Antíoco IV e os Prevaricadores

Que YHWH nos abençoe e nos guarde...

Há vários Textos, na Escritura Sagrada, que descrevem tipos distintos de abominações. Algumas vezes encontramos versos, em outras são capítulos que descrevem as profanações e abominações que deveriam ser evitadas ou que foram cometidas pelos líderes da nação. Os principais responsáveis pelas abominações geralmente eram reis e/ou sacerdotes (o sumo sacerdote) ou alguém querendo ser rei ou sumo sacerdote. No entanto, também há abominações que poderiam ser cometidas pelo povo comum (e de fato foram e ainda são cometidas). Contudo, aqui quero destacar o que YHWH disse ao profeta Ezequiel:

Disse-me o SENHOR: Filho do homem, nota bem, e vê com os próprios olhos, e ouve com os próprios ouvidos tudo quanto eu te disser de todas as determinações a respeito da Casa do SENHOR e de todas as leis dela; nota bem quem pode entrar no templo e quem deve ser excluído do santuário. Dize aos rebeldes, à casa de Israel: Assim diz o SENHOR Deus: Bastem-vos todas as vossas abominações, ó casa de Israel! Porquanto introduzistes estrangeiros, incircuncisos de coração e incircuncisos de carne, para entrarem no meu santuário, para profanarem a minha casa, quando ofereceis o meu pão, a gordura e o sangue; violastes a minha aliança com todas as vossas abominações. Não cumpristes as prescrições a respeito das minhas coisas sagradas; antes, constituístes em vosso lugar estrangeiros para executarem o serviço no meu santuário. Assim diz o SENHOR Deus: Nenhum estrangeiro que se encontra no meio dos filhos de Israel, incircunciso de coração ou incircunciso de carne, entrará em meu santuário”. (Ezequiel 44:5-9 - ARA).

O que foi dito acima se aplica perfeitamente aos fatos acontecidos nos dias do domínio Sírio sobre a Judéia. Percebam que abominação não se restringiu a dedicação do Templo de YHWH a Júpiter Olímpico e a Júpiter Hospitaleiro (ou identificar Zeus como YHWH) ou ao fato de sacrificar animais imundos no Altar de holocausto. Antes de chegar a isso, o Templo já havia sido palco de abominações, no mínimo durante uns 3 anos antes mesmo que Antíoco profanasse e causasse abominação entrando no Templo e roubando os utensílios do Santuário. É isso que podemos comprovar lendo os relatos dos livros de Primeiro e Segundo Macabeus.

ALGUNS CONCEITOS DO TERMO PREVARICAR

verbo
transitivo indireto e intransitivo
1    faltar ao cumprimento do dever por interesse ou má-fé
Ex.: <p. aos deveres> <o juiz prevaricou>
intransitivo
2    cometer abuso de poder, provocando injustiças ou causando prejuízo ao Estado ou a outrem
Ex.: serão punidos os funcionários que prevaricaram
intransitivo
3    transgredir a moral e os bons costumes
intransitivo
4    cometer adultério
intransitivo
5    revelar segredo que lhe foi confiado; trair a confiança
transitivo direto
6    corromper, perverter
Ex.: maus exemplos prevaricam a juventude

Etimologia
v.lat. praevarìcor,áris,átus sum,ári (depoente) 'afastar-se da linha reta ao lavrar, desviar-se; ser conivente com (diz-se de um juiz); deixar-se subornar por dinheiro; infringir os preceitos, desobedecer'; ver prevaric-; f.hist. sXV preuaricado.” E prevaricador: “que ou aquele que prevarica”. (http://houaiss.uol.com.br/busca.jhtm?verbete=Prevaricar). (... =Prevaricador).

NOS DIAS DE ANTÍOCO III

Em 198 a.C Antíoco III derrotou Ptolomeu V, e a Judéia passou a fazer parte do Império Selêucida. (...)”.

Algumas pessoas pensam que durante o domínio de Antíoco III os judeus viviam em perfeita paz e liberdade. No entanto, só pelo fato da Judéia estar sob o domínio estrangeiro, já é de se desconfiar. Outros não percebem que uma dominação estrangeira implica (ainda hoje) em ser uma fonte de renda para o reino dominante. Veja o que diz 2Macabeus sobre esse “período de paz”.

A cidade santa vivia na mais completa paz, e os mandamentos eram observados da melhor maneira possível, por causa da santidade do sumo sacerdote Onias, e de sua firme oposição a tudo o que havia de mal. Os próprios reis respeitavam o lugar santo, e homenageavam o Templo com os mais belos donativos. Até Seleuco, rei da Ásia, com seus próprios recursos sustentava todas as despesas necessárias para as funções dos sacrifícios” (2Mac 3:1-3).

