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 Clipping: Como a Imprensa Secular Vê o Cristianismo 
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de Jesus formam um terço da população mundial 
  
Cristo Redentor já foi palco de salto de pára-quedas 
 
  
O cristianismo é praticado atualmente por pelo menos um 
terço da população mundial, o que faz da religião a maior do mundo em número de fiéis. 
 
A religião surgida na Palestina, no primeiro século depois de Cristo, tem mais de dois 
bilhões de seguidores.  
 
Os alicerces do cristianismo são baseados nos ensinamentos de Jesus Cristo (4a.C-29d.C). 
No entanto, dois mil anos depois de seu nascimento, o mundo experimenta várias formas de 
cristianismo divididas em diferentes denominações.  
 
A maior divisão existe entre ortodoxos, também conhecidos como cristãos do Oriente, e os 
cristãos do Ocidente, que por sua vez também se subdividiram entre cristãos católicos e 
protestantes.  
 
Cristianismo e Missões 
 
O cristianismo é desde seu nascimento uma religião com caráter fortemente missionário: 
procura converter pessoas à mensagem de salvação de Jesus Cristo.  
 
Jesus mesmo, segundo a Bíblia, iniciou seu ministério de pregador itinerante aos 30 anos 
anunciando o reino de Deus e o arrependimento dos pecados.  
 
Apesar das divisões, na maioria das vezes de caráter doutrinário, muitos cristãos 
acreditam que deve haver respeito pelo que há de bom e verdadeiro em outras culturas e 
religiões. 
 
O cristianismo é uma religião monoteísta, isto é, defende a existência de um só Deus, que 
criou o mundo e tudo o que nele há e continua sendo uma força ativa no universo.  
 
  
  
    
      
    O Cristo de Velázquez | 
   
 
 
Os seres humanos também foram criados por Deus, mas têm o livre-arbítrio e são 
responsáveis pelas suas próprias vidas.  
 
Ou seja, enquanto ser humano e criatura de Deus, o indivíduo tem o direito de escolher, 
inclusive se quer acreditar em Deus ou não. 
 
Mas a Bíblia também diz que, seja qual for a escolha que o ser humano faça, ele terá que 
um dia aparecer diante Deus para prestar contas de seus atos. De acordo com essa crença, 
Deus vai julgar todas as ações dos seres humanos. 
 
A santíssima trindade 
 
De acordo com o cristianismo, Deus se revela em três pessoas: pai, filho (Jesus Cristo) e 
Espírito Santo. Essas três pessoas fazem parte de uma unidade, conhecida como a trindade.
 
 
Esse é talvez um dos dogmas mais discutidos por teólogos e intelectuais.  
 
Muitos aceitam a divindade de Deus, mas não entendem que ele possa ter um filho, como no 
caso dos muçulmanos e dos judeus.  
 
Alguns estudiosos, no entanto, usam a metáfora da água para explicar que uma caraterística 
de Deus não exclui a outra. 
 
Ou seja ele é pai, é filho e espírito sem deixar de ser Deus. No caso da água, os estados 
sólido, líquido e gasoso têm funções diferentes, mas não deixam de ser água em sua 
essência. 
 
Segundo o cristianismo, Deus é perfeito, está em todos os lugares, sabe de tudo, criou o 
universo e o mantém funcionando. 
 
Deus intervém no mundo, e ama todos incondicionalmente. O ser humano pode se aproximar de 
Deus através de oração, adoração, louvor, amor e experiências espirituais. 
 
Dogmas 
 
Entre os dogmas do cristianismo relativos a Deus, estão os seguintes: 
 
- Deus viveu na Terra como Jesus Cristo 
- Jesus foi humano e divino quando esteve na Terra 
- Ele nasceu de uma mulher, Maria, que concebeu do Espírito Santo 
- Jesus enquanto humano experimentou dor e outros sofrimentos do ser humano, foi executado 
na cruz, mas ressuscitou 
- A vida de Jesus é um exemplo perfeito da maneira como Deus quer que o ser humano seja 
- Cristo morreu na cruz para que todo aquele que nele crê possa ser salvo 
 
  
  
    
      
    Virgem de Guadalupe, uma das formas de Maria | 
   
 
 
Judeu 
 
Jesus viveu na Palestina, Oriente Médio, até 33 anos de idade. Ele nasceu por volta de 
quatro anos antes da Era Cristã, provavelmente em Nazaré, embora a Bíblia cite Belém como 
seu lugar de nascimento. 
 
