Opção pelo Ecumenismo Carismático Pode Dividir Novamente a IASD na Alemanha

Por Colin Standish

Com angústia e apreensão, fiéis adventistas ao redor do mundo reagiram à capitulação das duas Uniões Alemãs ao movimento ecumênico. Apesar de não ser surpresa para aqueles que estão familiarizados com recentes declarações em que a União Norte-Alemã votou a favor de continuar de mãos dadas com o ecumenismo.

Esta União votou em abril do ano passado (1999) com uma margem de 3-1 votos para continuar sendo membro da ACK - Arbeitsgemeinschaft Christlicher Kirchen (Conselho das Igrejas Cristãs). A União Norte-Alemã tem por anos dado passos rumo à apostasia com as igrejas protestantes. E ainda tem sido reportado que a influência do movimento carismático pode facilmente ser vista em muitas das igrejas desta União.

Contudo, havia esperança entre aqueles que são fiéis adventistas do sétimo dia de que a União Sul- Alemã não seguiria os mesmos passos, mas para a infelicidade do fiel povo de Deus, a União Sul- Alemã também votou (129-109) para se tornar membro convidado da ACK. Tragicamente, como resultado, muitos adventistas sentiram-se traídos.

É notável que alguns delegados foram enganados pelo fato de que a União não se tornou membro "total" da ACK e apenas teria aceito a posição de membro convidado. Mas vamos dar uma olhada na estratégia das organizações ecumênicas.

Organizações semelhantes ao Conselho Mundial de Igrejas não são ignorantes do fato de que muitas, especialmente denominações pequenas, resistem ao envolvimento ecumênico. Portanto, uma estratégia especial foi desenvolvida. Primeiro, essas igrejas são convidadas a serem "observadoras". Nesse período, nossos representantes desenvolveram amigáveis relações com muitos representantes de outras igrejas-membro.

E agora eles têm sido estimulados a participar como "convidados" (ou como são chamados na Grã- Bretanha e Irlanda, membros associados). E assim, passo a passo, eles estão se lançando para o objetivo final que é a total associação (full membership). Sem qualquer discernimento espiritual, muitos estão votando para um status intermediário, pensando que podem agir com segurança, sem contudo distinguir a fatalidade do plano de Satanás para tentar impedir o destino da Igreja remanescente de Deus.

É também conhecido que as Uniões concordaram em repartir a importância de 2000 marcos (cerca de 225 mil escudos) anualmente para a ACK, uma importância relativamente pequena, mas que, calculo, aumentará no futuro. Ainda assim nos atreveremos a doar fundos sagrados do Senhor a organizações que certamente comandarão motins de perseguição contra os fiéis santos de Deus num futuro próximo? Atreveremo-nos a dar mesmo um real a tais organizações?

"E foi-lhe concedido que desse espírito à imagem da besta, para que também a imagem da besta falasse, e fizesse que fossem mortos todos os que não adorassem a imagem da besta. E faz que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos, lhes seja posto um sinal na sua mão direita, ou nas suas testas. Para que ninguém possa comprar, ou vender, senão aquele que tiver o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome." Apoc. 13: 15-17.

A Igreja Adventista do Sétimo Dia da Alemanha passou por crises no passado, a liderança de Louis Conradi, que rejeitou o Espírito de Profecia, e a questão da guerra em 1914-1918, que levou à formação das Igrejas do Movimento de Reforma, mas é minha avaliação que a decisão de juntar-se ao movimento ecumênico tem o potencial de se tornar a base do maior cisma da história da Igreja Adventista do Sétimo Dia na Alemanha. Semelhante tragédia não precisava ter acontecido, tivesse nossa liderança percebido o singular destino da igreja remanescente, que Deus tem preparado. 

Precisamos reconhecer a fidelidade dos delegados que em ambas Uniões, Sul e Norte da Alemanha, com firmeza votaram contra a aliança ecumênica. Com especial destaque para a Conferencia de Baden-Wurttemburg na União Sul que, sobre uma corajosa liderança lutou nobremente contra o envolvimento ecumênico e até circularam literatura para prevenir contra os perigos deste envolvimento.

Já seria trágico o bastante se este empurrão ecumênico estivesse limitado a duas Uniões Alemãs, mas vemos semelhante tendência em outras nações Européias como, Hungria, França e Reino Unido (para não dizermos mais). Realmente, esta avalanche ecumênica não está limitada à Europa. Mesmo no remoto pacifico sul, nações como Vanuatu e Ilhas Salomão a Igreja Adventista do Sétimo Dia tem abraçado o movimento ecumênico.

