Chegou a Amostra Grátis da Lição para a Escola Sabatina Sobre Justificação pela Fé!

 

Irmãos do Ministério 4 Anjos, do Paraná, estão animados e muito envolvidos com o projeto de confecção de uma Lição para a Escola Sabatina sobre a justificação pela fé, que estará à disposição das comunidades leigas no início do próximo ano. O material está em fase de revisão e de alterações sugeridas por outros irmãos leigos, que já tiveram acesso a ele.

O texto que você lê abaixo, como exemplo ou "amostra grátis" é a lição da primeira semana do trimensário, que ainda passará por correções e acertos, mas já nos permite vislumbrar a qualidade do material a ser fornecido a todos os interessados a preço de custo. Os irmãos que desejarem adotá-la podem entrar em contato com a irmã Paula - paulalvares@hotmail.com, do Ministério 4 Anjos. 

 

A Justiça Imputada de Cristo

Verso áureo: “Concluímos que o homem é justificado pela fé, independentemente das obras da lei”. Romanos 3:28

 

Sábado – A importância da mensagem para o povo de Deus

A correta compreensão da mensagem da justiça de Cristo é de extrema importância para os cristãos dos nossos dias. Especialmente para os professos adventistas do sétimo dia deve esta mensagem ter uma significação especial, isto porque, conforme Cristo inspirou Sua serva a escrever, esta mensagem é a própria mensagem do terceiro anjo que será pregada até os confins da terra:

“Vários me escreveram, indagando se a mensagem da justificação pela fé é a mensagem do terceiro anjo e tenho respondido: “É a mensagem do terceiro anjo em verdade.”...

A mensagem da justiça de Cristo há de soar desde uma até a outra extremidade da Terra, a fim de preparar o caminho ao Senhor. Esta é a glória de Deus com que será encerrada a mensagem do terceiro anjo.” Eventos Finais, págs. 172, 173

É a pregação desta mensagem que dará cumprimento às palavras proferidas por Cristo pouco antes de Ele ser crucificado:

“E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então, virá o fim.” Mateus 24:14

Como a Bíblia nos afirma que é o evangelho do reino que será pregado em todo o mundo para “testemunho a todas as nações”, e os testemunhos aclaram que é a mensagem da justiça de Cristo que soará até as extremidades da Terra, concluímos que o “evangelho do reino” mencionado por Cristo é a própria mensagem de Sua justiça oferecida a todos os homens em troca de seus pecados para que estes obtenham a salvação. Todavia, embora Cristo declare ser esta mensagem de tão grande importância, ela não é compreendida senão por muito poucos adventistas. É Ele mesmo, a Testemunha Fiel e verdadeira, que nos declara isto através de Sua serva:

“Não compreendemos o assunto da salvação. Ele é tão simples como o ABC, mas não o compreendemos.” Fé e Obras, pág. 56

“Precisamos também de mais conhecimento; precisamos ser esclarecidos acerca do plano da salvação. Não existe um dentre cem, que compreenda por si mesmo a verdade bíblica sobre este assunto, tão necessário ao nosso bem-estar presente e eterno. Quando começa a brilhar a luz, para tornar claro ao povo o plano da redenção, o inimigo opera com toda a diligência, para que a luz seja excluída do coração dos homens.” Mensagens Escolhidas Vol. 3, pág. 360

Com testemunhos tão enfáticos, somos levados a reconhecer diante de Deus que precisamos como um povo estudar de modo a compreender claramente o tema da salvação mediante a justiça de Cristo. Nesta semana iremos estudar qual foi o plano formulado por Deus para  que o homem recebesse a justiça de Cristo, e o que o homem deve fazer para se apoderar desta justiça.

