O Papel Profético de Leroy E. Froom, o Balaão do Século XX
(Texto longo. Imprima, Leia e Discuta com os Irmãos da Igreja)

 

Você creria em um homem que foi capaz de escrever o texto que se segue a respeito de Elias, o servo de Deus que foi trasladado sem ver a morte?

"A sua infeliz militância me faz pensar na situação de Elias. ... Ele discordava agudamente dos historiadores e experts em Israel a respeito da situação. Ele estava certo, pensava, e todos estavam errados. Ele somente foi deixado lealmente, e perseguido e amaldiçoado por causa de suas alegações e conclusões. ... Elias assim na verdade difamou e vilipendiou a Israel, e ofereceu um relatório desorientador e negro. Ele apresentou uma testemunha inverídica, lançando calúnias e difamação sobre Israel e sua liderança."

Infelizmente, o autor do texto acima foi um renomado pastor adventista, autor de livros consagrados dentro da denominação, professor de história da igreja da Andrews e por algum tempo o homem que mais possuía acesso aos escritos de Ellen G. White. Como este homem, que teve tamanho acesso aos testemunhos e tanta influência junto a organização chegou a escrever tais palavras? O material que se segue mostra como este homem chegou a tal ponto, bem como qual foi o papel profético dele na história do movimento adventista do sétimo dia.

 

Perceba a Mão de Deus ao Leme no Movimento Leigo

Introdução - paralelismo profético entre a peregrinação do povo de Israel no deserto e a história do movimento adventista do sétimo dia

Ao analisarmos a história do movimento adventista surgido após a pregação de Miller e dos pioneiros com a libertação do povo de Israel do cativeiro Egípcio e sua peregrinação no deserto até a terra de Canaã, notamos uma similaridade extrema. Ponto por ponto da jornada do povo de Israel literal antigo é seguido pelo Israel espiritual de hoje - os adventistas do sétimo dia. Assim, podemos considerar que o povo de Israel literal, em sua peregrinação pelo deserto rumo à terra de Canaã, viveu uma profecia viva, que está se cumprindo na história do movimento adventista. A seguir, faremos um breve comparativo que nos permitirá identificar o cumprimento profético ao longo da história do movimento adventista. Através deste comparativo, podemos perceber qual foi o papel profético de Leroy E. Froom no movimento adventista e verificar com que personagem da história de Israel este pode ser comparado.

 

1 - A saída de Israel do Egito

Através de Seu servo Moisés, um tipo de Cristo, Deus conduziu o povo de Israel para fora do Egito, a fim de torná-lo Seu povo peculiar e com ele renovar a aliança uma vez estabelecida com seu patriarca Abraão:

"Vendo o SENHOR que ele se voltava para ver, Deus, do meio da sarça, o chamou e disse: Moisés! Moisés! Ele respondeu: Eis-me aqui!

5  Deus continuou: Não te chegues para cá; tira as sandálias dos pés, porque o lugar em que estás é terra santa.

6  Disse mais: Eu sou o Deus de teu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó. Moisés escondeu o rosto, porque temeu olhar para Deus.

7  Disse ainda o SENHOR: Certamente, vi a aflição do meu povo, que está no Egito, e ouvi o seu clamor por causa dos seus exatores. Conheço-lhe o sofrimento;

8  por isso, desci a fim de livrá-lo da mão dos egípcios e para fazê-lo subir daquela terra a uma terra boa e ampla, terra que mana leite e mel; o lugar do cananeu, do heteu, do amorreu, do ferezeu, do heveu e do jebuseu.

9  Pois o clamor dos filhos de Israel chegou até mim, e também vejo a opressão com que os egípcios os estão oprimindo.

10  Vem, agora, e eu te enviarei a Faraó, para que tires o meu povo, os filhos de Israel, do Egito." Êxodo 3:4-10

De igual modo, os adventistas do sétimo dia, o Israel espiritual, foram chamados por Cristo para sair do Egito espiritual, composto das Igrejas protestantes que haviam interrompido sua caminhada rumo à restauração da verdade, a fim de se tornarem um povo de propriedade divina, uma luz para o mundo. Dentre os adventistas, aqueles que são obedientes aos reclamos divinos são iluminados por Deus, tal como os israelitas recebiam a luz advinda da coluna de fogo no deserto:

"Grande é a semelhança entre nossa história e a dos filhos de Israel. Deus conduziu Seu povo do Egito ao deserto, onde podiam guardar-Lhe a lei e obedecer-Lhe à voz. Os egípcios que não tinham nenhuma consideração pelo Senhor, achavam-se acampados perto deles; todavia, o que para os israelitas era uma abundância de luz, iluminando todo o acampamento e lançando claridade sobre o caminho que lhes estava em frente, para as hostes de Faraó constituía um muro de nuvens, tornando mais negra a escuridão da noite.

Há presentemente, da mesma maneira, um povo a quem Deus fez depositários de Sua lei. Para os que Lhe obedecem, os mandamentos do Senhor são qual coluna de fogo, aclarando e indicando o caminho para a salvação eterna. Para os que os desprezam, porém, são como sombras da noite. "O temor do Senhor é o princípio da sabedoria." Sal. 111:10. Melhor que qualquer outro conhecimento é a compreensão da Palavra de Deus. Grande galardão há em guardar-Lhe os mandamentos, e engodo algum da Terra deve levar o cristão a vacilar por um momento em sua aliança. Riquezas, honras e pompas mundanas, não passam de escória que perecerá diante do fogo da ira de Deus." Testemunhos Seletos, Vol. 1, pág. 452

 

2 - Desapontamento

Após saída do Egito, os israelitas tiveram sua fé provada, ao estarem aparentemente à mercê do exército egípcio, às margens do Mar Vermelho. Semelhantemente, os adventistas tiveram sua fé duramente provada após o desapontamento de 1844:

"A história do antigo Israel é um exemplo frisante da passada experiência dos adventistas. Deus guiou Seu povo no movimento adventista, assim como guiara os filhos de Israel ao saírem do Egito. No grande desapontamento fora provada a sua fé, como o foi a dos hebreus no Mar Vermelho." O Grande Conflito págs. 457, 458

 

3 - Reforma de Saúde

Após conduzir o povo de Israel para o deserto, Cristo lhes conduziu a um regime alimentar mais adequado, de modo que Seu povo fosse habilitado a apreciar os alimentos feitos por Ele para os homens - os frutos da terra. Semelhantemente, em 1963, Cristo deu à Sua serva Ellen G. White testemunhos com instruções sobre o regime alimentar, de maneira que Seu povo operasse uma Reforma de Saúde e fosse por ela habilitado a apreciar os alimentos existentes na Nova Terra:

"Quando Deus tirou os filhos de Israel do Egito, era Seu desígnio estabelecê-los na terra de Canaã, povo puro, contente e são.

Vejamos os meios pelos quais Ele efetuaria isto. Submeteu-os a um curso de disciplina, que, caso houvesse sido seguido de boa vontade, haveria resultado em bem, tanto para eles próprios, como para sua posteridade. Ele tirou deles em grande medida o alimento cárneo. Havia-lhes concedido carne em resposta a seus clamores, justo antes de chegarem ao Sinai, mas isso foi apenas por um dia. Deus poderia haver provido carne tão facilmente como o maná, mas foi feita ao povo uma restrição para seu bem. Era Seu desígnio prover-lhes alimento mais apropriado a suas necessidades do que o regime estimulante a que muitos deles se haviam acostumado no Egito. O apetite pervertido devia ser levado a uma condição mais sadia, para que eles pudessem fruir o alimento originalmente providenciado para o homem - os frutos da terra, que Deus dera a Adão e Eva no Éden....

 

Figura Para Nós

"Ora, estas coisas se tornaram exemplos para nós, a fim de que não cobicemos as coisas más, como eles cobiçaram." "Estas coisas lhes sobrevieram como exemplos e foram escritas para advertência nossa, de nós outros sobre quem os fins dos séculos têm chegado." I Cor. 10:6 e 11.

