Por Que Jesus NÃO Disse:
"Eu, o Pai e o Espírito Santo Somos Um"?
Um dos assuntos mais importantes para os
filhos de Elohym compreenderem é o SHEMÁ. Por isso, o
interpretando o verdadeiro sentido do SHEMÁ, o Messias afirmou: “Eu
e o Pai somos um.” (João 10:30).
Mas o que significa uma pessoa ser uma com outra? Quais são os significados
dessa afirmação do Messias? E qual a implicação para a nossa vida?
Essas
perguntas serão respondidas com base nos Textos da Bíblia e do Espírito de
Profecia que serão apresentados abaixo. Contudo, podemos perceber outro
significado por trás do SHEMÁ. É, portanto, em função desses dois
significados que iremos desenvolver esse estudo.
A Unidade no Velho Testamento
Para melhor compreensão,
serão apresentadas abaixo, as duas palavras hebraicas que nos ajudarão na
compreensão da Unidade Divina, bem como da Unicidade.
A palavra hebraica: דחא
(’echād),
pode ser traduzida por: “um, mesmo, único,
primeiro, cada, uma vez”.1
“Ouve, Israel, Yahweh nosso Deus,
Yahweh é um – דחא (’echād)”. (Deut.
6:4).
“Chamou Deus à luz dia e às trevas, noite.
Houve tarde e manhã, o dia um
– דחא (’echād)”. (Gênesis. 1:5).
“Por isso, deixa o homem pai e mãe
e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma
só carne –
דחא (’echād)”. (Gênesis. 2:24).
“Yahweh será rei sobre soda a
Terra; naquele dia, Yahweh, Ele será um
– דחא (’echād) e Seu nome um
–
דחא (’echād)”. (Zacarias 14:9).
Além do vocábulo apresentado acima, na
Língua Hebraica existe outra palavra, que é traduzida por “único” e por
“filho unigênito”2,
para a Língua Portuguesa. Ela também possui o sentido de: “ser
unido”.3
דיחי
yechîd (Gên.
22:2); דיחי - yechîd
(Gên. 22:12); דיחי
– yechîde
(Gên. 22:16).
Essas são as
passagens que servem de fundamento para que se entenda qualquer unidade ou
unicidade no Novo Testamento. Portanto, qualquer estudo sobre unidade ou
unicidade que não tiver essas passagens por fundamento não será bem
compreensível.
No que diz
respeito ao דחא (’echād) no
SHEMÁ (Deut. 6:4), a única interpretação possível para um judeu é: “um”
com o sentido de “unicidade”. Portanto, “um” em termos
numérico. Sem par. Sem igual. Contudo, podemos entender por trás da
unicidade, pelo menos duas orientações. primeira: não podemos ouvir
outros ensinamentos, senão aqueles que vêm de Yahweh. A segunda é: o
Pai é a última instância e, portanto, Ele é antes de todas as coisas (Prov.
8:22-36. Cf. Patriarcas e Profetas. p. 14 [34]). No início do grande
conflito, encontramos o Pai presidindo e tomando as grandes decisões, no que
diz respeito à rebelião e as insinuações de Lúcifer.
Ellen G. White
escreveu o seguinte:
“O grande Criador convocou as
hostes celestiais, para na presença de todos os anjos conferir honra especial
a Seu Filho. O Filho estava assentado no trono com o Pai, e a multidão
celestial de santos anjos reunida ao redor dEles. O Pai então fez saber que
por Sua própria decisão Cristo, Seu Filho, devia ser considerado igual a
Ele, assim que em qualquer lugar que estivesse presente Seu Filho,
isto valeria pela Sua própria presença. A palavra do Filho devia ser
obedecida tão prontamente como a palavra do Pai. Seu Filho foi
por Ele investido com autoridade para comandar as hostes celestiais.
...” – (História da Redenção.
3ª ed. CPB, 1981. p.
13.).
Em outro lugar
ela escreveu:
“Toda a hoste celestial foi convocada para comparecer
perante o Pai a fim de que cada caso ficasse decidido. Satanás ousadamente
fez saber sua insatisfação por ter sido Cristo preferido a ele. Permaneceu
orgulhoso e instando que devia ser igual a Deus e introduzido a conferenciar
com o Pai e entender Seus propósitos. Deus informou a Satanás que
apenas a Seu Filho Ele revelaria Seus propósitos secretos, e que requeria
de toda a família celestial, mesmo Satanás, que Lhe rendessem implícita e
inquestionável obediência; mas que ele (Satanás) tinha provado ser indigno de
ter um lugar no Céu. ...” – (Ibidem. p. 18.).
Em outro livro ela escreveu o seguinte:
“O Rei do universo convocou os exércitos celestiais perante
Ele, para, em sua presença, apresentar a verdadeira posição de Seu
Filho, e mostrar a relação que Este mantinha para com todos os seres criados.
O Filho de Deus partilhava do trono do Pai, e a glória do Ser eterno,
existente por Si mesmo, rodeava a ambos. Em redor do trono reuniam-se os
santos anjos, em uma multidão vasta, inumerável – ‘milhões de milhões, e
milhares de milhares’ (Apocalipse 5:11), estando os mais exaltados anjos, como
ministros e súditos, a regozijar-se na luz que, da presença da Divindade, caía
sobre eles. Perante os habitantes do Céu, reunidos, o Rei declarou
que ninguém a não ser Cristo, o Unigênito de Deus, poderia penetrar
inteiramente em Seus propósitos, e a Ele foi confiado executar os poderosos
conselhos da Sua vontade. O Filho de Deus executara a vontade do Pai na
criação de todos os exércitos do Céu; e a Ele, bem como a deus, eram
devidas as homenagens e fidelidade daqueles. Cristo ia ainda exercer o
poder divino na criação da Terra e de seus habitantes. Em tudo isto,
porém, não procuraria poder ou exaltação para Si mesmo, contrários ao plano de
Deus, mas exaltaria a glória do Pai, e executaria Seus propósitos de
beneficência e amor.” – (Patriarcas e Profetas. 12ª ed. CPB, 1991. pp.