Embora isso, de alguma maneira, seja verdade, sabemos que para os judeus (Israel)  não há como ter paz vivendo sob um governante que não seja YHWH. No entanto, depois desse período de “mais completa paz”, houve um período, ainda nos dias de Antíoco III, que as coisas começaram a mudar. Veja a seqüência de 2Mac 3:4ss:

Um tal de Simão, porém, da tribo de Belga, e que era administrador do Templo, desentendeu-se com o sumo sacerdote a propósito da administração da cidade. Como não foi capaz de derrotar Onias, ele foi então procurar Apolônio de Tarso que, nessa ocasião, era o comandante da Celessíria e da Fenícia. Contou-lhe que o tesouro do Templo em Jerusalém estava cheio de riquezas, tantas que nem dava para falar, e que a quantidade de dinheiro era incalculável. Disse-lhe também que isso não era necessário para os sacrifícios e poderia muito bem cair em poder do rei”. (2Mac 3:4-6).

E este Simão e a tal “tribo de Belga”, são judeus? É aqui que se encontra a raiz do conflito que chegou até Antíoco IV. Percebam que Onias era “o sumo sacerdote”; mas Simãoera administrador do Templo”. No entanto, o conflito, aparentemente. Gira em torno da “administração da cidade”.

Acompanhe o desenrolar do conflito:

Apolônio, ao ter uma audiência com o rei, contou-lhe tudo o que lhe tinha sido relatado. Então o rei destacou Heliodoro, encarregado da administração, e deu-lhe ordem para ir e retirar as tão faladas riquezas. Heliodoro partiu imediatamente. Dava a entender que estava apenas percorrendo as cidades da Celessíria e da Fenícia, mas o que ia mesmo executar era a tarefa que o rei lhe tinha confiado. Chegando a Jerusalém, foi recebido amigavelmente pelo sumo sacerdote da cidade. Falou a este da informação recebida, explicou o motivo de sua presença, e perguntou-lhe se as coisas eram realmente assim. O sumo sacerdote, de sua parte, explicou que as coisasdepositadas eram de viúvas e órfãos, e que algumas coisas pertenciam a Hircano, filho de Tobias, homem poderoso e de alta posição. Diversamente do que estava sendo espalhado pelo irreverente Simão, disse também que havia um total de catorze toneladas de prata e sete de ouro. Disse ainda ser inconcebível que se cometesse tal injustiça contra os que confiaram no lugar santo, na sagrada inviolabilidade do Templo, venerado no mundo inteiro. Heliodoro, porém, seguindo as ordens recebidas do rei, afirmou resolutamente que tudo isso devia ser transferido para o tesouro real. Marcou uma data e se apresentou para fazer um inventário das riquezas. Isso provocou enorme agitação em toda a cidade”. (2Mac 3:7-14).

Alguns pontos devem ficar claros aqui. Em primeiro lugar, está evidente que a Judéia deixou de ser uma fonte de renda para o rei do Egito, e passou a ser uma fonte de renda do rei da Síria. (Porque os judeus pagavam impostos a esses reinos). Em segundo lugar, nessa época Antíoco III estava devendo dinheiro aos romanos e/ou pelo menos não possuía dinheiro para financiar um grande exército novamente, com elefantes e embarcações. Em terceiro lugar, se Antíoco, nessa época, não estivesse sendo um rei para os judeus, com que autoridade ele mandaria o administrador de seu reino com a finalidade de transferir o tesouro do Templo para o tesouro real? (“Heliodoro, porém, seguindo as ordens recebidas do rei, afirmou resolutamente que tudo isso devia ser transferido para o tesouro real”). Em quarto lugar (caso Simão não fosse judeu), por que alguém que não era da tribo de Levi (não sendo nem sacerdote nem levita) estava sendo o administrador do Templo, se não fosse por ordem de Antíoco III, rei da Ásia e da Judéia? Por último, (caso Simão fosse um judeu sacerdote ou levita), os seus atos, também, já demonstram uma profanação do seu ministério e do Templo.

O mesmo Simão, que foi traidor das riquezas e da pátria”. (2Mac. 4:1).

No entanto, foi graças ao poder manifestado pelo Altíssimo, para preservar o tesouro do Templo, ao ouvir os clamores do sumo sacerdote e do povo que Heliodoro não pôde fazer a transferência do tesouro do Templo para o tesouro real. (Leia 2Mac 3:24-40).

COM ANTÍOCO IV A JUDÉIA CONTINUOU SENDO

UMA FONTE DE RENDA

Mas seu sucessor Antíoco IV resolveu transformar a Judéia em fonte de renda (...).”.

Pelo que foi dito acima, no tópico: NOS DIAS DE ANTÍOCO III. Percebemos, claramente, que a Judéia não se tornou uma fonte de renda ao reino da Ásia (Síria), apenas com Antíoco IV. Ele apenas aumentou a cobrança de impostos, além de saquear o Templo. Portanto, Antíoco IV não transformou a “Judéia em fonte de renda”, ele apenas manteve e intensificou as cobranças.