A igreja de Battle Creek em geral não tem apoiado o Instituto com seu exemplo. Não têm honrado a luz da reforma de saúde seguindo-a em sua família. A doença que tem visitado muitas famílias em Battle Creek não necessitava sobrevir, houvessem eles seguido a luz que Deus lhes  dera. Como o antigo Israel, eles não deram atenção à luz, e não podiam ver mais necessidade de restringir o apetite do que o fez aquele povo. Os filhos de Israel queriam carne, e disseram, como dizem muitos hoje em dia: Sem carne, morreremos. Deus deu carne ao rebelde Israel, mas com ela estava Sua maldição. Milhares deles morreram enquanto a carne que haviam desejado estava entre seus dentes. Temos o exemplo do antigo Israel, e a advertência de não fazermos como eles fizeram. Sua história de incredulidade e rebelião está registrada como especial advertência para que não sigamos o exemplo deles em murmurar das reivindicações de Deus. Como podemos prosseguir em nossa direção assim indiferentemente, escolhendo nossa própria orientação, seguindo a luz de nossos próprios olhos, e afastando-nos mais e mais de Deus, como os hebreus outrora? Deus não pode fazer grandes coisas por Seu povo devido a sua dureza de coração e pecaminosa incredulidade." Conselhos sobre o Regime Alimentar, págs. 378, 379

"A fim de saber quais são os melhores alimentos, cumpre-nos estudar o plano original de Deus para o regime do homem. Aquele que criou o homem e lhe compreende as necessidades designou a Adão o que devia comer: "Eis que vos tenho dado toda erva que dá semente... e toda árvore em que há fruto de árvore que dá semente; ser-vos-ão para mantimento." Gên. 1:29. Ao deixar o Éden para ganhar a subsistência lavrando a terra sob a maldição do pecado, o homem recebeu também permissão para comer a "erva do campo". Gên. 3:18.

Cereais, frutas, nozes e verduras constituem o regime dietético escolhido por nosso Criador. Esses alimentos, preparados da maneira mais simples e natural possível, são os mais saudáveis e nutritivos. Proporcionam uma força, uma resistência e vigor intelectual que não são promovidos por uma alimentação mais complexa e estimulante."  Conselhos Sobre o Regime Alimentar, págs. 295 e 296.

 

4 - Reforma de Educação

Ao conduzir o povo de Israel rumo à Canaã terrestre, era Seu desígnio instruí-los para que estes pudessem ser um exemplo de obediência aos Seus mandamentos para todas as nações que lhes seriam vizinhas. Com este objetivo, Deus lhes deu, através de Moisés, as leis cerimoniais, que antes da morte deste foram colocadas ao lado da arca da aliança que se localizava no compartimento santíssimo do santuário celestial, com as seguintes palavras de advertência:

"Tomai este Livro da Lei e ponde-o ao lado da arca da Aliança do SENHOR, vosso Deus, para que ali esteja por testemunha contra ti." Deuteronômio 31:26

Semelhantemente, objetivando a preparar os adventistas do sétimo dia para a comunhão com os seres celestiais, Deus deu à Sua serva, em 1872, testemunhos concernentes à Reforma de Educação. Apresentamos abaixo alguns testemunhos que comprovam o que aqui afirmamos:

"Somos contados como Israel. Todas as instruções dadas aos israelitas de outrora, relativamente à educação e preparo de seus filhos, todas as promessas de bênçãos mediante a obediência, dirigem-se a nós.

A Palavra de Deus a nós é: "Abençoar-te-ei, ... e tu serás uma bênção." Gên. 12:2." Ciência do Bom Viver, pág. 405

"Os pais e professores não avaliam a grandeza da obra a eles dada na educação dos jovens. A experiência dos filhos de Israel foi-nos escrita, a nós, "para quem já são chegados os fins dos séculos". I Cor. 10:11. Como no tempo deles, hoje também o Senhor quer que os filhos sejam ajuntados das escolas em que prevalecem influências mundanas, e sejam postos em nossas próprias escolas, onde se faz da Palavra de Deus o fundamento da educação." Conselhos aos Pais, Professores e Estudantes, pág. 166

"Desde o início da jornada ao sair do Egito, tinham-se-lhes dado lições para o seu preparo e disciplina. Mesmo antes de deixarem o Egito, tinha-se levado a efeito uma organização temporária, e o povo foi distribuído em grupos, sob líderes designados. No Sinai completaram-se os arranjos para a organização. A ordem, tão salientemente ostentada em todas as obras de Deus, manifestava-se na economia hebréia. Deus era o centro da autoridade e do governo. Moisés, como Seu representante, devia em Seu nome administrar as leis. (Núm. 11:16 e 17.) Então vinha o conselho dos setenta, os sacerdotes, e os príncipes, e sob estes "capitães de milhares, e por capitães de cem, e por capitães de cinqüenta, e por capitães de dez" (Deut. 1:15); e, finalmente, oficiais designados para fins especiais. O acampamento foi arranjado em perfeita ordem, ficando no centro o tabernáculo - a morada de Deus - e em redor dele as tendas dos sacerdotes e levitas. Além destas, cada tribo acampava ao lado de seu próprio estandarte. Foi posto em vigor um completo regulamento de higiene. Este foi prescrito ao povo, não simplesmente como necessário à saúde, senão também como condição de conservar entre eles a presença dAquele que é santo. Pela autoridade divina Moisés lhes declarou: "O Senhor, teu Deus, anda no meio do teu arraial, para te livrar; ... pelo que o teu arraial será santo." Deut. 23:14.

A educação dos israelitas incluía todos os seus hábitos de vida. Tudo que dizia respeito a seu bem-estar foi objeto da solicitude divina, e constituiu assunto da divina legislação." Educação, págs. 37, 38

"Ninguém se devia permitir seguir um curso de estudo que lhe venha enfraquecer a fé na verdade ou no poder do Senhor, ou diminuir seu respeito pela vida de santidade. Quisera advertir os estudantes a não darem um passo neste sentido, nem mesmo por conselho de seus instrutores, ou de homens em posição de autoridade, a não ser que hajam primeiro buscado a Deus em particular, o coração aberto às influências do Espírito Santo, obtendo Seu conselho com relação ao desejado curso de estudo. Seja extirpada toda ambição profana. Ponde à margem todo desejo egoísta de vos distinguirdes; que toda sugestão do lado humano seja levada a Deus, e confiai na guia de Seu Espírito. ...

Não vos confieis à guarda dos homens, mas dizei: "O Senhor é o meu ajudador; buscar-Lhe-ei o conselho; serei cumpridor de Sua vontade." Todas as vantagens que acaso possuais, não vos podem beneficiar, nem a mais alta educação habilitar-vos a ser condutos de luz, a menos que tenhais a cooperação do divino Espírito. É-nos tão impossível receber habilitações da parte dos homens, sem a iluminação divina, como era aos deuses do Egito livrar os que neles confiavam.

Os alunos não devem julgar que toda sugestão para prolongarem os estudos esteja em harmonia com o plano de Deus. Levai toda sugestão ao Senhor em oração, e buscai Sua direção, não uma vez apenas, mas repetidamente. Pleiteai com Ele até que estejais convencidos de que o conselho provém de Deus ou do homem." Conselhos aos Pais, Estudantes e Professores, págs. 412, 413

"O trabalho manual útil faz parte do plano evangélico. O grande Mestre, envolto na coluna de nuvem, deu a Israel orientação para que a todo jovem fosse ensinado qualquer ramo de trabalho útil. Era, portanto, costume dos judeus, tanto das classes mais abastadas como das mais pobres, ensinar a seus filhos e filhas qualquer ofício prático, de modo que, no caso de virem a surgir circunstâncias adversas, não ficassem na dependência de outros, mas estivessem habilitados a prover às próprias necessidades. Podiam ser instruídos em ramos literários, mas tinham de ser exercitados também em algum ofício. Isso era julgado parte indispensável de sua educação.