16-17 [35-36 e 36-37].).
No livro “O Grande Conflito”, ela
escreveu:
“Antes da manifestação do mal, havia paz e alegria por todo
o Universo. O amor a Deus era supremo; imparcial, o amor de uns para com
outros. Cristo, o Verbo, o Unigênito de Deus, era um com o eterno Pai –
um na natureza, no caráter e no propósito – e o único Ser em todo o
Universo que poderia entrar nos conselhos e propósitos de Deus. Por
Cristo, o Pai efetuou a criação de todos os seres celestiais. ‘Nele foram
criadas todas as coisas que há nos céus ... sejam tronos, sejam dominações,
sejam principados, sejam potestades’ (Colossenses 1;16); e tanto para com
Cristo, como para com o Pai, todo o Céu mantinha lealdade.”
“Houve, porém, um ser que preferiu perverter esta liberdade.
O pecado originou-se com aquele que, abaixo de Cristo, fora o mais
honrado por Deus, e o mais elevado em poder e glória entre os
habitantes do Céu. Antes de sua queda, Lúcifer foi o primeiro dos
querubins cobridores santo e incontaminado. ...” – (33ª ed. CPB, 1987. p.
496.).
Contudo, para o דחא (’echād) no
SHEMÁ (Deut. 6:4), existe outra possibilidade de interpretação. “um”
no sentido de “unidade”. Companheirismo. E é em função de uma “unidade”
(companheirismo) que iremos apresentar, abaixo, algumas citações de
Ellen G. White.
“Cristo veio ao mundo para revelar o caráter do Pai, e para
redimir a raça caída. O Redentor do mundo era igual a Deus. Sua
autoridade era como a autoridade de Deus. Ele declarou que não tinha
existência separada do Pai. A autoridade pela qual Ele falava, e operava
milagres, era expressamente Sua própria, todavia Ele nos afirma que Ele e o
Pai são um. ...” - (Meditações Matinais – Para Conhecê-Lo. 1ª ed. Santo
André – SP, CPB, 1965. p. 38.).
Em outro livro ela escreveu:
“Deus é o Pai de Cristo; Cristo é o Filho de Deus.
A Cristo foi atribuída uma posição exaltada. Foi feito igual ao Pai.
Cristo participa de todos os desígnios de Deus.” - (Testemunhos Seletos.
Vol. III, 5ª ed. Santo André – SP, CPB, 1985. p. 266.).
Em outro lugar ela escreveu:
“E o
Filho de Deus declara a respeito de Si mesmo: ‘O
Senhor Me possuiu no princípio de Seus caminhos, e antes de suas obras mais
antigas. ... Provérbios
8:22-30.” - (Patriarcas e Profetas. 6ª ed. Santo André - São Paulo, CPB,
1984. p.14.).
Ellen G. White em “Patriarcas e
Profetas” escreveu o seguinte:
“O Soberano do universo não estava só em Sua obra de
beneficência. Tinha um companheiro – um cooperador que poderia
apreciar Seus propósitos, e participar de Sua alegria ao dar felicidade aos
seres criados. ‘No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e
o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus’. S. João 1:1 e 2.
Cristo, o Verbo, o Unigênito de Deus, era um com o eterno Pai – um em
natureza, caráter, propósito – o único ser que poderia penetrar em
todos os conselhos e propósitos de Deus. ...” – (12ª ed. CPB, 1991. pp.
13-14 [33-34 e 34].).
A Unidade no Novo Testamento
No verso clássico do Novo Testamento, onde o Messias diz “Eu
e o Pai somos um (‘έν
- hén)”. (João 10:30), hoje, muitos estudiosos da Bíblia ignoram o sentido e
o contexto em que foi usado pelo Messias. Conforme o verso 22, o fato
ocorreu quando “Celebrava-se em Jerusalém a Festa da Dedicação. Era
inverno”. E segundo os versos 23 e 24, “Jesus passeava no
templo, no Pórtico de Salomão. Rodearam-no, pois, os judeus e o
interpelaram: Até quando nos deixarás a mente em suspenso?
Se tu és o Cristo, dize-o francamente”. Segundo esses
versos os judeus queriam uma confirmação se Yehoshua era de fato o
Messias. “Respondeu-lhe Jesus: Já vo-lo disse, e não credes.
...”. (João 10:25 - ARA).
Quando o Filho do Homem fez a afirmação “Eu
e o Pai somos um (‘έν
- hén)”. (João 10:30). Os judeus entenderam muito bem o sentido da afirmação.
“Novamente, pegaram os judeus em pedras para lhe atirar”. (João 10:31)
Por que esses judeus pegaram pedras para atirar no Messias? Esta, também,
era uma pergunta que o Messias queria que aqueles judeus respondessem. “Disse-lhes
Jesus: tenho-vos mostrado muitas obras boas da parte do meu Pai; por
qual delas me apedrejais?
Então, “Responderam-lhe os judeus: Não
é por obra boa que te apedrejamos, e sim por causa da blasfêmia,
pois, sendo tu homem, te fazes Deus a ti mesmo”. (João 10:33 - ARA).
Portanto, quando o Messias disse “Eu e o Pai somos um
(‘έν - hén)”,
Ele estava declarando, mais uma vez, publicamente que era Filho de Deus.