Em Vanuatu nossa igreja uniu-se com o Conselho das Igrejas Cristãs de Vanuatu, e,  o secretário da Missão de Vanuatu era também o secretário do Conselho das Igrejas Cristãs. Nas Ilhas Salomão, tem havido a unificação de nosso povo com a Associação das Ilhas Cristãs. Ambos os grupos são instrumentos nas mãos do Conselho Mundial de Igrejas.

A menos que os irmãos e irmãs do fiel povo de Deus ao redor do mundo, tomem decidida ação, haverá certamente um rápido desenvolvimento de novas teias ecumênicas. É impossível para mim entender como os adventistas do sétimo dia não vêm as luzes de aviso e não ouvem a campainha de alarme. De certo a admoestação de Paulo tem aplicação específica ao movimento ecumênico.

"Não vos prendais a um julgo desigual com os infiéis; Porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? E que concórdia há entre Cristo e Beleal? Ou que parte tem o crente com o descrente? E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois o templo do deus vivente, como Deus disse: Neles Habitarei, e entre eles andarei, e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo. Pelo que, saí do meio deles e apartai-vos, diz o Senhor e não toqueis em nada imundo, e eu vos receberei: e eu serei para vós Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor, Todo-Poderoso." 2 Cor. 6:14-18.

"Todo aquele que prevarica, e não persevera na doutrina de Cristo, não tem Deus; quem persevera na doutrina de Cristo, esse tem tanto o Pai como o Filho. Se alguém vem ter convosco, e não traz esta doutrina, não o recebais em casa, nem tão-pouco o saudeis. Porque, quem o saúda tem parte nas suas más obras." 2 João 9-11.

Com grande espanto muitos estão perguntando, o que tem a liderança da Associação Geral feito para desencorajar tais iniciativas? Sem dúvida, eu não estou a par do conselho que tem sido dado da parte da Associação Geral em relação a estas perigosas afiliações.

Mas estou, contudo, alarmado pela resposta do Assistente ao Presidente da Associação Geral a uma primeira carta de 68 membros alemães enviada no final do ano passado ao Presidente da Associação Geral. A resposta curta disse que a carta dos membros deveria ser remetida ao Presidente da Divisão Euro-Africana, que acredita-se apoiar uniões ecumênicas, e que toda a futura correspondência deve ser endereçada para aquela Divisão.

Nenhum tipo de encorajamento foi dado seja de quem for a estes fiéis crentes alemães.

Bem podemos perguntar, "onde se encontram os fiéis guardas do rebanho do Senhor? Onde estão Seus atalaias? Acham-se eles na elevada torre, dando o sinal de perigo, ou estão permitindo que o perigo passe desapercebido? Mensagens Escolhidas, 194.

Há evidências de perda de discernimento espiritual por alguns na Associação Geral. Quando foi decidido há poucos anos atrás que tínhamos que consultar a Federação Mundial Luterana (que incorpora quase todas as diversas Igrejas Luteranas ao redor do mundo), foi sem dúvida um passo na direção ecumênica.

Aqueles que estudaram o Segundo Conselho do Vaticano e seu desenvolvimento desde então, reconhecem que o objectivo primário do Vaticano hoje é trazer estas consultas a um ponto onde se possa enfatizar as semelhanças de nossa crença e ignorar a distinção das crenças das diferentes denominações cristãs.

Na segunda consulta dos Adventistas do Sétimo Dia com a Federação Mundial Luterana, o tópico do diálogo era "justificação pela fé." Pode não levantar um forte alarme nas mentes de muitas pessoas, pois é bem conhecido que a Reforma Luterana começou com o foco central sobre a justificação pela fé. É lógico, como Adventistas do Sétimo Dia, nós inteiramente acreditamos na justificação pela fé; mas diferentemente dos Luteranos, nós acreditamos também na santificação pela fé, porque Cristo pregou a doutrina como parte do evangelho da salvação:

"Para lhes abrires os olhos, e das trevas os converteres à luz, e do poder de Satanás a Deus, a fim de que recebam a remissão dos pecados e um lugar entre os santificados pela fé em mim." Atos 26:18.

A grande diferença entre Luteranos e Adventistas do Sétimo Dia é que nós acreditamos que somos salvos pela graça através da fé em justificação e santificação pela provisão do sangue de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo derramado por nós no Calvário e Seu ministério no santuário celestial. Os Luteranos acreditam na justificação-salvação somente, ignorando as enfáticas declarações de Paulo. Por exemplo:

"Mas devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados do Senhor, por vos ter Deus elegido, desde o princípio, para a salvação, em santificação do Espírito e fé da verdade." 2 Tess. 2:13.

