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Páscoa, Ilustração Bíblica do Livramento dos 144.000
Os capítulos 11 e 12 do livro do Êxodo registram um dos mais conhecidos e inesquecíveis episódios da proteção divina em favor de Israel. É o registro da décima praga contra o Egito e da poderosa intervenção de Deus em benefício de Seu povo. Em Êxodo 11:4-7, o Senhor anuncia a Faraó o que iria acontecer:
Entre o alerta feito a Faraó e o aviso dado por Deus a Moisés, houve uma diferença significativa. Aos israelitas, Deus ensinou como poderiam escapar daquele terrível flagelo. Está em Êxodo 12. No décimo dia do mês, cada família deveria separar um cordeiro ou um cabrito, macho, de um ano, sem defeito. O animal deveria ser guardado até o décimo-quarto dia do mês e sacrificado pelo ajuntamento da congregação de Israel no crepúsculo da tarde. Então, colocariam o sangue daquele animal numa bacia e, com a ajuda de um molho de hissopo animal, marcariam a verga e as ombreiras da porta. À noite, comeriam a carne assada com pães asmos e ervas amargas, sem deixar nada para o dia seguinte. Assim, garantiriam a proteção divina contra a terrível ação do destruidor. Os primogênitos de todas as casas assinaladas pelo sangue do Cordeiro estariam marcados para viver. Assim, na instituição da Páscoa, Deus nos ensina figuradamente que a salvação está condicionada primeiro à fé em Sua palavra de que há sentença irrevogável de destruição contra os pecadores. E em segundo lugar, à aceitação do livramento que Ele, como Pai, providenciou, através do sacrifício do Cordeiro pascoal, que representava Cristo, o Filho de Deus. Como está escrito, lemos em Romanos 6:23 e João 3:16 e 18:
Perguntas Não posso prosseguir sem lhe fazer algumas perguntas: 1. Percebe você que a iniciativa de nossa salvação procede unicamente do Pai, que ofereceu a preciosa vida de Seu Filho Unigênito como alternativa única para nos garantir a sobrevivência eterna? 2. Entende você que não se trata de uma representação teatral entre divindades e que Deus, de fato, é o Pai do Unigênito Filho de Deus? Caso contrário, não estaria expressando verdadeiro amor à humanidade. 3. Compreende agora que Jesus Cristo não poderia ter sido gerado por uma terceira pessoa divina, diferente do Pai, pois isto significaria ser Filho de outro? 4. Vê você o absurdo a que nos conduz a crença numa suposta trindade, composta por três diferentes deuses? Fosse essa doutrina verdadeira e teríamos em Cristo, no mínimo, um Filho adotivo do Pai, para não mencionar conclusões piores. Observe ainda que nestas duas passagens tão conhecidas, além da negação implícita da existência de uma trindade, fica evidente a superioridade do Pai em relação ao Filho, ou a subordinação do Filho à vontade do Pai. Deus amou o mundo e deu o Seu Filho, ou seja, diante da decisão do Pai de salvar a humanidade, coube ao Filho submeter-se de bom grado e espontaneamente aos planos do Pai. O Pai é DEUS e o Filho é SENHOR. Mas, embora divino, o Filho não é um segundo Deus, co-igual e co-eterno com o Pai, como muitos crêem e ensinam. Aliás, crê você em Jesus como o "Unigênito Filho de Deus"? Ou prefere rejeitar Sua filiação divina, que envolve submissão hierárquica, e promovê-Lo por conta própria a outro Deus igual a Deus? A Bíblia não fala em Deus Pai e Deus Filho. Temos somente como Deus, o Pai, e Cristo, como o Filho de Deus. Paulo e João, citados acima, escreveram também sobre a subordinação do Filho ao Pai. Eles o fizeram em diferentes ocasiões, mas estes são exemplos muito claros:
A aplicação do sangue do Cordeiro daquela primeira Páscoa aos umbrais das portas das casas dos israelitas era uma expressão da fé em Deus, o Pai, como o Todo-Poderoso Protetor de Israel e testemunho de confiança no sangue do Cordeiro, um símbolo do Filho de Deus, como o Salvador providenciado pelo Pai, para resgate não só dos primogênitos de cada família, mas de toda a raça humana. Os milhares de primogênitos de cada uma das doze tribos salvos da morte, constituem uma representação antecipada do grupo dos 144.000 a serem preservados da destruição nos últimos dias. (Ver Apocalipse 7:4-8.) Aliás, sabendo que o número de israelitas que deixou o Egito naquele dia era de 600 mil homens adultos, "sem contar mulheres e crianças" (Êxodo 12:37), podemos imaginar que o número de primogênitos preservados da destruição tenha estado próximo desse valor.
Como pertencer aos 144.000 Hoje, a fé no Deus Todo-poderoso, nosso Salvador, e em Seu Filho, nosso Senhor, deve também ser expressa através de ações concretas, se é que queremos pertencer ao grupo dos 144.000 protegidos de Deus. Em Apocalipse 7:3, por exemplo, é-nos ensinado que nossa sobrevivência futura depende de permitirmos que os anjos apliquem sobre nossa fronte o selo de Deus, o sinal de Sua proteção. Já a passagem de Apocalipse 14:1 esclarece que esse sinal que nos torna cristãos marcados para sobreviver às últimas pragas e à perseguição da Besta e sermos trasladados sem provar a morte, equivale a termos escritos em nossa fronte o nome do Cordeiro e o nome de seu Pai. Portanto, a primeira característica dos 144.000 é a rejeição da doutrina babilônica da Trindade e confiança exclusiva em Deus Pai e no Cordeiro, Seu Filho, para a salvação. Mas isso não é tudo. Os versos seguintes (Apocalipse 14:4-5) demonstram que a teoria da fé correta, direcionada ao único Deus e Àquele que enviou, deve tornar-se prática. Os 144.00 não se macularam com mulheres, são castos. Seguem o Cordeiro onde quer que vá. Não se achou mentira em sua boca. Não têm mácula. Isto quer dizer que se abstiveram ou abandonaram as doutrinas espúrias de Babilônia, a grande meretriz, e de suas filhas. Significa também que resistiram aos instintos carnais e não se entregaram às práticas sexuais ilícitas que caracterizam nossa época. E o segredo de sua vitória é seguirem os passos do Cordeiro desde já. Quem tem a Cristo como supremo Modelo, dirá sempre a verdade e aperfeiçoará dia após o dia o caráter até que Deus o possa reclamar como Seu, como fez com Enoque. "Todos os dias de Enoque foram 365 anos. Andou Enoque com Deus, e já não era, porque Deus o tomou para Si." Gênesis 5:23-24. Assim, será com os 144.000 a quem Deus resgatará da Terra. (Apocalipse 14:3.) -- Robson Ramos Continuará...
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