Isto pode ser confirmado pelos versos seguintes: “Não está escrito na vossa
lei: Eu disse: sois deuses? Se ele chamou deuses àqueles a quem foi
dirigida a palavra de Deus, e a Escritura não pode falhar, então
daquele a quem o Pai santificou e enviou ao mundo, dizeis: Tu blasfemas;
porque declarei: sou Filho de Deus? ... Nesse ponto, procuravam,
outra vez, prendê-lo; mas ele se livrou das suas mãos.”. (João 10:34-36 e
39 - ARA).
Essa afirmação é semelhante a que fora
feita em outra ocasião: “... Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho
também. Por isso, pois, os judeus ainda mais procuravam matá-lo,
porque não somente violava o sábado, mas também dizia que Deus era seu
próprio Pai, fazendo-se igual a Deus”. (João 5:17-18 - ARA).
Essa unidade da qual o Messias fez a
solene afirmação, é tanto unidade de propósito quanto de natureza, como no
caso de um Pai e o seu Filho. “Eu e o Pai somos um”.
Em outro momento, após a Santa Ceia, na
oração sacerdotal o Messias declarou o seguinte:
“Já não estou no mundo, mas eles continuam
no mundo, ao passo que eu vou para junto de ti. Pai santo, guarda-os em
teu nome, que me deste, para que eles sejam um
- (‘έν - hén),
assim como nós”.
“A fim de que todos sejam um
- (‘έν - hén);
e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti,
também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste. Eu
lhes tenho transmitido a glória que me tens dado, para que sejam um
(‘έν - hén),
como nós o somos um (‘έν
- hén); eu neles e tu em mim,
a fim de que sejam aperfeiçoados na unidade
(‘έν - hén), para que o
mundo conheça que tu me enviaste, e os amaste como também amaste a mim”. (João
17:11, 22-23).
Contudo, o que foi afirmado nos versos
acima, é somente para aqueles que o recebem como Messias, o Filho do Eterno e
crêem no seu nome. “Veio para o que era seu, e os seus não o receberam.
Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos
de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome”. (João 1:11-12 - ARA).
Além do mais, o contexto das expressões “sejam um” “como nós somos”
do capítulo 17 de João, não estão voltadas para unidade de essência divina,
mas sim para unidade de propósito, de caráter.
Ellen White declarou o seguinte:
“As Escrituras indicam claramente a relação entre Deus e
Cristo, apresentando com igual clareza a personalidade e
individualidade de cada um”.
“A unidade que existe entre Cristo e seus discípulos,
não anula a personalidade de nenhum. São um em desígnio, mente, em caráter,
mas não em pessoa. É assim que Deus e Cristo são um”. (A
Ciência do Bom Viver. 4ª ed.
Tatuí – SP, CPB, 1990. pp. 421-422.).
O Filho é o Único Ser que é a Expressa Imagem do Pai
Sobre o Messias temos as seguintes
afirmações do Texto Sagrado:
“Sendo ele o resplendor da sua glória
e a expressa imagem do seu Ser, e sustentando todas as coisas pela
palavra do seu poder, havendo ele mesmo feito a purificação dos pecados,
assentou-se à direita da Majestade nas alturas”. (Heb. 1:3 - AVR).
“... para que lhes não resplandeça a luz
do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus”. (2Cor.
4:4 - ARA)
“Ele é a Imagem do Deus
invisível, o Primogênito de toda a criatura”. (Col. 1:15 - BJ).
“... O Pai não pode ser definido por coisas da Terra. O Pai
é toda a plenitude da Divindade corporalmente, e invisível aos olhos
mortais.
O Filho é toda a plenitude da Divindade
manifestada”. (Evangelismo. 2ª ed. Santo André – SP, CPB, 1978.
p. 614.).
O Filho é o Único Ser que Conhece e
que Revela perfeitamente o Pai
“Todas as coisas me foram entregues
por meu Pai; e ninguém conhece plenamente o Filho, senão o Pai;
e ninguém conhece plenamente o Pai, senão o Filho, e aquele a quem o
Filho o quiser revelar”. (Mat. 11:27 - AVR).
“Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o
Caminho, e a Verdade, e a Vida; ninguém chega ao Pai senão por
mim”. (João 14:6).
O verbo – ’έρχομαι
– é(e)rcho(o)mai - na Língua Grega, que nas várias versões na Língua
Portuguesa, em João 14:6, é comumente traduzido pelo verbo vir.
O verbo, em João 14:6, está no presente do indicativo -
’έρχεται – é(e)rche(e)tai.
Contudo, o verbo grego pode ser traduzido por outro verbo da Língua
Portuguesa. Por exemplo, o verbo: chegar. Conforme foi traduzido
acima.
No mesmo capítulo o Filho do Homem
declara o seguinte:
“Se vós me tivésseis conhecido,
conheceríeis também a meu Pai. Desde agora o conheceis e o tendes visto.
Replicou-lhe Felipe: Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta.
Disse-lhe Jesus: Filipe, há tanto tempo estou convosco, e não me tens
conhecido? Quem me vê a mim, vê o Pai; como dizes tu: mostra-nos
o Pai?”. (João 14:7-9 - ARA).
Alguns minutos ou horas depois, o
Messias voltou ao assunto do capítulo 14:6-11.
“Estas cousas vos tenho dito por meio
de figuras; vem a hora quando não vos falarei por meio de comparações,
mas vos falarei claramente a respeito do Pai. Naquele dia pedireis
em meu nome; e não vos digo que rogarei ao Pai por vós. Porque o próprio Pai
vos ama, visto que me tendes amado e tendes crido que eu vim da parte de Deus.
Vim do Pai e entrei no mundo; todavia deixo o mundo e
vou para o Pai. Disseram os seus discípulos: Agora é que falas
claramente e não empregas nenhuma figura. Agora vemos que sabes todas
as cousas, e não precisas de que alguém te pergunte; por isso cremos
que de fato vieste de Deus”. (João 16:25-30 - ARA).