Agora, como nos dias de Israel, todo jovem precisa ser instruído nos deveres da vida prática. Cada um deve adquirir conhecimentos em algum ramo de trabalho manual que, em caso de necessidade, lhe possa proporcionar um meio de vida." Conselhos aos Pais, Professores e Estudantes, pág. 307

 

5 - Justificação pele Fé e a Lei de Deus

Tendo guiado o povo de Israel pelo deserto até ao Monte Sinai, Deus ordenou a eles que se preparassem por três dias para uma ocasião. Nesta, Jeová proclamou Sua Lei, os Dez Mandamentos, objetivando renovar com o povo o concerto eterno que havia estabelecido com seu patriarca Abraão. A mensageira do Senhor foi instruída a descrever a cena conforme apresentamos abaixo:

""E todo o Monte de Sinai fumegava, porque o Senhor descera sobre ele em fogo; e o seu fumo subiu como fumo de um forno, e todo o monte tremia grandemente." "A glória do Senhor era como fogo devorador no cume do monte", à vista da multidão congregada. "E o sonido da buzina ia crescendo em grande maneira." Tão terríveis eram os sinais da presença de Jeová que as hostes de Israel tremeram de medo, e caíram prostrados perante o Senhor. Mesmo Moisés exclamou: "Estou todo assombrado, e tremendo." Heb. 12:21.

E então cessaram os trovões; não mais se ouviu a trombeta; a terra ficou calada. Houve um tempo de solene silêncio, e então se ouviu a voz de Deus. Falando da espessa escuridão que O envolvia, encontrando-Se Ele sobre o monte, rodeado de um acompanhamento de anjos, o Senhor deu a conhecer a Sua lei. Moisés, descrevendo esta cena, diz: "O Senhor veio de Sinai, e lhes subiu de Seir; resplandeceu desde o monte Parã, e veio com dez milhares de santos; à Sua direita havia para eles o fogo da lei." Patriarcas e Profetas, pág. 304

"Durante o cativeiro no Egito muitos israelitas haviam perdido em grande parte o conhecimento da lei de Deus, e misturaram seus preceitos com costumes e tradições gentílicos. Deus os levou ao Sinai, e ali de viva voz declarou Sua lei." Patriarcas e Profetas, pág. 334

O plano divino para o povo de Israel era que este visse os Dez Mandamentos como um promessa. Ao contemplá-los, os israelitas deveriam compreender que estes eram o grau de santidade ao qual Deus os exaltaria caso confiassem inteiramente em Seu poder para operar em seus corações. Todavia, ao invés de confiar totalmente em Deus para capacitá-los a obedecer a todos os mandamentos, eles confiaram em si próprios. As Escrituras comprovam isto:

"Veio, pois, Moisés e referiu ao povo todas as palavras do Senhor e todos os estatutos; então, todo o povo respondeu a uma voz e disse: Tudo o que falou o Senhor, nós faremos." Êxodo 24:3

Em suas palavras, o povo de Israel trazia sobre si mesmo uma condenação. Mostrava que não depositava fé em Cristo para que Ele operasse a mudança em seus corações para que estes guardassem a Lei. Tentariam fazer isto por suas próprias forças, e isso era impossível. "...sem Mim, nada podeis fazer", disse Cristo (João 15:5). Assim, assinavam com Deus um concerto que não poeriam cumprir; isto era a segurança de sua ruína.

Semelhantemente ao povo de Israel, que foi chamado a sair do Egito, os adventistas do sétimo dia haviam sido chamados por Deus para sair do Egito espiritual, e era o plano de Deus que estes exaltassem novamente os preceitos do decálogo, observando-os. Para tanto, Deus deu-lhes uma mensagem especial, apresentada na Conferência Geral de Mineápolis, 1888, através dos pastores Waggoner e Jones, que os ensinaria que pela fé em Jesus Cristo eles seriam habilitados por Ele a guardar os Dez Mandamentos:

"Em Sua grande misericórdia, enviou o Senhor preciosa mensagem a Seu povo por intermédio dos pastores [E. J.] Waggoner e [A. T.] Jones. Esta mensagem devia pôr de maneira mais preeminente diante do mundo o Salvador crucificado, o sacrifício pelos pecados de todo o mundo. Apresentava a justificação pela fé no Fiador; convidava o povo para receber a justiça de Cristo, que se manifesta na obediência a todos os mandamentos de Deus." Eventos Finais, 172

Os adventistas do sétimo dia de então, ao invés de aceitarem esta maravilhosa mensagem dada por Deus, rejeitaram-na e perseguiram seus portadores, ficando desta forma sem condições de receber a maravilhosa promessa da descida do Espírito Santo - a Chuva Serôdia. A mensageira do Senhor apresenta este fato lamentável em vários testemunhos, dos quais citamos um, abaixo:

"A indisposição de ceder a opiniões preconcebidas, e de aceitar esta verdade, estava à base de grande parte da oposição manifestada em Mineápolis contra a mensagem do Senhor através dos irmãos [E. J.] Waggoner e [A. T.] Jones.

Promovendo aquela oposição, Satanás teve êxito em afastar do povo, em grande medida, o poder especial do Espírito Santo que Deus anelava comunicar-lhes. O inimigo impediu-os de obter a eficiência que poderiam ter tido em levar a verdade ao mundo, como os apóstolos a proclamaram depois do dia de Pentecoste. Sofreu resistência a luz que deve iluminar toda a Terra com a sua glória, e pela ação de nossos próprios irmãos tem sido, em grande medida, conservada afastada do mundo." Mensagens Escolhidas, Vol. 1, págs. 234, 235

 

6 - Cades Barnéia

Erguendo-se a nuvem da presença de Cristo de sobre o Monte Sinai, conduziu o povo de Israel ao deserto de Parã, próximo a Cades Barnéia. Foram enviados então 12 espias das tribos de Israel para que espiassem a terra de Canaã. Ao voltarem, trouxeram seu relatório. A mensageira do Senhor, inspirada por Deus, assim descreve a cena:

"Os espias trouxeram amostras do fruto, que comprovavam a fertilidade do solo. Era o tempo da maturação das uvas, e trouxeram um cacho tão grande que era carregado entre dois homens. Trouxeram também figos e romãs que ali cresciam em abundância.

O povo regozijava-se de que devesse entrar na posse de uma terra tão boa, e escutaram atentamente ao ser o relatório apresentado a Moisés, a fim de que nenhuma palavra se lhes escapasse. "Fomos à terra a que nos enviaste", começaram os espias; "e verdadeiramente mana leite e mel, e este é o fruto." Núm. 13:17-33. O povo ficou entusiasmado; queriam com avidez obedecer à voz do Senhor, e subir sem demora a possuir a terra. Mas, depois de descreverem a beleza e fertilidade da terra, todos os espias, com exceção de dois, exageraram as dificuldades e perigos que estavam diante dos israelitas caso empreendessem a conquista de Canaã. Enumeraram as poderosas nações localizadas nas várias partes do país, e disseram que as cidades eram muradas e muito grandes, e o povo que nelas habitava era forte; e seria impossível vencê-los. Declararam também que tinham visto ali gigantes, os filhos de Enaque, e era inútil pensar em possuir a terra.

Agora a cena mudou. A esperança e o ânimo deram lugar ao desespero covarde, ao proferirem os espias os sentimentos de seu coração incrédulo, que estava cheio de desânimo inspirado por Satanás. Sua incredulidade lançou escura sombra à congregação, e o grande poder de Deus, tantas vezes manifesto em prol da nação eleita, foi esquecido." Patriarcas e Profetas, págs. 387, 388

Através desta cena, a prova de que o povo não possuía fé no poder de Deus estava dada. Poucos dias antes, haviam prometido que fariam tudo o que o Senhor havia ordenado, o que era impossível para eles cumprirem. Baldados foram os esforços de Josué e Calebe ao exortar o povo a que confiassem no poder de Deus para conduzí-los à posse da terra prometida:

"Calebe e Josué tentaram acalmar o tumulto. Rasgando as vestes em sinal de pesar e indignação, arrojaram-se entre o povo, e suas vozes penetrantes foram ouvidas acima da tormenta das lamentações e mágoa revoltosa: "A terra pelo meio da qual passamos a espiar é terra muito boa. Se o Senhor Se agradar de nós, então nos porá nesta terra, e no-la dará; terra que mana leite e mel. Tão-somente não sejais rebeldes contra o Senhor, e não temais o povo desta terra, porquanto são eles nosso pão. Retirou-se deles o seu amparo, e o Senhor é conosco; não os temais." Núm. 14:7-9....