 

 

Domingo – Uma lição objetiva

Textos para leitura: Números 21:4-9; João 3:1-16

Na entrevista de Jesus com Nicodemos relatada no capítulo 3 de João, Jesus nos apresenta um resumo da mensagem de justificação pela fé. Inspirada por Ele, Sua serva escreveu o seguinte a respeito deste trecho das Escrituras:

“Jesus teve um discípulo em Nicodemos. Naquela conferência noturna com Jesus, o convicto homem esteve diante do Salvador sob a influência amenizadora e subjugadora da verdade que lhe brilhava nas recâmaras da mente, impressionando-lhe o coração. ... Não somente diz a Nicodemos que deve Ter um novo coração para poder ver o reino dos Céus, mas também lhe diz como obter um novo coração. Ele lê a mente inquiridora de alguém que verdadeiramente busca a verdade, e lhe apresenta a representação de Si mesmo: “Como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado; para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” Boas novas! Boas novas! Ecoa por todo o mundo. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” É esta uma das lições de maior importância para cada alma vivente; pois as condições da salvação são aqui apresentadas em linhas distintas. Se alguém não tivesse outro texto da Bíblia, só este seria um guia para a alma.” Testemunhos para Ministros, pág. 370

Qual, declarou Jesus, foi o meio provido por Deus para que o homem fosse salvo da morte? João 3:14, 15

 

 

Jesus disse a Nicodemos que, assim como a serpente levantada no deserto seria um meio para a salvação dos israelitas que haviam sido mordidos pelas serpentes abrasadoras, ao Ser Ele levantado na cruz estava Deus neste ato provendo um meio para a libertação de todos os seres humanos da condenação do pecado. Por isso disse: “E Eu, quando for levantado da Terra, atrairei todos a Mim mesmo.” João 12:32

Cada israelita sabia que não havia nenhum meio de escape da morte após ter sido mordido pela serpente, a menos que Deus provesse de forma milagrosa um meio para a salvação de sua vida. E foi exatamente isto que Deus fez quando disse a Moisés que levantasse uma serpente de bronze em um madeiro. Assim como para os israelitas do passado a serpente de bronze era seu único meio de salvação da morte certa, para todos nós, homens e mulheres pecadores, Cristo pendurado no madeiro é a única esperança de salvação do salário de nosso pecado – a morte.

Sabemos que a serpente representa a Satanás. O veneno da serpente representa o pecado que, pela influência de Satanás, os homens são levados a cometer. “e o pecado, uma vez consumado, gera a morte.” Tiago 1:15. Segundo as palavras inspiradas pelo próprio Cristo nos revelam, “Satanás é o autor da morte” Fé e Obras, pág. 64. Assim, cada vez que pecamos, é como se tivéssemos sido mordidos pela serpente, ou seja, caímos em uma das tentações da serpente – Satanás, ficando intoxicados com o pecado, e não podendo nos livrar dele e de sua condenação (a morte) tanto quanto uma pessoa não pode por si mesma tirar o veneno que já foi introduzido na sua corrente sanguínea através da mordida da serpente. É necessário que seja operado um milagre para que sejamos salvos. Na lição de segunda-feira, veremos como este milagre se processa através da cruz.

 

Segunda – porque foi uma serpente pendurada no madeiro?

Textos para leitura: Números 21:9; João 3:14-16

Uma pergunta que passa pela mente de muitos ao lerem o relato da salvação proporcionado por Deus para os israelitas através da serpente de bronze pendurada no madeiro é: se a serpente é um símbolo de Satanás, como nos revelam as Escrituras, e esta colocada no madeiro é um tipo do sacrifício de Cristo na cruz, porque foi ela, e não um cordeiro, utilizada por Deus para representar a Cristo na cruz? Deixaremos que Jesus nos responda esta pergunta com trechos da Palavra de Deus.

Como entrou o veneno (pecado) da serpente (Satanás) no mundo? Romanos 5:12, 14

 

Quando Adão e Eva cederam às tentações de Satanás, receberam o veneno do pecado. Isto equivale a dizer que eles foram picados pela serpente. Como nos revela o texto de Romanos 5:12, a partir de Adão, todos os homens também foram “mordidos” por Satanás, ou seja, pecaram, sendo então condenados a morte pela ação do veneno. Vimos na lição de ontem que Satanás é o autor da morte. Ele é o autor da morte porque é por meio de sua influência direta ou indireta (através de seus anjos rebeldes) que todos os seres humanos são levados a pecar. E a Bíblia declara: “porque o salário do pecado é a morte” Romanos 6:23. Para prover um meio de salvação para todos os homens, seria necessário que através deste meio fossem pagos todos os pecados que a serpente levasse todos os homens a cometerem. A morte de Cristo deveria então ser suficiente para pagar por todos os pecados que todos os homens em todas as épocas viessem a cometer por instigação. Deveria proporcionar perdão amplo e completo para qualquer pecado.

