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Jesus Cristo, a Dupla Revelação de Deus aos Homens Por Alonzo T. Jones
Deus na criação é Deus na revelação. Esta é a simples razão da criação por si só ser a revelação de Deus. Isto é claro a partir do fato de Cristo ser a revelação de Deus, e Ele é o Único por meio de quem Deus criou todas as coisas. Ele é o Verbo de Deus. Palavras expressam pensamentos. Cristo, sendo o verbo de Deus, É a expressão dos pensamentos de Deus. Qualquer um, desejando saber os pensamentos de Deus em algum ponto, deve olhar para Cristo, por Ele ser a expressão dos pensamentos de Deus. "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem Ele, nada do que foi feito se fez" (João 1:1-3). Por Ele todas as coisas foram criadas, nos céus e na terra, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades, tudo foi criado por meio dEle e para Ele. Ele é antes de todas as coisas, Nele, tudo subsiste." Isto é claro também pelo fato de que "os céus por Sua palavra se fizeram, e, pelo sopro de sua boca, o exército deles" Salmos 33:6, "por Sua palavra, tudo foi feito". A criação foi produzida por Sua palavra, e as palavras expressam pensamentos, logo a criação é a expressão dos pensamentos de Deus - os pensamentos de Deus expressos na revelação. A partir disto, é claro que a apropriada leitura da criação, na essência, está de encontro com os pensamentos de Deus, o qual é expresso por cada coisa criada. Isto era a leitura do homem sobre a criação, na essência, quando ele expressava a sua imagem originária e a glória de Deus, no mundo incontaminado, no centro da criação de Deus. Para o homem, a palavra de Deus vinha diretamente, e havia uma direta revelação de Deus neste sentido. Para o homem a palavra de Deus vinha também através da criação que também O mencionava ; e assim que ele lia isto, ele recebia os pensamentos de Deus, e recebia a revelação de Deus em seu sentido.
Teste da unidade e harmonia de Adão com a Criação Quão certo e quão completo isto é visto, é ilustrado, no testemunho de Gênesis 2. Quando Deus tinha terminado a criação fazendo o próprio homem, Ele disse: "Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea". O próprio homem não tinha ainda descoberto que ele estava sozinho, e por causa disto ele pode ver que ele estava verdadeiramente sozinho, pois não havia ninguém que fosse a sua semelhança, não havia nenhuma companhia para ele; o Senhor formou cada animal do campo e cada ave do céu, e trouxe-as para o homem "para ver como este lhes chamaria; e o nome que o homem desse a todos os seres viventes, esse seria o nome deles" (Gên. 2: 19). Muitas pessoas lêem esta passagem que diz que Deus formou todas as criaturas para que viessem a Adão, e passassem por ele, para que ele desse nomes para as criaturas; isto é, que elas não possuíam nomes anteriormente, e assim que passaram por ele, ele as nomeou a cada uma, e estes têm sido seus nomes desde então. Por um instante vinham os animais caminhando nobremente. Até nomeá-los, nenhum nome possuíam, mas Adão olhava para eles e dizia: "Eu vou chamar a este: cavalo." E o animal se chamava cavalo desde então. Os outros vieram sucessivamente. Até nomeá-los, não eram nada, mas Adão dizia: "Eu vou chamar este animal de girafa." E era girafa desde então. E assim ocorreu, ele pensou em toda a lista de animais e aves. Mas nem a palavra nem o pensamento estão na Escritura. Nenhum destes animais era igual ao outro, precisamente antes de Adão vê-los até depois? Eles não eram originariamente os mesmos e não tinham as mesmas características que tinham antes, depois? Seguramente. Mas o testemunho não é que Deus os trouxe a Adão para que este os nomeasse, Deus os trouxe até Adão para "ver como este lhes chamaria." Este era um teste da unidade e harmonia de Adão com a criação que Deus tinha formado, e não uma ação de dar nomes aos animais. E a unidade de Adão com Deus e com a criação que Deus tinha formado, estava completamente demonstrada. Por todos os animais e aves que tinham passado por ele, até o olhar de Adão lendo os pensamentos expressos por Deus, em cada olhar ele pegou uma característica que fez cada qual o que era, e sem hesitação ele falou uma palavra que descrevia a essência e a característica de cada animal. E com isto ele seguiu através de toda extensão a criação animal, e nem um simples caso lhe escapou. "E o nome que o homem desse a todos seres viventes, esse seria o nome deles;" isto era exatamente o que era. Na palavra que ele dissesse, aquela criatura era definida. Isto portanto demonstra que a extensão do conhecimento era tão vasta quanto a criação; sua visão mental era tão clara que com um olhar ele poderia ler a natureza de cada criatura: a sua mente atuou com tanta precisão que ele poderia, sem hesitação, corretamente ler a essência da origem de cada criatura que viesse a ele. Isto também demonstra que a mente do homem estava em tão perfeita harmonia com a mente de Deus nas coisas criadas que ele poderia pegar o pensamento de Deus expresso em cada uma delas. E isto ele fez tão completamente que não é demais dizer que sua mente tinha a expressão da mente Divina. E isto teria continuado se o homem não tivesse pecado. Se o homem não tivesse pecado, ele poderia ter multiplicado e enchido o mundo, estaria corretamente habilitado para ler, e sempre teria o deleite em ler os pensamentos de Deus expressos na criação. E portanto, se a palavra fosse dita diretamente a ele ou a palavra fosse dita através da criação, ele poderia sempre estar recebendo a revelação dos pensamentos e características de Deus.