Jesus nasceu e viveu como judeu, mas alguns historiadores discutem a linhagem da tribo à 
qual ele pertencia. 
 
Na época do nascimento de Cristo, os judeus estavam à espera do Messias, o redentor do 
povo. Muitos acreditaram que Jesus fosse o filho de Deus e começaram a segui-lo, 
acompanhando seus sinais e milagres, mas a maioria dos judeus não aceitava que o Messias 
tivesse nascido pobre em uma manjedoura. 
 
Jesus passou três anos de sua vida, dos 30 aos 33, cumprindo seu ministério. Foi nesta 
época que ensinou às multidões, curou e realizou outros milagres, segundo o que diz a 
crença. 
 
Jesus costumava falar em parábolas, histórias que faziam parte do universo de seus 
ouvintes e eram, na maioria das vezes, entendidas por eles de maneira fácil. 
 
Ao longo de seu ministério, Jesus recrutou 12 discípulos que o seguiam e o ajudavam. Um 
deles, Judas Iscariotes, traiu Jesus num episódio que culminou com a crucificação.  
 
Jesus Cristo falava com autoridadade e em nome de Deus, e isso acabou irritando as 
autoridades na Palestina, que o entregaram ao império romano e o acusaram der ser um 
“revolucionário”. Isso acabou levando Jesus a ser crucificado depois de ser acusado de 
heresia. 
 
O cristianismo diz que Jesus veio ao mundo em forma humana para passar por toda e qualquer 
situação a qual o ser humano está exposto estabelecendo assim uma empatia com seus 
seguidores. 
 
Os cristãos acreditam que Jesus é o Messias prometido no Velho Testamento ao povo judeu. 
Os líderes espirituais dos cristãos são chamados de padre, pastor, ministros. 
 
Jesus passou parte de sua vida como mestre itinerante na área conhecida como Galiléia. Foi 
executado aos 33 anos com morte na cruz, uma pena degradante reservada a criminosos na 
época. 
 
Após a ressurreição, Jesus permaneceu na Terra por alguns dias antes de ascender ao céu. 
Ele prometeu permanecer com seus seguidores até o fim do mundo e enviou o Espírito Santo 
para ajudá-los, orientá-los, confortá-los e encorajar cristãos em todo o mundo. 
Fonte:
http://www0.bbc.co.uk/portuguese/noticias/030407_religioescristianismo.shtml 
 
 Igreja 
cristã passou por várias divisões através da história 
  
Procissão em Belém, cidade natal de Jesus Cristo 
 
  
Os relatos bíblicos sobre a vida de Jesus Cristo foram 
fortemente influenciados pelas correntes teológicas da igreja cristã primitiva. 
 
Não existe na Bíblia histórias sobre a vida de Cristo entre 12 e 30 anos. De acordo com os 
relatos bíblicos, a mãe de Jesus – Maria - era virgem quando engravidou.  
 
E sua concepção teria sido uma intervenção do Espírito Santo que encontrou nela uma jovem 
pura e digna de trazer o salvador ao mundo. 
 
Para os cristãos, Jesus é o filho de Deus que veio à Terra em forma de homem para 
restaurar o relacionamento do ser humano com Deus.  
 
Ressurreição 
 
Segundo a Bíblia, Cristo morreu após ser crucificado, mas ressuscitou ao terceiro dia em 
Jerusalém. 
 
Os cristãos acreditam que, durante sua vida, ele mostrou ao mundo como se reconciliar com 
Deus.  
 
Acredita-se ainda que se deve viver de acordo com o exemplo de Jesus Cristo: amar Deus, 
amar o próximo como a si mesmo e repartir a mensagem de Cristo com os outros. 
 
No cristianismo, acredita-se que ao morrer na cruz, Jesus trouxe o perdão de Deus a todo o 
que nele crê e ainda construiu uma ponte entre Deus e o ser humano.  
 
Essa ponte havia sido rompida com o advento do pecado de Adão e Eva, no início do mundo, 
que separou o ser humano de Deus. 
 
Salvação 
 
O cristão bíblico acredita em somente uma vida aqui na terra e outra que se chama vida 
eterna, após a morte.  
 