Ellen White declarou o seguinte sobre
esse assunto:
“Não haviam ainda os discípulos compreendido as palavras de
Cristo atinente à Sua relação para com Deus. Muito do Seu ensino lhes era
ainda obscuro. Haviam feito muitas perguntas que revelavam a sua ignorância
acerca da relação de Deus para com eles e quanto aos seus interesses futuros.
Cristo queria que tivessem mais claro e mais preciso conhecimento de Deus.
‘Disse-vos isto por parábolas’, disse Ele, ‘chega, porém, a
hora em que vos não falarei mais por parábolas, mas abertamente vos falarei
acerca do Pai’. S. João 16:25.
‘Quando, no dia de Pentecostes, o Espírito Santo foi
derramado sobre os discípulos, compreenderam eles as verdades
proclamadas por Cristo em parábolas. Os ensinos que lhes haviam sido
mistérios foram esclarecidos. A compreensão que lhes adveio com o derramamento
do Espírito Fê-los envergonharem-se de suas teorias fantasiosas. Suas
suposições e interpretações eram loucura quando comparadas com o conhecimento
das coisas celestiais que então receberam. Foram guiados pelo Espírito; e
raiou luz no seu entendimento anteriormente obscurecido.
Os discípulos não haviam, porém, recebido o cumprimento
total da promessa de Cristo. Receberam todo o
conhecimento de Deus que poderiam suportar, mas o cumprimento da
promessa de que Cristo lhes mostraria claramente o Pai, ainda estava por vir.
Assim acontece hoje. Nosso conhecimento de Deus é parcial e
imperfeito. Quando o conflito houver terminado, e Jesus Cristo Homem
confessar perante o Pai Seus leais obreiros que, num mundo de pecado, lhe
serviram de testemunhas fiéis, compreenderão eles o que agora lhes são
mistérios.
Cristo levou consigo para as cortes celestes a Sua humanidade
glorificada. A quantos O recebem, concede Ele a faculdade de tornarem-se
filhos de Deus, para que no final Deus os receba como Seus para com Ele
viverem através de toda a eternidade. Se, durante esta vida, forem fiéis a
Deus, no final ‘verão o Seu rosto, e nas suas testas estará o Seu nome’.
Apoc. 22:4.
E qual é a felicidade do Céu senão a de ver a Deus? Que maior júbilo
poderá ter o pecador salvo pela graça de Cristo, do que contemplar a face de
Deus, e tê-Lo por Pai?”
“Deus é o Pai de Cristo; Cristo é o Filho de Deus. A Cristo
foi atribuída uma posição exaltada. Foi feito igual ao Pai. Cristo participa
de todos os desígnios de Deus”. (Testemunhos Seletos Vol. III. 5ª
ed. Santo André – SP, CPB, 1985. pp. 265-266.).
A Unidade do
Filho do Homem
“Então
Jesus, depois de ter tomado o vinagre,
disse: está consumado.
E, inclinando a cabeça,
entregou o espírito”.
“Mas
vindo a Jesus, e vendo que já estava
morto, não lhe quebraram as pernas;
contudo um dos soldados lhe furou o lado
com uma lança, e logo saiu sangue e água.
(João 19:30, 33-34 - AVR).
“Este é Aquele que veio
por água e sangue,
isto é, Jesus Cristo; não
só pela água, mas pela água e pelo sangue”.
(1João 5:6 -
AVR).
“E
o Espírito é o que dá testemunho,
porque o Espírito é a Verdade”.
(1João 5:7 - AVR).
“Respondeu-lhe Jesus:
Eu sou o Caminho,
e a Verdade,
e a Vida; ...”. (João 14:6 - AVR).
“Pois assim está escrito:
O primeiro homem, Adão, foi feito alma vivente.
O último Adão é Espírito vivificante”.
(1Cor. 15:45).
“Porque a letra mata,
mas o espírito vivifica.”
(2 Cor. 3:6 - AVR).
“O
espírito é o que vivifica, a carne para
nada aproveita; as palavras que eu vos tenho dito são espírito e
são vida.” (João 6:63
- AVR).
“Contudo,
convertendo-se um deles ao Senhor,
é-lhe tirado o véu. Ora, o Senhor é o Espírito;
e onde está o Espírito do Senhor aí há liberdade”. (2Cor. 3:16-17 -
AVR).
“Todavia para nós há um só
Deus, o Pai,
de quem são todas as coisas e para quem nós vivemos; e um só
Senhor, Jesus Cristo,
pelo qual existem todas as coisas, e por ele nós também”. (1Cor. 8:6 -
AVR).
“Ora, Deus não somente
ressuscitou ao Senhor,
mas também nos ressuscitará a nós pelo seu poder. Não sabeis vós que
os vossos corpos são membros de Cristo? Tomarei pois os membros de
Cristo, e os farei membros de uma meretriz? De modo nenhum. Ou não
sabeis que o que se une à meretriz, faz-se um corpo com ela? Porque,
como foi dito, os dois serão uma só carne.”
(1Cor. 6:14-16 - AVR) “Mas, o que se une ao Senhor é um espírito”.
(1Cor. 6:17 – Tradução Literal).
“E, sem dúvida alguma,
grande é o mistério da piedade: Aquele que se manifestou em carne,
foi justificado em Espírito,
visto dos anjos, pregado entre os gentios, crido no mundo, e recebido acima
na glória”. (1Tim. 3:16 - AVR).
“Porque também Cristo
morreu uma só vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos
a Deus; sendo, na verdade, morto na carne,
mas vivificado Espírito.”
- (1Pedro 3:18 – Tradução Literal – última parte).