Palavras de Satanás trouxeram a mente de Satanás para Adão e Eva Se o homem estivesse, antes do pecado ter entrado, firmado na unidade com Deus, e com a criação que ele estava participando, recebendo os pensamentos do Senhor, em sua palavra expressada, dada a ele diretamente ou através da criação, veria as coisas como elas realmente são. Ele as viu na sua verdadeira luz. Ele as viu como elas realmente eram em pensamento e de acordo com a mente de Deus. E, portanto, isto teria sempre feito com que ele continuasse na unidade com Deus. E a submissão à palavra de Deus quando Ele falasse diretamente a ele seria o significado de sua permanência na unidade com Deus. Uma palavra que Deus falou diretamente a ele, foi "de toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás." Submissão a sua palavra era o propósito, o único propósito da permanência do homem no lugar, condição e característica no qual Deus intentava que ele devesse manter. Mas havia vindo uma outra palavra, em oposição à palavra de Deus, primeira insinuação decepcionante. Esta palavra disse: "É assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim ? Respondendo-lhe a mulher: Dos frutos da árvore do jardim podemos comer, mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Dele não comereis, nem tocareis nele, para que não morrais. Então a serpente disse à mulher: É certo que não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se vos abrirão os olhos e, como Deus, sereis conhecedores do bem e do mal." (Gên. 3:1-4). Ela havia acreditado na sugestão. Sua palavra tinha sido aceita; e, também as conseqüências. "Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos e árvore desejável para dar entendimento, tomou-lhe do fruto e comeu e deu também ao marido, e ele comeu." (Gên. 4:3). Agora aquela árvore não era boa para comer. Não era uma árvore desejável para dar conhecimento, apesar da mulher ter visto que era. Isto é para dizer, ela viu o que não existia. Quando o par espiritual no Éden recebia a palavra de Deus, eles recebiam o pensamento de Deus, e através disto receberam a mente de Deus, o qual produziu o pensamento expresso em suas palavras. Por outro lado, quando eles receberam a palavra de Satanás, eles receberam o pensamento de Satanás, e nisto eles receberam a mente na qual produz o pensamento que estava expressado na palavra. Portanto, eles receberam uma mente completamente diferente daquela que era suas próprias mentes naturais, daquela que era a mente de Cristo, o qual era o Verbo, a expressão do pensamento de Deus. E esta outra mente causou sobre eles a visão da criação de Deus em uma exata ordem reversa; causou sobre eles a visão do que era bom, o qual na verdade não era nada bom, e ver que o que era desejável para dar conhecimento, não fazia sequer sentido, esta era a verdade dos fatos. E isto é como é que "a mente carnal (a mente de carne) é inimiga de Deus, não sujeita a lei de Deus, e nem o pode ser." E esta é a dificuldade da mente do homem agora vendo coisas que não são, não tendo limite em considerar aquela única árvore, e este pecado se estendendo a toda criação; portanto, o que veio após isto foi escuridão cobrindo a terra, e grosseira escuridão nas pessoas. Mas note a mudança a qual o homem passou a ver as coisas da criação na ordem invertida, passou a ver as coisas da forma que não são; esta mudança não ocorreu em toda a criação, mas somente na mente do homem. Enquanto o homem mantiver sua mente na escuridão, ele não poderá ver a criação como realmente é.