Caso tenha vivido de acordo com a vontade de Deus, o ser humano recebe a morada eterna no 
céu como recompensa, mas existe também a possibilidade de condenação a uma vida eterna no 
inferno em caso de desobediência à vontade de Deus.  
 
  
  
    
      
    Tumba de São Pedro no Vaticano | 
   
 
 
Cristãos evangélicos acreditam que a escolha entre o céu ou o inferno é feita ainda em 
vida: quem aceita Jesus como Salvador vai para o céu, quem o rejeita não.  
 
A figura de purgatório é inexistente para evangélicos, mas persiste em variadas correntes 
da igreja católica apostólica romana.  
 
Algumas correntes teológicas discutem sobre a existência de céu e inferno. Há diferenças 
também sobre o destino da alma.  
 
Para alguns, praticar boas obras basta; para outros, só Jesus salva numa salvação gratuita 
que vem de Deus, “não vem de obras para que ninguém se glorie”, diz o apóstolo Paulo. 
 
Os principais ramos do cristianismo 
 
O grande Cisma entre aos católicos do Ocidente e os do Oriente, conhecidos como ortodoxos, 
acontece em 1054.  
 
O racha com a igreja do Ocidente aconteceu por causa de um conflito sobre a autoridade 
suprema do papa.  
 
Também havia divisões sobre uma cláusula presente no credo católico que estabelece que o 
Espírito Santo vem do filho de Deus como também de Deus. 
 
  
  
    
      
    Cruz e adoração | 
   
 
 
No século 16, é a vez da Reforma que cria a igreja protestante liderada pelo monge alemão 
Martinho Lutero. 
 
Estas foram as maiores divisões dentro do segmento judaico-cristão.  
 
Mas nem tudo é marcado por diferenças. Tanto a igreja católica como a ortodoxa, por 
exemplo, reconhecem os sete sacramentos: batismo (visto como mandamento de Jesus, é aceito 
na infância ou vida adulta, simboliza morte para uma vida de pecado), confirmação, 
casamento, ordenação, penitência (sacramento da reconciliação), extrema unção e a missa.
 
 
Igrejas do Oriente 
 
Este grupo se refere a igrejas ortodoxas e os que partilham das éticas cultural e 
espiritual que se originam no Império Bizantino. 
 
Há mais de 214 milhões de cristãos ortodoxos atualmente. Quatro patriarcados desfrutam de 
autoridade e status especial: Alexandria, Antioquia, Jerusalém e Constantinopla.  
 
Estas igrejas se localizam no leste da Europa, em países eslavos e no leste do 
Mediterrâneo. A veneração de ícones é parte importante da adoração em particular e em 
público de ortodoxos. 
 
  
  
    
      
    Cristão ortodoxo celebra a páscoa | 
   
 
 
Monastérios também têm função fundamental na história da igreja. O monte Athos, na Grécia, 
é o centro monástico desde o século 10. 
 
A Igreja Católica Apostólica Romana 
 
Com sede no Vaticano, a Igreja Católica Apostólica Romana se mantém como a maior das 
denominações cristãs, com aproximadamente 1 bilhão de fiéis. 
 
Esse grupo tem origem na igreja ocidental da Idade Média. Os católicos crêem na primazia e 
autoridade do papa, que é tradicionalmente considerado representante de Cristo na Terra e 
sucessor de Pedro, um dos discípulos de Jesus e que se tornou o primeiro bispo de Roma.
 
 
Em matéria de fé e moral católicas, o que o papa diz é interpretado como obrigatório e 
correto para todos os seguidores. Mas isso é passível de muito debate entre outros 
cristãos não-católicos romanos. 
 
  
  
    
      
    Papa João Paulo Segundo em seu papamóvel | 
   
 
 
A primazia da Igreja Católica, no entanto, foi alvo de reflexões no século 20 com a 
introdução do segundo Concílio do Vaticano (1962-1965), que elaborou grandes reformas e 
uma relação mais aberta com igrejas não-católicas. 
 
Igrejas Protestantes 
 
O grupo dos protestantes surgiu de um protesto contra a Igreja Católica no século 16 e 
congrega aproximadamente 500 milhões de pessoas.  
 