“Porque três são os que
dão testemunho: O Espírito,
e a água, e o sangue;
e estes três concordam”. (1João
5:8).
Ellen White fez a seguinte
declaração sobre o ensino do Messias:
“‘Assim como o Pai, que vive,
Me enviou’, diz Ele, ‘e Eu vivo pelo Pai, assim, quem de Mim se alimenta,
também viverá por Mim.’ ‘O Espírito é o que
vivifica, a carne para nada aproveita;
as palavras que Eu vos disse são espírito e vida.’
S. João 6:57 e 63. Não Se refere Cristo aqui a Sua doutrina, mas
a Sua pessoa, à divindade de Seu caráter.
...” – (Mensagens Escolhidas. Vol. 1. 2ª ed. CPB, 1985. p. 249.).
“Se recebemos o testemunho
dos homens, o
testemunho de Deus é este, que de Seu Filho testificou - Quem crê no
Filho de Deus, em si mesmo tem o
testemunho; quem a Deus não crê, mentiroso o fez;
porquanto não creu no testemunho que Deus de Seu Filho deu”. (1João
5:9-10 - AVR).
De acordo com esses versos
acima, o que se pode afirmar é que o Filho do Homem quando viveu e habitou
entre os seres humanos, Ele, tornou-Se uma
unidade, um Ser Divino-Humano.
O que é comprovado pela Sua morte, quando saiu “água e sangue”
do Seu corpo. Bem como pelo fato de Ele Ser Espírito
e ter tornado-Se,
também, Homem para habitar entre seres pecadores.
Quanto a testemunhar sobre Ele, foi declarado:
“Eu,
porém, não recebo testemunho de homem;
mas digo isto para que sejais
salvos.
Ele era a lâmpada que ardia e alumiava; e
vós quisestes alegrar-vos por um pouco de tempo com a sua luz.
Mas o testemunho que eu tenho é maior do que o de João;
porque as obras que o Pai me deu para realizar, as mesmas obras que
faço dão testemunho de mim que o Pai me enviou. E o Pai que me
enviou, ele mesmo tem dado testemunho de mim.
Vós nunca ouvistes a sua voz, nem vistes a sua forma”.
(João 5:34-37 -
AVR).
“Vós Julgais Segundo A Carne; Eu
A Ninguém Julgo. E, Mesmo Que Eu Julgue, O Meu Juízo É Verdadeiro;
Porque Não Sou Eu Só, Mas Eu E O Pai Que Me Enviou. Ora, Na
Vossa Lei Está Escrito Que O Testemunho De Dois Homens É Verdadeiro”.
(João 8:15-17 - AVR).
O famoso texto de 1João 5:7-8: “[no
céu: o Pai, a palavra e o Espírito Santo; e estes três são um. E três são os
que testificam na terra].” (ARA), não consta no Texto Grego. Foi um
acréscimo. Isso pode ser comprovado consultando as Versões modernas. Elas (A
Bíblia de Jerusalém - BJ, a Nova Versão Internacional NVI e a Almeida Versão
Revisada - AVR) já não trazem esse texto.
“Porque três são os que testemunham:x
o Espírito, a água e o sangue, e os três tendem ao mesmo
fim”. (1João 5:7-8 – BJ).
A nota de rodapé diz o seguinte:
“O texto dos vv. 7-8 está acrescido
na Vulg. de um inciso (aqui abaixo entre parênteses) ausente dos
antigos mss gregos, das antigas versões e dos melhores manuscritos da Vulg.,
o qual parece ser uma glosa marginal introduzida posteriormente no texto:
‘Porque há três que testemunham (no céu: o Pai, o Verbo e o Espírito Santo, e
esses três são um só; e há três que testemunham na terra): O Espírito, a água
e o sangue, e esses três são um só’.” – (A Bíblia de Jerusalém. 1ª ed.
Sociedade Bíblica Católica Internacional e Paulus. 1973. (7ª impressão 1995).
pp. 2291-2292.).
“Há três que dão testemunham:
o s
Espírito, a água e o sangue; e os três são unânimes”.
(1João 5:7-8 - NVI).
“s 5.7,8 Alguns manuscritos da Vulgata dizem: testemunho no
céu: o Pai, a Palavra e o Espírito Santo, e estes três são um.
8E há três que
testificam na terra: o Espírito, (isto não é
encontrado em nenhum manuscrito grego anterior ao século doze).” – (O Novo
Testamento - Nova Versão Internacional. 1ª ed. Sociedade Bíblica
Internacional. 1994 (impressão). p. 314.).
“Porque três são os que dão testemunho:
o Espírito, a água e o sangue;
e estes três concordam”. (1João 5:8 - AVR).
A Revista Adventista
– Março/99 – “O convite de Jesus”, na página 34, no tópico,
Consultoria Doutrinária, assim escreveu:
“No caso mencionado, sabemos muito
bem o que aconteceu. A parte entre colchetes aparece pela primeira vez
em manuscritos da versão latina somente depois do ano 600 d. C. Não é
encontrada nos manuscritos gregos senão depois do ano 1400 d. C. Assim
sendo, de acordo com os entendidos, ela é encontrada em quatro manuscritos
gregos como uma tradução do latim inserida no texto grego. Este
acréscimo não é encontrado em nenhuma das outras versões antigas.
Como é que se tornou parte do texto
grego? Eis aqui o ‘restante da história’.
Quando Erasmo publicou sua versão do Novo Testamento Grego,
ele deixou fora das suas primeiras duas edições
(1516 e 1519) os acréscimos feitos a I João 5:7, argumentando que
não pôde encontrar aquelas palavras em nenhum manuscrito grego.
Pressionado por alguns a incluir esse acréscimo no texto grego, Erasmo propôs
que, se pudessem mostrar-lhe um único manuscrito grego onde aquelas palavras
fossem encontradas, ele as incluiria em sua edição seguinte.