Cristo, o presente de Deus para o homem Mas Deus não deixou o homem na escuridão, e possesso por aquela mente sem esperança. Dentro da escuridão ele proveu uma luz para brilhar. Ele disse, mesmo naquele dia, ao enganador que tinha fundado a mente do homem na escuridão, "porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente" (Gên. 3:15). Aquela promessa germinada é Cristo, o Desejado de todas as nações. E através dEle estava aberto ao homem o caminho de volta da escuridão para a luz; a partir do poder de Satanás até Deus, e a partir da mente de Satanás até a verdadeira mente do homem, a mente de Cristo. E a partir daquele dia a palavra ao homem tem sido "deixe esta mente estar em você, a qual estava também em Cristo Jesus". Esta é uma outra forma de expressar a outra palavra, o qual a partir daquele dia até agora tem sido o outro meio de Deus para o homem. "Arrepender-se", o que quer dizer, mude sua mente. Cristo é o presente de Deus para o homem, para tirá-lo da escuridão para a luz, da mente de Satanás para mente de Deus. Ele é o Caminho, e o único caminho, saindo da escuridão para entrar na luz, a partir da mente de Satanás até o poder da mente de Deus. Nós temos visto isto; possuídos pela mente que é a de Satanás, e mergulhados na escuridão, o homem vê as coisas de Deus, as coisas da criação de Deus em uma ordem diretamente invertida. As coisas que não fazem sentido ele pensa ser as únicas coisas que realmente são. E com aquela mente, na escuridão, ele nunca poderá ver o outro lado. Mas pelo presente que Deus tem dado, aquele homem pode escapar daquela falsa mente e da escuridão. Em um favor de Deus, ele é chamado a mudar sua mente, para "deixar que sua mente seja em você qual é em Cristo Jesus". Esta mudança, da escuridão para a luz, da mente de Satanás para a mente de Cristo, coloca o homem onde ele possa novamente ver a criação como ela realmente é. E a palavra dita por Deus diretamente ao homem é o único meio que mantém propriamente erguida a relação para com Deus, e a criação a qual ele irá novamente participar. "Para que nós possamos adorá-Lo, criaturas de Cristo Jesus". "Se o homem está em Cristo Jesus, ele é uma nova criatura." Da escuridão à luz, o poder da mente de Satanás ao poder da mente de Deus, Cristo unicamente é o Caminho. E o Cristianismo desenvolvido nada mais é que sob o renovador poder do Espírito de Deus, se processar a renovação de sua mente até a mente de um homem perfeito, até a medida da estatura da plenitude de Cristo, onde ele se mantém novamente na unidade perfeita com Deus e com a criação em que ele fez parte, e aonde ele novamente possa ser capaz de ler corretamente os pensamentos de Deus na palavra de Deus diretamente a ele, e os pensamentos de Deus para ele também através de sua palavra na criação. E saindo da escuridão até onde a luz o encontra, e a partir da mente subvertida a qual é suplantada pela verdadeira mente, a mente de Cristo, uma vez que ele se firma em seu lugar nativo em perfeita unidade com Deus e com a criação, na medida e na estatura da varonilidade de Cristo, a palavra de Deus, falando diretamente a ele, através do renovador poder do Espírito de Deus que é o guia verdadeiro. Portanto Cristo, a Palavra de Deus, e a palavra de Deus em Cristo é o único caminho da correta leitura, da palavra de Deus na criação.