Parece que eles passam por cima o fato de que o mesmo sangue que nos justifica (Romanos 5:9), também nos santifica (Efésios 5:25-27; Hebreus 10:10; 13:12). Eles também falham em ver quão freqüentemente os princípios de justificação e santificação estão ligados numa apresentação do evangelho. (1 João 1:9; Romanos 8:1,3-4; Actos 5:3132; Mateus 6:12-13; Apocalipse 22:11)

Nas mentes de fiéis Adventistas do Sétimo Dia o alarme soou pelo diálogo mantido com a Federação Mundial Luterana, que por sua vez intensificou quando se tornou conhecido que esta Federação mantinha diálogos com o Vaticano, precisamente quanto ao mesmo tópico, justificação pela fé.

Poderia ser que os líderes Católicos, cientes que muitos Adventistas do Sétimo Dia se levantariam contra estas consultas com o Vaticano e portanto usariam a Federação Mundial Luterana como intermediário para ajudá-los a discernirem formas e meios para debilitar a distinção da Igreja Remanescente de Deus e sua mensagem única para ser levada a toda nação, língua, raça e povo? Não é significativo que a Federação Mundial Luterana tenha o seu escritório (matriz) onde o Conselho Mundial de Igrejas tem a sua sede em Genebra, Suíça?

Certamente o iceberg da apostasia está bem próximo a nós. Não há dúvidas, a resposta de muitos fiéis Adventistas do Sétimo Dia deveria ser igual à do Senhor quando ordenou pela Sua serva quase 100 anos atrás: "Enfrentai-o! Não houve um momento de hesitação. Urgia ação rápida." Mensagens Escolhidas, pág.205.

O Parlamento das Religiões do Mundo

O movimento ecumênico é um movimento de desespero. É um movimento que reconhece a condição caótica que há no mundo, crises, desunião, conflitos, contenda e perigo global... Enquanto clamam ser Cristãos nos princípios, determinam não somente trazer todas as diversas comunidades Cristãs embaixo de uma única organização, mas também envolver todas as religiões do mundo.

É certo que este movimento cumprirá todos os avisos que estão apresentados nos versos proféticos do capítulo 13 de Apocalipse.

Não há qualquer dúvida que o objetivo é unir todos os povos do mundo sobre a bandeira do Papado. Da perspectiva secular é sentida a falta de confiança a nível político, pois este não traz resultados para as questões humanas e portanto não é capaz de ser o protagonista num governo mundial. Então, estão depositando todas suas esperanças numa união mundial sob um poder religioso. O Vaticano.

Numa apresentação de um documento publicado pela Comunidade Húngara do advento Cristão, sob o título "O Povo de Deus e o Dilema de Elias" (Título original, "God's People on the Horns of the Dilemma of Elijah"), importante desenvolvimento foi gravado. Referindo-se ao passado "Conselho do Parlamento das Religiões Mundiais", (28 de Agosto a 4 de Setembro de 1993), o documento lidava com o grande esforço, iniciado cem anos atrás em 1893. Eles citaram as palavras ideológicas do líder da Segunda Assembléia.

"No Outono de 1893, A Exposição Mundial Columbian em Chicago encontrou-se para celebrar os quatrocentos anos de aniversário do 'descobrimento da América' por Cristóvão Colombo...

Um homem, Charles Carol Bonney, teve uma visão a qual foi além do reino material. Bonney era um advogado de Chicago, um membro da Igreja da Suécia (Swedenborgian Church fundada em 1787, baseada nos Cientistas Suecos e no Teosofista Emmanuel Swedenborg), que ...procurou organizar.... um congresso de representantes das grandes religiões, chamado de Parlamento das Religiões do Mundo.

Os primeiros participantes foram cercados pelo espírito de entendimento entre as nações através das religiões. Com a solenidade daquele tempo, em suas palavras de boas vindas, Charles Carol Bonney exclamou: Este dia de sol de uma nova era das religiões de paz e progresso se eleva sobre o mundo, dispersando as negras nuvens da contenda sectarista. Esta fraternidade está dependente de um nome... a irmandade das religiões."

É significativo que este congresso do século dezenove coincidiu com a celebração do aniversário dos quatrocentos anos da descoberta da América por Cristóvão Colombo. E deve se lembrar que quando Cristóvão Colombo descobriu o Novo Mundo, exclamou: "É tudo para o papa." Podemos estar seguros que o Vaticano está prevenido deste fato.

