Lição 2 6-12 de abril O ABC das profecias apocalípticas Sábado à Tarde Ano Bíblico: II Sam. 15-17 VERSO PARA MEMORIZAR: "Então a soberania, o poder e a grandeza dos reinos que há debaixo de todo o Céu serão entregues nas mãos dos santos, o povo do Altíssimo. O reino dEle será um reino eterno, e todos os governantes O adorarão e Lhe obedecerão." Daniel 7:27 ALGUMAS DAS MAIS INCRÍVEIS PROFECIAS da Bíblia que mais fortalecem a nossa fé aparecem em Daniel 2 e 7. Nestes dois capítulos paralelos, Daniel (pelo poder de Deus) descreve o percurso da história mundial desde o seu tempo até o nosso e, finalmente, até o fim do mundo, quando Deus vai instituir Seu reino. Se alguém alguma vez precisou de uma base : racional: para crer na inspiração da Bíblia, Deus a deu nestes dois capítulos. O mais interessante nestes dois capítulos é que Daniel 2 e 7 descrevem os mesmos eventos em diferentes perspectivas. Enquanto Daniel 2 enfatiza o surgimento e a queda dos reinos da Terra, Daniel 7 enfatiza a experiência do povo de Deus antes que esse reino eterno seja finalmente estabelecido. Até certo ponto, Daniel 2 destaca a política internacional; e Daniel 7 enfatiza o encontro entre o povo de Deus e os poderes civis. E os dois capítulos terminam com uma nota de triunfo: O reino de Deus será vitorioso sobre os reinos da Terra. Na vitória final, o Filho do homem é o instrumento indispensável, e é por meio dEle que Seu povo herda o reino.
Domingo Ano Bíblico: II Sam. 18 e 19 Duas visões paralelas 1. Embora sejam duas profecias simbolicamente diferentes, em dois capítulos diferentes, Daniel 2 e Daniel 7 têm muitos paralelos entre si. Daniel 2 Daniel 7 Ouro (v. 32) Leão (v. 4) Prata (v. 32) Urso (v. 5) Metal (v. 32) Leopardo (v. 6) Ferro (v. 33) Quarto animal (v. 7 e 8) Reino de Deus (vs. 34 e 35) Reino de Deus (v. 14) Que grandes reinos estes símbolos representam? O Senhor considerou tão importante a identificação desses símbolos que mencionou pelos nomes os primeiros três no livro de Daniel, e tornou inconfundível a identidade do quarto. O primeiro, a cabeça de ouro, em Daniel 2, e o leão, em Daniel 7, é Babilônia (Dan. 2:38). O segundo reino (a prata e o urso) é identificado em Daniel 5:28, 30 e 31 e em 8:20 como o Império Medo-Persa. O terceiro (o bronze [o leopardo]) é simbolizado por um bode em Daniel 8:21 e é identificado como a Grécia em Daniel 11:2. O nome do quarto reino (o ferro [quarto animal]) não é dado, mas apenas um poder se ajusta à sua descrição no decorrer da História mundial - e este é Roma. 2. Que sinais de identificação do quarto reino em Daniel 2 e do quarto animal em Daniel 7 tornam claro que Roma é a única aplicação adequada? Estes dois capítulos cobrem o mesmo período histórico sob uma perspectiva diferente, revelando assim novos elementos nos eventos descritos. Daniel 2 e 7, por exemplo, descrevem a história do tempo desde Babilônia até o fim da História terrestre; o capítulo 7, porém, apesar de repetir o que está no capítulo 2, também a aumenta e expande.