As questões polêmicas na reforma foram o questionamento da autoridade do papa e sua 
infabilidade, a autoridade e acesso às escrituras e um significado preciso da eucaristia 
(o ritual da distribuição do pão e do vinho com estes elementos representando o sangue e o 
corpo de Cristo). 
 
  
  
    
      
    Igreja Luterana na Estônia | 
   
 
 
O ritual também é conhecido como Santa Ceia, em alusão à ceia tomada com os discípulos na 
véspera da crucificação de Jesus. A eucaristia é uma palavra grega que significa 
agradecimento e celebração.  
 
A interpretação da eucaristia ou ceia, ou comunhão, é diferente em várias igrejas. Os 
católicos acreditam que o pão e o vinho são realmente o corpo e o sangue de Cristo em 
substância.  
 
Para a maioria dos protestantes, trata-se apenas de um simbolismo, uma metáfora. A igreja 
protestante rejeita a supremacia do papa e de qualquer figura única representante de 
Cristo na terra. 
 
Os protestantes enfatizam a autoridade da Bíblia e as tradições da igreja primitiva. 
Segundo protestantes, o crente é salvo pela graça de Deus. 
 
Todos os que acreditam em Deus podem se tornar sacerdotes deste mesmo Deus. 
 
Há quatro correntes principais da Igreja Protestante: 
 
Anglicana ou Episcopal, Luterana, Renovada ou Presbiteriana e as igrejas livres, assim 
chamadas porque não são associadas aos Estados. 
  
  
    
      
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No Brasil, alguns exemplos de igrejas livres são: a igreja Batista, Metodista, Assembléia 
de Deus, Congregacional e Presbiteriana.  
 
Na segunda metade do século 20, o Brasil experimentou o surgimento de igrejas 
neo-pentecostais, como Universal do Reino de Deus, Sara Nossa Terra, Comunidades 
Evangélicas, Igreja da Graça etc. 
 
Igreja: casa de adoração 
 
O lugar de adoração e louvor dos cristãos é chamado de igreja ou templo. Geralmente são 
construções em forma de cruz como altar voltado para o leste, onde nasce o sol.  
 
A palavra igreja também se refere a um grupo de cristãos e denominações religiosas como a 
Igreja Anglicana, Luterana, Batista, Católica, Ortodoxa ou Metodista. 
 
Para os cristãos, a Bíblia é o livro sagrado. Ela está dividida entre Velho Testamento, 
que compreende a bíblia hebraica, e o Novo Testamento, que traz relatos da vida de Jesus 
Cristo nos quatro primeiros livros, conhecidos como os Evangelhos, cartas escritas aos 
primeiros cristãos, e o Apocalipse, uma profecia sobre o fim do mundo. 
 
Feriados da Igreja 
 
A quaresma começa na quarta-feira de cinza quando algumas igrejas fazem missas especiais. 
Nessa data comemoram-se os 40 dias que Jesus passou jejuando no deserto.  
 
Católicos praticantes usam a quaresma como um período de penitência.  
 
  
  
    
      
    Iconografia: tradição milenar | 
   
 
 
Para alguns, a data está errada, pois a quarta-feira de cinzas acontece exatamente 46 dias 
antes da páscoa, não 40, para isso não se contam os seis domingos durante a quaresma.  
 
Já a igreja ortodoxa comemora a quaresma na segunda-feira da nona semana antes da Páscoa e 
termina a quaresma na sexta-feira antes da semana santa. A Igreja Ortodoxa não observa a 
quarta-feira de cinzas.  
 
Semana Santa  
 
É comemorada na semana antes da Páscoa e começa no Domingo de Ramos ou Domingo da Paixão, 
é o último domingo antes da Páscoa. 
 
Esse dia está ligado à entrada triunfal de Jesus em Jerusalém antes de ser crucificado e 
morto. Em algumas igrejas, é marcado por uma procissão de fiéis carregando folhas de 
palmeiras. 
 
Sexta-feira santa 
 
É a sexta-feira antes da páscoa e comemora a crucificação de Jesus. É um dos dias mais 
solenes para os cristãos e é marcado por cultos e orações especiais.  
 
O Dia da Páscoa 
 
É o dia mais importante do feriado e talvez o mais alegre, porque marca a ressureição de 
Cristo. A Páscoa não ocorre sempre na mesma época. É o domingo que se segue à data no 
calendário eclesiástico da Lua cheia que acontece no dia 21 de março ou depois.  
 
