O Que Você Faria se Sua Filhinha de Três Anos e Meio Fosse Molestada pelo Filho do Pastor?

Minha filha foi molestada pelo filho de nosso pastor adventista do sétimo dia. Nossa menininha tem três anos e meio. O agressor (a quem chamaremos Joca) tem onze. Aconteceu em nossa casa enquanto o pastor e sua esposa nos contavam em nossa sala de visitas quão habilidoso era seu filho Joca com crianças mais novas! Somente mais tarde soubemos que o pastor já havia sido alertado por seus superiores quanto a comentários inadequados e comportamento violento de seu filho contra dois garotos menores. 

O pastor teria respondido que os meninos menores é que deveriam ser os culpados pelo ocorrido. Nessa ocasião, os coordenadores de Lar e Família do Campo foram notificados, mas nenhuma investigação posterior foi conduzida. O pastor foi imediatamente transferido daquela igreja para a nossa, sem que ninguém fosse avisado sobre o que acabara de acontecer em seu distrito anterior.

O pastor e seu filho estavam há menos de três semanas em nossa igreja, quando Joca molestou nossa filhinha. Mas nós só ficamos sabendo do ocorrido mais tarde, ao tentar ajudar uma outra família cuja filha tinha sido molestada por Joca. Lamentavelmente, o pastor foi informado sobre o abuso contra essa menina mas passou mais de um ano atuando como conselheiro de seus pais, dizendo-lhes para não fazer nada e desencorajando-os a não relatar o abuso. 

Somente quando um conselheiro independente insistiu que o abuso deveria ser relatado, o casal decidiu ir à polícia. Joca foi acusado de sodomizar a menina e no decorrer dos depoimentos confessou ter abusado de nossa filha! Nenhum de nós sabe quantas outras crianças podem ter sido vítimas dele. A investigação ainda está em andamento.

O que mais nos revolta é pensar que: 

  1. A Associação local já sabia que Joca era potencialmente perigoso para crianças menores que ele antes de transferir seu pai para nosso distrito.

  2. O pastor repetidas vezes difamou a família da vítima, alegando que a razão porque o abuso foi relatado devia-se ao fato de a mãe ter perdido seu cargo na igreja.

  3. O pastor insistia em dizer que o comportamento de Joca era fruto de uma "curiosidade característica da infância".

  4. O pastor mentiu à nossa congregação sobre seu conhecimento do comportamento sexual violento de seu filho.

Hoje, mais de cem pessoas já deixaram o distrito em que está esse pastor, mas ele ainda usa o púlpito para se defender difamando as famílias das vítimas. Anciãos já renunciaram ao cargo, inclusive o primeiro-ancião, embora a Associação tenha designado pastores-auxiliares para ajudá-lo. Nossa preocupação é que a Associação esteja planejando transferi-lo para outro distrito, tão logo a poeira baixe por aqui. Não queremos que isso aconteça. Sabemos que  a maioria dos adventistas não apóia a molestação sexual contra crianças nem crê que isso seja devido à "simples curiosidade sexual infantil" ou que esse tipo de coisa tenha de ser tolerado para não prejudicar a imagem da liderança. 

Não pensamos ser direito preocupar-se mais com a carreira do pastor que com todo o prejuízo psicológico que fatos dessa natureza podem provocar em crianças inocentes. Suspeitamos que haja mais vítimas da mentalidade ASD oficial, que sugere que se acontece de ruim em nossa igreja nós é que temos de nos mudar dela. Por isso, queremos saber sua opinião. 

Fonte: 

Veja também o material (em inglês) "Abuso Infantil: Como Proteger as Crianças e o Seu Ministério"

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