Opinião: Louvor Pago Não é Louvor Verdadeiro Nem Evangeliza A música sacra deve se apoiar sobre dois únicos pilares: a adoração a Deus e a evangelização. O apóstolo Paulo diz, em Colossenses, 3:16 que a adoração através de cânticos deve ser para que exortemos uns aos outros sobre a Palavra de Cristo, para que Ele habite em nós. Porém, o comportamento que alguns músicos e grupos musicais tem adotado suscita dúvida. Refiro-me a uma prática que já está comum no seio adventista, que é a cobrança de ingressos em apresentações de música sacra, também chamadas "show gospel". Parece-me oportuno questionar a finalidade destas apresentações, pois a tal cobrança pode acrescentar dúvidas aos não-cristãos, que já trazem na mente um conceito distorcido do relacionamento de religião e dinheiro. Por outro lado, uma pessoa não-cristã (praticante), dificilmente iria a uma apresentação músico-religiosa. Com a cobrança, uns dos objetivos da música sacra, a evangelização, é tolhida. Algo que se evidencia é que o uso da música para a evangelização, como muitos advogam, simplesmente não ocorre. Poi,s se assim fosse, tais músicos entoariam gratuitamente todos os seus cânticos a Deus, pois Jesus disse que deveríamos dar de graça o que de graça recebemos (Mateus 10:8). Para mim, fica muito claro que o princípio que norteia esses adoradores profissionais é o de arrecadar fundos para seus projetos musicais pessoais e, assim, poderem confeccionar novos CDs e vendê-los. Percebe-se ainda uma incoerência com a Bíblia, visto que está assim escrito: "Engrandecerei ao Senhor comigo, e JUNTOS exaltemos o Seu nome." Salmos 34:3. Fica uma pergunta: E se um irmão não tem dinheiro para entrar neste recinto de música, terá de se humilhar na bilheteria para poder participar da "adoração"? Ou ficará sem participar? Seria uma forma de exclusão? Vejamos o que o Espírito de Profecia nos diz, através da Sra. White: "Como pode Deus ser glorificado quando confiais para o vosso canto em um coro mundano que canta por dinheiro? Meu irmão, quando virdes essas coisas em seu verdadeiro aspecto, só tereis em vossas reuniões apenas o canto suave e simples, e pedireis a toda a congregação que se una a esse canto. Que importa, se entre os presentes há alguns cuja voz não é tão melodiosa como a de outros! Quando o canto é de molde a que os anjos se possam unir com os cantores, pode-se causar no espírito uma impressão que o canto de lábios não santificados não pode produzir." Carta 190, 1902. "Não contrateis músicos mundanos, se é possível evitá-lo.
Reuni cantores que cantem com o espírito e com o entendimento também. A exibição
extraordinária que por vezes fazeis, pode acarretar desnecessária despesa, que
os irmãos não devem ser solicitados a satisfazer; e verificareis que, depois de
algum tempo, os descrentes não quererão dar dinheiro para atender a estes
gastos." Carta 51, 1902. Em algumas apresentações, qualquer desavisado demoraria a saber que ocorre uma apresentação de música sacra, devido a sofisticação de efeitos nela empregada, ou seja parece mais um show popular ou baile. A humildade pode não se tornar visível (Filip. 2:7; I Jo. 2:6). A mensageira do Senhor nos adverte sobre isso: Que rumos estamos tomando com a adoração musical? É mesmo o que Deus quer de nós, ou é uma "Oferta de Caim"? "A SABEDORIA É A COISA PRINCIPAL; ADQUIRE POIS A SABEDORIA." Provérbios 4:7. Giordano Pedro |
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