Desbravadores: Soldadinhos de Roma?
Mais
de 2.000 desbravadores participaram do V Campori da Associação Paulistana, realizado entre
os dias 9 e 13 de julho, na fazenda Itaipava, município de Eldorado Paulista, localizado a
242 quilômetros da capital. Segundo os organizadores, o tema escolhido para o encontro foi
“Gente Guerreira” para destacar o conflito entre o bem e o mal, "uma batalha de dimensão
cósmica", que também é "travada na vida de cada menino e menina do Universo".
Na abertura,
de acordo com relato publicado no site da Paulistana, teria sido encenada a luta entre
o bem e o mal, "feita em frente a um castelo de proporções e aparências medieval,
construído em cima de um lago. Quatro colunas, tendo cada qual uma sentinela em suas
extremidades, formava a base do castelo de muros altos, que ao centro possuía uma enorme
torre, guardada por dois soldados. Duas enormes flâmulas afixadas no muro do castelo
mostravam uma biga puxada por dois cavalos, levando um guerreiro e portando o lema “Gente
Guerreira”. Potentes holofotes incidiam sobre a grandiosa construção."
Participaram da cerimônia, o
presidente da Associação Paulistana, pastor Sidionil Biazzi, o diretor do Ministério Jovem
da Paulistana e organizador do evento, pastor J. R. Venefrides, e o secretário associado
dos desbravadores, pastor Nélson Milanelli Jr. Estiveram presentes também o diretor do
Ministério Jovem da União Central Brasileira, pastor Udolcy Zukowski e seu associado,
pastor Paulo Bravo, entre outras tantas personalidades.
"As palavras e experiências dos 'pastores comandantes' calaram fundo nos corações dos guerreiros..." diz o texto do noticiário, que aqui citamos para demonstrar que tudo que ali ocorreu contou com a aprovação tácita, no mínimo, dos pastores Sidionil, Venefrides, Milanelli, Zukowski e Paulo Bravo.
Além
do questionamento quanto à evidente impropriedade de escalar parte de nossos jovens para
representar o Mal na encenação de abertura, fica
a pergunta: O que realmente evoca para verdadeiros cristãos a figura de um soldado romano,
adotada como troféu?
Não foram eles os que estavam ao pé da cruz de Cristo, não para o adorá-Lo, mas, sim, para zombar dEle e o matar? Não foram eles os que, pouco tempo depois, perseguiram martirizaram os seguidores de Cristo? O que nós, Adventistas do Sétimo Dia, temos com o romanismo a ponto de que nossas crianças e jovens sejam simbolizados por essa imagem? Abre, Senhor os nossos olhos!
" João 19:1-3."Então, por isso, Pilatos tomou a Jesus e mandou açoitá-lo. Os soldados, tendo tecido uma coroa de espinhos, puseram-lha na cabeça e vestiram-no com um manto de púrpura. Chegavam-se a ele e diziam: Salve, rei dos judeus! E davam-lhe bofetadas.
"Os soldados, pois, quando crucificaram Jesus, tomaram-lhe as vestes e fizeram quatro partes, para cada soldado uma parte; e pegaram também a túnica. A túnica, porém, era sem costura, toda tecida de alto a baixo. Disseram, pois, uns aos outros: Não a rasguemos, mas lancemos sortes sobre ela para ver a quem caberá—para se cumprir a Escritura: Repartiram entre si as minhas vestes e sobre a minha túnica lançaram sortes. Assim, pois, o fizeram os soldados.
" João 19:23-24."Os soldados foram e quebraram as pernas ao primeiro e ao outro que com ele tinham sido crucificados; chegando-se, porém, a Jesus, como vissem que já estava morto, não lhe quebraram as pernas. Mas um dos soldados lhe abriu o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água." João 19:32-34.
O vídeo que acompanha as músicas deste trabalho é muito mais evidente. Há um soldado romano ainda melhor caracterizado, representando nossos jovens Adventistas. O que estarão preparando para eles? Roma sempre trabalhou silenciosamente. Satanás sabe minar vagarosamente nossas defesas.
Gostaríamos muito que algum dentre os irmãos nos respondessem. Já perguntamos a um pastor e ele não quis responder.
“A IGNORÂNCIA NÃO É DESCULPA PARA O PECADO, QUANDO SE TEM TODA A LUZ PARA CONHECER A VONTADE DE DEUS.” Ellen G. White, em O Grande Conflito.
Um abraço, Sheila. (Edição: Robson Ramos.)
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