Os espias infiéis denunciavam em alta voz a Calebe e Josué, e levantou-se o clamor para os apedrejar. A turba insana apanhou pedras para matar aqueles homens fiéis. Avançaram com uivos de furor, quando subitamente as pedras lhes caíram das mãos, tombou sobre eles um silêncio, e tremeram de medo. Deus interviera para impedir o seu desígnio assassino." Patriarcas e Profetas, págs. 389 e 390

Desta forma, os israelitas manifestaram sua falta de fé no poder de Deus para habilitá-los a cumprir Sua Lei. Do mesmo modo, novamente manifestavam sua falta de fé, tornando-se incrédulos quanto ao fato de que o poder de Deus era suficiente para conduzí-los vitoriosamente rumo à posse da terra prometida. Desta forma, vituperaram o nome do Senhor, e não obtiveram o cumprimento da promessa. Pelo contrário, foram condenados a vaguear 40 anos no deserto, para que toda aquela geração incrédula perecesse:

"O Senhor prometeu poupar Israel de destruição imediata; mas, por causa de sua incredulidade e covardia, não poderia manifestar Seu poder para subjugar os inimigos deles. Portanto, em Sua misericórdia ordenou-lhes, como o único meio seguro, que volvessem em direção ao Mar Vermelho.

Em sua rebelião o povo declarara: "Ah! se morrêramos neste deserto!" Núm. 14:2. Agora esta oração devia ser atendida. O Senhor declarou: "Como falastes aos Meus ouvidos, assim farei a vós outros. Neste deserto cairão os vossos cadáveres, como também todos os que de vós foram contados segundo toda a vossa conta, de vinte anos e para cima. ... Mas os vossos filhos de que dizeis: Por presa serão, meterei nela, e eles saberão da terra que vós desprezastes." E quanto a Calebe, Ele disse: "Porém o Meu servo Calebe, porquanto nele houve outro espírito, e perseverou em seguir-Me, Eu o levarei à terra em que entrou, e a sua semente a possuirá." Núm. 14:28, 29, 31 e 24. Assim como os espias haviam despendido quarenta dias em sua viagem, deveriam semelhantemente as hostes de Israel vaguear pelo deserto quarenta anos." Patriarcas e Profetas, 391

De modo semelhante ao que ocorreu com os israelitas no deserto, os adventistas do sétimo dia rejeitaram o convite de amor apresentado por Deus pelos pastores Waggoner e Jones para que estes fossem pela fé habilitados a guardar todos os mandamentos da Lei e desta forma pudessem estar em pé no grande Dia do Senhor, a fim de serem trasladados sem ver a morte. Esta afirmação é encontrada em um dos testemunhos dados pelo Senhor à Sua mensageira:

"Vi que Jones e Waggoner tiveram sua contrapartida em Josué e Calebe. Como os filhos de Israel apedrejaram os espias com pedras literais, vós apedrejastes esses irmãos com pedras de sarcasmo e ridículo. Vi que vós voluntariamente rejeitastes o que sabíeis ser a verdade. ... Vi também que, se tivéssemos aceito a mensagem deles, teríamos estado no reino dois anos após daquela data, mas agora temos que retornar ao deserto e ficar quarenta anos." Carta 09.05.1892, Melbourne, Austrália

Assim como os israelitas do passado não entraram na terra prometida por sua falta de fé, os adventistas do sétimo dia também não entraram na Canaã celestial porque lhes faltou fé na mensagem da Justificação pela Fé que Deus lhes havia enviado por intermédio dos pastores Waggoner e Jones. Foram condenados a vaguear pelo deserto espiritual tal como foram os israelitas do passado destinados a peregrinar no deserto por 40 anos. Toda a geração dos pioneiros adventistas do sétimo dia que vivia quando esta mensagem foi apresentada (Mineáopolis, 1888), já faleceu e ainda não entramos na terra prometida.

Infelizmente, até aos dias de hoje os líderes da IASD permanecem neste estado, uma vez que, desde 1957, rejeitaram oficialmente a doutrina do perfeccionismo, que atesta que o homem pode ser perfeito enquanto na Terra para glorificar o nome de Deus, segundo afirma a mensagem dada por Ele através dos pastores Waggoner e Jones.

 

7 - Balaão e Baal Peor

Aproximando-se o final do tempo prescrito por Deus para a peregrinação no deserto, os israelitas estavam novamente próximos da terra prometida, em Baal Peor. As nações circunvizinhas ao acampamento, temendo ser invadidas por este, e tendo ouvido sobre o poder inigualável do Deus que os conduzia, encheram-se de pavor, e procuravam alguma forma de se protegerem eficazmente contra seu inimigo potencial que se aproximava. A situação de Balaque, rei de Moabe, não era diferente. Temendo a aproximação de Israel, e procurando defender a soberania de sua nação, entrou em consulta com um povo com o qual possuía laços de ligação - os midianitas:

"O povo de Moabe estava intimamente ligado com os midianitas, tanto pelo laços de nacionalidade como de religião. E Balaque, rei de Moabe, despertou os receios do povo aparentado, e conseguiu sua cooperação em seus intuitos contra Israel, por meio da mensagem: "Agora lamberá esta congregação tudo quanto houver ao redor de nós, como o boi lambe a erva do campo." Núm. 22-24." Patriarcas e Profetas, pág. 438

Unidos, os moabitas e os midianitas estudaram uma forma pela qual pudessem enfraquecer e vencer o povo de Israel. Chegaram então ao entendimento conjunto de que deveriam chamar à Balaão para que este lhes auxiliasse. Enviaram então uma comitiva a fim de lhe fazer uma oferta: entregar-lhe-iam bens materiais em troca de seu auxílio em prol da ruína de Israel.  Balaão possuía algumas características bem peculiares, que gostaríamos de enfatizar para fazermos menção posterior:

 

a - Balaão já havia sido um profeta de Deus; todavia, uma vez apostatado da verdade, ainda professava ser servo do Altíssimo:

"Balaão já havia sido um bom homem e profeta de Deus; mas apostatara e entregara-se à cobiça; todavia professava ainda ser servo do Altíssimo." Patriarcas e Profetas, pág. 439

 

b - Balaão sabia que Deus conduzia o povo de Israel; não obstante, empreendeu a obra de levar Israel à ruína:

"Não ignorava a obra de Deus em prol de Israel; e, quando os enviados comunicaram sua mensagem, bem sabia que era seu dever recusar as recompensas de Balaque, e despedir os embaixadores. Mas arriscou-se a contemporizar com a tentação...

Balaão "amou o prêmio da injustiça". II Ped. 2:15. O pecado da cobiça, que Deus declara ser idolatria, dele fizera um servo de ocasião, e, mediante esta única falta, Satanás obteve inteiro domínio sobre ele. Foi isto que causou a sua ruína. O tentador está sempre a apresentar lucros e honras mundanas para aliciar os homens do serviço de Deus." Patriarcas e Profetas, págs. 439, 440

 

c - Embora consciente da vontade de Deus, Balaão insistia em seguir seu próprio caminho, procurando obter a aprovação divina para impor sua própria vontade:

"À noite, o Senhor apareceu a Balaão e disse: "Se aqueles homens te vierem chamar, levanta-te, vai com eles; todavia farás o que Eu te disser." Até este ponto o Senhor permitiria que Balaão seguisse sua vontade, porque ele estava resolvido a isto. Não procurou fazer a vontade de Deus, mas escolheu seu próprio caminho e então esforçou-se por conseguir a sanção do Senhor.

Há na atualidade milhares que estão seguindo uma conduta semelhante. Não teriam dificuldade em compreender seu dever se este estivesse em harmonia com suas inclinações. Acha-se na Bíblia claramente posto diante deles, ou é evidentemente indicado pelas circunstâncias ou pela razão. Mas porque tais evidências são contrárias aos seus desejos e inclinações, freqüentemente as põem de lado, e ousam ir a Deus para saberem o seu dever. Aparentemente com grande consciência, oram demorada e fervorosamente rogando luz. Mas com Deus não se brinca. Ele muitas vezes permite que tais pessoas sigam seus desejos, e sofram o resultado. "O Meu povo não quis ouvir a Minha voz. ... Pelo que Eu os entreguei aos desejos dos seus corações, e andaram segundo os seus próprios conselhos." Sal. 81:11 e 12." Patriarcas e Profetas, págs. 440, 441

 

d - Balaão zangava-se com quem lhe quisesse impedir a própria ruína, mesmo que este fosse um mudo animal:

"Mas "o anjo do Senhor pôs-se-lhe no caminho por adversário". Núm. 22:22.O animal viu o mensageiro divino, que não era percebido pelo homem, e desviou-se da estrada para o campo....

