obras até maiores do que as que Jesus fez, procede de Deus (João16:25,26). Mas sabemos que quem capacita os homens a fazerem qualquer coisa é o poder de Deus, porque sem Ele, nada podemos fazer:

Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.” – João 15:5 (o texto fala de Cristo, mas Cristo também é Deus – I Reis 18:35)

Então, temos que o Consolador, o Espírito da verdade, é o poder de Deus.

Entretanto, quando analisamos o sentido do termo Consolador, apresentado em João 14:26-26, percebemos que ele possui um significado que vai além de ser o “poder de Deus”. Vamos agora analisar o texto de João 14:16-26, versículo a versículo, para podermos compreender com mais detalhes o que acabamos de afirmar:

“16  E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco,

Jesus diz aos discípulos que pediria ao Pai e o Pai enviaria “outro” Consolador. Isto nos dá a entender que o “Consolador” não era Jesus. Aqui podemos entender o Consolador como sendo somente o poder de Deus o Pai, como acabamos de ver a pouco. Entretanto, na continuação da leitura do texto, compreenderemos algo que nos surpreenderá.

17  o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não no vê, nem o conhece; vós o conheceis, porque ele habita convosco e estará em vós.

Neste verso, Jesus dá um segundo nome para o Consolador. Ele o chama de “Espírito da verdade”. Jesus também disse que Ele já habitava com os discípulos. Considerando que o “Consolador” é o poder de Deus, isto era verdade, porque Jesus já os havia comissionado com o poder de Deus a algum tempo atrás, quando os havia designado para pregarem de dois em dois nas cidades (Luc. 10:1-12, 17-19). A Bíblia mesmo relata que Jesus exultou no Espírito Santo (poder de Deus) ao ver a alegria com que os discípulos lhe contavam as maravilhas que haviam operado em seu trabalho nas cidades:

Naquela hora, exultou Jesus no Espírito Santo e exclamou: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e instruídos e as revelaste aos pequeninos. Sim, ó Pai, porque assim foi do teu agrado.” – Lucas 10:21

O texto mostra que Jesus se alegrou ao ver o resultado da ação do poder do Pai concedido aos discípulos, e orou a Ele em gratidão. Continuando nossa análise, vamos ao verso 18:

18  Não vos deixarei órfãos, voltarei para vós outros.

Comparando este verso com o verso 16, parece-nos ser difícil entender algo:

Jesus disse que pediria ao Pai que enviasse outro “Consolador”, e ao mesmo tempo disse que Ele voltaria para os discípulos, não os deixando órfãos. Como poderia ser isto? Viria Ele junto com o “Consolador”? A resposta para esta pergunta inicia-se nos versos seguintes 20:

19  Ainda por um pouco, e o mundo não me verá mais; vós, porém, me vereis; porque eu vivo, vós também vivereis.

20  Naquele dia, vós conhecereis que eu estou em meu Pai, e vós, em mim, e eu, em vós.

Jesus disse aos discípulos que dentro em pouco o mundo não mais o veria. Isto era verdade, pois dentro de pouco tempo Ele seria crucificado, e depois ascenderia ao Céu, não sendo mais visto na Terra. Mas Jesus afirma aos discípulos que apesar de o mundo não O ver mais, eles o veriam. Diz ainda que os discípulos conheceriam que Ele estava no Pai, e que Ele, juntamente com o Seu Pai, estaria nos discípulos. Mas Jesus já havia dito que Ele iria para o Seu Pai, e não estaria mais presente com os discípulos (João 14:3). Percebamos que Jesus afirmou que não estaria mais com os discípulos, mas em breve estaria nos discípulos. Sabemos que o fato de Jesus estar em nós significa que Ele habita em nosso coração, segundo a promessa de Apocalipse 3:20:

Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo.