A serpente, e não outro animal, foi levantada no deserto exatamente para mostrar qual foi a extensão do sacrifício de Cristo por nós na cruz do Calvário. Representando a Cristo, que também seria pendurado no madeiro séculos mais tarde, significava que não haveria pecado que a serpente (Satanás) houvesse feito o homem cometer para o qual não houvesse sido pago o preço através deste sacrifício. O texto de Isaías confirma esta verdade exposta pelo ensino da serpente pendurada no madeiro: “o Senhor fez cair sobre Ele a iniqüidade de nós todos” Isaías 53:6.

Uma segunda pergunta que poderia nos surgir é: porque esta serpente era feita de bronze e não de outro metal? Bronze era o metal com o qual era confeccionado o altar de sacrifício do santuário construído por Moisés por orientação de Deus (Êxodo 27:2-4), e representa o sofrimento pelo qual Cristo passou até ser imolado como “oferta pelo pecado”. De bronze também eram as argolas que ligavam as cortinas do tabernáculo (Êxodo 26:11), representando que foi com dor e sacrifício que Cristo obteve para nós a possibilidade de sermos cobertos com sua justiça, representada nas cores das cortinas do santuário que eram ligadas por estas argolas. Por isso a serpente, que quando pendurada no madeiro representava a Cristo, era feita de bronze. O texto de Isaías retrata o sofrimento que Cristo suportou para que fôssemos “sarados” do pecado e escapássemos da condenação deste:

Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.

Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma e ficará satisfeito; o meu Servo, o Justo, com o seu conhecimento, justificará a muitos, porque as iniqüidades deles levará sobre si.” Isaías 53:4, 5, 11

Para meditar: considerando o tamanho do sacrifício que Cristo fez por nós, aceitá-Lo-emos como nosso Salvador e Senhor de nossa vida?

 

Terça – olhai e vivei

Textos para leitura:  Números 21:8, 9; João 3:14-16

Vimos no estudo de domingo que assim como a serpente de bronze pendurada no madeiro era o único meio de livramento da morte para os israelitas que fossem picados pelas serpentes, o sacrifício de Cristo na cruz do calvário é o único meio pelo qual podemos nós ser libertos da condenação do pecado – a morte eterna.

Que deveriam os israelitas fazer a fim de que fossem curados do veneno das serpentes? Números 21:8, 9

 

 

“Ora, Cristo mesmo ordenou que Moisés erigisse uma haste, fizesse uma serpente de bronze e a colocasse nessa haste, erguendo-a à vista dos israelitas, para que todo aquele que olhasse para ela pudesse viver. Eles não tinham que fazer uma grande obra. Deviam olhar porque Deus dissera que o fizessem.

Suponhamos, porém, que eles se detivessem a deduzi-lo logicamente e dissessem: “Ora essa, não pode ser que sejamos curados olhando para essa serpente de bronze! Nela não há vida!” Mas o olhar da fé curou-os precisamente como Deus lhes dissera que seria o caso. Os que olharam viveram. Os que se detiveram a argumentar e a explicá-lo, morreram.

Que vamos fazer? Olhar e viver. “E do modo por que Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do homem seja levantado.” João 3:14. Por que razão? Para que os que O contemplarem não pereçam, mas tenham a vida eterna (João 3:16).” Fé e Obras, págs. 60, 61 Perceba quanta ênfase Jesus dá neste testemunho para o fato de que aqueles que olharem viverão. Jesus não pede que façamos nada para que sejamos libertos da condenação do pecado; pede apenas que olhemos para Ele, “para que os que O contemplarem não pereça, mas tenham a vida eterna”. Ele, que é a própria “sabedoria de Deus” (I Coríntios 1:24), diz que nada mais precisamos fazer para ter a vida eterna além de “olhar e viver”. Este é o olhar da fé.

