Lésbica Sueca é Ordenada Pastora

Uma lésbica sueca, Ninni Lansberg, foi ordenada domingo pastora do templo da missão cristã de Hamaroe, perto de Karlstad (oeste da Suécia) pela assembléia regional da missão, contra a opinião do diretório nacional do movimento protestante.

Lansberg se transforma, assim, na primeira sueca ordenada pastora vivendo sob o regime legal de concubinato homossexual, que na Suécia possui os mesmos direitos do casamento.

O diretório da missão cristã (SMF) anunciou que não participaria da cerimônia de entrega das ordens sagradas alegando que não aceita "a nomeação ou a recomendação para o exercício de um ministério um pastor homossexual que viva em concubinato legal".

A missão cristã da Suécia, próxima aos Batistas, é independente da igreja luterana. Só professa o culto a Jesus Cristo e não preconiza nenhum dogma, deixando a seus membros completa liberdade. A ordem religiosa conta com 68 mil fiéis. - AFP

Fonte: Noticiário da Zaz-Terra


Igreja alemã tenta esfriar polêmica sobre sugerida renúncia do papa

João Paulo II e Lehmann, em foto tirada em 1996 em frente ao portão de Brandenburgo  

BERLIM (AP) -- Após causarem um rebuliço no Vaticano, líderes católicos da Alemanha procuraram, nesta segunda-feira, minimizar as declarações de um importante bispo que pediu a renúncia do papa João Paulo II por motivo de saúde.

O próprio autor da sugestão, o presidente da Conferência dos Bispos da Alemanha, Karl Lehmann, divulgou um comunicado dizendo que foi mal interpretado e que "de maneira alguma pediu a renúncia" do papa.

No domingo, a postura de Lehmann foi bastante diferente. Em entrevista a uma emissora de rádio alemã, o bispo foi indagado sobre os motivos pelos quais achava que João Paulo II deveria renunciar este ano.

"Pessoalmente, acredito que, se sentisse que simplesmente não tem mais capacidade para chefiar a Igreja, o papa deveria ter força e coragem suficientes para dizer: 'Não posso mais cumprir o que me foi determinado'", declarou Lehmann.

Embora tenha mencionado o exemplo de um pontífice que renunciou -- Celestino V, em 1294 --, Lehmann admitiu não ter certeza de que uma eventual decisão de João Paulo II de abdicar receberia apoio no Vaticano.

A imprensa italiana reagiu com indignação à atitude de Lehmann. O jornal La Repubblica descreveu a notícia como "a chocante proposta dos bispos alemães". E, como subtítulo, traduziu a sugestão: "O papa está cansado; renuncie".

Aos 79 anos e sofrendo de tremores associados ao mal de Parkinson, João Paulo II mostra-se cada vez mais abatido. O Vaticano esquiva-se de dar um diagnóstica completo sobre sua saúde, alegando que a divulgação de detalhes violaria a privacidade papal, mas já não nega que o pontífice sofra de Parkinson.

A igreja católica alemã tem divergido publicamente do Vaticano em questões como o aborto e o divórcio. Mas, nesta segunda-feira, o bispo de Colônia, Joachim Meisner, também divulgou um comunicado negando os pedidos para que João Paulo II renuncie.

"O papa não é o diretor de uma multinacional, mas o pastor de Cristo para a Igreja", disse Meisner. "Esse cargo requer sabedoria, o que, como todos sabem, vem com a idade."

Fonte: CNN Brasil


Papa quer cumprir seu pontificado

Vinte e um anos intensos de pontificado, dos quais um quarto transcorridos em viagens, e uma saúde cada vez mais delicada não abalaram a determinação do Papa João Paulo Segundo, 80 anos, de prosseguir sua missão à frente do Vaticano.

"Não sei a quem poderia apresentar minha demissão", declara invariavelmente o Papa que, ao assumir o cargo, comprometeu-se dia 18 de outubro de 1978 a conduzir os católicos ao terceiro milênio, tendo o Jubileu do ano 2000 como ponte.

No entanto, tem total consciência de que suas condições físicas diminuem, mas transformou essa debilidade em símbolo de valentia, fazendo - por exemplo - gravar as palavras em latim Totus tuus (Todo teu) sob o monograma de Maria, para indicar que põe sua vida nas mãos da Virgem.

Há duas semanas, aceitou sem reticências ser transportado numa pequena plataforma sobre rodas na Basílica de São Pedro para - oficialmente - ser melhor visto pela multidão; mas, de fato, seus deslocamentos até o altar da basílica mais longa do mundo são muito difíceis para ele.

Pediu um bengala para se apoiar, quando começou a ter problemas com a perna direita, depois da operação no fêmur há alguns anos.

No entanto o Papa, cada vez mais encurvado e que caminha cada vez mais lentamente, não apenas não renunciou aos numerosas compromissos do ano 2000, quanto parece disposto a assumir outros.