Os pensamentos de Deus diferem dos nossos pensamentos As necessidades do homem são outras além das da mente natural a fim de formar um pensamento correto; é enfatizar o chamado de Deus, nas palavras, "Buscai a Deus enquanto se pode ser achar, chame-O para si enquanto Ele ainda está perto. O ímpio abandone o seu caminho; e o homem injusto os seus pensamentos” e deixe que ele se volte para Deus e ele irá achar favor para com ele e para nosso Senhor, para ele terá abundante perdão. “Porque os Meus pensamentos não os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus caminhos”, diz o Senhor, “porque, assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos, mais altos do que os vossos pensamentos.” (Isa. 55:8, 9) O mais perto que qualquer homem possa chegar com sua própria mente, pensando corretamente a respeito de Deus não é tão perto quanto a distância da terra ao céu. A expressão "tão longe quanto a terra é do céu", é uma expressão da infinita distância. Então, os pensamentos do homem a respeito de Deus estão tão longe de estarem corretos quanto a terra é do céu; este é o máximo perto que o homem pode chegar com sua própria mente ao correto pensamento a respeito de Deus, e o máximo que ele poderia se afastar disto. Os únicos pensamentos verdadeiros a respeito de Deus são os pensamentos do próprio Deus. Os únicos verdadeiros pensamentos que qualquer homem possa ter a respeito de Deus são os próprios pensamentos de Deus. E desde que estes pensamentos estas tão longe quanto os céus estão da terra, o único caminho para que o homem possa ter estes pensamentos é Deus os dando a ele. E o único caminho a qual Deus outorga ao homem Seus pensamentos, é Ele falando ao homem, por meio de palavras que expressam pensamento. E isto demanda ter uma revelação de Deus, diretamente de Deus ao homem. Deus tem falado ao homem, e isto para que o homem possa saber.
Deus não deve ser adorado através de concepção humana Até pensar o que Deus é, e definir ou sequer dar forma aos seus pensamentos sobre o que Deus seja, tem sido uma das principais ocupações do homem em todas as eras desde a entrada do pecado. E os deuses feitos por homens em todas as eras, são uma notável demonstração da verdade revelada sobre a impotência da mente do homem ao pensar com relação a este ponto. Com respeito a isto, Deus tem sempre proibido o homem a pensar sobre este ponto.: "Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não as adorarás nem lhes darás culto; porque eu sou o Senhor teu Deus, Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos até a terceira e a quarta geração daqueles que me aborrecem, e faço misericórdia até mil gerações daqueles que me amam e guardam os meus mandamentos." Êxodo 20:4 Nenhum homem na terra poderia nunca ter feito imagem ou algo semelhante a Deus, se ele não tivesse primeiramente pensado sobre este ponto, e formado na sua imaginação uma imagem mental: A imagem ou algo semelhante a esta a qual o homem formou para ser vista com os seus olhos, era a reprodução de sua idéia de Deus a qual era já tinha mentalmente imaginado. De acordo com isto, quando Deus desceu ao Monte Sinai, para falar ao povo as grandes coisas de sua lei, Ele fez desta forma para que fosse impossível ao povo ver qualquer coisa que eles pudessem ter a possibilidade de fazer uma imagem ou algo semelhante, em suas mentes. E isto também estava escrito:
Embora as hostes dos anjos, querubins e serafins, e Deus mesmo, estivessem todos lá, ainda assim nenhuma espécie ou semelhança ou forma de qualquer coisa foi permitida ser vista por qualquer um dos israelitas, nem mesmo o brilho da sua glória, para não dar-se o caso de, vendo seus olhos qualquer coisa que de qualquer forma lembrasse-os daquilo, embora mesmo que isto fosse o sol ou a lua em seu máximo brilho, eles pudessem dizer que isto era como aquilo, e pudessem utilizar isto como meio de auxiliar seu pensamentos em adoração, ou dar-se o caso de que pelo seu pensamento sobre o que tinham visto, eles fossem levados a reproduzir sua imagem mental em uma forma ou semelhança para auxiliá-los na adoração. Portanto, da maneira mais impressiva possível, o Senhor tem deixado isto claro que Ele não é para ser adorado através de uma concepção humana. Mas quem O adorasse, deveria adorá-Lo em espírito e verdade. Em espírito, em total ausência de qualquer forma ou semelhança do que fosse, mental ou de outro forma. Porque é um fato que nenhuma forma ou imagem pode existir de qualquer outro modo, posto que estas ocorrem primeiro na mente. Para que na realidade nenhuma forma ou imagem pudesse existir senão aquela primeiramente mentalizada. E na verdade, na verdade de Deus, no sentido que a verdade é a palavra pelo qual Ele tem falado. E se eu penso de Deus de forma diferente do que Ele tem dito, e se meus pensamentos com relação a Ele são diferentes de seus próprios pensamentos, e eu O adoro desta forma, ou, mais exatamente, adoro o que poderia ser Ele, eu não O estou adorando totalmente, mas ao invés disto estou adorando a minha própria concepção ou idéia dEle. Mas quando eu O adoro em meus pensamentos sobre Ele, ao invés dos Seus pensamentos sobre mim, eu simplesmente me adoro ao invés de adorá-Lo. Portanto, para que haja uma verdadeira adoração a Deus, eu devo adorá-Lo somente em Seus próprios pensamentos concernentes a Ele mesmo, o qual, através da Sua verdade, Ele tem dado a mim.