“No deserto, quando o Senhor permitiu que serpentes venenosas picassem os rebeldes israelitas, Moisés foi instruído a levantar uma serpente ardente e ordenar a todos os feridos que olhassem para ela, a fim de viverem. Muitos, porém, não viram auxílio nesse remédio designado pelo Céu. Os mortos e moribundos rodeavam-nos por toda parte, e bem sabiam que sem o auxílio divino sua sorte estava selada; mas lamentavam seus ferimentos, suas dores e morte certa, até que se lhes esvaíssem as forças e os olhos se tornavam vidrados, quando podiam ter recebido cura instantânea.” Fé e Obras, págs, 32, 33

Assim como operou a cura instantânea para com os israelitas moribundos que olharam para a serpente levantada no madeiro, Jesus também oferece para nós hoje cura instantânea para os nossos pecados e sua condenação. Como receberemos esta cura? A exemplo do que fizeram muitos israelitas no passado, basta-nos dirigir o olhar da fé para Cristo e Seu sacrifício feito na cruz e iremos viver. Como seremos justificados de nossos pecados e libertos da sua condenação (a morte) somente olhando com fé para Cristo e Sua cruz? Veremos isto no estudo de amanhã.

 

Quarta – Justificados pelo olhar da fé

Textos para leitura: Números 21:9; João 3:14-16; Efésios 2:8

“Se sois conscientes de vossos pecados, não dediqueis todas as vossas faculdades a lamentá-los, mas olhai e vivei. Jesus é nosso único Salvador; e embora milhões de pessoas que carecem de cura rejeitem a misericórdia por Ele oferecida, ninguém que confie em Seus méritos será deixado a perecer. Conquanto reconheçamos nosso desamparo sem Cristo, não nos devemos desanimar; devemos confiar num Salvador crucificado e ressurreto. Pobre alma, desanimada e ferida pelo pecado, olha e vive! Jesus empenhou Sua palavra; Ele salvará a todos os que se chegarem a Ele.” Fé e Obras, pág. 33

Jesus nos fala claramente através de Seus testemunhos que basta olharmos para Ele para sermos salvos dos efeitos do veneno da serpente - a condenação de nossos pecados. Uma vez que a morte é o resultado certo do pecado, só podemos ser libertos da condenação de morte se formos justificados de nossos pecados diante de Deus. Cristo nos diz através do testemunho que “Perdão e justificação são uma só e a mesma coisa.” Fé e Obras, pág. 93. Isto significa que ser justificado diante de Deus pela fé em Cristo Jesus significa ter seus pecados perdoados por exercer fé em Cristo Jesus, deixar de estar condenado para ser absolvido de todos os pecados. Mas como seremos perdoados, ou justificados pela fé, apenas por olhar para Ele? Jesus mesmo nos responde através dos Seus testemunhos.

“O pecador é justificado por Deus quando se arrepende de seus pecados.” Mensagens Escolhidas, Vol. 3, pág. 193

“Pois bem, como é que o homem se arrepende? É algo dele mesmo? Não; porque o coração natural está em inimizade com Deus. Então, como pode o coração natural mover-se ao arrependimento, se não tem poder para fazê-lo? Que leva o homem ao arrependimento? É Jesus Cristo. Como Ele conduz o homem ao arrependimento? Há milhares de maneiras pelas quais Ele pode efetuá-lo.” Fé e Obras, pág. 56

O pecador é justificado por Deus quando se arrepende de seus pecados. Ele vê a Jesus sobre a cruz do Calvário. Por que todo esse sofrimento? A lei de Jeová foi violada. A lei do governo de Deus no Céu e na Terra foi transgredida, e é declarado que a penalidade do pecado é a morte. Mas “Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo o que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” Oh! Que amor, que incomparável amor! Cristo, o Filho de Deus, morrendo pelo homem culpado!