A raiva de Balaão não teve limites, e com o bordão espancou mais cruelmente do que antes o animal. Deus abriu então a boca deste, e, pelo "mudo jumento, falando com voz humana", "impediu a loucura do profeta". II Ped. 2:16. "Que te fiz eu", disse o animal, "que me espancaste estas três vezes?" Núm. 22:28.... "O deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos." II Cor. 4:4. Quantos não se acham assim cegos! Arremessam-se em trilhas vedadas, transgredindo a lei divina, e não podem discernir que Deus e Seus anjos estão contra eles. Semelhantes a Balaão zangam-se com aqueles que querem impedir sua ruína.

Balaão dera prova do espírito que o dirigia, pelo seu tratamento ao animal. "O justo olha pela vida dos seus animais, mas as misericórdias dos ímpios são cruéis." Prov. 12:10." Patriarcas e Profetas, págs. 441 e 442

 

e - Balaão sabia que a prosperidade de Israel dependia de sua obediência a Deus, por isso levou a cabo um plano para que este fosse induzido à idolatria, a fim de que perdesse sua proteção e se tornasse vassalo de outras nações:

"Balaão sabia que a prosperidade de Israel dependia de sua obediência a Deus, e que não havia meio para ocasionar seu transtorno senão induzindo-os ao pecado. Resolveu conseguir agora o favor de Balaque, aconselhando aos moabitas o caminho a seguir a fim de acarretar maldição sobre Israel.

Voltou imediatamente à terra de Moabe, e expôs seus planos ao rei. Os próprios moabitas estavam convencidos de que, enquanto Israel permanecesse fiel a Deus, Ele seria o seu escudo. O plano proposto por Balaão era separá-los de Deus, induzindo-os à idolatria. Se pudessem ser levados a tomar parte no culto licencioso de Baal e Astarote, seu Protetor onipotente tornar-Se-ia seu inimigo, e eles logo seriam presa das nações cruéis e aguerridas em redor deles. Este plano foi prontamente aceito pelo rei, e o próprio Balaão ficou para ajudar a levá-lo a efeito.

Balaão testemunhou o êxito de seu plano diabólico." Patriarcas e Profetas, pág. 451

 

f - O plano de Balaão foi levado a efeito; os israelitas o aceitaram porque consideravam este homem como a um profeta de Deus:

"Por sugestão de Balaão, foi pelo rei de Moabe designada uma grande festa em honra a seus deuses, e arranjou-se secretamente que Balaão induzisse os israelitas a assistirem à mesma. Ele era considerado por estes como um profeta de Deus, e por isso teve pouca dificuldade em realizar seu propósito. Grande número de pessoas uniram-se a ele, testemunhando as festas." Patriarcas e Profetas, pág. 454

 

g - A execução do plano de Balaão acarretou a ruína do povo de Israel:

"Grande número de pessoas uniram-se a ele, testemunhando as festas. Aventuraram-se a ir ao terreno proibido, e foram enredados na cilada de Satanás. Iludidos pela música e dança, e seduzidos pela beleza das vestais gentílicas, romperam sua fidelidade para com Jeová. Unindo-se-lhes nos folguedos e festins, a condescendência com o vinho enuviou-lhes os sentidos e derribou as barreiras do domínio próprio. A paixão teve pleno domínio; e, havendo contaminado a consciência pela depravação, foram persuadidos a curvar-se aos ídolos. Ofereceram sacrifícios sobre os altares gentílicos, e participaram dos mais degradantes ritos.

Não demorou muito tempo para que o veneno se espalhasse, como uma infecção mortal, pelo acampamento de Israel. Aqueles que teriam conquistado seus inimigos na batalha, foram vencidos pelos ardis das mulheres gentílicas. O povo parecia ter endoidecido. Os príncipes e principais homens estavam entre os primeiros a transgredir, e eram tantos os culpados dentre o povo, que a apostasia se tornou nacional. Juntou-se pois "Israel a Baal-Peor". Núm. 25:3." Patriarcas e Profetas, págs. 454, 455

Realizando uma análise histórica de fatos, verificamos que algo semelhante ao ocorrido com o povo de Israel aconteceu entre os adventistas do sétimo dia. Desde o período imediatamente após ao desapontamento de 1844, até o final do século XIX, Deus havia abençoado sobremaneira ao seu povo. Guiados pelo estudo da palavra e aconselhados pelos testemunhos dados por Deus à Sua serva, o povo  partiu de aproximadamente 50 em número, para um número tão grande que em apenas uma assembléia de delegados representantes, como a de Battle Creek, Michigan, realizada em 15 de abril de 1894, chegavam a mais de 1500 pessoas. Era notável na sociedade a luz que o povo do advento possuía concernente às escrituras, e não pouco estrago foi realizado à influência católica nos EUA e Europa pela circulação das publicações adventistas, notadamente o livro "O Grande Conflito".

A fim de conter o avanço do movimento do advento, era necessário que a Igreja Católica e as demais Igrejas protestantes agissem com presteza. Precisavam estas encontrar no meio adventista do sétimo dia um homem que, tal como Balaão, fosse tido por estes como um servo de Deus, e estivesse disposto a trair sua causa; que conclamasse, ainda que de forma velada, a liderança adventista a se unir em pontos comuns de doutrina com as igrejas caídas, levando-os a embebedar-se com o vinho de falsas doutrinas e conduzindo-os à idolatria, o que retiraria deles a proteção divina e fá-los-ia vassalos de outras igrejas, católica e protestantes. Desta forma, o papel profético de tal homem seria exatamente igual ao de Leroy E. Froom, de forma que este homem, dentro da IASD, seria o antítipo do que Balaão foi um tipo: o maior traidor do movimento adventista em sua caminhada rumo à Canaã. Mais uma vez, o paralelo entre a trajetória do povo de Israel no deserto e a do povo adventista do sétimo dia seria rigorosamente cumprido:

"O que foi é o que há de ser; e o que se fez, isso se tornará a fazer; nada há, pois, novo debaixo do sol." Eclesiastes 1:9

 

Acompanhemos então a repetição dos tópicos da história de Balaão levantados a pouco e sua notável coincidência com a história de um homem considerado um bom pastor adventista:

 

a - Balaão já havia sido um profeta de Deus; todavia, uma vez apostatado da verdade, ainda professava ser servo do Altíssimo:

Leroy E. Froom professava ser um bom adventista, servo do Altíssimo, embora estivesse afastado da verdade Várias declarações suas descrevem isto. Descrevemos uma delas, que nos chama bastante a atenção:

"May I here make a frank personal confession. When back between 1926 and 1928 I was asked by our leaders to give a series of studies on “The Holy Spirit”.....covering the North American Union Ministerial Institute of 1928, I found that aside from priceless leads found in the Spirit of Prophecy, there was practically nothing in our literature setting forth a sound, Biblical exposition in this tremendous field of study. There were no previous pathfinding books on the question in our literature. I was compelled to search out a score of valuable books written by men outside of our faith. Having these, I went from there, but they were decided early helps and scores, if not hundreds could confirm the same sobering conviction that some of these men frequently had a deeper insight into spiritual things of God than many of our own men then had on the Holy Spirit and the triumphant life." Movement of Destiny, page 322 (Leroy E. Froom)

Tradução:

"Aqui posso fazer uma confissão pessoal e franca. Quando em 1926 e 1928 me foi pedido pelos líderes para dar uma série de estudos sobre o Espírito Santo ... nos institutos ministeriais da União Norte Americana de 1928, fora uns vestígios inestimáveis no Espírito de Profecia, eu não encontrei praticamente nada desse fantástico ramo de estudo da Bíblia. Não existiam prévias pegadas em nossos livros e literatura. Eu fui obrigado a pesquisar em livros fora da nossa fé. Em vista disso, ....alguns desse homens tinham pontos de vista mais profundos das coisas espirituais de Deus, que muitos dos nossos próprios homens tinham então sobre o Espírito Santo e a vida triunfante."