  
  
    
      
    Imagem de Cristo no Rio de Janeiro, religião tem 2 bilhões de fiéis | 
   
 
 
A Lua cheia no calendário eclesiástico não ocorre sempre na mesma data da Lua cheia no 
céu, o cálculo pode ser bastante confuso. 
 
Ascensão 
 
Ela ocorre na quinta-feira, no quarto dia depois da páscoa e marca o ida de Jesus para o 
céu após ter passado um tempo na Terra.  
 
Pentecostes 
 
É celebrado no sétimo dia depois da páscoa. A data marca a descida do Espírito Santo sobre 
os cristãos e o nascimento da igreja cristã. É um festival celebrado com mais frequência 
por igrejas carismáticas. 
Fonte: 
http://www0.bbc.co.uk/portuguese/noticias/030415_cristianismomensagem.shtml 
 
Evangélicos 
renovam cristianismo nas cidades, diz sociólogo 
As igrejas evangélicas estão renovando o cristianismo nas grandes 
cidades, segundo o sociólogo português Moisés Espírito Santo, especializado em assuntos 
religiosos. 
 
“Trata-se de uma renovação do cristianismo e mesmo da mensagem evangélica”, disse o 
professor da Universidade Nova de Lisboa, em debate sobre o assunto promovido pelo 
programa De Olho no Mundo, uma co-produção da BBC e da Rádio Eldorado 
de São Paulo. 
 
O programa abordou o fenômeno da expansão das igrejas evangélicas no exterior. Para o 
teólogo João Décio Passos, que também participou da discussão, a propagação desses cultos 
se deve a mudanças vividas pela sociedade brasileira. 
 
“A igreja acompanha a migração. Religião e migração são temas que se aproximam, estão 
correlacionados”, disse Passos, que é professor da PUC de São Paulo. 
 
Respostas 
 
Passos vê uma relação de continuidade entre o catolicismo popular, comum no interior do 
país e que tinha grande participação dos fiéis, com os cultos evangélicos. 
 
“O catolicismo popular passava muito mais pela sensibilidade do que pela consciência. O 
pentecostalismo, a meu ver, dá continuidade a essa tradição.” 
 
Para ele, com êxodo dos habitantes para as grandes cidades, as igrejas evangélicas 
acabaram ganhando mais adeptos. 
 
“Elas respondem e solucionam simbolicamente os fracassos da metrópole moderna. Eles 
prometem emprego, casa, bem estar familiar, coesão e solução para os problemas mais 
vitais”, afirma o teólogo da PUC-SP. 
 
No exterior 
 
Para Passos, assim como as igrejas evangélicas no Brasil acompanharam o movimento de 
ubanização do país, crescendo a partir dos subúrbios das grandes cidades, elas estão 
acompanhando o crescimento das comunidades brasileiras no exterior. 
 
Na Grã-Bretanha, por exemplo, já existem diversas dessas instituições. 
 
“Noventa e cinco por cento dos nossos fiéis são brasileiros, mas também temos angolanos, 
moçambicanos e portugueses e às vezes também traduzimos os cultos para o inglês”, conta o 
pastor Enoque Libório Pereira, fundador da Comunidade Evangélica Pão da Vida, uma igreja 
surgida em Londres que está presente também na Bélgica, na Holanda e na Dinamarca. 
 
Já a Igreja Universal do Reino de Deus tem oito templos no país e até comprou em Londres 
uma rádio e uma casa de espetáculos, transformada em sua sede. 
 
Portugal 
 
Segundo Moisés do Espírito Santo, também há uma forte tendência de surgimento de 
comunidades evangélicas em Portugal. 
 
Um dos motivos, para ele, é o fato de que essas igrejas representam uma opção ao 
catolicismo.  
 
“Na Igreja Católica, o sujeito vive de uma autoridade, de uma dependência total dos fiés à 
instituição”, acrescentou. 
 
Espírito Santo diz que os cultos evangélicos brasileiros estão procurando entrar aos 
poucos na sociedade portuguesa, para evitar reações negativas dos fiéis católicos locais. 
Fonte: 
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2001/010703_deolhoevangelicos.shtml 
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