Era exatamente isto que Jesus estava tentando dizer aos discípulos. Embora os discípulos em breve não o pudessem mais ver com seus olhos carnais, poderiam vê-lo com os “olhos” espirituais, permitindo que Jesus entrasse em seus corações e neles fizesse morada; então Jesus habitaria no coração daqueles que o amassem através do Seu Espírito. Decorre portanto, que o Consolador, o Espírito da verdade, que sabemos ser o Espírito de Deus, o poder de Deus o Pai, é também o Espírito de Cristo. Por isso, Jesus afirma que se alguém o ama, Ele e Seu Pai virão ao coração desta pessoa, e nele farão morada:

22  Disse-lhe Judas, não o Iscariotes: Donde procede, Senhor, que estás para manifestar-te a nós e não ao mundo?

23  Respondeu Jesus: Se alguém me ama, guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada.

Assim, poderíamos montar as seguintes expressões lógicas para explicar isto de maneira mais fácil:

CONSOLADOR = ESPÍRITO DA VERDADE = ESPÍRITO (poder) DE DEUS PAI + ESPÍRITO (poder) DE CRISTO

Que o Espírito de Deus representa o poder de Deus Pai, já estudamos neste material. Quanto ao Espírito de Cristo ser o poder de Cristo, isto é explicado pela citação de João 15:5, onde Cristo afirma categoricamente: “sem mim nada podeis fazer.

Assim, o fato de o Espírito de Cristo habitar em nós significa que o Seu poder está nos capacitando a fazer a Sua obra, pois sem o poder de Cristo nada podemos fazer.

Os versos 26 e 28 de João 14 reforçam o conceito de que o Consolador é o Espírito de Deus somado ao Espírito de Cristo:

25  Isto vos tenho dito, estando ainda convosco;

26  mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito.

28  Ouvistes que eu vos disse: vou e volto para junto de vós. Se me amásseis, alegrar-vos-íeis de que eu vá para o Pai, pois o Pai é maior do que eu.

Jesus, no verso 26, afirma que o Consolador seria enviado da parte do Pai em Seu nome. Logo em seguida, referindo-se ao que havia acabado de dizer nos versos 25-27 disse: vou e volto para junto de vós. Assim, fica claro o conceito de que o Consolador é o Espírito de Deus Pai somado ao Espírito de Cristo. Com este entendimento, o verso 23, no qual Jesus afirma que Ele e o Pai viriam e fariam morada no coração faz todo o sentido, e isto se cumpriria na vinda do prometido Consolador.

Como o texto que acabamos de analisar esclarece, o Consolador, o Espírito Santo, é apresentado como sendo uma promessa a se cumprir para os discípulos, e esta promessa se manifestaria na forma de um dom, uma dádiva a ser concedida, que consistia-se do poder de Deus Pai e do poder de Jesus Cristo. Poderíamos então nos questionar:

Não seria esta promessa (a vinda do Espírito Santo) uma pessoa?

Para respondermos a esta pergunta, deixemos novamente que a Bíblia seja sua própria intérprete. O livro de Atos relata como se deu o cumprimento desta promessa. Em Atos 1:8, Jesus, logo antes de ascender ao Céu, reafirma a promessa da vinda do Consolador:

Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra.

Ele disse aos discípulos que, quando o Espírito Santo descesse sobre eles, receberiam poder. Assim, mais uma vez, Jesus reforça o conceito de que o Espírito Santo representava o poder (espírito) de Deus + poder (espírito) de Cristo. Como chegamos a esta conclusão? Da seguinte forma:

1 - Jesus disse: “sem mim nada podeis fazer” (João 15:5). Nada significa exatamente isto: nada. Os discípulos não poderiam sequer ser testemunhas de Jesus, conforme Ele prometeu em Atos 1:8 se estivessem sem Ele, se Ele (Jesus) não habitasse no seu coração.