Se o Santo Padre demonstra mais idade do que tem é porque jamais se recuperou totalmente do atentado do qual foi vítima em 1981, na Praça São Pedro - cometido pelo terrorista turco Ali Agca -, no qual ele ficou seriamente ferido.

Recentemente anunciou que iria a Fátima, Portugal, para beatificar os dois pastorinhos que viram a Virgem dia 13 de maio de 1917. Essa viagem se soma a outra à Terra Santa no final de março; João Paulo Segundo deseja também ir a Ur, a cidade de Abraão. Esta viagem ao Iraque desapareceu por enquanto da agenda pontifical por motivos políticos.

Afetado pelo mal de Parkinson e por uma hemiplegia facial que dificulta a locução, João Paulo Segundo tem uma longa história de hospitalazação - foi internado sete vezes em 21 anos -, chamada de "viagem do Papa ao sofrimento" pelo Osservatore Romano, o jornal oficial do Vaticano.

Primeiro líder da Igreja a aceitar ser visto em seu leito de hospital, João Paulo Segundo explicou recentemente o "segredo" de sua resistência: "poder dar tudo de si até o fim pela causa do reino de Deus".

"Apesar das limitações da idade, conservo meu amor pela vida. E agradeço isto ao Senhor", escreveu em carta, durante as comemorações do Ano internacional do Idoso, promovidas pela ONU.

Sua força de vontade e sua capacidade de transformar o sofrimento e as dificuldades físicas em ocasiões de orações são, para ele, mais importantes que os remédios que possa receber do médico de cabeceira, Renato Buzonetti. - AFP

Fonte: Noticiário da Zaz-Terra


Cardeal alemão nega ter pedido renúncia do papa

O cardeal Karl Lehmann, presidente da conferência episcopal alemã, desmentiu hoje as informações divulgadas na imprensa italiana de que teria pedido que o papa renunciasse por motivos de saúde. "De forma alguma pedi a saída de João Paulo II", disse em um comunicado divulgado pela Ansa. "Muito pelo contrário. Havia indicado inclusive ter constatado que o Santo Padre, nos últimos meses e semanas, estava cheio de presença de espírito e vigor, também agora no início do Ano Santo". Lehmann acrescenta ter dito que "mesmo que o papa não tivesse mais condições de conduzir responsavelmente a Igreja, teria a força e a coragem de tomar a decisão justa".

Fonte: Noticiário da Zaz-Terra


  R E L I G I Ã O
No céu com Elvis
Fãs congregados em seitas chamadas presleyterianas adoram o rei do rock and roll como o filho de Deus

LU GOMES

Em Graceland – a mansão onde Elvis morou em Memphis (no Tennessee, não no Egito), hoje transformada numa lucrativa mistura de tumba faraônica, shopping center religioso e meca do rock – a decoração natalina permanece por mais alguns dias para que dezenas de milhares de fãs comemorem seu nascimento em 8 de janeiro de 1935. A expectativa para este ano é de que a maluquice se repita em uma escala maior. Até porque o culto ao rei está tomando proporções inacreditáveis. Em seu nome estão sendo fundadas seitas e uma nova versão do testamento circula com Elvis tal qual Jesus. A peregrinação não é só mental. Imitadores têm se submetido a cirurgias plásticas para se transformar em cópias do ídolo.

O rei do rock and roll morreu em 16 de agosto de 1977. Mas este não foi o final da história – a morte de Elvis Aaron Presley, na verdade, representou mais um grande passo na sua gloriosa carreira. Como acontecia com os faraós, Elvis deixou de ser rei para tornar-se uma divindade, um santo adorado pelos fãs de todo o planeta – e com isso conseguir vender mais discos e bugigangas do que quando estava vivo. Quando morreu, seu patrimônio foi avaliado em US$ 7 milhões. Hoje, os negócios que usam seu nome em vão geram US$ 300 milhões por ano.

Elvis Presley nasceu numa família pobre na cidadezinha de Tupelo, Mississippi, o gêmeo sobrevivente de um parto difícil. A vida do filho único e precioso de Vernon e Gladys Presley foi o sonho americano. De um berço humilde ele se ergueu para se tornar o maior astro mundial da música pop. E agora ele está sendo transformado em um messias, sua vida sendo comparada à de Jesus Cristo. Elvis veio ao mundo numa gelada noite de inverno, em um barraco de madeira pouco maior do que um estábulo. Seu pai, que era meio miolo mole, contou que no instante do seu nascimento “uma forte luz azul brilhou sobre a casa”. E um livro intitulado The new, improved testament, que faz uma releitura do Novo Testamento, afirma que três bluesmen apareceram guiados por essa luz levando oferendas ao recém-nascido: guitarra, pasta de amendoim e anfetaminas.