A verdadeira adoração é receber o pensamento de Deus Não somente tem Deus em Sua palavra, a qual foi dita no Monte Sinai, excluído toda a possibilidade de alguém fazer Sua imagem, aparência, ou similaridade, como em qualquer outro lugar tem mostrado esta impossibilidade, no caso em si; para que todos conservem a correta imagem de Deus. Leia atentamente Isaías 40:12-25: "Quem na concha de sua mão mediu as águas e tomou a medida dos céus a palmo? Quem recolheu na terça parte de um efa o pó da terra e pesou os montes em romana e os outeiros em balança de precisão?" Abra suas mãos tanto quanto você pode e as mantenha levantada, com as palmas da mão para cima. Note a depressão no meio de sua mão. Este é o palmo de sua mão. Encha-o com água e veja quanto de água permanecerá sem que escorra. Todas as águas são medidas pelo palmo da mão de Deus tão facilmente quanto estas pequenas gotículas de água pousam no palmo de sua mão. E se somente Sua mão é tão grande que todas estas águas podem ficar no palmo dela, imagine, quão grande é Ele mesmo? É simplesmente impossível para qualquer mente humana conceber o tamanho que uma mão desta deveria ter. Daí, seria impossível para qualquer mente humana conceber a verdadeira aparência da mão de Deus, quanto mais a verdadeira aparência do próprio Deus. "A medida dos céus a palmo". O palmo é a medida a partir da ponta do polegar até a ponta do segundo dedo. O que é o diâmetro do céu? Conceba isto se você pode. Todo o diâmetro do céu pode ser medido simplesmente com a palma da mão. Novamente, qual é o tamanho desta mão ? Nenhuma mente humana poderá conceber o tamanho do céu. Logo, nenhuma mente humana poderá conceber o tamanho do palmo pelo qual foi medido o céu. E quando nenhuma mente humana pode possivelmente conceber somente o tamanho da mão, a fim de alcançar o palmo com o qual Ele mediu o céu, quão infinitamente além de todo o alcance do pensamento humano é qualquer concepção correta com relação a forma de Deus. Portanto, o ponto da questão é a pergunta: "Quem se assemelhará a Deus, ou quem se comparará a Ele?" E depois, as figuras de um artífice fundindo a imagem, e um ourives a cobrindo de ouro e cadeias de prata ou escolhendo uma madeira e buscando um artífice para esculpir uma imagem. Daí ele pergunta para outros: "Acaso, não sabeis? Porventura, não ouvis? Não vos tem sido anunciado desde o princípio? Ou não atentastes para os fundamentos da terra? Ele é o que está assentado sobre a redondeza da terra, cujos moradores são como gafanhotos; é Ele quem estende os céus como cortina, e os desenrola como tenda para neles habitar?" E mesmo o céu e o céu dos céus, não O pode conter. Como seria possível para uma mente finita conceber qualquer semelhança dEle? Portanto, novamente Ele aparece sobre tudo: "A quem então me compararíeis, ou quem me seria igual, diz o Santo?” Este é um perfeito plano que Deus tem feito não revelando a Si mesmo, em Sua exata ou relativa forma, ou tamanho ou formato. Ele tem Se revelado. Mas como? Em caráter. Ele começou isto, revelando a Si próprio como? "EU SOU". Isto é existência. Mas existência não é o suficiente. Portanto Ele estendeu Sua revelação em "EU SOU O QUE SOU". Eu sou tal qual sou. Eu sou o que sou. Esta é a revelação de ambos, existência e caráter. Depois Ele alarga sua revelação proclamando o Seu nome. E Seu nome é a expressão do que Ele é. E nisto Ele disse que Seu nome é “Senhor, Senhor Deus compassivo, clemente e longânimo e grande em misericórdia e fidelidade”; que guarda a misericórdia em mil gerações, que perdoa a iniqüidade, a transgressão e o pecado.” Isto é novamente existência e caráter, somente isto. E novamente isto é descrito: "é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe e se torna galardoador dos que o buscam”. Esta é novamente uma revelação de existência e caráter. Esta é Sua palavra para os homens, Seus pensamentos do que Ele é. E a verdadeira adoração é receber Seu pensamento tal como ele é, expresso em Suas palavras; e adorá-Lo pelo que é expresso neste pensamento somente. Deus tem revelado a Si mesmo aos homens em caráter somente, porque isto é antes de tudo o que mais o homem precisa. E esta perfeita guia assegura a verdadeira adoração, em perfeita segurança contra toda adoração de imagem, por ser impossível mentalizar a imagem do caráter.
