Dia da Volta de Cristo:
Shalom! Sobre a expressão: “O dia e a hora da vinda do Messias”, um irmão escreveu-me dizendo o seguinte: “EGW diz ter ouvido o dia da volta de Jesus.... como fica então? Claro que ela se esqueceu quando voltou da visão. Deus revela para EGW e não para Jesus???”.
Esse assunto tem duas implicações. A primeira diz respeito à época em que o Messias vivia. A segunda diz respeito, podemos dizer ao tempo em que Ele recebe, novamente, do Pai, todo o poder no Céu e na Terra. Envolvendo, sem sombra de dúvidas os nossos dias e os futuros, quando de fato Ele virá com poder e grande glória. Em função da primeira, abordaremos sobre o ponto central da questão: a onisciência. Quando foi feita a declaração, o Messias afirmou que não sabia “o dia e a hora de sua vinda”. E essa afirmação foi feita antes de da Sua morte e ressurreição. Por isso, não tem o que se discutir. É tão claro como o sol ao meio-dia. Portanto, nem o Filho e muito menos Pai, utilizam-se de meia verdade para ensinar alguma coisa. Então, segundo a Escritura Sagrada, o Messias não sabe nem o dia nem a hora de Sua vinda.
Em função da segunda, como podemos observar, o assunto não é tão claro como se imagina. Porque existe uma má compreensão do que significa “receber todo poder (autoridade) no Céu e na Terra”. Segundo essa expressão, o que perfeitamente poder ser entendido, é que o Messias ao tornar-Se homem, abriu mão de utilizar-se dos Seus poderes divinos para realizar alguma obra em Seu próprio benefício, diretamente, ou que viesse a beneficiá-Lo. No entanto, a partir da Sua ressurreição, ascensão (no mesmo dia da ressurreição – quando foi ao Céu, para receber do Pai a confirmação que o Seu sacrifício havia sido perfeito e completo, portanto aceito pelo Pai. Porque o sacrifício havia cumprido todos os requisitos da Lei do Eterno), quando retorna da entrevista no Céu, que tivera com Seu Pai. Ele se reuniu com os seus discípulos na Galiléia, alguns dias depois (uns nove dias, no mínimo – João 20:26 – Porque passados oito dias Tomé ainda não havia visto o Messias) da Sua ressurreição. Então, se o Messias passou a saber após a ressurreição, não está escrito na Escritura Sagrada. Mas temos a seguinte afirmação do Messias: “Não vos compete conhecer tempos ou épocas que o Pai reservou pela Sua exclusiva autoridade”. (Atos 1:7 – ARA). Embora o contexto aqui, seja a restauração do “reino de Israel”, não podemos desvincular da afirmativa: “Mas a respeito daquele dia e hora ninguém sabe... senão o Pai”. (Mat. 24:36).
O irmão que escreveu, embora não tenha apresentado à citação, podemos perfeitamente entender que ou ele pensava em uma referência do livro Primeiros Escritos, História da Redenção ou do Grande Conflito. Por isso, citarei a do GC:
Contudo, essa citação, do livro o Grande Conflito (publicado no verão de 1887) não pode anular uma citação do livro o Desejado de Todas as Nações (publicado em 1898). Neste ela diz:
Dois detalhes serão destacados. No primeiro, o irmão declarou: “Claro que ela se esqueceu quando voltou da visão”. Essa afirmação não está baseada em um está escrito. Como o Pai revelaria a EGW, e depois faria ela esquecer? Qual seria o motivo? Portanto, essa hipótese não existe. Caso ele houvesse revelado a ela e pedido pra não escrever nem falar a ninguém, seria uma possibilidade mais aceitável. Mas ficar sabendo e depois esquecer “o dia e a hora” de um dos ACONTECIMENTOS MAIS IMPORTANTES do Universo. Isso não tem fundamento. Um outro detalhe diz: “A voz de Deus é ouvida no céu...”. (GC. 33ª ed. 1987. p. 646.). Aqui, claramente diz onde foi ouvida a voz do Pai. Para quem o Pai dirá? Somente ao Filho? Ou ao Filho e aos anjos celestiais? Não podemos analisar uma profecia que não teve o seu cumprimento, no que diz respeito ao tempo (dia) como já tendo o seu cumprimento no passado. Isso é perigoso. Lembre-se que muitas profecias são condicionais. Aqui é dito que “A voz de Deus foi ouvida no céu, declarando o dia e a hora”. Então, de acordo com as profecias condicionais, um acontecimento depende de algumas ações e, conseqüentemente, outros fatos. Portanto, podemos entender que essa expressão utilizada por EGW, no GC, está afirmando que tem um dia e uma hora definido; mas não diz o mês nem o ano. Sabemos, no entanto, que será após o fechamento da porta da graça. Mais precisamente, após a sétima praga e, conseqüentemente, o livramento dos justos. – josielteli@hotmail.com Leia também: |
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