Gálatas, um Livro Mais Atual que a Revista Adventista Esta ilustração, encontrada em um site da Internet, bem poderia ilustrar a história do "Devocional" de janeiro da Revista Adventista (págs. 12 e 13). Pretendendo esclarecer as palavras de Jesus em Mateus 7:24-27, conta-se o seguinte:
Um homem passeava pelas margens de um rio, desejando atravessá-lo. Como não possuía nenhum meio de locomoção, um barqueiro aproximou-se e ofereceu ajuda. Ao entrar no barco, o homem ficou intrigado ao ver dois remos que tinham palavras inscritas em cada um. No primeiro, dizia: ACREDITAR, e no segundo: AGIR. Tendo perguntado ao barqueiro o que significava aquilo, não obteve resposta. O condutor pegou o remo ACREDITAR e começou a remar, porém o barco não saía do lugar, dando voltas em torno de si mesmo. Então, utilizou o remo AGIR, ocorrendo o mesmo. Depois, o barqueiro utilizou os dois remos, e finalmente conseguiram chegar à outra margem. O autor do artigo comenta: "Caso você esteja disposto a morar na Nova Terra, vai ter que usar os dois remos. Crer é obviamente necessário. Mas, segundo Jesus, a fé não exclui a ação. É um sábio conselho. Pelo menos para quem não quer ver, de uma hora para outra, a própria vida jogada pelo chão". Como indicado pelo título do texto, esta é uma "Decisão Inteligente" e quem discorda está "construindo sua vida espiritual sobre a areia movediça". De qualquer maneira, o devocional expressa corretamente algumas idéias, como a de que necessitamos "dar atenção, considerar... compreender" as palavras de Jesus. Um cristão deve estar "disposto a aprender" e alicerçar a "sua vida [não] sobre conceitos humanos" mas divinos. É isto que pretendemos fazer agora, através de um artigo do editor do Www.Libros1888.Com, que escreveu em resposta à pergunta que lhe fiz sobre o assunto. Esta é uma perfeita ilustração do caso de Abraão: De um lado CRIA na promessa de que ia ter um filho. Do outro realizaria OBRAS fazendo um filho segundo a carne. Está em Gênesis 16 e 17. Também é uma boa ilustração da situação dos gálatas. Depois de haver recebido a Espírito Santo pelo "ouvir da FÉ", queriam se aperfeiçoar pelas OBRAS da lei (cap. 3). Este é o "equilíbrio" entre a fé e as obras. Em Laodicéia tudo é "equilibrado"... nem quente, nem fria: Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; quem dera foras frio ou quente! (Apocalipse 3:15) Para estar em dia a respeito da situação atual do povo de Deus, não é necessário conferir o que a Revista Adventista diz. Ela está muito atrasada. Há uma publicação muito mais atualizada: O Livro dos Gálatas. Qual era a opinião de Paulo sobre este equilíbrio entre os dois remos: "Ó insensatos gálatas! quem vos fascinou... Só quisera saber isto de vós: recebestes o Espírito pelas obras da lei ou pela pregação da fé? Sois vós tão insensatos que, tendo começado pelo Espírito, acabeis agora pela carne?" (Gálatas 3:1-3). Poderia Agar ajudar a Sara? Poderia Abraão ajudar a Deus? Podem as obras ajudar a fé? Pode o legalismo ajudar a graça? "Mas que diz a Escritura? Lança fora a escrava e seu filho, porque de modo algum o filho da escrava herdará com o filho da livre" (Gálatas 4:30). Na salvação, ou é tudo de Cristo, ou não é nada dEle. A Bíblia não nos fala de fé E das obras, mas sim da fé QUE opera. E a genuína fé SEMPRE REALIZA boas obras: "Porque em Jesus Cristo nem a circuncisão nem a incircuncisão tem valor algum; mas sim a fé que opera pelo amor" (Gálatas 5:6) “Senhor, Tu nos darás a paz, porque Tu és o que fizeste em nós todas as nossas obras” (Isaías 26:12) “E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos” (I Coríntios 12:6) “Ora, o Deus de paz, que pelo sangue da aliança eterna tornou a trazer dos mortos a nosso Senhor Jesus Cristo, grande pastor das ovelhas, vos aperfeiçoe em toda a boa obra, para fazerdes a Sua vontade, operando em vós o que perante Ele é agradável por Cristo Jesus, ao qual seja glória para todo o sempre” (Hebreus 13:21).