2 – No texto de Atos 1:8, Jesus afirmou que quando o Espírito Santo descesse sobre os discípulos, eles seriam Suas testemunhas. Mas como os discípulos não poderiam ser testemunhas de Jesus se Ele não habitasse neles, isto implica que quando o Espírito Santo descesse sobre os discípulos, Jesus passaria a habitar neles, ou estaria neles. Isto só poderia acontecer se o próprio Espírito Santo que iria descer fosse o próprio Espírito de Cristo.

3 – O Espírito Santo da promessa era o “outro Consolador”, que procede do Pai (João 15:26,27), que como vimos anteriormente representa também o poder de Deus Pai, que dá testemunho de Jesus Cristo (João 5:36,37; 14:10). Assim, o Espírito Santo mencionado por Jesus em Atos 1:8 é também o Espírito de Deus, o Pai.

Mais uma vez então, confirmamos a fórmula a qual já havíamos chegado para o Espírito Santo:

CONSOLADOR = ESPÍRITO SANTO = ESPÍRITO DE DEUS PAI + ESPÍRITO DE CRISTO

Podem o Espírito de Deus Pai e o Espírito de Jesus habitar em nós, sendo cada um dos dois uma pessoa? Segundo a Bíblia sim, porque ambos também são Espírito:

-  Jesus Cristo, o SENHOR (I Cor 8:6) é Espírito (II Cor. 3:17);

-  Deus, o Pai, é Espírito (João 4:24).

O cumprimento da promessa da vinda do Consolador, descrito em Atos 2:3-4, 6-7, também confirma a conclusão à qual chegamos com base nas passagens bíblicas que analisamos, de que o termo “Espírito Santo”, quando se refere ao Consolador, é um poder concedido por Deus Pai e Seu Filho Jesus Cristo:

E apareceram, distribuídas entre eles, línguas, como de fogo, e pousou uma sobre cada um deles.

Todos ficaram cheios do Espírito Santo e passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem....

6  Quando, pois, se fez ouvir aquela voz, afluiu a multidão, que se possuiu de perplexidade, porquanto cada um os ouvia falar na sua própria língua.

7  Estavam, pois, atônitos e se admiravam, dizendo: Vede! Não são, porventura, galileus todos esses que aí estão falando?

O texto mostra que o Espírito Santo capacitou os discípulos não somente para testemunhar, falando o idioma hebraico, mas testemunhar de Cristo em outras línguas, de maneira que cada visitante que tinha vindo para a festa de Pentecostes ouvia o evangelho em sua própria língua. Os discípulos foram capacitados a falar em outras línguas pelo poder de Deus, denominado nesta passagem de Espírito Santo.

Ao dar testemunho deste maravilhoso derramamento do poder de Deus, Pedro, em Atos 2:32-33 e 37-38, disse o seguinte a respeito do Espírito Santo:

32  A este Jesus Deus ressuscitou, do que todos nós somos testemunhas.

33  Exaltado, pois, à destra de Deus, tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vedes e ouvis....

37  Ouvindo eles estas coisas, compungiu-se-lhes o coração e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, irmãos?

38  Respondeu-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo.

O apóstolo Pedro disse que Jesus recebeu do Pai a promessa do Espírito Santo. Esta promessa era o cumprimento do que Ele mesmo havia dito aos discípulos que pediria ao Pai em João 14:16. Ele disse que pediria ao Pai para que Ele enviasse o Consolador, o Seu poder, o Espírito Santo. O Pai havia atendido ao Seu pedido, e Ele havia então enviado o Espírito Santo, a soma do Seu poder com o poder de Seu Pai, para os discípulos. Por isso Pedro chama o Espírito Santo de dom, (dádiva divina) no verso 38:

E recebereis o dom do Espírito Santo.

Falava Jesus figuradamente quando Se referiu ao Espírito da verdade, o Consolador, como se fosse um terceiro personagem divino? O próprio Salvador nos responde afirmativamente:

"Estas coisas vos tenho dito por meio de figuras; vem a hora em que não vos falarei por meio de comparações, mas vos falarei claramente a respeito do Pai." João 16:25.

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