Obra divina – O próprio Elvis acreditava que seu súbito e avassalador sucesso só podia mesmo ser obra divina e, talvez pelo efeito das drogas que consumia, estava convencido de que era mesmo um messias, um daqueles seres privilegiados que surgem uma vez a cada milênio para iluminar uma civilização. Hoje seus devotos se autodenominam “presleyterianos” e estão abrindo igrejas em lugares “sagrados”, como Memphis e Las Vegas, e na Internet.

Não se pode saber entre os presleyterianos quem está enganando quem. A Primeira Igreja de Jesus Cristo Elvis foi fundada pelo artista Chris Ryell, que criou imagens de Presley no estilo católico clássico, sobrepondo o rosto do cantor ao de Jesus. A Primeira Igreja Presleyteriana de Elvis o Divino, em Denver (Colorado), proclama representar “a única religião que será importante no próximo milênio”. O negócio não surgiu como uma igreja de verdade, mas acabou ganhando vida própria e está sendo levada cada vez mais a sério – tanto que está reivindicando junto ao Congresso americano um feriado nacional em homenagem ao rei do rock. O dia do seu aniversário é a data proposta. “A falta de um feriado para Elvis é uma desgraça nacional”, lamenta o dr. Karl Edwards, co-fundador da igreja. “Um selo de correio não basta; os Estados Unidos devem reconhecer a poderosa obra de Elvis com um feriado oficial. Precisamos trazer o país de volta ao sagrado Espírito do Rock.”

Aproveitando o embalo, o dr. Edwards ainda questiona o valor de outros feriados do calendário americano que homenageiam uma variedade de figuras históricas. “Quantos discos de ouro teve George Washington?”, provoca. Ele ainda espera contar com o apoio presidencial e argumenta: “Bill Clinton até se parece com o Elvis gordo dos últimos anos e tenho certeza de que ele é um presleyteriano devotado.”

Sacerdócio – Mas a divindade do rei está mais bem traduzida por um simbolismo que ultrapassa a noção de ícone da Idade Média, quando em vez de estátuas numa igreja temos como emblema da sua santidade uma legião de efí-gies vivas em seus imitadores. Essas esquisitas figuras nascidas do culto a Elvis, que só encontram paralelo nos emuladores de Charles Chaplin, não são simples imitadores, mas replicantes que rezam segundo o evangelho de São Xerox. Algumas dessas efígies humanas são tão dedicadas à identidade do ídolo que, como os transexuais, submeteram seus corpos à cirurgia plástica para realçar ainda mais a semelhança com Elvis.

Para muitos fãs, esses imitadores de Elvis tornaram-se uma espécie de sumo sacerdotes da nova religião. David Moore, por exemplo. Ele imita Elvis em sua fase crepuscular e diz que faz isso por vocação: “Desde quando tinha cinco anos, sinto uma forte ligação com Elvis e quero que as pessoas saibam como aquele homem era bondoso.” Como outros fãs, Moore dedica-se a trabalhos de caridade em memória de Elvis, mas seu sacerdócio não chega a ser como o de alguns imitadores de Memphis e Las Vegas, que realizam casamentos em nome de Elvis.

O reverendo Tommy Foster é o responsável pela Primeira Igreja dos Imitadores de Elvis, em Memphis, com altares e santuários dedicados ao cantor. “No dia dos namorados casamos até 30 casais”, orgulha-se ele. Em Vegas, casamentos são celebrados por um Elvis balofo cantando Viva Las Vegas e com os casais trocando votos recitando as letras de suas canções românticas.

Imagens, peregrinações e locais sagrados são comuns a quase todas as tradições religiosas. Mas as comparações não param por aí. O fã Robert Campbell nos fala das revelações de Elvis e suas visões apocalípticas. Ele garante que Elvis é Emanuel, “o único filho gerado que Deus prometeu nos enviar”, e acredita piamente que ele irá voltar para o juízo final, o que deve acontecer dentro de uns dez anos. Camp-bell compara as escrituras sagradas com a vida de Elvis. “Na Bíblia está escrito que quando Cristo foi posto em seu túmulo, foi envolto em uma mortalha. Elvis foi enterrado em uma mortalha de cobre. Cristo foi enterrado por seu amigo José e quem cuidou do funeral de Elvis foi seu amigo Joseph B. Samuel. Cristo ressuscitou três dias depois e o corpo de Elvis foi ‘sequestrado’ três dias depois de enterrado e desde então tem sido visto por muitas pessoas.”

Os fãs estão mitificando Elvis e tentando expressar em linguagem religiosa o que ele significava para suas vidas, exatamente como foi feito com Jesus Cristo e Maomé. Apesar de parecer muito estranho, essas pessoas estão convictas de haver encontrado o sagrado em Elvis Presley. E, por Elvis ser um ícone do século XX, ele continua vivo em seus filmes e em sua música, podendo ser ressuscitado por qualquer um apenas com o toque de um botão.

Fonte: Revista Isto É

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