Um homem que escreve que foi pesquisar em livros fora da fé adventista para obter material a fim de dar estudos bíblicos sobre qualquer tema, assina sua declaração de que não era dirigido por Deus. Se cremos que Deus deu a verdade para os adventistas do sétimo dia, que razão haveria para pesquisar em livros fora da fé adventista a fim de dar estudos sobre qualquer tema da Bíblia. Este texto mostra que, embora professasse ser um bom adventista, este homem, pelas suas atitudes, não amava a verdade que Deus havia dado ao seu povo. Buscava misturar o vinho adulterado de Babilônia à água pura da verdadeira doutrina fundamentada na palavra de Deus. Portanto, assim como Balaão, embora professasse ser servo do Altíssimo, mostrava por suas atitudes estar apostatado da verdade.

 

b - Balaão sabia que Deus conduzia o povo de Israel; não obstante, empreendeu a obra de levar Israel à ruína:

Tal como Balaão, Leroy E. Froom não negava a clara evidência de que Deus havia conduzido o movimento adventista do sétimo dia por mais de cinqüenta anos, levando-o ao correto entendimento das verdades bíblicas. Tendo nascido em 1890, foi contemporâneo de Ellen G. White, e tinha 25 anos quando de sua morte. Teve a oportunidade de ver muitos testemunhos sendo pela primeira vez impressos e publicados, bem como acompanhar durante vários anos a obra da serva do Senhor. Um texto escrito por ele em seu livro denominado "A Vinda do Consolador", comprova isto:

"A Reforma do século XX, ou o Movimento do Advento, surgiu segundo o propósito de Deus, para completar aquelas inconclusas reformas do passado. Requer, não só o pleno repúdio de todas as perversões introduzidas pelo papado, como também completa restauração do Espírito Santo a Seu devido e soberano lugar na fé, na vida e no serviço do cristão.

É a plena aceitação deste fato que ocasiona o derramamento da chuva serôdia em nosso tempo desde 1888, cujo poder, no entanto, ainda espera por nós. A inevitável lógica aqui é indiscutível." A Vinda do Consolador, págs. 66-67, LeRoy E. Froom

Leroy E. Froom, tal como Balaão, reconhecia que Deus havia guiado o movimento adventista do sétimo dia e fazia daqueles sinceros entre estes o Seu povo peculiar, procurando outorgar-lhes a promessa do derramamento do Espírito Santo, a Chuva Serôdia, tão logo estes aceitassem a mensagem divina da Justificação pela Fé dada em 1888 através dos pastores Waggoner e Jones. Todavia, procurava levar o Israel de Deus à ruína espiritual, distanciando-o da verdade. Perceba que, no mesmo texto em que este reconhece que o movimento do advento foi levantado por Deus, este afirma que este movimento possuía o objetivo de restaurar a posição do Espírito Santo para que recebesse a Chuva Serôdia:

"A Reforma do século XX, ou o Movimento do Advento, surgiu segundo o propósito de Deus, para completar aquelas inconclusas reformas do passado. Requer, não só o pleno repúdio de todas as perversões introduzidas pelo papado, como também completa restauração do Espírito Santo a Seu devido e soberano lugar na fé, na vida e no serviço do cristão.

É a plena aceitação deste fato que ocasiona o derramamento da chuva serôdia em nosso tempo desde 1888, cujo poder, no entanto, ainda espera por nós. A inevitável lógica aqui é indiscutível." A Vinda do Consolador, págs. 66-67, LeRoy E. Froom

Será que é a aceitação do Espírito Santo como Deus, colocando-o "no devido lugar na fé" que nos levará a receber a Chuva Serôdia em nosso tempo? Será que era por não aceitar o Espírito Santo como Deus, ou seja não ter colocado-o no "devido lugar na fé", segundo pretende Leroy E. Froom em seu texto, que os adventistas não receberam a Chuva Serôdia em 1888? Deixemos que os testemunhos inspirados por Deus à Sua serva Ellen G. White nos respondam:

"Em Sua grande misericórdia, enviou o Senhor preciosa mensagem a Seu povo por intermédio dos pastores [E. J.] Waggoner e [A. T.] Jones. Esta mensagem devia pôr de maneira mais preeminente diante do mundo o Salvador crucificado, o sacrifício pelos pecados de todo o mundo. Apresentava a justificação pela fé no Fiador; convidava o povo para receber a justiça de Cristo, que se manifesta na obediência a todos os mandamentos de Deus." Eventos Finais, 172

Apenas um testemunho é suficiente. Segundo este, vemos que a mensagem dada por Deus aos pastores Waggoner e Jones, e que foi por eles apresentada na Conferência Geral de Mineápolis - 1888, não era uma mensagem de exaltação do Espírito Santo como Deus, e sim uma mensgem de Justificação pela Fé. Um segundo testemunho mostra porque foi em realidade que os adventistas do sétimo dia não receberam a promessa do derramamento do Espírito em 1888:

"A indisposição de ceder a opiniões preconcebidas, e de aceitar esta verdade, estava à base de grande parte da oposição manifestada em Mineápolis contra a mensagem do Senhor através dos irmãos [E. J.] Waggoner e [A. T.] Jones.

Promovendo aquela oposição, Satanás teve êxito em afastar do povo, em grande medida, o poder especial do Espírito Santo que Deus anelava comunicar-lhes. O inimigo impediu-os de obter a eficiência que poderiam ter tido em levar a verdade ao mundo, como os apóstolos a proclamaram depois do dia de Pentecoste. Sofreu resistência a luz que deve iluminar toda a Terra com a sua glória, e pela ação de nossos próprios irmãos tem sido, em grande medida, conservada afastada do mundo." Mensagens Escolhidas, Vol. 1, págs. 234, 235

Segundo o claro testemunho acima, o que nos impede como povo de receber a promessa do derramamento do Espírito é a não aceitação por completo da mensagem da Justificação pela Fé dada por Deus ao seu povo e apresentada em Mineápolis 1888, e não a exaltação do Espírito Santo á condição de Deus em nossa fé, como pretendia o pastor apóstata Leroy E. Froom em seu livro. Note que o conselho de Leroy E. Froom não só não coincide com o conselho dado por Deus a Ellen G. White, como procura levar o entendimento do povo para outro caminho. Quem desvia o povo de Deus do caminho traçado por Ele, conduz o povo pelos caminhos de Satanás, pois não há meio termo: ou se anda pelos caminhos de Deus, ou se anda pelos caminhos do inimigo:

"Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro, ou se devotará a um e desprezará ao outro. ..." Mateus 6:24 

Leroy E. Froom, tal como Balaão, pela sua influência conduziu o povo para longe da verdade de Deus e do caminho traçado pelos seus testemunhos.

 

c - Embora consciente da vontade de Deus, Balaão insistia em seguir seu próprio caminho, procurando obter a aprovação divina para impor sua própria vontade.

 

d - Balaão zangava-se com quem lhe quisesse impedir a própria ruína, mesmo que este fosse um mudo animal:

O texto de uma carta escrita por Leroy E. Froom aos pastores Wieland e Short, estes sim, fiéis defensores da mensagem da Jusitficação pela Fé dada ao povo adventista em 1888, confirma que este procedia da mesma forma que Balaão. Não ouvindo o conselho daqueles pastores fiéis que procuravam instar com ele e com o restante dos líderes da Conferência Geral da IASD para que estes aceitassem a verdade dada por Deus aos pastores Waggoner e Jones e abandonassem seus caminhos de erro, este, mesmo consciente da admoestação e sabedor de sua procedência, dedicava-se a criticar os atalaias comissionados pelo Altíssimo, disposto a não deixar de seguir o caminho traçado por sua própria vontade. No livro "1888 Re-Examinado" lemos algumas declarações escritas aos pastores Wieland e Short por este pastor apóstata:

"O Dr. Froom escreveu aos presentes autores em 4 de dezembro de 1964, antes da publicação de seu "Moviment of Destiny", requerendo uma retratação da posição que haviam tomado em "1888 Re-Examinado", de certas conclusões suas promovidas [ou seja, de a liderança de 1888 rejeitou o começo da Chuva Serôdia e do Alto Clamor]: "Não levará  muito para que a história plena e documentada do evento de 1888 será sem dúvida posta em forma impressa. E a menos que modifiquem sua posição, poderão achar-se numa posição nada invejável. O constraste será assinalado."