O POSTO DE SUMO SACERDOTE COMPRADO PELA PRIMEIRA VEZ

Desprezando a tradicional hereditariedade do cargo, nomeou como Sumo Sacerdote o siconfatico Jasão, que representava o partido helenizador de Jerusalém. Jasão pediu licença para fundar instituições gregas na Judéia. Antíoco prontamente o satisfez (...).”.

Ao lermos o texto na ordem e maneira que foi colocado, induzindo o leitor para uma direção, muitas vezes o leitor não percebe a verdade sobre o fato. No texto acima está sendo afirmado sobre Antíoco IV: “Desprezando a tradicional hereditariedade do cargo, nomeou como Sumo Sacerdote o siconfatico Jasão, que representava o partido helenizador de Jerusalém”. Quem foi Jasão? E o que ele fez? Leia, abaixo, o relato de 2Macabeus:

Depois que Seleuco morreu, subiu ao trono o rei Antíoco, chamado Epífanes. Foi quando Jasão, irmão de Onias, conseguiu, com suborno, o cargo de sumo sacerdote”. (2Mac 4:7).

Percebam que não foi o rei Antíoco que desprezou a hereditariedade do cargo; e sim o próprio irmão do sumo sacerdote. Foi um sacerdote, irmão do sumo sacerdote que não respeitou a hereditariedade do cargo. Por que, então, culpar Antíoco? Veja o relato do acontecido:

Numa audiência com o rei, Jasão lhe prometeu treze toneladas de prata, mais três toneladas de outros rendimentos. Além disso, daria mais cinco toneladas, se o rei lhe desse permissão para construir uma praça de esportes e uma escola para jovens, além de fazer o recenseamento dos cidadãos antioquenos em Jerusalém”. (2Mac 4;8-9).

Agora, pergunto: por que culpar Antíoco por ele ter aceitado que Jasão assumisse a função de sumo sacerdote em lugar de Onias seu irmão? O que Antíoco conhecia mais do que Jasão, sobre as leis do sacerdócio, do Templo e da hereditariedade?

Leiam, e entendam as conseqüências dessa mudança, acompanhando o relato de 2Macabeus:

Com o consentimento do rei e após tomar posse do cargo, Jasão passou imediatamente a fazer os seus irmãos de raça adotarem o estilo de vida dos gregos. Anulou os favores que o rei concedera aos judeus, graças à intervenção de João, pai de Eupolemo. Este Eupolemo é o mesmo que negociou o pacto de amizade e mútua defesa com os romanos. Jasão também aboliu as leis da constituição e procurava introduzir práticas contrárias à Lei. Foi com satisfação que construiu uma praça de esportes abaixo da Acrópole, e levou os melhores jovens a usar o chapéu chamado pétaso. Era o auge do helenismo, a exaltação do modo de viver dos estrangeiros. Tudo por causa da corrupção do ímpio e falso sumo sacerdote Jasão. A coisa chegou a tal ponto, que os sacerdotes não se interessavam pelas funções do altar. Deixavam de lado o Templo e, sem se preocupar com os sacrifícios, logo que era anunciado o lançamento de discos, corriam para a praça de esportes, a fim de participar dos jogos contrários à Lei. Ninguém ligava mais para as tradições nacionais e achavam muito mais importantes as glórias gregas. Por causa da própria cultura grega acabaram se colocando numa situação crítica: aqueles mesmos, cujos costumes eles procuravam promover e a quem procuravam em tudo se assemelhar, tornaram-se seus inimigos e carrascos. Porque desrespeitar as leis divinas não é coisa sem importância, como se verá no episódio seguinte. Realizavam-se em Tiro os jogos qüinqüenais, com a presença do rei. O abominável Jasão mandou alguns espectadores antioquenos de Jerusalém, encarregando-os de levar trezentas moedas de prata para o sacrifício em honra de Hércules. Os encarregados, porém, acharam melhor não usar esse dinheiro para o sacrifício, coisa inconveniente, mas empregá-lo em outras despesas. Assim, o dinheiro que fora enviado para o sacrifício em honra de Hércules, por iniciativa dos portadores, foi usado para a construção de navios a remo. Quando Apolônio, filho de Menesteu, foi enviado ao Egito para a festa de casamento do rei Filométor, Antíoco soube que esse rei estava fazendo projetos contrários aos seus interesses. Por isso, ele passou por Jope e chegou a Jerusalém. foi recebido com toda a pompa por Jasão e pela cidade, à luz de tochas e sob aclamações. Em seguida, partiu com o seu exército para a Fenícia”. (2Mac 4:10-22).

Ainda continuo perguntando: por que culpar Antíoco IV pelos atos profanos de Jasão, o usurpador do posto de sumo sacerdote? (sendo que este era judeu da tribo de Levi).

Leia novamente este trecho: “Com o consentimento do rei e após tomar posse do cargo, Jasão passou imediatamente a fazer os seus irmãos de raça adotarem o estilo de vida dos gregos. Anulou os favores que o rei concedera aos judeus, graças à intervenção de João, pai de Eupolemo“.

O rei Antíoco IV havia concedido favores aos judeus, mas Jasão anulou tais favores. Percebam como Jasão é denominado no texto acima: “O abominável Jasão”. O sumo sacerdote que entrava no lugar Santo e Santíssimo, e que oferecia holocausto é denominado de “O abominável Jasão”. Quanto tempo este “abominável Jasão” ficou no posto de sumo sacerdote? (No mínimo três anos. Porque o texto diz: Três anos depois, Jasão mandou Menelau...

O POSTO DE SUMO SACERDOTE COMPRADO PELA SEGUNDA VEZ

Vendo Jasão demorar nessa obra, Antíoco o substituiu por Menelau (...).”.

Quem era Menelau? Veja o que está escrito sobre ele em 2Macabeus: “Menelau, irmão do mencionado Simão”. (2Mac 4:23). Este mencionado Simão (Simão, Menelau e Lisímaco, uma família de prevaricadores) é o que administrava o Templo na época do sumo sacerdote Onias.

Como aconteceu a compra do posto de sumo sacerdote?

Três anos depois, Jasão mandou Menelau, irmão do mencionado Simão, levar o dinheiro para o rei e apresentar o relatório sobre alguns assuntos importantes. Menelau, porém, apresentou-se ao rei dando mostra de ser homem poderoso e, com adulações, conseguiu para si o posto de sumo sacerdote, oferecendo dez toneladas de prata a mais do que Jasão. Depois de receber a nomeação do rei, ele voltou, sem levar consigo coisa alguma que fosse digna de sumo sacerdote. Pelo contrário, levava em si o furor de um tirano cruel e a fúria de animal selvagem. E Jasão, que tinha suplantado seu próprio irmão, foi por sua vez suplantado por outro, e teve que fugir para a região dos amonitas. Menelau assumiu o poder, mas não tomou qualquer providência com relação ao dinheiro que tinha prometido ao rei, apesar das cobranças feitas por Sóstrato, comandante da Acrópole, a quem cabia a questão dos tributos. Por essa razão, os dois foram convocados pelo rei. Menelau deixou seu irmão Lisímaco como substituto no sumo sacerdócio, enquanto Sóstrato deixou em seu lugar Crates, comandante dos soldados cipriotas”. (2Mac 4:23-29).

Ainda continuo perguntando: o que o rei Antíoco tem a ver com os atos desses judeus profanos, prevaricadores e abomináveis? (Ele também é responsável apenas porque aceitou o suborno [se vendeu; foi comprado] dos grandes prevaricadores e salteadores do povo judeu?). Antíoco IV também se tornou um prevaricador.

Etimologia
v.lat. praevarìcor,áris,átus sum,ári (depoente) 'afastar-se da linha reta ao lavrar, desviar-se; ser conivente com (diz-se de um juiz); deixar-se subornar por dinheiro; infringir os preceitos, desobedecer'; ver prevaric-; f.hist. sXV preuaricado.” E prevaricador: “que ou aquele que prevarica”. (http://houaiss.uol.com.br/busca.jhtm?verbete=Prevaricar). (... =Prevaricador).

Sobre os judeus, veja o que está escrito em primeiro Macabeus, no que diz respeito a geração dos prevaricadores:

Nessa época, brotou em Israel uma geração de ímpios, que persuadiram muitas pessoas, dizendo:            Vamos fazer aliança com as nações vizinhas, porque, depois que nos afastamos delas, muitos males nos aconteceram    . Essa proposta agradou a muita gente. Alguns do povo tomaram a iniciativa e foram até o rei, que lhes deu permissão para introduzir os costumes pagãos. Foi assim que construíram em Jerusalém uma praça de esportes de acordo com os usos pagãos. Disfarçaram a circuncisão e renegaram a aliança sagrada. Associaram-se às nações pagãs e se venderam para praticar o mal”. (1Mac. 1:11-15).

O ASSASSINATO DO SUMO SACERDOTE (DEPOSTO) ONIAS

Enquanto isso, as cidades de Tarso e de Malos estavam em plena rebelião, por terem sido dadas de presente a Antioquide, concubina do rei. Então o rei partiu rapidamente com o intuito de normalizar a situação. No seu lugar, deixou Andrônico, um de seus altos ministros. Achando que era boa oportunidade para tanto, Menelau tirou do Templo alguns objetos de ouro e os deu de presente a Andrônico. Além disso, vendeu outra parte em Tiro e nas cidades vizinhas. Onias tinha se abrigado num lugar de refúgio em Dafne, perto de Antioquia. Ao saber com certeza do que Menelau tinha feito, Onias o desaprovou. Por causa disso, Menelau sugeriu secretamente a Andrônico que desse fim a Onias. Então Andrônico procurou Onias e tentou convencê-lo com mentiras, dando-lhe até a mão direita como juramento. Embora Onias tivesse suspeitas, foi convencido por Andrônico a sair do refúgio. Este o matou imediatamente, sem respeito algum pela justiça. Por isso, não somente os judeus, mas também muitos de outras nações ficaram indignados e condenaram totalmente o assassínio desse homem”. (2Mac 4:30-35).

Aqui, por meio do furto (de objetos que não lhe pertenciam) de “alguns objetos de ouro” que “Menelau tirou do Templo”, percebemos que as profanações e abominações no Templo já estão bem mais intensas. Isso causou uma revolta em Onias, que desaprova tal ato cometido por Menelau. Depois que Onias foi substituído do posto de sumo sacerdote, não mais voltou a assumir tal função. Ele havia se refugiado em “Dafne, perto de Antioquia”. E foi por essa ocasião, como diz os versos, que ele foi covardemente assassinado por Andrônico, a pedido de Menelau. O que causou muita revolta não apenas na Judéia, mas também em outras nações.

O REI ANTÍOCO IV CHORA A MORTE DE ONIAS

Quando o rei voltou dos citados lugares da Cilícia, os judeus da capital se reuniram em torno dele, junto com os gregos, para denunciar o crime cometido contra Onias. Antíoco ficou profundamente amargurado e, tocado de compaixão, chorou por causa do equilíbrio e moderação do falecido. Inflamado em ira, mandou imediatamente tirar de Andrônico o manto de púrpura, rasgar-lhe as roupas, conduzi-lo por toda a cidade, levá-lo para o mesmo local onde tinha cometido o crime contra Onias, e aí executar o assassino. O Senhor estava assim aplicando a Andrônico o merecido castigo”. (2Mac 4:36-38).

Embora tenha autorizado a Jasão substituir a Onias (no posto de sumo sacerdote), por esse fato, percebemos o quanto Antíoco o admirava. Antíoco pode até mesmo ter mandado matar Andrônico, apenas por questões políticas. Mas parece que não foi o caso.

CONSEQÜÊNCIAS DAS PROFANAÇÕES E ABOMINAÇÕES

Nesse meio tempo, muitos furtos de objetos sagrados foram cometidos por Lisímaco em Jerusalém, sob a conivência de Menelau. Quando a notícia se espalhou, muitos objetos de ouro tinham sido desviados, e o povo se revoltou contra Lisímaco. Realmente o povo estava revoltado e enfurecido. Então Lisímaco armou cerca de três mil homens e começou uma violenta repressão, dirigida por tal Aurano, homem avançado em idade e muito mais em loucura. Quando perceberam o ataque de Lisímaco, alguns pegaram pedras, outros se armaram de porretes, outros ainda recolhiam punhados de terra do lugar e avançaram contra os homens de Lisímaco. Dessa forma, feriram a muitos, mataram alguns e puseram todos a correr. Quanto ao ladrão dos objetos sagrados, conseguiram matá-lo ao lado da sala do tesouro. A propósito desses fatos, foi aberto processo contra Menelau. Quando o rei estava em Tiro, três emissários do conselho dos anciãos foram defender, junto ao rei, a causa do povo. Menelau, sentindo-se perdido, prometeu grande soma de dinheiro a Ptolomeu, filho de Dorimeno, para que ele convencesse o rei a seu favor. Ptolomeu levou o rei para a sacada, como se fosse para tomar um pouco de ar, e conseguiu fazê-lo mudar de idéia. Foi assim que o rei absolveu Menelau, o causador de toda essa desgraça, e condenou à morte os três infelizes, que teriam sido absolvidos como inocentes, até diante de um tribunal bárbaro. A injusta condenação foi imediatamente executada contra aqueles que estavam apenas defendendo a cidade, o povo e os objetos sagrados. Por isso, alguns de Tiro, revoltados, providenciaram generosamente tudo o que era preciso para a sepultura deles. Enquanto isso, Menelau, graças à ganância dos poderosos, continuou no poder, aumentando sempre mais a sua própria crueldade e tornando-se o maior inimigo dos seus compatriotas”. (2Mac 4:39-50).

Percebam que desde os dias de Simão, que era administrador do Templo, que este, de alguma maneira, era profanado. Continuou a ser durante os dias de Jasão, e intensificou-se nos dias de Menelau/Lisímaco e teve o ápice sob a liderança de Menelau, que eram irmão de Simão. E por causa de tantos furtos (profanações e abominações) de objetos sagrados que a população se revoltou. Ocorrendo o que foi relatado.

O que podemos destacar também sobre esses versos, é que Antíoco IV era facilmente comprado (e influenciado) no que diz respeito ao Templo e a outros assuntos judaicos. Por essa afirmação: “graças à ganância dos poderosos, continuou no poder”. Dá para entender, perfeitamente, que um dos gananciosos é o próprio rei. No entanto, estão incluídos aí, os próprios judeus aliados de Menelau. Porque, no que diz respeito a este, não dá para entender que ele, sem apoio dos judeus, conseguiu fazer o que fez e se manter no poder “aumentando sempre mais a sua própria crueldade e tornando-se o maior inimigo dos seus compatriotas”.

GUERRA CIVIL

Em 2Macabeus 5:5-10, encontra-se o relato de uma guerra civil. De um lado Jasão com mais de mil homens, do outro lado Menelau. Embora Jasão tenha conseguido vencer tal guerra, ele não conseguiu assumir o poder. “Menelau refugiou-se na Acrópole”. (2Mac 5:5). E com a sede de poder e de vingança, “Jasão promovia impiedosamente a matança dos seus próprios concidadãos, sem compreender que uma vitória sobre seus irmãos era a sua maior derrota. Ele pensava estar triunfando sobre inimigos e não sobre compatriotas”. (2Mac 5:6).

A REVOLTA DE ANTÍOCO IV

Em função dos boatos da morte de Antíoco (2Mac 5:5) é que Jasão se aproveita para querer reassumir o posto de sumo sacerdote. Quando Antíoco fica sabendo do acontecido na Judéia, ele pensou que o povo havia se revoltado contra ele. No entanto, era apenas uma guerra civil - luta interna pelo poder (Porque se Antíoco havia morrido, como alguém iria revoltar-se contra o rei “defunto”?). Aliando-se a esses acontecimentos, o que causou mais revolta a Antíoco foi o fato dele ter sido humilhado no Egito, pelos romanos (Apenas para lembrar, ele já havia sido refém em Roma, nos dias de seu pai, Antíoco III).

Antíoco teve que pagar indenizações pelos seus atos. Voltou do Egito sem dinheiro e humilhado. E como era sabido desde os dias de seu pai (Antíoco III) que no Templo de Jerusalém havia muito ouro e prata (ainda mais que ele já havia sido subornado/comprado por duas vezes, para substituir Onias por Jasão; depois Jasão por Menelau). Leia 2Mac 5:11-14.

PROFANAÇÃO E ABOMINAÇÃO NO TEMPLO POR ANTÍOCO IV

Não satisfeito com isso tudo, Antíoco ainda teve a ousadia de entrar no Templo mais sagrado do mundo, tendo por guia Menelau, traidor das leis e da pátria. Com suas mãos impuras, Antíoco pegou as vasilhas sagradas e, com suas mãos sacrílegas, levou embora os donativos depositados por outros reis para engrandecimento, glória e honra do lugar santo. Antíoco foi arrogante, sem perceber que o Senhor se havia irritado durante breve tempo, por causa dos pecados dos habitantes da cidade. Era por isso que o Senhor se descuidava do lugar santo. De fato, se eles não se tivessem envolvido em tantos pecados, Antíoco seria imediatamente barrado no seu atrevimento a poder de chicotadas, logo que chegasse, como aconteceu com Heliodoro, enviado pelo rei Seleuco para fiscalizar o tesouro. Contudo, o Senhor não escolheu o povo para o lugar santo, mas o lugar santo para o povo. Por isso, é que o lugar santo, havendo participado das desgraças que ocorreram ao povo, depois participou também da felicidade dele. Ficou abandonado no momento de ira do Todo-poderoso, mas foi restaurado em toda a sua glória, quando o Senhor novamente se reconciliou. Depois de ter roubado sessenta e duas toneladas de ouro do Templo, Antíoco voltou imediatamente para Antioquia. Em seu orgulho e insolência, ele acreditava que poderia navegar em terra firme e andar a dentro do mar. No entanto, ele deixou alguns superintendentes, para continuarem a maltratar o povo. Em Jerusalém colocou Filipe, de origem frígia, de caráter mais bárbaro do que aquele que o havia nomeado para o cargo. No Garizim, deixou Andrônico. Além desses, deixou também Menelau, que era pior que os outros na opressão contra seus próprios compatriotas”. (2Mac. 5:15-23).

De acordo com os versos acima, percebemos que ao entrar no Templo, Antíoco não apenas profanou o mesmo, mas também causou uma abominação, de acordo com a Escritura Sagrada.

Veja novamente o que disse YHWH ao profeta Ezequiel:

Disse-me o SENHOR: Filho do homem, nota bem, e vê com os próprios olhos, e ouve com os próprios ouvidos tudo quanto eu te disser de todas as determinações a respeito da Casa do SENHOR e de todas as leis dela; nota bem quem pode entrar no templo e quem deve ser excluído do santuário. Dize aos rebeldes, à casa de Israel: Assim diz o SENHOR Deus: Bastem-vos todas as vossas abominações, ó casa de Israel! Porquanto introduzistes estrangeiros, incircuncisos de coração e incircuncisos de carne, para entrarem no meu santuário, para profanarem a minha casa, quando ofereceis o meu pão, a gordura e o sangue; violastes a minha aliança com todas as vossas abominações. Não cumpristes as prescrições a respeito das minhas coisas sagradas; antes, constituístes em vosso lugar estrangeiros para executarem o serviço no meu santuário. Assim diz o SENHOR Deus: Nenhum estrangeiro que se encontra no meio dos filhos de Israel, incircunciso de coração

DEDICAÇÃO DO TEMPLO A JUPTER

Sob Menelau, Jeová foi identificado como Zeus... e em algumas comunidades judias realizaram-se sacrifícios aos deuses helênicos. (...)” - DURANT, WILL. História da Civilização. Rio de Janeiro: Companhia Editora Nacional, 1943, tomo 2 p. 298 a 301

Não muito tempo depois, o rei mandou um ancião ateniense convencer os judeus a que abandonassem as leis dos antepassados e deixassem de se governar segundo as leis de Deus. Mandou também profanar o Templo de Jerusalém e dedicá-lo a Júpiter Olímpico, e também a Júpiter Hospitaleiro, dedicar o templo do monte Garizim, conforme o desejo dos moradores do lugar”. (2Mac. 6:1-2).

Percebam que essa dedicação foi apenas mais um ato abominável cometido pelos prevaricadores. Aqui também está claro que foi mais um ato direto do rei prevaricador e abominável

OUTROS TIPOS DE PREVARICADORES NO TEMPLO

Até para a massa do povo, era difícil e insuportável o crescimento dessa maldade. De fato, o Templo ficou cheio de libertinagem e orgias de pagãos, que aí se divertiam com prostitutas e mantinham relações com mulheres no recinto sagrado do Templo, além de levarem para dentro objetos proibidos. O próprio altar estava repleto de ofertas proibidas pela Lei. Não se podia celebrar o sábado, nem as festas tradicionais, nem mesmo se declarar judeu. Todo mês eram forçados a participar do banquete sacrifical, que se realizava no dia do aniversário do rei. Quando chegavam as festas de Dionísio, eram obrigados a participar da procissão em honra a Dionísio, com ramos de hera na cabeça. Por sugestão dos habitantes de Ptolemaida, foi decretado que as cidades gregas vizinhas também seguissem as mesmas disposições contra os judeus, obrigando-os a comer a carne dos sacrifícios, e matassem os que não quisessem aceitar os costumes gregos. Podia-se perceber a calamidade que estava para chegar”. (2Mac 6:3-9).

 

 eia Daniel 8:23 prevarica para executarem o serviço no meu santuossas abominaç e quem deve ser exclu

Agora leia Daniel 8:23: “Mas, no fim” (extremidade, futuro) dos reinados, “quando os prevaricadores acabarem...”. Leia também 1Mac. 2:44: “Formaram, pois, um exército e na sua ira e indignação massacraram certo número de prevaricadores e de traidores da lei; os outros procuraram refúgio junto aos estrangeiros”. (Bíblia Sagrada, Velho testamento, Primeiro Livro dos Macabeus; virtualbooks.com.br - http://virtualbooks.terra.com.br ).

Analisem o que foi dito abaixo por Flávio Josefo e compare com o que foi escrito nos dois livros de primeiro e segundo Macabeus.

O TEMPO DE DURAÇÃO DA PROFANAÇÃO RELIGIOSA”

 

Quando o rei Antíoco Epifânio veio sitiar essa praça, não sucedeu também outra coisa que confirma o que eu acabo de referir? Nossos antepassados, em vez de confiar no auxílio de Deus, quiseram ir contra ele; travou-se o combate: eles perderam. A mortandade foi geral, a cidade tomada, saqueada, destruída; o Santuário, manchado e profanado, o serviço de Abandonado durante três anos e meio”. JOSEFO, Flávio. Seleções de Flávio Josefo. São Paulo: Editora das Américas S.A, 1974, p. 278

Pelos textos que serão apresentados abaixo, os leitores atentos perceberam que Flávio Josefo fez uma interpretação do que ocorreu nos dias de domínio de Antíoco IV. Ele não citou os fatos como realmente aconteceram, nem as datas e o período de tempo.

 

QUEM DIZ A VERDADE: JOSEFO OU MACABEUS?