O pecador discerne a espiritualidade da lei de Deus e suas obrigações eternas. Ele vê o amor de Deus em prover um substituto e fiador para o homem culpado, e esse substituto é Alguém igual a Deus. Esta manifestação de graça na dádiva da salvação ao mundo enche o pecador de admiração. Este amor de Deus ao homem derruba toda barreira. Ele se aproxima da cruz, que foi colocada a meio caminha, entre a divindade e a humanidade, e se arrepende de seus pecados de transgressão porque Cristo o está atraindo para Si.” Mensagens Escolhidas, Vol. 3, págs. 193, 194

O testemunho de Jesus aclara que o pecador, após contemplar a Cristo na cruz do Calvário, vê quanto amor Deus manifestou por nós, sendo ainda nós pecadores (Romanos 5:8), e é por este amor atraído para Cristo. “Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que Ele nos amou e enviou o Seu Filho como propiciação pelos nossos pecados” I João 4:10. Ao ser atraído por este amor, o pecador é compelido por ele a se arrepender de seus pecados: “Nós amamos porque Ele nos amou primeiro” I João 4:19. É desta forma que Cristo leva o homem ao arrependimento.

“Pela revelação da atrativa beleza de Cristo, pelo conhecimento de Seu amor a nós expresso enquanto éramos ainda pecadores, o coração obstinado abranda-se e é subjugado, e o pecador transforma-se e torna-se um filho do Céu. Deus não emprega medidas compulsórias; o amor é o meio que Ele usa para expelir o pecado do coração. Por meio dele, muda o orgulho em humildade, a inimizade e incredulidade em amor e fé.” O Maior Discurso de Cristo, págs. 76, 77

 

Quinta – sentindo a necessidade da cura

Texto para leitura: Romanos 7:8, 9

Qual é a função da lei de Deus para o pecador?

 

“A lei de Deus é o espelho que apresenta um reflexo completo do homem como ele é, e lhe expõe a imagem correta.” Fé e Obras, pág. 27. Para que os israelitas no deserto sentissem a real necessidade de se utilizar do meio de escape provido por Deus, a serpente de bronze, a fim de que fossem curados, seria necessário em primeiro lugar que constatassem que foram mordidos pelas serpentes. Somente então sentiriam a necessidade da cura. O mesmo se dá conosco relativamente aos nossos pecados. Qualquer homem que não esteja convencido de que está contaminado pelo veneno de Satanás, o pecado, não sentirá desejo de obter salvação da condenação deste por meio de Cristo Jesus.

A lei de Deus foi claramente exposta em dez preceitos breves, distintivos e autorizados, no monte Sinai. Está é a lei pela qual Deus governa o Universo. É por meio da obediência a esta lei que a vida de todos os seres criados é preservada.

Estes, pois, são os mandamentos, os estatutos e os juízos que mandou o SENHOR, teu Deus, se te ensinassem, para que os cumprisses na terra a que passas para a possuir; para que temas ao SENHOR, teu Deus, e guardes todos os seus estatutos e mandamentos que eu te ordeno, tu, e teu filho, e o filho de teu filho, todos os dias da tua vida; e que teus dias sejam prolongados.” Deuteronômio 6:1, 2

“A alma precisa primeiro convencer-se do pecado antes que o pecador sinta o desejo de ir a Cristo. “O pecado é a transgressão da lei.” I João 3:4. “Eu não teria conhecido o pecado, senão por intermédio da lei.” Romanos 7:7. Quando o mandamento impressionou a consciência de Saulo, reviveu o pecado, e ele morreu. Considerou-se condenado pela lei de Deus.” Fé e Obras, pág. 27

Os testemunhos nos declaram que o pecador precisa convencer-se de que é pecador para que sinta o desejo de vir a Cristo. Ao lermos tal afirmação, poderíamos ser levados a pensar que antes de apresentar a Cristo e Seu sacrifício por nós na cruz do Calvário, deveríamos apresentar a lei de Deus e Seus reclamos. Antes de nos firmarmos em tal conclusão, vejamos como, o apóstolo Paulo, inspirado por Deus, pregava.