Levou outros cem anos antes de semelhante congresso fosse novamente convocado-- desta vez celebrando os quinhentos anos da descoberta do Novo Mundo por Cristovão Colombo. Então Karl-Josef Kuschel declarou:

"O segundo Parlamento em 1993... foi também organizado pelo 'conselho' de homens e mulheres dedicados... Se o primeiro Parlamento das religiões do mundo foi dominado pela modernidade, o segundo é dominado pela pós-modernidade. Se o primeiro foi dominado pela idéia universal da 'irmandade das religiões', o segundo teve que ocupar a si mesmo com claras questões de convicções comuns, valores, atitudes básicas..."

O segundo Parlamento das Religiões do Mundo tomou lugar em Chicago em 28 de Agosto a 4 de Setembro de 1993, seis mil e quinhentas pessoas de todas as religiões existentes tomaram parte e aventuraram-se a propor uma 'declaração em face a uma ética global.

Sobre que base será esta ética global estabelecida? Será estabelecida sobre a clara e segura palavra de Deus? Dificilmente!

Não leva muito tempo para lermos em suas publicações e reconhecer as bases humanas para tentar estabelecer uma ética mundial uniforme onde todo todas as pessoas do mundo serão estimuladas a cooperar. Eles apelarão a todos os habitantes do mundo para que exponham seu despertamento interior, seu poder espiritual através da meditação, oração ou pensamento positivo, dizendo que isto os levará para uma conversão do coração e que isto moverá montanhas.

É também de se notar que eles convidarão todos os homens e mulheres, religiosos ou não para participarem em semelhante exercício. Mas a questão é: podem homens que não têm ligação com Deus oferecer contribuição relevante para descobrir a ética que ligará o mundo em uma unificação?

Outro importante fato é reconhecer que o Dr. Robert Muller foi um dos principais oradores nesta assembléia. Aqueles que acompanharam alguns dos meus artigos apresentados na revista Nosso Firme Fundamento se lembrarão que este Dr. Muller é o chanceler da Universidade Paz, estabelecida pela ONU e antigo Secretário- Deputado das Nações Unidas. Ele também foi o que anunciou a plataforma em San José, Costa Rica em 1989 na Conferência da Nova Era (New Age) onde 700 dos principais líderes conhecidos do movimento Nova Era se encontraram para estabelecerem uma agenda para o ano 2000. Dr. Muller é um Católico Romano. Em sua apresentação no Conselho do Parlamento das Religiões do Mundo ele disse:

"A menos que o mundo tenha um renascimento espiritual, a civilização estará perdida.... Religiões e tradições espirituais: o mundo precisa muito de você!... Você precisa ser de novo o farol, o guia, o profeta e mensageiro dos últimos mistérios do universo e eternidade.... Você tem que dar à humanidade a ordem divina ou cósmica para nosso bem estar neste planeta." The Global Ethic, the Declaration of the Parliament of the World's Religions, 1993, 101.

Não é difícil determinar os conceitos humanistas apresentados aqui por Muller. Não há referência à palavra inspirada dos profetas de Deus, mas sim fundamenta-se em idéias humanas com toda sua falibilidade e inclinações. Certamente, a liderança do povo de Deus não pode estar indiferente de que todo esforço que tem sido feito para remendar as divisões religiosas, tem sido feito não sobre a unidade que a verdade de Deus traz, mas sobre a negação desta mesma verdade, e tal chave é dada na oração de Jesus pela unidade: "Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade." João 17:17.

A menos que a verdade tenha sido aceita pelas mentes dos seres humanos e tenha sido traduzida em uma vida santificada pelo poder de Cristo em cada coração, não haverá unidade. O humanismo tem provado a si mesmo que é incapaz e inadequado para trazer semelhante unidade. Todo esforço está sendo feito para minimizar os grandes pilares da fé Cristã.

Não podemos esquecer também o congresso que teve lugar em Lima, Peru, em 1981 em que quase todas as comunidades Cristãs do mundo se encontraram, incluindo os representantes da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Foi neste congresso que o documento BEM (Baptismo, Eucaristia, e Ministério) foi estabelecido e então enviado para todas as comunidades religiosas da Cristandade, procurando saber seus comentários e entendimento sobre este documento. Toda a base do documento foi em induzir para que nas comunhões, cultos ou eucaristia, não enfatizassem a forma ou tempo do batismo, aceitando todo o procedimento batismal como de igual valor.