Segunda Ano Bíblico: II Sam. 20 e 21 O quarto animal "Haverá um quarto reino, forte como o ferro, pois o ferro quebra e destrói tudo; e assim como o ferro despedaça tudo, também ele destruirá e quebrará todos os outros." Dan. 2:40 "Vi ainda um quarto animal, aterrorizante, assustador e muito poderoso. Tinha grandes dentes de ferro, com os quais despedaçava e devorava suas vítimas, e pisoteava tudo o que sobrava. Era diferente de todos os animais anteriores e tinha dez chifres." Dan. 7:7. Veja também Daniel 7:19. 3. Que semelhança existe entre a linguagem usada em Daniel 7 para descrever o quarto reino e as palavras usadas para descrever o mesmo reino em Daniel 2? O animal representando o império romano é diferente de todos os outros. Daniel o descreve como "aterrorizante, assustador e muito poderoso" (Dan. 7:7). Era um poder invencível, engajado a conquistar pela guerra. O The Cambridge Ancient History (História Antiga de Cambridge) assinala que "do fim do terceiro século [a.C.] em diante, a política romana foi agressiva", não tendo interesse em resolver as disputas pelas negociações, mas fazendo exigências às outras nações que tornavam a guerra inevitável. - A. E. Austin, editor, vol. 8, pág. 382. A crueldade caracterizava a atitude do império romano para com os que eles conquistavam, uma crueldade representada pelos "dentes de ferro" (Dan. 7:19). 4. O que aconteceria ao poderoso império romano? Dan. 2:41; 7:24 Muitas razões podem ser dadas para o colapso do império romano, "mas foram realmente as numerosas invasões, incessantes durante a segunda metade do [quarto] século, que fizeram tombar o império". - New Encyclopedia Britannica: Macropedia, vol. 15, pág. 1.132. Ao contrário dos três outros poderes que a precederam, Roma não foi substituída por um poder único, assim como a Medo-Pérsia substituiu Babilônia ou a Grécia substituiu a Medo-Pérsia. Ao contrário, ela foi dividida em reinos menores, assim como a visão de Daniel mostrou.
Terça Ano Bíblico: II Sam. 22-24 O chifre pequeno - I "Se alguém estudar a origem deste grande domínio eclesiástico, facilmente perceberá que o papado não é senão o espírito do extinto império romano, assentando-se coroado sobre a sua sepultura." - Thomas Hobbes, "Leviatã", em Great Books of the Western World (Grandes Livros do Mundo Ocidental), pág. 278. 5. Leia Daniel 7:8 e 24 e descreva em suas próprias palavras a ascensão do chifre pequeno. Que eventos cercando essa ascensão podem nos ajudar a entender o que significa? Saber quem é o poder representado pelo chifre pequeno é muito importante para se interpretar Daniel 7. A profecia fornece vários elementos que ajudam a fazer uma identificação correta. Primeiro, o chifre pequeno surge do quarto animal (7:24); assim, não é um reino separado do império romano, mas na verdade é parte dele. Segundo, ele aparece depois dos outros dez chifres (7:8). Os dez chifres representam o colapso e a divisão do império romano; então, o chifre pequeno veio depois que o império romano desmoronou. Terceiro, como Daniel 7:20 revela, ele se torna maior do que os outros chifres ("literalmente 'cuja aparência era maior do que a de seus companheiros'"). - SDA Bible Commentary, vol. 4, pág. 830:20, Stout. Ele representava uma entidade mais poderosa do que os outros reinos da Roma dividida. Quarto, três dos dez chifres foram arrancados. 7:8. A fim de ter espaço para exercer sua grandeza, três poderes são eliminados. Que poder surgiu das ruínas de Roma pagã para ser uma influência poderosa entre os reinos divididos? A resposta é absolutamente clara: a Igreja Romana. O historiador R.C. Hanson comenta que embora estivesse formalmente despreparada para o colapso apavorante e sem precedentes da sociedade em que alcançou a maturidade, quando a crise chegou, a Igreja encontrou forças dentro de si para resistir à crise, perseverar, sobreviver e, finalmente, avançar para penetrar e controlar a nova situação que as invasões e colonizações bárbaras provocaram. - "A Igreja e o Colapso do Império Romano Ocidental", Church and State in the Early Church (Igreja e Estado na Igreja Primitiva), ed. Everett Ferguson, vol. VII, pág. 385.
