Pesquisa Sobre o Sábado Revela Diferenças e Semelhanças em Observância

January 13, 2004 Silver Spring, Maryland, United States .... [Ansel Oliver/ANN Staff]
 


Dr. May-Ellen Colón.

 

Os adventistas do sétimo dia--em torno de 13 milhões de membros com estimativa de mais 7 milhões que também assistem aos cultos semanais--estão unidos na observância do sábado como dia santificado, com freqüência à igreja e à Escola Sabatina como fatores de unificação. Outros elementos de observância são diferentes, contudo, e o dia de descanso torna-se mais tenso para os que se acham na liderança da igreja.

Essas facetas emergem de uma recente dissertação doutoral que sumaria uma pesquisa de 51 nações sobre como os adventistas do sétimo dia observam o sábado. Mary-Ellen Colón, diretora-assistente no Departamento de Escola Sabatina na sede mundial da denominação, defendeu sua dissertação intitulada “Práticas de Observância do Sábado e Fatores Relacionados Com Essas Práticas Entre Adventistas do Sétimo Dia em 51 Países”, numa apresentação à Universidade Andrews em 10 de dezembro de 2003.

“Em termos transculturais eu esperava mais diferenças”, diz Colón, que começou seu programa doutoral em 1991. Houve, contudo, ligeira variedade de aplicações da observância do sábado segundo diferentes culturas. “E assim tinha que ser”, declara ela.

Sua pesquisa incluiu mais de 3.000 formulários de sondagem que lhe foram devolvidos por membros em 51 países. A pesquisa foi preparada em inglês, francês, alemão, espanhol e russo.

Conquanto o sábado seja um dia de descanso para muitos adventistas, Colón descobriu que o sábado é uma fonte de tensão para muitos na liderança da igreja. A rotina semanal de atividades sabáticas em que se empenham os líderes, que muitas vezes pregam e visitam uma variedade de congregações, pode impor pressão sobre a vida familiar. Por seu turno, dizem alguns, isso pode eliminar o desfrute do sábado.

Freqüentar a igreja e a Escola Sabatina era o exemplo mais visível de como os membros da igreja observam o sábado. As mulheres obtiveram maior pontuação em termos relacionais no sábado. Colón também descobriu que somente 26 por cento dos respondentes incluíam atividades de tipo de serviço--visitar doentes e membros que faltaram, auxílio aos necessitados--em sua observância do sábado.

“É um dia de cura”, diz Colón, que espera publicar um livro baseado na dissertação. “Jesus curava nos sábados, está registrado sete vezes”.

Os pioneiros da Igreja Adventista do Sétimo Dia não realçaram aspectos práticos do sábado, declara Colón. Eles eram mais teológicos, apologéticos--defensores do conceito do sábado.

A co-fundadora da Igreja, Ellen White, primeiramente observava o sábado de 6 da tarde da sexta-feira a 6 da tarde do sábado. Seu marido, Tiago White, pediu a J. N. Andrews para estudar a questão mais detidamente. Em 1855 Andrews escreveu num artigo que o sábado era do pôr-do-sol da sexta-feira até o pôr-do-sol do sábado. Em 1861 ele publicou seu estudo no livro “História do Sábado e do Primeiro Dia”.

Colón diz que após a igreja tinha mais bem estabelecida sua posição sobre o sábado do sétimo dia, as publicações passaram a dar enfoque a como guardar o sábado, respondendo a perguntas tais como se os adventistas podiam ir ao correio ou rachar lenha aos sábados.

“Por essas alturas já tinham bem estabelecida uma identidade sabática”, declara Colón. Já não precisavam gastar tanto tempo defendendo-o. Pelos anos 80 [do século XIX] a Igreja dava mais ênfase à salvação pela graça, diz Colón. “Os membros estavam observando o sábado porque amavam o Senhor, não por ser ‘a coisa certa a fazer’.”

“Precisamos incentivar os membros a tornarem o sábado intencionalmente atraente e gostoso”, afirma Colón.

Ela credita ao pessoal da sede administrativa mundial a entrega do questionário de 99 perguntas durante suas viagens. “Eles levaram isto até os confins da Terra”, lembra ela.

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Fonte: http://www.adventist.org/news/data/2004/00/1074020695/index.html.pt

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