Conceber a Deus como Ele não é, constitui falsa adoração Um adorador sempre se transforma conforme o caráter que ele adora. Quem adora Deus de acordo com a palavra e nos pensamentos que Deus tem revelado irá adorá-Lo pelo que Ele é, piedoso e gracioso, misericordioso e abundante em bondade e verdade, mantendo favor para milhares e perdoando a iniqüidade, transgressões e pecados. A pessoa que adora Deus desta forma, terá sua adoração transformada conforme o espírito de vida e caráter para a imagem de Quem o criou e quando o homem, por meio desta adoração, tiver crescido o caráter até o perfeito homem, na medida e na estatura da varonilidade de Cristo, então será retirado o véu que está interposto, e nós poderemos vê-Lo "face a face", e poderemos conhecer até mais do que nós conhecemos. Nós poderemos conhecê-lo da mesma forma que Ele nos conhece agora. Nosso conhecimento será tão vasto quanto o conhecimento que Deus tem de nós agora. E mesmo que nós mesmos estivéssemos muito longe do ponto onde estamos agora, seria impossível para nós agora conceber isto, mesmo que isto tivesse sido revelado. Portanto, isto não é revelado. E, concordantemente, ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a Ele, porque haveremos de vê-Lo como Ele é. O que nós seremos ainda não se manifestou. Mas quando isto for revelado, isto será porque nós poderemos ser como Ele. É perfeitamente claro que o que Ele é ainda não é revelado. Nós não podemos conceber o que nós mesmos seremos. O que nós poderemos ser é de inteira conseqüência de nossa visão dEle como Ele realmente é. E é perfeitamente claro que nós não podemos concebê-Lo como Ele realmente é, nós não podemos vê-Lo agora com os olhos da mente, em nenhuma aparência mental, similaridade, ou imagem do que Ele é. E concebê-Lo como Ele não é, e assim adorá-Lo, não é nada mais que uma falsa adoração. Mas Ele procura verdadeiros adoradores, e verdadeiros adoradores que adorem-No somente em espírito e verdade.
Cristo, a revelação de Deus repetida para o homem A razão pelo qual o homem não deve fazer nenhuma imagem, algo semelhante ou similaridade, é simplesmente porque Deus não tem forma, aparência ou similaridade, isto é simplesmente porque os homens ao redor são incapazes de compreender isto ou apreciar isto corretamente. Portanto, ao invés de fazer qualquer revelação a este respeito, Ele revela ao homem com relação a Si mesmo o que o homem mais precisa - caráter, e o que é recebido e adorado na verdade que foi revelada, irá trazer ao homem este ponto em todo caminho através do qual ele poderá estar qualificado a saber apreciar tudo que poderá ser revelado quando Ele aparecer, e nós poderemos vê-Lo como Ele realmente é. A adoração a Ele pelo que Ele mesmo tem revelado é o único caminho para que o homem possa se capacitar em todo sentido, adorando-O naquilo que não é revelado. A verdadeira revelação sobre Ele e Seu caráter é o único caminho pelo qual o homem pode se capacitar à verdadeira adoração sobre Ele em Sua pessoa. Cristo é a palavra de Deus. Sendo a palavra de Deus, Ele é a expressão do pensamento de Deus. Assim sendo, Ele é a revelação de Deus. Portanto está escrito : "Ninguém conhece o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar" Mat. 11: 27. E isto é verdade em todos os sentidos. Cristo é a revelação do Pai na criação. Ele é a revelação de Deus na redenção. Ele é a revelação de Deus no universo de luz. Ele é a revelação de Deus neste mundo de escuridão. Ele é a Palavra de Deus enquanto esta palavra está expressa na criação, ou dentro da Bíblia, ou na carne humana, em tudo isto que é a expressão de Deus em Seu invariável caráter. Antes do pecado, o homem podia ler esta revelação perfeitamente - em todos os lugares e em todas as coisas. Quando ele pecou, tendo recebido diretamente a mente antagônica daquela que ele tinha com Deus, ele não pode ler corretamente nada desta revelação em nenhum lugar. Tudo estava sendo visto de forma invertida. Portanto, a revelação de Deus teve que ser repetida para o homem. O homem por si próprio precisava ser criado novamente e a revelação de Deus repetida para ele. Estando ainda sob o poder do pecado, a humanidade penetrou mais e mais nas trevas, de modo que ao ser repetida esta revelação para o homem, ela teve que ser dada de forma escrita, de modo que o homem pudesse ser levado novamente ao conhecimento do pensamento de Deus, e à unidade com a mente de Deus. Mas, apesar disto, estando sob o poder do pecado, o homem penetrou ainda mais na escuridão. A palavra não foi recebida corretamente pelo homem. A palavra, não estava tendo o seu lugar como um poder formador na vida do homem. Logo, para que se alcançasse o homem, a revelação de Deus teve que ser dada na forma da própria humanidade. O Verbo se fez carne e habitou entre os homens.