O conceito de eucaristia, um termo em si próprio Católico Romano, é na verdade um anátema para aqueles que negam a mística e a blasfêmia que é a interpretação Católico Romano de que o padre converte a hóstia no corpo de Jesus Cristo. A ideia da porção ministerial do documento era que nós devíamos aceitar qualquer crença em termos de liturgia (serviço da comunhão), e que não deveríamos pregar (fazer proselitismo) para aqueles que são membros de outras denominações Cristãs.

Ao dar uma breve olhada nestas áreas, nós temos que negar totalmente qualquer parte em semelhante compromisso. Em épocas passadas miríades do fiel povo de Deus morreram porque acreditaram no batismo dos adultos por imersão, seguiram os passos do seu Salvador, e pelo fato de acreditarem que o batismo de bebês era contra a Bíblia. Como podem os Adventistas do Sétimo Dia concordar com a igualdade da forma de batismo exemplificado por Jesus com a aspersão, que não tem quaisquer fundamento na Palavra de Deus?

Em termos de Eucaristia nós negamos a própria palavra e tudo o que ela significa, reconhecendo que a "hóstia" (pão) e o vinho são símbolos do corpo e sangue de Jesus, mas negando qualquer conversão mística em se tornar literalmente no corpo de Cristo. O mesmo se passou com miríades do povo de Deus que no passado perderam suas vidas porque recusaram aceitar as exigências do Papado.

Além disso, em termos de missão, como podemos nós, que temos sido chamados para proclamar o alto clamor "sai dela, povo meu, para que não sejas participante dos seus pecados, e para que não incorras nas suas pragas." Apoc. 18:4, alguma vez compactuar com o fato de somente pregar e fazer proselitismo para os que não têm religião? Enquanto temos que trabalhar para aqueles que são membros de religiões não~cristãs, temos também a responsabilidade para com o povo fiel de Deus que não teve a oportunidade de ouvir por completo o evangelho eterno. Esses serão chamados para fora, por causa do grande amor de Deus para com eles.

Eles devem ser chamados a sair para não serem participantes dos pecados de Babilônia, de maneira que serão protegidos das pragas que cairão ao findar o tempo da graça.

Em Janeiro de 1990 a Convenção Norte Americana de Radiodifusão Religiosa preparou em Washington, D.C., um documento intitulado "Proposta Mundial para uma Unificação ao Movimento Mundial" que foi distribuído para mais de dez mil participantes pelo Robert Meyers, um Católico Romano.

Esta Convenção Religiosa reuniu editores religiosos responsáveis por milhares de folhetos e revistas que foram distribuídos sempre no mundo inteiro, para canais de televisão religiosos, pregadores de radio, comentadores etc..

Em 1990, julgou-se ser tão importante a convenção que o presidente dos Estados Unidos, George Bush, dirigiu a introdução. Esta proposta descreve este movimento mundial como uma unificação entre três comunhões ( Ortodoxos, Católicos-Romanos e Protestantes ), e organizações de igrejas que querem alcançar o mundo para Jesus Cristo. Parece ser um objectivo nobre, mas ao ler essa proposta encontramos estas palavras:

"Este movimento para uma unificação mundial centralizada em Jesus Cristo deve ser totalmente Católico Apostólico e Ortodoxo. As coisas que nos separam não podem ser a questão central. Diferenças teológicas deverão ser postas de lado. A questão principal é a verdade que encontramos na Bíblia e as crenças em que nós concordamos. A medida que nos conhecemos melhor, as diferenças doutrinais podem ser mais facilmente dirigidas.

"Em assuntos que não devem ser discutidos inclui-se, Calvinismo versus Arminianismo, infalibilidade bíblica, predestinação, formas de batismo, se o Espírito Santo vem da parte do Pai somente ou do Pai e do Filho (Filioque), antes, após ou o milenianismo, glossolalia, sendo o papa ou não infalível e se é a única cabeça da igreja, ordenação da mulher, adoração do Sábado ou Domingo, o lugar de Maria em nossa fé, data da Páscoa, vários sacramentos, segurança eterna, se é simbólica ou não a Santa Ceia, ou consubstancial (se representa a presença de Cristo), ou transubstancial (a hóstia torna-se literalmente no corpo e sangue de Cristo) e outras questões."

Robert N. Meyers, Proposal for a Joint World Movement, 19.