Qual era o tema principal da pregação do apóstolo Paulo? I Coríntios 2:1, 2

 

 

Inspirado por Cristo, o apóstolo Paulo escreve que decidiu pregar apenas a Cristo e este crucificado. Jesus mesmo havia dito qual era o modo pelo qual atrairia para Si o mundo: “E eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a mim mesmo.” João 12:32. Pelas Suas palavras, Cristo mesmo nos ensina que através da mensagem da cruz as pessoas serão convencidas de pecado e atraídas para Ele. Como são as pessoas convencidas através da mensagem da cruz? Estudaremos isto na lição de amanhã.

 

Sexta – Bem aventurados os que choram

Texto para leitura: Atos 2:36-39

O texto de Atos 2:36-39 relata que através da pregação de Cristo crucificado por intermédio do apóstolo Pedro, os judeus foram convencidos de que eram pecadores e compungidos a perguntar o que fariam, dando oportunidade para o apóstolo exortá-los ao arrependimento. Vemos através desta passagem da Escritura um exemplo de como a pregação de Cristo crucificado convence os seres humanos do pecado. Jesus, através de Seu testemunho, nos esclarece esta verdade de forma ainda mais enfática:

“Bem aventurados os que choram, porque serão consolados.” Mateus 5:24

O pranto aqui representado é a sincera tristeza de coração pelo pecado. Jesus diz: “E Eu, quando for levantado da Terra, todos atrairei a Mim.” João 12:32. E ao contemplarmos Jesus levantado sobre a cruz, discerniremos o estado pecaminoso da humanidade. Vemos que foi o pecado que açoitou e crucificou o Senhor da glória. Vemos que, ao passo que somos amados com indizível ternura, nossa vida tem sido uma contínua cena de ingratidão e rebelião. Esquecemos nosso melhor Amigo, e desprezemos o mais precioso Dom deparado pelo Céu. Crucificamos de novo, em nós mesmos, o Filho de Deus e do novo traspassamos aquele sangrento e ferido coração. Separamo-nos de Deus por um abismo de pecado, extenso, negro e profundo, e choramos com o coração quebrantado.

Esse pranto será “consolado”. Deus nos revela a culpa a fim de que nos possamos dirigir a Cristo, e por meio dEle sejamos libertados da servidão do pecado e nos regozijemos na liberdade dos filhos de Deus. Em verdadeira contrição podemos arrojar-nos aos pés da cruz, e ali depor o nosso fardo.” O Maior Discurso de Cristo, págs. 9, 10

No texto acima, Cristo apresenta o único meio pelo qual qualquer ser humano é realmente convencido do pecado e é compelido a exercer fé neste sacrifício expiatório a fim de ser justificado pela fé e obter o perdão total e completo destes para receber a vida eterna. “A pregação de Cristo crucificado, Cristo justiça nossa, é o que sacia a fome da alma. Quando firmamos o interesse das pessoas nesta grande verdade central, fé esperança e coragem advêm ao coração.” Eventos Finais, pág. 131 Esta pregação deve fazer efeito primeiramente em nossa vida, para que aprendamos a contemplar a Cristo e olhar para Ele a fim de sermos justificados (perdoados) pela fé. Posteriormente, ao após se tornar uma realidade na nossa vida, Cristo crucificado também se tornará o centro de nossa pregação. É contemplando a Cristo, e este crucificado, que o mistério de Deus se cumprirá em nós (Colossenses 1:26, 27). Contemplar a Cristo significa estudar Sua vida, Seu caráter, e especialmente as cenas da cruz.

“Deve a cruz de Cristo ser estudada. Deve fixar a atenção e conservar os afetos.” Testemunhos para Ministros, pág. 378

Os israelitas poderiam ser mordidos cem vezes no mesmo dia; se a cada vez que fossem mordidos olhassem para a serpente de bronze, seriam curados. Que nós façamos o mesmo. Ainda que pequemos cem ou mais vez em um só dia, volvamos nossos olhos para Cristo e recebamos cura instantânea, o perdão total e completo, a libertação de nossos pecados.

“Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie.” Efésios 2:8, 9

“Olharam para Ele e foram iluminados; e os seus rostos não ficarão confundidos.” Salmo 34:5

Que Deus abençoe a todos, Ministério 4 Anjos.

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