Seguramente, foi-lhe trazido um manuscrito grego no qual
aquele acréscimo fora encontrado, manuscrito esse que os estudiosos criam ser
datado do século XVI d. C., traduzido do latim para o grego.
Erasmo posteriormente incluiu-o em sua edição do Novo Testamento Grego de
1522.
A Trindade é uma doutrina bíblica e você deve pregar a
respeito dela. Não deve, porém, usar esse texto.”
Em função do que foi escrito, mas
principalmente, deste último parágrafo: “A Trindade é uma doutrina bíblica
e você deve pregar a respeito dela. Não deve, porém, usar esse texto”.
Se não deve ser empregado em um estudo é porque é falso.
O autor do artigo é o pastor e professor
Angel Manuel Rodríguez. Ele é diretor associado do Instituto de Pesquisas
Bíblicas da Associação geral.
Ellen G. White escreveu o seguinte:
“Vi que Deus havia de uma maneira
especial guardado a Bíblia, ainda quando da mesma existiam poucos exemplares;
e homens doutos nalguns casos mudaram as palavras, achando que a
estavam tornando mais compreensível, quando na realidade estavam
mistificando aquilo que era claro, fazendo-a apoiar suas estabelecidas
opiniões, que eram determinadas pela tradição. Vi, porém, que a Palavra
de Deus, como um todo, é uma cadeia perfeita, prendendo-se uma parte à outra,
e explicando-se mutuamente. Os verdadeiros inquiridores da verdade não devem
errar; pois não somente é a Palavra de Deus clara e simples ao explanar o
caminho da vida, mas o Espírito Santo é dado como guia na compreensão do
caminho da vida ali revelado.” – (Primeiros Escritos.
5ª ed. CPB, 1995. pp. 220-221.).
Em outro lugar ele escreveu:
“Grande luz foi concedida aos reformadores; muitos
deles, porém, aceitaram os sofismas do erro pela má interpretação das
Escrituras. Estes erros foram transmitidos através dos séculos,
mas embora sejam muito antigos, não têm a apoiá-los um ‘Assim diz o Senhor’.
Pois o Senhor declarou: ‘Não alterarei o que saiu dos Meus lábios.’ Em Sua
grande misericórdia, o Senhor permitiu que nestes últimos dias brilhasse ainda
maior luz. Enviou-nos Sua mensagem, revelando Sua lei e mostrando-nos o que é
verdade.” – (Fundamentos da Educação Cristã. 2ª ed. CPB, 1996. pp.
450.).
Apresentarei mais duas citações.
“... Outro exemplo, talvez o mais
conhecido de todos, é a chamada Coma Joanina, também conhecida como ‘as
três testemunhas celestiais’, que muito provavelmente foi incorporada
ao texto de 1 João 5.7 e 8 a partir de um comentário anotado à margem de algum
ms.”
“Dentre as críticas levantadas
contra Erasmo, uma das mais sérias veio da parte de Lopes de Stunica,
um dos editores da Poliglota Complutense, que o acusou de não incluir no texto
de 1 João 5.7 e 8 a Coma Joanina. Erasmo replicou que não havia
encontrado nenhum ms. grego que a contivesse, e descuidadamente
prometeu que a incluiria em suas próximas edições se apenas um único ms. grego
que trouxesse a passagem no texto lhe fosse apresentado. O ms. foi-lhe
trazido, e Erasmo cumpriu sua promessa na terceira edição, de 1522, mas
em longa nota marginal revela suas suspeitas de que o ms. havia sido preparado
unicamente para confundi-lo. Segundo Metzger, esse ms. parece ter sido
falsamente preparado em Oxford, cerca do ano 1520, por um frade
franciscano chamado Froy, que tomara o texto da Vulgata Latina.” – (PAROSCHI,
Wilson. Crítica Textual do NOVO TESTAMENTO. 1ª ed. São Paulo – SP,
Sociedade Religiosa Edições Vida Nova. pp. 100 e 110-111).
O pastor e professor Wilson Paroschi,
quando escreveu esse livro, era, além de outras matérias, professor de Grego e
de Hermenêutica no Seminário Latino Americano de Teologia – SALT, no Instituto
Adventista de Ensino – Campus Central (Engenheiro Coelho - SP).
Analisando criticamente as contradições do
que foi afirmado pelo texto apócrifo: “testemunham (no céu: o
Pai, o Verbo e o Espírito Santo, e esses três são um só; e há três que
testemunham na terra)”. Conforme o próprio texto afirma, “o Pai, o Verbo e o
Espírito Santo” não estão dando testemunho na Terra. As perguntas a
serem respondidas são: Qual é o objetivo do Espírito Santo está dando
testemunho no Céu? Para quem? Se até os anjos do Céu são enviados a Terra para
testemunharem do Pai e do Filho.
O texto apócrifo, ainda
afirma: “e há três que testemunham na terra”.
Neste caso,
“o Pai e o Espírito Santo”
não estão dando testemunho na Terra.
Porque a palavra
“Espírito”
em 1João 5:6 e 8 (BJ e NVI) ou 5:7 e 8 (AVR),
é uma referência ao Pai, ou a
Divindade do Filho ou a própria Escritura Sagrada.
Sobre o que estamos dizendo,
foi o próprio Messias quem afirmou: “Mas a hora vem, e agora é, em que os
verdadeiros adoradores adorarão o Pai em
espírito e em verdade; porque o Pai
procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito,
e é necessário que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade”.(João
5:23-24 – AVR). “O espírito é
o que vivifica, a carne para nada
aproveita; as palavras que eu vos tenho dito são espírito e são
vida.” (João 6:63 - AVR).