Olhe para Jesus. Ele é Deus conosco! Portanto, Cristo, a Palavra de Deus, é a revelação universal de Deus. Poderia qualquer homem ver Deus? Ele deveria olhar para Cristo. E quem visse a Cristo, deveria olhar no lugar que Cristo deveria aparecer. Em que lugar Cristo deveria aparecer? Em carne como o homem é. Não onde o homem estava, mas onde ele está, pois o pensamento do homem foi feito um pouco menor do que o do anjos, coroado com glória e honra, e foi colocado sobre as obras das mãos de Deus, com todas as coisas colocadas sob os seus pés tão inteiramente que Deus não deixou nada que não fosse colocado sob ele, mesmo o que ainda não estava. Ele não permaneceu onde Deus o colocou. Ele caiu. E aquele que era primeiramente um pouco menor que os anjos, caiu para uma condição muito abaixo da deles, para a condição de pecado, de sofrimento, e de morte. É aí que o homem está. E agora Cristo, a Palavra de Deus, é a revelação de Deus, pegando a forma da humanidade onde o homem está e o homem não pode ser reprovado para O ver, é necessário ser revelado portanto onde o homem está. E isto está escrito: "Porque convinha que Aquele, por cuja causa e por quem todas as coisas existem, conduzindo muitos filhos à glória, aperfeiçoasse, por meio de sofrimentos, o Autor da salvação deles. Por isso mesmo, convinha que, em todas as coisas, se tornasse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel suma sacerdote nas coisas referentes a Deus” (Heb. 2:10, 17). E então isto permanece escrito, “vemos, todavia, aquele que, por um pouco, tendo sido feito menor que os anjos, Jesus, por causa do sofrimento da morte, foi coroado de glória e de honra, para que, pela graça de Deus, provasse a morte por todo o homem (Heb. 2:9)." Veria você a Deus? Olhe para Jesus, ele é o Emanuel, Deus conosco. Veria você a Deus? Olhe para Cristo, Ele é o Deus manifesto em carne. Veria você a Deus? Olhe para Ele como Ele aparece perto do homem, na humanidade, em todo o lugar ao redor de você. Ele identificou-se a Si mesmo com a humanidade. Cristo, por quem Deus é manifesto, os pensamentos de Deus expressados, é o último Adão, e o fato dELe ter se tornado o último Adão, isto é somente a certeza relacionada a uma identificação com o ser humano como o primeiro Adão. Quem quer que olhe para Cristo O verá. Isto nunca falha. E quando eu olho para Cristo em carne, Cristo em outro homem, Cristo em você, Eu devo vê-Lo aonde quer que eu olhe. Eu quando eu O vejo aonde quer que eu olhe, eu devo estar sempre contemplando a Ele, e O adorando. Pela contemplação nós somos transformados. "E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito." II Cor. 3:18 Nós então, vendo–O na humanidade em todo lugar, trataremos todo ser humano da mesma forma que O trataríamos; por que é somente a Ele que nós vemos. E quando você trata qualquer ser humano da mesma forma que trataria a Cristo, por que é para Cristo que você está olhando e a Ele é que você está vendo, então o outro homem verá Deus manifesto na carne, ele também verá Cristo em você, a esperança da glória. Ele verá o espírito, e ele, portanto vendo como por um espelho a glória do Senhor, será também transformado à imagem do Senhor; ele será como Cristo; e se sempre O contemplar, ele continuará sendo mudado a partir da mesma imagem, de glória em glória, pelo espírito de Deus. Daí, “todos contemplaremos como por um espelho a glória do Senhor, glória do espírito do Senhor”. Portanto, vendo somente Cristo nas outras pessoas nós fazemos isto, que somente Cristo possa ser visto em nós. E procurando somente o bom no outro homem, nós fazemos com que somente o que é bom seja procurado em nós. Procurando a vantagem no outro homem, nós achamos vantagens em nós mesmos.