Quarta Ano Bíblico: I Reis 1 e 2 O chifre pequeno - II "E ele falará contra o Altíssimo, oprimirá os Seus santos, e tentará mudar os tempos e as leis: os santos serão entregues nas mãos dele por um tempo, tempos e meio tempo." Dan. 7:25 Daniel passa muito tempo dando detalhes específicos sobre a atividade deste poder do chifre pequeno, Roma papal. Entre esses detalhes estão: 1. Ele fala contra o Altíssimo. A Igreja falou com autoridade por meio de seu ensino, definindo dogmas e crenças e exigindo submissão a elas. No processo, a verdade e o erro foram misturados. Conseqüentemente, ensinos não bíblicos foram aceitos como verdadeiros (por exemplo, a imortalidade da alma, o sacramento da penitência, o purgatório, a mediação dos santos, etc.). 2. Perseguição. Os que não se submetiam aos dogmas eram perseguidos e até mortos. Durante a Inquisição, foi usada a tortura contra os "inimigos" da igreja. "Em 1252, o [Papa] Inocêncio IV sancionou a aplicação da tortura pelas autoridades civis sobre os hereges, e a tortura mais tarde veio a ter um lugar reconhecido nos procedimentos dos tribunais da Inquisição." - New Catholic Encyclopedia (Nova Enciclopédia Católica), vol. XIV, pág. 208: "Tortura e a Igreja". 3. Mudando a lei. A mudança mais dramática e ousada introduzida pela união da Igreja com o Estado foi a mudança da lei de Deus. O dia bíblico de descanso, o sábado, foi mudado para o domingo. Esta mudança foi feita com base na autoridade do ensino da igreja, e continua hoje sendo o dia de descanso entre os católicos e a maioria das denominações protestantes. Uma fonte católica diz: "Por que observamos o domingo em vez do sábado? Observamos o domingo em vez do sábado porque a Igreja Católica... transferiu a solenidade do sábado para o domingo." - Rev. Peter Geiermann, C.S.S.R., The Convert' s Catechism of Catholic Doctrine (Catecismo do Convertido à Doutrina Católica), pág. 50. Mesmo um estudo superficial de Daniel 2 e Daniel 7 revela que Deus nos deu muito mais detalhes sobre o chifre pequeno e sua atividade do que sobre quaisquer outros dos poderes mostrados. Por que Deus fez assim, e o que este fato nos diz sobre a importância de saber quem é este poder? Por que, especialmente numa era de grandes tendências ecumênicas, devemos ter em mente a verdade sobre este pequeno chifre e o que ele representa?
Quinta Ano Bíblico: I Reis 3 e 4 A primeira profecia de tempo "Os santos serão entregues nas mãos dele por um tempo, tempos e meio tempo." Dan. 7:25 Ao contrário dos outros poderes de Daniel 7, o poder do chifre pequeno se distingue por uma característica especial: ele surge com a primeira profecia apocalíptica de Daniel que tem um elemento de tempo. É o único reino representado no capítulo que se identifica com uma profecia de tempo, outro detalhe que fortalece o argumento de que Deus quer que saibamos especialmente quem é este poder. No simbolismo apocalíptico, "dia" freqüentemente representa "ano". Eruditos de muitas denominações por muito tempo reconheceram este princípio. O Antigo Testamento dá numerosos exemplos do princípio dia/ano. Por exemplo, I Samuel 20:6 diz: "Por causa do sacrifício anual que está sendo feito lá por todo o seu clã". A palavra de onde vem "anual" significa literalmente "dias". Este é só um entre muitos exemplos. 