Que tipo de propósito têm os Adventistas do Sétimo Dia em forjar este débil elo ecumênico? Que ajuda isto será para nós com relação ao Evangelho Eterno e à mensagem dos três anjos para o mundo? De certeza a resposta é no sentido negativo.

Provará ser um obstáculo. Estaremos nós a concordar em diminuir as grandes verdades de Deus que têm resistido ao teste de milênios? Estamos nós participando da queda das igrejas de Babilônia? Silenciaremos nossa voz neste tempo de crise espiritual ao nos aproximarmos dos momentos finais da historia desta terra? Falharemos ao nosso Senhor agora em não levarmos esta mensagem a toda nação, tribo, língua e povo?

Rejeitaremos declarar com alta voz, "caiu, caiu a grande Babilônia, e se tornou morada de demónios e coito de todo o espirito imundo e coito de toda a ave imunda e aborrecivel. Porque todas as nações beberam do vinho da ira da sua prostituição, e os reis da terra se prostituíram com ela; e os mercadores da terra enriqueceram com a abundância de suas delicias." Apocalipse18: 2,3.

Por que propósito Deus levantou a Igreja Adventista do Sétimo Dia? Foi para simplesmente ser absorvida pelas igrejas caídas de Babilônia, ou foi ela levantada para chamar homens e mulheres à verdade e justiça? Não foi ela chamada para preparar um povo para se encontrar com seu Deus? Não foi ela levantada para preparar o caminho para a segundo advento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo?

Não é esta Igreja Adventista do Sétimo Dia que tem levado as verdades de Deus por muitos anos ao mundo, e sido depositária do evangelho eterno de Deus para este tempo do fim?

Verdadeiramente Satanás está trabalhando de maneira impressionante para desviar dos adventistas sua real missão e nos desviar da verdade e justiça e levar-nos para o caminho da apostasia e impotência espiritual.

A tragédia é que há uma constante indiferença por parte daqueles em posição de responsabilidade para declarar os perigos morais que em nossa igreja está agora envolvida. Como mencionei no começo, nós não temos formas de saber como nossos lideres na Associação Geral têm respondido aos eventos na Alemanha e em outros países do mundo. Contudo, sabemos que não têm havido claros avisos em nossa literatura para urgir nossos irmãos e irmãs contra o movimento ecumênico e todas as consequências desta união.

Chamemos nossos líderes para fazerem um voto decisivo e dar o alerta à nossa igreja em todo o mundo para ficarmos firmes mesmo que o "mundo caia sobre nós", para sermos verdadeiros aos princípios, assim como a bússola ao pólo, para levarmos avante as verdades do evangelho, para ganharmos uma nova força moral, para iluminarmos o mundo com o evangelho eterno, para prevenirmos o mundo do eterno perigo da contrafação oferecida pelas igrejas caídas do Cristianismo, para permanecermos totalmente separados do que é inconsistente com as puras verdades do evangelho de Jesus Cristo. Eu apelo aos ministros e líderes, sejam eles denominacionais, independentes ou leigos, para se posicionarem firmes neste tempo, pois os avisos de Deus são aos infiéis terríveis: 

"Nenhuma posição de superioridade, dignidade, ou sabedoria do mundo, nem sagrada posição na igreja pode liberar os homens de sacrificarem princípios quando deixados para seus próprios enganosos corações. À aqueles que tem sido considerados como de valor e justos tem mostrado serem os cabeças na apostasia e exemplos em indiferença e abuso da misericórdia de Deus. É com relutância que o Senhor retira Sua presença daqueles que tem sido abençoados com grande luz e que tem sentido o poder da Palavra no ministério aos outros. Eles foram seus servos fiéis, objetos de Sua presença e guia; mas eles se distanciaram d'Ele e inculcaram outros ao erro, e portanto são trazidos ao desagrado divino." Testemonies, vol. 5, 212.

Que todo o povo de Deus possa ouvir o clamor de Isaías:

"Desperta, desperta, veste-te da tua fortaleza, ó Sião; veste-te dos teus vestidos formosos, ó Jerusalém, cidade santa; porque nunca mais entrará em ti nem incircunciso nem imundo. Sacode o pó, levanta-te, e assenta-te, ó Jerusalém; solta-te das ataduras de teu pescoço, ó cativa filha de Sião. Porque assim diz o Senhor: Por nada fostes vendidos; também sem dinheiro sereis resgatados." Isaías 52: 1-3.

Tradução: Jaime D. Bezerra - Do ministério leigo "Aconselho-te..." (Apartado 1728, Sta Iria da Azóia, 2696-601, Portugal)

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