Ellen White afirma:
Comentário adicional sobre o "ouvir da fé" Uma das coisas que mais incomodam um pregador é a apatia do seu auditório. Afetava este mal aos que ouviam a Paulo, ou aos que ouviam o próprio Jesus? A carta de Paulo aos gálatas contém uma expressão que abre uma grande janela para o céu: "a pregação da fé" ou "o ouvir da fé" (Gálatas 3:2 e 5). Eram pessoas mundanas, difíceis de alcançar, materialistas, provavelmente dadas á sensualidade; eram gentios. Mas o ministério de Paulo -não somente suas palavras, já que "o reino de Deus não consiste em palavras, mas em poder" (I Coríntios 4:20)- lhes causou tão profunda impressão, cativou de tal forma a sua atenção que experimentaram uma genuína conversão, recebendo o Espírito Santo (Gálatas 3:2). Estiveram prestes a sofrer perseguição com bom ânimo pela sua fé. Tal era a magnitude de seu agradecimento a Paulo, que ele mesmo lhes recorda que haviam estado dispostos a arrancar os próprios olhos, se com isto pudessem aliviar o sofrimento de Paulo (cap. 4:14 e 15). Que maravilhoso tesouro o apóstolo lhes revelou? Sua própria sabedoria, sua erudição, seu conhecimento da lei? Impossível, já que em Filipenses 3:5-9 lemos que tudo isso ele considerava agora como "escória" (esterco). O que significa esta expressão aparentemente exagerada? -Que para aquele que já descobriu a Cristo, toda exaltação própria cheira mal. Fede. E não só o mundo, mas os púlpitos estão perfumados por ela! Que tipo de apresentação da verdade obteve a maravilha descrita em Gálatas? O versículo 1 do capítulo 3 nos dá um vislumbre. O Espírito Santo os capacitou a captar o relato da cruz tão vivamente que os seus ouvidos se transformaram em olhos, por assim dizer. Se esqueceram de quem eram e de onde tinham vindo. Paulo apresentou perante os seus olhos a Cristo de tal forma, que O viram "evidenciado, crucificado, entre vós". Toda esta tremenda resposta estava encerrada nesta simples expressão: "o ouvir da fé". Paulo lhes perguntou: "Vocês experimentaram isto pelo legalismo ("as obras da lei"), ou por ouvir com fé genuína, por escutar com uma profunda apreciação surgida do coração?" Esta pergunta é muito importante para nós hoje, pois a luz que tem de iluminar toda a terra "com a sua glória" (Apocalipse 18:1) não pode ser um evangelho diferente do que Paulo pregou. A palavra "ouvir" é traduzida do vocábulo grego do qual derivamos nossa palavra "acústica". Quando combinada com o prefixo "hupo" (que significa "debaixo"), obtemos "hupakoe", que é precisamente a palavra grega que significa "obedecer" ou "obediência". Isto significa que a autêntica obediência nunca é produzida por um frio interesse egocêntrico, seja ao temor de perder-se ou o desejo de recompensa. Nenhuma destas duas coisas faziam parte do ouvir da fé através do qual os gálatas receberam o Espírito Santo! E temos aqui um enigma solucionado: Esta desejada obediência que tem se escapado de nós por décadas, vem simplesmente pelo "ouvir da fé", por escutar com o coração aberto o que ocorreu na cruz de Cristo. Mas Jesus Cristo precisa ser apresentado "evidenciado, crucificado, entre vós". Se quando você prega observa que não estão escutando, nunca jogue toda a culpa no auditório. Talvez você esteja necessitando se arrepender. Talvez o sentir-se "rico sou e estou enriquecido" lhe impediu, e impede a seus ouvintes apreciar o odor gracioso da incomparável beleza de Cristo. Paulo não foi grande por tudo o que sabia, mas por tudo o que esqueceu e abandonou para "ganhar a Cristo". "Porque Cristo enviou-me, não para batizar, mas para evangelizar; não em sabedoria de palavras, para que a cruz de Cristo se não faça vã" (I Coríntios 1:17). "Porque nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e Este crucificado" (cap. 2:2). "Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus, o Senhor" (II Coríntios 4:5). -- Matheus. Leia também: |
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