Teria sido por todo esse empenho "e$piritual" do
presidente da APL que a UCB mandou até o Departamental de Mordomia como
representante para participar da dissolução da Igreja de Poá, SP? Não sabemos,
mas suspeitamos. Afinal, a impopular mensagem original adventista atrai poucos
adeptos e pode espantar novos doadores potenciais, gente que devolveria o
dízimo para a Associação sem questionar ou fiscalizar, na vã esperança de que isso é tudo
que Deus exige de Seus filhos.
Não é novidade para ninguém que novos membros são mais
fiéis na "devolução" do dízimo. Por isso, a Organização tem
tanto interesse em campanhas evangelísticas que atraiam multidões com uma
religião fácil, cuja principal obrigação seja apenas dar mais dinheiro para
trazer mais pessoas para darem mais dinheiro, para trazer mais pessoas para
darem mais dinheiro, para trazer mais pessoas para darem mais dinheiro... O
velho golpe da pirâmide ou "marketing de rede"!
E para terem certeza de que será apresentada apenas uma
versão açucarada do adventismo, que acaba funcionando como vacina contra o
adventismo total, transformaram as igrejas em tele-salas de
"evangelismo" virtual! Aí, quando uma igreja como a de Poá, SP,
recusa-se a sujeitar-se a esse esquema vergonhoso de captação de novos
doadores para a Organização, a reação surge imediatamente.
O batismo de interessados perdeu seu sentido
original e já não conclui o projeto "evangelístico". Foi-se o tempo
em que era o testemunho público de início de uma nova fase na vida. Hoje, simplesmente representa a sacralização da decisão de sustentar a
Organização com seus recursos pessoais, depois da leitura e assinatura de um
termo de compromisso (contrato), em que essa é uma das cláusulas.
"Ter o nome na igreja" é apenas
permanecer na lista oficial de doadores, lista que teoricamente Deus utilizaria
para abrir as janelas do Céu e derramar Suas bênçãos de forma seletiva.
Embora o Manual da Igreja proíba excluir
alguém por razões financeiras, a pressão começa com a perda ou não
nomeação para cargos. E culmina com a exclusão, fato que muitos temem por
entender que significa uma remoção da lista de abençoados e aprovados por
Deus. Não percebem os irmãos que
estão nos vendendo cargos na igreja, como fazia a Igreja Católica no
passado?
Com justa razão, portanto, há quem interprete a
sigla IASD como "Instituição Administradora do Seu Dízimo". Não seria o caso de mudar
logo o nome da denominação para Igreja
Dizimista do Sétimo Dia?
O curioso é que dizem que todos somos "mordomos" ou
"administradores" de Deus, mas só eles querem administrar! Ora,
mordomo fiel é aquele que administra sabiamente a propriedade de seu
senhor. Quem simplesmente entrega seus dízimos e ofertas a outros para que
os administrem não age como mordomo de confiança, porque está repassando sua
responsabilidade a terceiros. Se somos mordomos, Deus quer que tenhamos o
controle da aplicação desses recursos, seja direcionando sua aplicação
ou, no mínimo, fiscalizando sua utilização.
Pare de se iludir, meu irmão. Para boa parte desses homens, como
revela a carta do pa$tor Stabenow, cada templo adventista é meramente uma
central de captação semanal de recursos. Para eles, o pastor é meramente o encarregado de fazer
engordar ou, pelo menos, não deixar cair o volume das doações. E cada
adventista seria apenas um ingênuo
participante de um bem-bolado Show dos Milhões.
Felizmente, porém, aqui e ali, muitos leigos e
uns poucos pastores já não se submetem a esse jogo sujo e convidam outros a se
libertar desse esquema financeiro que nada tem a ver com a salvação de almas.
É sobre estes que recai a aprovação de Deus. Quantos aos demais, estão
escalados para virar churrasco na Grande Fogueira final, a menos que se
arrependam. - Robson Ramos
Primeiras Reações à Carta do Pr. Stabenow: