Mais Vítimas do Tribunal Particular da IASD No Sábado, 06 de Agosto de 2005, às 11:00h, foi realizado mais uma sessão do Tribunal da “Santa Inquisição da IASD” na Igreja Central de Sertãozinho – SP, pertencente a Associação Paulista Oeste. Com a presença do senhores Luiz Carlos Araújo, Laércio Mazzaro e Osmar Vieira Marques, respectivamente presidente da APO, secretário da APO e distrital de Sertãozinho - SP; o tribunal particular excluiu sem direito a mínima defesa 17 membros, sendo 3 menores de idade. Os motivos alegados para a exclusão dos membros foram: 1o. Negação da fé nos princípios fundamentais do Evangelho e nas doutrinas básicas da Igreja Adventista e ensinos contrários a ela; 2o. Persistente negativa quanto a reconhecer a autoridades da Igreja Adventista do Sétimo Dia devidamente constituídas, e recusa em submeter-se à ordem e a disciplina da Igreja. Na realidade o 1o. item refere-se a não crença no dogma católico da “santíssima trindade”, pois não existe tal afirmação nem conceito trinitariano na Bíblia, nem nos escritos originais de Ellen G. White. Quanto ao 2o. item, refere-se a não submissão à autoridade do Sr. Osmar Vieira Marques, pastor local. Entretanto no Manual da Igreja não há sequer um parágrafo que estabeleça punição quanto ao abuso de autoridade por parte dos pastores, sejam eles distritais, departamentais ou administradores. Os membros que foram excluídos receberam uma notificação que seus casos seriam apresentados à Assembléia Administrativa, mas não lhes foi conferido o direito constitucional de defesa perante a Igreja, pois é ela quem detêm o poder de excluir qualquer membro. Como tem sido uma prática comum na IASD, o direito universal a defesa é concedido para que o membro em análise se defenda perante a comissão da Igreja. O mesmo aconteceu em Sertãozinho. Esse procedimento fere o Manual da Igreja, pois a comissão não tem outro papel a não ser analisar os casos e propor à Assembléia e fere também a Constituição Federal onde no Artigo 5o. parágrafo XXXVII assim reza: “Não haverá juízo ou tribunal de exceção”. Cinco jovens que tinham seus nomes citados na lista dos que seriam excluídos, estiveram presentes e ao serem questionados se havia alguma observação aos itens propostos pela Comissão tiveram 3 minutos para expor as observações sobre o processo de exclusão, sob a pena de terem os microfones cortados por orientação dos senhores Luiz Carlos Araújo e Osmar Vieira Marques. Foi feita a solicitação para que cada caso fosse tratado individualmente, no que o presidente da APO concordou, mas o Sr. Osmar Vieira Marques discordou da proposta: “O presidente da comissão da Igreja sou eu e então iremos votar todos de uma só vez.” Quando questionado sobre o procedimento incorreto perante a Constituição Brasileira, o Sr. Luiz Carlos Araújo afirmou: “Aqui quem manda sou eu. A Constituição Brasileira nada tem a ver com os negócios internos da Igreja, pois existe a separação entre Igreja e Estado. Se vocês estiverem se sentindo prejudicados, então que procurem a justiça.” No mínimo contraditório. Após a exclusão, o Sr. Osmar Vieira Marques, ameaça punir a todos os irmãos quer visitarem a IASD – Alto do Ginásio, bairro onde se reuniam os membros excluídos. Vale citar novamente Constituição Federal que no Artigo 5o. – parágrafo XLI assim reza: “a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais”. Leia também: |
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