6. Leia I Reis 1:1; a palavra traduzida por "anos" aqui (ARA) é realmente "dias". Veja também Gênesis 6:3, Números 14:34 e Ezequiel 4:6. Que sugestões sobre o princípio dia/ano existem também nestes textos? O "um tempo, tempos e meio tempo" de Daniel 7:25 é definido em Apocalipse 12:6 como 1.260 dias. Se "tempo, tempos e meio tempo" equivalem a 1.260 dias, e um dia equivale a um ano, segue-se que "tempo, tempos e metade de um tempo", ou 1.260 dias, equiparam-se a 1.260 anos. Deste modo, o reinado do poder do chifre pequeno (ou, pelo menos, uma fase dele) durará mais de doze séculos. Em 538 d.C., depois que os invasores arianos retiraram-se de Roma, o caminho estava aberto para a subida de Roma papal. Incrivelmente, em 1798 B exatamente 1.260 anos mais tarde - o general francês Berthier prendeu e exilou o Papa Pio VI com a intenção dar um fim ao sistema católico romano. De fato, havia alguns estudantes da Bíblia antes de 1798 que, estudando essas profecias, chegaram à conclusão de que algo drástico aconteceria a Roma próximo ao início do século 19, e foi justamente isso que aconteceu. Para um estudo adicional, veja o SDA Bible Commentary, vol. 4, pág. 834: "Um tempo, tempos e metade de um tempo".
Sexta Ano Bíblico: I Reis 5 e 6 Estudo Adicional Leia, de C. Mervyn Maxwell, Uma Nova Era Segundo as Profecias de Daniel, págs. 107-147; de Ellen G. White, "Como Começaram as Trevas Morais", em O Grande Conflito, págs. 49-60. Os animais e o Cordeiro. "A Daniel foi dada uma visão de animais ferozes, representando os poderes da Terra. Mas a bandeira do reino do Messias é um cordeiro. Enquanto os reinos terrestres governam pelo predomínio da força física, Cristo deverá banir toda arma carnal, todo instrumento de coerção. Seu reino deverá ser estabelecido para erguer e enobrecer a humanidade caída." - Comentários de Ellen G. White, SDA Bible Commentary, vol. 4, págs. 1.171, sobre Daniel 7:2-7: "A Bandeira do Messias, um Cordeiro". Apostasia cristã. "Quando se corrompeu a primitiva igreja, afastando-se da simplicidade do evangelho e aceitando ritos e costumes pagãos, perdeu o Espírito e o poder de Deus; e, para que pudesse governar a consciência do povo, procurou o apoio do poder secular. Disso resultou o papado, uma igreja que dirigia o poder do Estado e o empregava para favorecer aos seus próprios fins, especialmente na punição da 'heresia'." - Ellen G. White, O Grande Conflito, pág. 443. PERGUNTAS PARA CONSIDERAÇÃO: 1. Em sua opinião, por que Deus usou o princípio da recapitulação (veja a lição de domingo) em vez de dar ao profeta uma única visão que incluísse todos os eventos proféticos? 2. Se você participasse de um estudo bíblico sobre este assunto, em que houvesse católicos romanos assistindo, que abordagem você tomaria para ajudar a quebrar barreiras que certamente surgiriam? 3. Nos últimos anos, muitos documentos foram assinados entre católicos romanos e protestantes, fazendo grandes afirmações de unidade entre eles. Como nós, adventistas do sétimo dia, à luz da profecia bíblica, devemos responder com responsabilidade a esses pronunciamentos? 4. Muitas pessoas são céticas quanto ao cristianismo por causa da história sangrenta e intolerante da igreja. Como a lição desta semana pode ajudar a enfraquecer este argumento comum contra a validade da fé cristã? RESUMO: Daniel 2 e 7 se complementam, fornecendo uma avaliação da História sob a perspectiva de Deus. A visão, com surpreendente precisão, predisse o surgimento e a queda dos antigos reinos, inclusive o surgimento do papado, que é descrito na profecia com clareza e precisão inconfundíveis. É claro que Ele desejava que soubéssemos a identidade desse poder. As razões vão ficar mais claras na continuação deste estudo. |
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