“Eu
sou o Caminho, e a Verdade,
e a Vida ...” (João 14:6 - AVR).
O apóstolo Paulo, também, escreveu: “Por
isso daqui por diante a ninguém conhecemos segundo a carne; e, ainda
que tenhamos conhecido Cristo segundo a carne, contudo agora já não o
conhecemos desse modo”. (2Cor. 5:16 – AVR).
Portanto, de acordo com esses versos e,
principalmente, baseado nesse último, caso eu não conheça o Messias segundo a
carne, só resta conhecê-Lo como Espírito. Este é o principal motivo da grande
confusão existente na hora de se interpretar a palavra espírito ou Espírito na
Escritura Sagrada, mas, principalmente, nos escritos do apóstolo Paulo. Por
isso ele escreveu que: “a outro o dom de discernir espíritos”. (1Cor.
12:10 – AVR).
O apóstolo João, também, escreveu:
“Amados, não creiais a todo espírito,
mas provai se os espíritos vêm de Deus; porque muitos falsos
profetas têm saído pelo mundo. Nisto conheceis o Espírito de Deus:
todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus;
e todo espírito que não confessa a Jesus não é de Deus; mas é o
espírito do anticristo, a respeito do qual tendes ouvido que havia de vir;
e agora já está no mundo”. (1João 4:1-3 – AVR).
Sobre o reinado do Messias, assim está
escrito:
“E, então, virá o fim, quando ele
entregar o reino ao Deus e Pai, quando houver destruído todo
principado, bem como toda potestade e poder. Porque convém que ele
reine até que haja posto todos os inimigos debaixo dos seus pés. O
último inimigo a ser destruído é a morte. Porque todas as cousas
sujeitou debaixo dos seus pés. E, quando diz que todas as cousas lhe
estão sujeitas, certamente exclui Aquele que tudo lhe subordinou.
Quando, porém, todas as cousas lhe estiverem sujeitas, então o
próprio Filho também se sujeitará Àquele que todas as cousas lhe sujeitou,
para que Deus seja tudo em todos”. (1Coríntios 15:24-28 - ARA).
Sobre “a
unidade do Filho do Homem”,
podemos concluir que o texto de 1João 5:6-8, “O
Espírito, e a água, e o sangue”
está referindo-se a uma mesma Pessoa – ao Filho, em Sua unidade Divino-Humana.
E quanto a expressão “E o Espírito é o que dá
testemunho, porque o Espírito é a verdade”.
(1João 5:7 - AVR). Como já dissemos, trata-se ou do Pai. “E o Pai que me
enviou, ele mesmo tem dado testemunho de mim”.
(João 5:37 – AVR). “Vós julgais segundo a carne; eu a ninguém
julgo. E, mesmo que eu julgue, o meu juízo é verdadeiro;
porque não sou eu só, mas eu e o Pai que me enviou.
Ora, na vossa lei está escrito que o testemunho de dois homens é
verdadeiro. Sou eu que dou testemunho de mim
mesmo, e o Pai que me enviou, também dá testemunho de mim”.
(João 8:15-18 – AVR).
Em outro lugar foi dito: “Examinais as
Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna; e são elas
que dão testemunho de mim”. (João 5:39 – AVR). “O espírito é o que
vivifica, a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos
tenho dito são espírito e são vida”. (João 6:63 – AVR).
Sobre isso Ellen G. White escreveu:
“Foi a natureza humana do Filho de Maria transformada na
natureza divina do Filho de Deus? Não; as duas naturezas
fundiram-se misteriosamente numa só pessoa – o homem Cristo Jesus. Nele
habitava corporalmente toda a plenitude da Divindade. Quando Cristo foi
crucificado, foi Sua natureza humana quem morreu. A Divindade não
sucumbiu e morreu; isso teria sido impossível. Cristo, Aquele que é sem
pecado, salvará todo filho e de toda filha de Adão que aceita a salvação que
lhes é oferecida, consentindo em tornarem-se filhos de deus. O Salvador
adquiriu a raça decaída com o Seu próprio sangue.” – (Meditações Matinais.
Exaltai-O! 1ª ed. CPB, 1992. p. 77.).
Em outro livro, ela escreveu:
“A humanidade do Filho de Deus é tudo para nós. É a
corrente de ouro que liga nossa alma a Cristo, e por meio de Cristo a Deus.
Isto deve constituir nosso estudo. Cristo foi um homem real;
deu prova de Sua humildade, tornando-Se homem. Entretanto, era
Ele Deus na carne. Quando abordamos este assunto, bem faremos em levar
a sério as palavras dirigidas por Cristo a Moisés, junto à sarça ardente:
‘Tira as sandálias dos pés, porque o lugar em que estás é terra santa.’
Êxo. 3:5. Devemos aproximar-nos deste estudo com a humildade de um
discípulo, de coração contrito. E o estudo da encarnação de Cristo é
campo frutífero, que recompensará o pesquisador que cave fundo em busca de
verdades ocultas.” – (Mensagens Escolhidas. Vol. 1. 2ª ed. CPB,
1985. p. 244.).
“Há luz e glória na verdade de que
Cristo era um com o Pai antes de terem sido lançados os fundamentos do mundo.
Está é a luz que brilhava em lugar escuro, fazendo-o resplandecer com a
divina glória original. Esta verdade, infinitamente misteriosa em si,
explica outros mistérios e verdades de outro modo inexplicáveis, ao
mesmo tempo que se reverte de luz inacessível e incompreensível.” – (Ibidem.
248.).