Em 16 de abril de 1965, ele nos escreveu adicionalmente: "Ao meu ver, deveriam agir primeiro, e sem muita demora. ... Sua argumentação ... apresenta-se como um polegar ferido, declaradamente solitária, e em conflito como veredicto virtualmente unânime de nossos eruditos. ... Tem muita temeridade para contradizer as descobertas desse inteiro grupo de homens. ... Não sinto ... qualquer obrigação de compartilhar-lhes qualquer evidência adicional. ... A sua infeliz militância me faz pensar na situação de Elias. ... Ele discordava agudamente dos historiadores e experts em Israel a respeito da situação. Ele estava certo, pensava, e todos estavam errados. Ele somente foi deixado lealmente, e perseguido e amaldiçoado por causa de suas alegações e conclusões. ... Elias assim na verdade difamou e vilipendiou a Israel, e ofereceu um relatório desorientador e negro. Ele apresentou uma testemunha inverídica, lançando calúnias e difamação sobre Israel e sua liderança [Acabe e Jezebel?]. Devem cessar, retratar-se e recuar." Ele reinvindicava falar com a autoridade da Associação Geral por traz de si, como de fato o endosso sem precedentes de seu livro logo demonstrou. Um de nós respondeu em 10 de Maio de 1965: "Retratar-nos à base de temor sem evidência inspirada seria dificilmente... a coisa certa ... a fazer. O Senhor nunca pediu que algum homem fizesse coisa tal. De fato, um homem pode muito bem arruinar a sua alma por submeter-se à pressão de temor e ansiedade e retratar-se covardemente, sem evidência do que tem mantido em boa consciência". Em 10 de novembro de 1965, o mesmo autor escreveu ao Dr. Froom: "tenho repetido minha posição de retratar-me se o irmão deixar-me examinar a evidência clara do espírito de Profecia. Tem categoricamente recusado permitir-me ver tal evidência. ... Parece estranho a mim e a outro que deva requerer que eu me retrate, enquanto ao mesmo tempo nega-me evidência que, segundo diz, possui em material não publicado de Ellen G. White, que requeria de uma consciência honesta tal retratação. ... Minha oração, é de que como resultado final desta questão o nome de Deus seja honrado." Quando  Moviment of Destiny apareceu impresso, a "evidência"docuemntal estava completamente ausente. Esses documentos foram colocados nas mãos do Dr. Froom em 21 de fevereiro de 1965, antes que ele publicasse o seu livro, com recibo reconhecendo o recebimento." 1888 Re-Examinado, 260, 261

O texto que lemos acima demonstra que Leroy E. Froom, em sua insana conduta de prosseguir no erro, negava aos inquiridores da verdade o próprio acesso aos testemunhos de Ellen G. White que, segundo ele, comprovaria sua posição. Uma vez que na época em que Leroy E. Froom escreveu tal carta aos pastores Wieland e Short este era o que possuía o maior acesso aos testemunhos, sua negativa em fornecer tais textos e o próprio fato de seu livro "Movement of Destiny" não conter os tais textos atestam que este não possuía em realidade os testemunhos de Ellen G. White que comprovariam sua posição. Naturalmente, se este os possuísse, os teria publicado. Todavia, o mais impressionante que lemos nos trechos das cartas de Leroy E. Froom escritas acima sáo suas afirmações concernentes a Elias:

"A sua infeliz militância me faz pensar na situação de Elias. ... Ele discordava agudamente dos historiadores e experts em Israel a respeito da situação. Ele estava certo, pensava, e todos estavam errados. Ele somente foi deixado lealmente, e perseguido e amaldiçoado por causa de suas alegações e conclusões. ... Elias assim na verdade difamou e vilipendiou a Israel, e ofereceu um relatório desorientador e negro. Ele apresentou uma testemunha inverídica, lançando calúnias e difamação sobre Israel e sua liderança." Carta, 16.04.1965, Leroy E. Froom

Segundo a Bíblia, Elias foi um notável defensor da verdade, e através de seu ministério foi restaurado o culto ao Deus vivo na nação de Israel. Uma obra impressionante. Entretanto, Leroy E. Froom pensava que Elias havia em verdade difamado a Israel, e apresentou uma testemunha inverídica!Alguém que faz tal afirmação a respeito de Elias, merece crédito? Nunca! Que Deus julgue este que foi um instrumento nas mãos de Satanás para desviar o povo de Deus da verdade tal como Balaão o fora no passado. Se este era capaz de escrever tão impensadas afirmações sobre este tremendo servo de Deus, respondendo aos servos do Altíssimo comissionados por Deus para levá-lo a arrepender-se de seu louco procedimento, não nos surpreenderia em absoluto vermos este homem argumentando com um jumento se isto fosse necessário, a fim de levar a cabo seu plano, tal como o fez Balaão.

 

e - Balaão sabia que a prosperidade de Israel dependia de sua obediência a Deus, por isso levou a cabo um plano para que este fosse induzido à idolatria, a fim de que perdesse sua proteção e se tornasse vassalo de outras nações:

Devido à "grande contribuição" deste apóstata, a IASD hoje, na pessoa da maioria de seus pastores e líderes faz um tremendo esforço para que seus membros se afastem do culto ao Deus vivo e aceitem doutrinas que são preceitos de homens, sem qualquer amparo bíblico. Entre elas, mencionamos:

- A Trindade;

- A natureza pré-lapsariana de Cristo quando encarnado;

- A expiação vicária de Cristo na cruz, que leva à conseqüente negação da doutrina de um santuário no Céu.

Entre as contribuições dadas por este pastor apóstata, temos ainda que, devido a aceitar algumas das crenças acima, a IASD foi aceita como integrante do CMI - Conselho Mundial das Igrejas, tendo sido "elevada" da condição de seita para a condição de igreja em 1957. Ressaltamos que este pastor foi um dos integrantes das primeiras comissões de pastores adventistas que entraram em entendimento com os evangélicos nesta época. Isto pode ser constatado pelo pesquisador sincero nos registros históricos da IASD sem muita dificuldade.

Assim, a IASD se tornou vassala deste conselho, passando inclusive a pregar mensagens extremamente semelhantes às das igrejas caídas que compõem Babilônia. Esta evidência é tão forte, que a constatação é visível. Notem, por exemplo, na atualidade, as faixas penduradas nas igrejas católicas e as frases mencionadas nos cultos ecumênicos com as mensagens "Fé e Esperança" e comparem com os folhetos que hoje a IASD imprime e distribui, intitulados "A Esperança é Jesus". Onde está a pregação da mensagem do terceiro anjo, esta que foi tão exaltada no tempo de nossos pioneiros? Por que ela não é hoje posta em evidência sequer nos púlpitos adventistas? A razão é porque há comprometimento da IASD com as outras igrejas, que se sentiriam "ofendidas" e "atacadas" com a direta mensagem do terceiro anjo.

 

g - A execução do plano de Balaão acarretou a ruína do povo de Israel, pois conduziu-os à apostasia nacional:

Semelhantemente ao que ocorreu no tempo de Balaão, os escritos do pastor apóstata Leroy E. Froom relativos à Trindade foram gradualmente sendo aceitos até se tornarem um padrão. Este pastor teve portanto a oportunidade de testemunhar o êxito de seus esforços. Isto é comprovado pelas próprias palavras escritas por ele em um de seus livros:

"May I state that my book, The Coming of the Comforter, was the result of a series of studies that I gave in 1927-1928, to ministerial institutes throughout North America. You cannot imagine how I was pummeled by some of the old-timers because I pressed on the personality of the Holy Spirit as the third person of the Godhead. Some men denied that....still deny it, but the book has come to be generally accepted as standard." Letter of LeRoy Froom Oct. 27, 1960.