Veja Jesus na necessitada e sofredora humanidade E este é o evangelho, esvaziar-se de si mesmo. De acordo com isto, está escrito: “Deixe sua mente ser em você como é também em Cristo . . . o qual Se esvaziou a Si mesmo.” Em fazendo dEle mesmo o último, Ele poderá ter vantagem e exaltar a humanidade perdida, é dEle mesmo a maior vantagem e a maior exaltação. Os santos anjos, dos quais é verdadeiramente escrito que eles acham um gozo supremo estar ajudando seres humanos pecadores a chegarem mais perto de Cristo, tanto quanto eles mesmos sequer podem imaginar; e ajudando seres humanos pecadores, eles mesmos têm a vantagem de se aproximarem de Cristo, e são exaltados no estandarte da vida o qual, sem isto, eles nunca poderiam conhecer. Este é o único caminho da bondade. Portanto é este Jesus, o qual sendo a única revelação de Deus é o único Caminho, quando Ele em carne foi ungido com o Espírito Santo e com poder, fez o que era bom. E este é e será sempre o único caminho. Este é o caminho hoje. Este é o único Cristianismo. Este é o único trabalho médico-missionário. Pois quando Ele, ungido com Espírito Santo e com poder, fez o que somente era bom, isto inclui “libertando todos os que estavam oprimidos pelo diabo”. E tudo isto, somente pela conseqüência de que “Deus estava com Ele”. Você o ajudaria se você tivesse a chance? Na necessitada, sofredora humanidade você consegue vê-Lo, porque “convinha que Aquele, por cuja causa e por quem todas as coisas existem, conduzindo muitos filhos à glória, aperfeiçoasse, por meio de sofrimentos, o Autor da salvação deles” e “nós vemos Jesus, o qual foi feito um pouco menor do que os anjos para que provasse a morte”. Então não há falta de oportunidade para fazer o bem para Cristo e ajudá-Lo, ele é o primeiro de todos os homens – um homem de pesares e familiarizado com dor. “Pois, tanto o que santifica como os que são santificados, todos vêm de um só. Por isso, é que ele não se envergonha de lhes chamar irmãos” (Heb. 2:11). E na Sua bondade ao faminto, ao sedento, ao pobre, e ao prisioneiro Ele diz: “Tudo que fizeres a um destes meu pequeninos irmãos, a Mim o fizestes”. E ante qualquer negligência a isto, Ele diz “tudo que deixares de fazer a um destes, a Mim o deixaste de fazer.” Este é o caminho para ver a Deus, e conhecê-Lo por experiência pessoal. E então, tornar-se um com Ele, e é fácil de vê-lo tanto ali como em qualquer outro lugar neste mundo, escrito na Bíblia e na Sua palavra expressa na criação. E então, para a humanidade, onde a humanidade está, e o que a humanidade é, o espírito de pregação é: “Deus manifesto em carne”; “ Cristo em você, a esperança da glória”. O homem tem ido tão longe quanto a palavra de Deus expressa a ele e ele na criação tem ido tão longe quanto a palavra expressa na escrita, a palavra veio para todos os homens de carne onde a todos os homens estão : “e o Verbo se fez carne”. Esta é a revelação final de Deus, e também é a chave para abrir a porta e encontrar a revelação de Deus escrita em Sua palavra; na palavra expressa na criação, na palavra expressa diretamente na mente e coração do homem. Este é o caminho, a redenção de muitos e a sua completa restauração a seu lugar originário na unidade com Deus a com toda a criação que o Pai Celestial tem feito. -- Por Alonzo T. Jones |
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