Vejam só a descrição que foi feita no livro de primeiro Macabeus, sobre os atos profanos e abomináveis de Antíoco IV:

Voltando no ano cento e quarenta e três, após ter vencido o Egito, Antíoco atacou Israel e Jerusalém com um possante exército. Depois de entrar no Templo com toda a arrogância, Antíoco levou embora o altar de ouro, o candelabro com todos os acessórios, a mesa dos pães oferecidos a Deus, as vasilhas para libações, as taças, os incensórios de ouro, a cortina, as coroas e as placas de ouro que ornavam a fachada do Templo. Saqueou tudo. Levou também a prata, o ouro, os objetos de valor e até as riquezas escondidas que conseguiu encontrar. Pegou tudo e foi para a sua terra, depois de provocar muitas mortes e falar palavras de extrema arrogância”. (1Mac. 1:20-24).

Percebam o tamanho da arrogância, profanação e abominação de Antíoco IV no Santuário. E com a ajuda do sumo sacerdote – Menelau. (“Antíoco ainda teve a ousadia de entrar no Templo mais sagrado do mundo, tendo por guia Menelau, traidor das leis e da pátria”).

Na seqüência desses acontecimentos temos dois detalhes importantes. São os seguintes:

Primeiro:

Dois anos depois, o rei mandou às cidades de Judá um coletor de impostos, que entrou em Jerusalém acompanhado de possante exército...”. (1Mac. 1:29).

Percebam que após ter passado dois anos que o rei Antíoco IV havia praticado atos profanos e abomináveis no Templo (e no lugar Santo) – saqueando-o, é que o rei manda um coletor de impostos (Dan. 11:20). E foi justamente depois disso que novamente o Templo (e o lugar Santo) foi profanado. “Derramaram sangue inocente ao redor do Templo e profanaram o lugar santo”. (1Mac. 1:37). Por isso, os moradores de Jerusalém fugiram e a cidade e o Templo ficaram abandonados.

Segundo:

Por causa deles, os moradores de Jerusalém fugiram, e Jerusalém se transformou em morada de estrangeiros. A cidade tornou-se estranha à sua própria gente, e seus filhos a abandonaram. Seu santuário se tornou como deserto, suas festas se transformaram em luto, seus sábados em vergonha e sua honra em humilhação. Foi tão grande a sua humilhação quanto o seu antigo prestígio, e seu esplendor se transformou em luto”. (1Mac. 1:38-40).

De acordo com o livro de segundo Macabeus, o tempo que o Altar de holocausto do Templo ficou abandonado foi:

O Macabeu com seus companheiros, guiados pelo Senhor, reconquistaram o Templo e a cidade de Jerusalém. Demoliram os altares construídos pelos estrangeiros na praça pública e seus templos. Depois de purificar o santuário, construíram novo altar para os holocaustos. Tiraram fogo das pedras e ofereceram sacrifícios, após uma interrupção de dois anos”. (2Mac. 10:1-3).

Depois foi dito: “A purificação do Templo aconteceu na mesma data em que tinha sido profanado pelos estrangeiros, isto é, no dia vinte e cinco do mês de Casleu”. (2Mac. 10:5).

Percebam que o verso acima não trata da profanação realizada pelos próprios judeus (os sumos sacerdotes: Jasão e Menelau [antes de deixar Lisímaco em seu lugar]). Jasão ficou no mínimo durante três anos sendo sumo sacerdote. O verso também não se refere aos atos de Antíoco no Santuário.

Contando-se do dia em que Antíoco IV saqueou o Santuário até o dia que ele enviou “um coletor de impostos”, “o comandante Apolônio” (1Mac. 1:29; 2 Mac. 5:24), foi dito que haviam passado “dois anos” (1Mac. 1:29). E a duração da interrupção dos sacrifícios no Altar de holocaustos foi: “uma interrupção de dois anos”. (2Mac 10:3).

Lembrem-se!!

Antíoco levou embora o altar de ouro, o candelabro com todos os acessórios, a mesa dos pães oferecidos a Deus, as vasilhas para libações, as taças, os incensórios de ouro, a cortina, as coroas e as placas de ouro que ornavam a fachada do Templo”. (1Mac. 1:21-22).

Portanto, apenas contando-se esses dois intervalos citados (destacados no primeiro e no segundo detalhes), temos quatro anos. Sem levar em conta o período em que Jasão ficou no posto de sumo sacerdotes. Sem contar também o período em que Menelau ficou no posto de sumo sacerdote, antes que Antíoco IV saqueasse o Santuário. Bem como, também sem levar em consideração o período que vai da chegada de Apolônio até o abandono dos sacrifícios no Altar de holocaustos.

Os textos utilizados dos livros de Macabeus foram copiados da Versão: Bíblia Sagrada - Edição Pastoral. (http://www.intratext.com) – josielteli@yahoo.com.br

Que YHWH faça resplandecer o Seu rosto sobre nós e tenha misericórdia de nós...

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