Tradução:

"Permita-me declarar que meu livro "A Vinda do Consolador" foi o resultado de uma série de estudos que dei em 1927 e 1928 nos institutos ministeriais através da América do Norte. Você não imagina como eu fui atacado por alguns mais antigos, porque eu insisti na personalidade do Espírito Santo como uma terceira pessoa da divindade. Alguns homens negaram isto, continuam negando, mas o livro foi gradualmente sendo aceito como padrão." Leroy E. Froom, Carta 27.10.1960

Pelo que analisamos até aqui, vimos que a história de Israel no deserto teve seu paralelo perfeito na trajetória do movimento adventista ao longo dos anos, sendo que Balaão, naquela época, e Leroy E. Froom, em nossos dias, foram os personagens marcantes no processo de condução do povo de Deus à apostasia, fazendo com que os líderes fossem os primeiros a transgredir e espalhando o miasma fatal de falsas doutrinas pelo povo de Deus, até que a apostasia fosse considerada nacional, ou, em nosso caso, oficial da denominação. Oramos para que, assim como foi no passado, o erro seja expurgado e a verdade possa prevalecer entre os adventistas sinceros que compõem a verdadeira igreja. Todavia, permanece perante nós a profecia bíblica, que nos mostra que, assim como milhares de israelitas que se envolveram no culto idolátrico em Baal Peor foram mortos pela ira de Deus, milhares de adventistas, junto com seus pastores perderão suas vidas no grande e terrível dia do Senhor. No tempo antigo, a ira de Deus não tardou a cair sobre os israelitas infiéis, conforme lemos no livro Patriarcas e Profetas:

"As suas práticas iníquas fizeram para Israel aquilo que todos os encantamentos de Balaão não poderiam fazer - separaram-nos de Deus. Por meio de juízos que se não fizeram esperar, o povo foi despertado para a enormidade de seu pecado. Uma pestilência terrível irrompeu no arraial, da qual dezenas de milhares de pronto foram presa. Deus ordenou que os líderes desta apostasia fossem mortos pelos magistrados. Esta ordem foi prontamente obedecida. Os transgressores foram mortos; então seus corpos foram suspensos à vista de todo o Israel, para que a congregação, vendo os dirigentes tão severamente tratados, pudesse ter uma intuição profunda da aversão de Deus ao seu pecado, e do terror de Sua ira contra eles." Patriarcas e Profetas, pág. 455

Semelhantemente, em breve, no grande Dia do Senhor, os falsos pastores e líderes professos adventistas que hoje conduzem a membresia pelo caminho da mornidão e do desvio da verdade bíblica, sentirão o desprazer de Deus para com aqueles que desviam as ovelhas, segundo atestam os testemunhos que Deus deu à Sua serva Ellen G. White:

"Vi que os sacerdotes que estão levando o seu rebanho à morte serão logo interrompidos em sua fatal carreira. As pragas de Deus estão se aproximando, mas aos falsos pastores não será suficiente ser atormentados com uma ou duas dessas pragas. A mão de Deus nesse tempo se estenderá ainda em ira e justiça, e não será recolhida até que os Seus propósitos sejam inteiramente cumpridos e os sacerdotes mercenários sejam levados a adorar aos pés dos santos e a reconhecer que Deus os amou porque eles sustentaram a verdade e guardaram os mandamentos de Deus, e até que todos os injustos sejam eliminados da Terra." Primeiros Escritos, pág. 124

"O povo vê que foi iludido. Um acusa ao outro de o ter levado à destruição; todos, porém, se unem em acumular suas mais amargas condenações contra os ministros. Pastores infiéis profetizaram coisas agradáveis, levaram os ouvintes a anular a lei de Deus e a perseguir os que a queriam santificar. Agora, em seu desespero, esses ensinadores confessam perante o mundo sua obra de engano. As multidões estão cheias de furor. "Estamos perdidos!" exclamam; "e vós sois a causa de nossa ruína"; e voltam-se contra os falsos pastores. Aqueles mesmos que mais os admiravam, pronunciarão as mais terríveis maldições sobre eles. As mesmas mãos que os coroavam de lauréis, levantar-se-ão para destruí-los. As espadas que deveriam matar o povo de Deus, são agora empregadas para exterminar os seus inimigos. Por toda parte há contenda e morticínio.

"Chegará o estrondo até à extremidade da Terra, porque o Senhor tem contenda com as nações, entrará em juízo com toda a carne; os ímpios entregará à espada." Jer. 25:31. Seis mil anos esteve em andamento o grande conflito; o Filho de Deus e Seus mensageiros celestiais estavam em conflito com o poder do maligno, a fim de advertir, esclarecer e salvar os filhos dos homens. Agora todos fizeram sua decisão; os ímpios uniram-se completamente a Satanás em sua luta contra Deus. Chegado é o tempo para Deus reivindicar a autoridade de Sua lei que fora desprezada. Agora a controvérsia não é somente com Satanás, mas também com os homens. "O Senhor tem contenda com as nações"; "os ímpios entregará à espada".

O sinal de livramento foi posto sobre aqueles "que suspiram e que gemem por causa de todas as abominações que se cometem". Agora sai o anjo da morte, representado na visão de Ezequiel pelos homens com as armas destruidoras, aos quais é dada a ordem: "Matai velhos, mancebos, e virgens, e meninos, e mulheres, até exterminá-los; mas a todo homem que tiver o sinal não vos chegueis; e começai pelo Meu santuário." Diz o profeta: "E começaram pelos homens mais velhos que estavam diante da casa." Ezeq. 9:1-6. A obra de destruição se inicia entre os que professaram ser os guardas espirituais do povo. Os falsos vigias são os primeiros a cair. Ninguém há de quem se compadecer ou a quem poupar. Homens, mulheres, donzelas e criancinhas perecem juntamente." O Grande Conflito, págs. 655, 656

De acordo com Ezequiel, capítulo 9, após os fiéis de Jerusalém (adventistas que lamentam e choram pelas abominações que se cometem na casa de Israel - IASD) serem selados nas frontes com o selo do Deus vivo, os executores da cidade, representados pelos 6 anjos da visão de Ezequiel, sairão, na pessoa das multidões de membros que foram enganados e iludidos por anos, para matar os pastores, líderes e membros infiéis de Jerusalém (adventistas) que os conduziram à ruína eterna. Certa é a palavra e fiel o seu cumprimento. De que lado você, irmão leitor, quer estar? Entre os santos, guardadores dos mandamentos de Deus, ou entre a turba iludida, que sempre acreditou nos líderes antes mesmo de pesquisar as sagradas Escrituras, e por esse motivo foi enganada e conduzida à perdição?

Que voltemo-nos todos para Deus e deixemos os caminhos das trevas para seguir o caminho da luz e da verdade bíblica, sob a segura guia dos testemunhos, conferindo tudo o que for dito com a lei e o testemunho, para que brilhe sobre nós o Sol da Justiça e no dia da ira de Deus, ouçamos o concerto eterno que Ele pronunciará aos fiéis e obedientes:

"Logo ouvimos a voz de Deus, semelhante a muitas águas, a qual anunciou o dia e a hora da vinda de Jesus. Os santos vivos, em número de 144.000, reconheceram e entenderam a voz, ao passo que os ímpios julgaram fosse um trovão ou terremoto. Primeiros Escritos, pág. 15.

Falando Deus o dia e a hora da vinda de Jesus, e declarando o concerto eterno com o Seu povo, proferia uma sentença e então silenciava, enquanto as palavras estavam a repercutir pela Terra. O Israel de Deus permanecia com os olhos fixos para cima, ouvindo as palavras enquanto elas vinham da boca de Jeová e ressoavam pela Terra como estrondos do mais forte trovão. Era terrivelmente solene. No fim de cada sentença os anjos aclamavam: "Glória! Aleluia!" O rosto deles iluminava-se com a glória de Deus, e resplandeciam de glória como fazia o de Moisés quando desceu do Sinai. Os ímpios não podiam olhar para eles por causa da glória. E, quando a interminável bênção foi pronunciada sobre os que haviam honrado a Deus santificando o Seu sábado, houve uma grande aclamação de vitória sobre a besta e sua imagem." Eventos Finais, págs. 234, 235.

Que Deus abençoe a todos, Jairo Carvalho.

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