Conclusão
Mas o que significa uma pessoa ser uma
com outra? Essa pergunta implica em uma associação,
em uma unidade, uma união e mesmo em um laço mais íntimo, como no caso do –
Pai e Filho. “Todas as coisas me foram entregues por meu Pai; e
ninguém conhece plenamente o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece
plenamente o Pai, senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser
revelar”. (Mat. 11:27 - AVR). “Porque Deus no-las revelou pelo seu
Espírito; pois o Espírito esquadrinha todas as coisas, mesmos as
profundezas de Deus”. (1Cor. 2:10 – AVR).
Quais são os significados dessa afirmação
do Messias? “Eu e o Pai somos um”. Nesta afirmação, o Messias amplia o
significado do SHEMÁ (Deut. 6:4). Porque Ele sabe que o Pai é superior a Ele.
“Disse-lhe Jesus: Deixa de me tocar, porque ainda não subi ao
Pai; mas vai a meus irmãos e dize-lhes que eu subo para meu Pai
e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus”. (João 20:17 - AVR). “Tende em vós
aquele sentimento que houve também em Cristo Jesus, o qual, subsistindo
em forma de Deus, não considerou o ser igual a Deus coisa a que
se devia aferrar”. (Fil. 2:5-6 – AVR).
“Tende em vós aquele sentimento que houve
também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus, não
julgou como usurpação o ser igual a Deus”. (Fil. 2:5-6 – AVR).
Em outro lugar diz: “Revelação de Jesus
Cristo, que Deus lhe deu para mostrar aos seus servos as coisas que
brevemente devem acontecer; e, enviando-as pelo seu anjo, as notificou a
seu servo João”. (Apoc. 1:1 – AVR).
Contudo, ao Filho foi concedido todo o
poder no Céu e na Terra. “E, aproximando-se Jesus, falou-lhes, dizendo:
Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra”. (Mat. 28:18 – AVR).
“Deus é o Pai de Cristo; Cristo é o Filho de
Deus. A Cristo foi atribuída uma posição exaltada. Foi
feito igual ao Pai. Cristo participa de todos os desígnios de Deus”. (Testemunhos
Seletos Vol. III. 5ª ed. Santo André – SP, CPB, 1985. p. 266.).
E qual a implicação para a nossa
vida? Não podemos acrescentar nada ao que foi escrito. O Messias foi enfático.
“Eu e o Pai somos um”. (João 10:30 – AVR). Ele não disse: Eu e Deus
somos um. Nem, tão pouco, Eu e o Pai e o Espírito Santo somos um.
Portanto, vamos ficar com um ASSIM
DIZ YAHWEH. Ou seja, “Está escrito”. (Mat. 4:4 e Luc. 4:4). “Estas
coisas, irmãos, apliquei-as figuradamente a mim mesmo e a Apolo, por vossa
causa, para que por nosso exemplo aprendais isto: não ultrapasseis o
que está escrito; a fim de que ninguém se ensoberbeça a favor de um em
detrimento de outro”. (1Cor. 4:6 – ARA).
“Sim, o que vimos e ouvimos,
isso vos anunciamos, para que vós também tenhais comunhão conosco; e a
nossa comunhão é com o Pai, e com seu Filho Jesus Cristo”. (1João 1:3 –
AVR).
“Quem é o mentiroso, senão
aquele que nega que Jesus é o Cristo? Esse mesmo é o anticristo,
esse que nega o Pai e o Filho. Qualquer que nega o Filho, também não
tem o Pai; aquele que confessa o Filho, tem também o Pai”. (1João
2:22-23 - AVR).
“Graça, misericórdia, paz, da
parte de Deus Pai e da parte de Jesus Cristo, o Filho do Pai, serão
conosco em verdade e amor”. (2João 3 – AVR).
“Porque já muitos enganadores saíram
pelo mundo, os quais não confessam que Jesus Cristo veio em carne.
Tal é o enganador e o anticristo. Olhai por vós mesmos, para que não
percais o fruto do nosso trabalho, antes recebeis plena recompensa.
Todo aquele que vai além do ensino de Cristo e não permanece nele, não tem a
Deus; quem permanece neste ensino, esse tem tanto ao Pai como ao
Filho. Se alguém vem ter convosco, e não traz este ensino, não o
recebais em casa, nem tampouco o saudeis”. (2João 7-10 - AVR).
“Portanto vos quero fazer compreender
que ninguém, falando pelo Espírito de Deus, diz: Jesus é
anátema! e ninguém pode dizer: Jesus é o Senhor! senão pelo
Espírito Santo”. (1Cor. 12:3 – AVR).
“Quem é o que vence o mundo,
senão aquele que crê que Jesus é o Filho de Deus?”. (1João 5:5 – AVR).
O Messias é Filho, e não apenas se passa
por Filho. -- josielteli@hotmail.com
Referências
1HARRIS,
Laird R., ARCHER Jr., Gleason L., e WALTKE, Bruce K. – Tradução:
REDONDO, Márcio Loureiro, SAYÃO, Luiz A. T. e PINTO,
Carlos Osvaldo C.. Dicionário Internacional de Teologia do ANTIGO
TESTAMENTO. 1ª ed. São Paulo – SP, Edições Vida Nova, 1998. pp. 47-49.
2Ibidem.
pp. 608-609.
3Ibidem.
p. 47.
4SANITH,
Norman Henry – Hebrew Old testament. The British and Foreing Bible Society.
Printed in England by Clays Ltd, St Ives plc. 1995.
5Editores.
FRIBERG, Bárbara e Timothy. O Novo testamento Grego Analítico.
1ª ed. São Paulo – SP, Sociedade Religiosa Edições Vida Nova, 1987.
6Editores.
ALAND, Bárbara e Kurt ... METZGER,
Bruce M. THE GREEK NEW TESTAMENT. Con
Introducción en Castellano e DICCIONÁRIO.
Printed in Germany by
Biblia-Druck, D-Stuttgart, (Deustsche Bibelgesellschaft, D-Stuttgart). 1994.
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