Pastor
condenado
Edvando
Damascena terá que cumprir 15 anos de prisão por estupro e atentado
violento ao pudor. A vítima, uma menina de nove anos, é cunhada do
missionário e morava na casa dele há quatro.
Jairo
Viana
O
pastor da Igreja Adventista do 7º Dia, Edvando Gonçalves Damascena, 44
anos, terá que cumprir 15 anos e um mês de prisão, em regime integralmente
fechado. O missionário foi condenado pelo juiz substituto de Valparaíso,
Romério do Carmo Cordeiro, por estupro e atentado violento ao pudor. A
vítima, uma menina de nove anos, cunhada do pastor, morava na residência
do casal há quatro anos. O juiz fundamentou a sentença no fato de a garota
ser menor de idade e de o pastor ter ascendência sobre ela. Edvando é
casado e pai de duas meninas de cinco e oito anos de
idade.
O
pastor foi denunciado pelo promotor de justiça, Clóvis Ribeiro Chaves
Júnior. Edvando Damascena foi enquadrado nos artigos 213 (estupro), 214
(atentado violento ao pudor), 224, alíneas “a” e “c” (violência
presumida), combinados com os artigos 69 (concurso material), e 71 (crime
continuado), parágrafo único, e artigo 9º da Lei nº 8072/90 (dos crimes
hediondos). O exame de corpo de delito confirmou o
estupro.
Edvando,
que se recusou a falar sobre a condenação, foi preso em flagrante, no dia
9 de março, após praticar sexo oral e manter relações sexuais com a
cunhada. Ele está recolhido na delegacia de polícia de Valparaíso, onde
aguarda o resultado da apelação feita pela defesa ao Tribunal de Justiça
de Goiás.
D.S.S.,
hoje com 13 anos, veio de Belém (PA) para morar na companhia da irmã
M.M.D., quando tinha nove anos, porque o pai é pobre e casado pela segunda
vez. Ela pretendia continuar os estudos, mas acabou sofrendo abuso sexual
do cunhado. Depois do escândalo, a menina voltou para a companhia do pai,
embora uma família de Brasília quisesse adotá-la.
Revelação
em um retiro espiritual
O
abuso sexual contra D.S.S. só foi descoberto depois que ela contou a um
grupo de amigos adolescentes o sofrimento pelo qual passava, durante um
retiro espiritual, realizado durante o Carnaval deste ano. Os adolescentes
decidiram preparar uma armadilha para pegar o pastor.
Um
deles muniu-se com uma máquina fotográfica. E quatro membros do grupo
ficaram se revezando, à espreita, sobre o muro vizinho à casa do pastor,
no momento em que a mulher dele estava fora da residência, para fazer o
flagrante. Permaneceram no local das 11h às 18h30, do dia 9 de março.
Neste momento começaram as cenas de sexo explícito.
Roberto,
nome fictício, quase caiu do muro. Nervoso, disparou a máquina sem o
flash. Mas o pastor ouviu o ruido, vestiu a roupa e mandou D.S.S. para o
banheiro. Um dos rapazes ligou para avisar uma das colegas e chamou a
polícia. Pouco tempo depois, Edvando foi preso em flagrante e levado à
delegacia, onde permanece. O testemunho dos colegas de D. foi fundamental
no convencimento do juiz para fixar a pena de reclusão do
pastor.
Em
seu depoimento à polícia, a garota conta que os abusos sexuais começaram
pouco mais de um ano depois que ela foi morar na companhia do casal. Um
dia, D. caiu de uma escada e Edvando aproveitou-se da ocasião para fazer
massagens e praticar atos libidinosos em suas nádegas. Desde então, o
pastor vinha mantendo relações sexuais com a garota, aproveitando a
ausência da mulher em casa |