Plano de Evangelização Prático Proposto Por Deus

Pr. Sandoval Melim (em 1976*)

(Compilação feita dos escritos do Espírito de Profecia)

 

I - A posição e a responsabilidade do ministro

1. Recrutamento e treino dos membros da Igreja para trabalho missionário

“Tem havido tanta pregação feita às nossas Igrejas, que elas quase deixaram de apreciar o ministério do Evangelho. O tempo chegou em que este estado de coisas deve ser mudado. Chame o ministro os membros a ajudá-lo em trabalho de casa em casa, levando a verdade a novos lugares”. (RH, 11 de Junho de 1895) ...”a grande obra que deve ser agora realizada é levar o povo de Deus a envolver-se no trabalho e exercer uma santa influência. Devem fazer a parte de obreiros. Com sabedoria, cuidado e amor devem trabalhar pela salvação de seus vizinhos e amigos”. (I T 368 ‘c.1869’) “Ao trabalhar em lugares onde já se encontram alguns da fé, o ministro deve não tanto buscar, a princípio, como exercitar os membros da Igreja para prestarem uma colaboração proveitosa”. (GW, 196, 1915)

 “Logo que seja organizada uma Igreja, ponha o ministro os membros a trabalhar... Dedique ele mais tempo para educar do que para pregar. Ensine ao povo a maneira de transmitir aos outros o conhecimento que receberam”. (3TS, 833, 1902) “Ensinem eles aos membros da Igreja que, a fim de crescer em espiritualidade, eles devem levar o fardo que o Senhor sobre eles pôs – o encargo de conduzir almas à verdade”. (GW 200, 1915)

2. Adopção de métodos que levem os membros da Igreja ao trabalho.

“Não poderemos avançar no nosso trabalho, não poderemos crescer até à completa estatura de homens e mulheres em Cristo Jesus, enquanto não forem adoptados métodos que levem as forças de nossas Igrejas a buscar as almas onde se encontram”. (RH, 11 de Junho de 1895) “O melhor auxílio que os ministros podem prestar aos membros de nossas Igrejas, não é pregar-lhes sermões, mas planejar trabalho para eles”. (3TS, 323, 1909)

3. Animar ao esforço pessoal

“Ministros... animai o esforço pessoal por todos os meios possíveis!” 9T, 124, 1909) Apelo-vos, queridos irmãos – ministros de Cristo – não falheis no dever que vos é ordenado de educar o povo para trabalhar inteligentemente para manter a causa de Deus em todos os seus variados interesses. Cristo foi um educador, e os Seus ministros que O representam devem ser educadores”. (5T, 255, 1885)

“Deus os chama a trabalhar para Ele e os ministros devem guiar os seus esforços”. (5T, 256, 1885) ”E deseja que os Seus ministros sejam educadores da Igreja para o trabalho evangélico. Devem ensinar ao povo como buscar e salvar os perdidos”. (DA 825)

4. Passagem a novos campos, após terem preparado o campo em que se encontram

“Nossos ministros não devem gastar o seu tempo a trabalhar pelos que já aceitaram a verdade”. (3TS, 82, 1902) “As Igrejas... pedem para virem em sua ajuda, para lhes trazer o pão da vida. Mas eles têm outro trabalho a fazer. Têm de levar a mensagem da verdade àqueles que não a conhecem”. (Ms 7, 1891)

“Grupos de guardadores do Sábado podem ser levantados em muitos lugares... não devem ser negligenciados... fazei com que todos sejam inteligentes na verdade, estabelecidos na fé e interessados em todos os ramos da obra, antes de os trocar por um outro campo. E depois... visitai-os frequentemente para er como estão a fazer”. (5T 256, 1885)

“Um lugar após outro deve ser visitado; uma Igreja após outra, ser estabelecida. Os que se põem do lado da verdade deve ser organizados em Igrejas e, então, o ministro deve passar a outros campos igualmente importantes”. (3TS, 82, 1902) 

“Ao iniciarmos a obra em um campo e reunirmos um grupo, consagramos os membros a Deus e, então, atraímo-los a unirem-se connosco em construir humilde casa de culto. Depois, quando a Igreja está terminada e é consagrada ao Senhor, passamos adiante a outros campos. Veio-nos clara e distinta a ordem: ‘Ide avante!’ E assim que a mensagem de advertência foi dada em um lugar, e se levantarem homens e mulheres para continuar a obra ali, passamos às partes não trabalhadas da vinha do Senhor”. (Carta 1554, 1899 ‘Ev. 381’)

“Como regra geral, os obreiros das Associações devem sair das Igrejas para novos campos...” (Carta 136, 1902, ‘Ev. 382’)

5. Resultados da obediência ou desobediência a este plano

“Se os ministros saíssem do caminho, se eles fossem para novos campos, os membros seriam obrigados a levar as responsabilidades e a sua capacidade aumentaria pelo uso”. (Carta 56, 1901 ‘Ev. 382’) ... .“Vi uma cidade após outra que ainda não tinha sido trabalhada. Porquê? Os ministros estão a rondar entre as Igrejas que conhecerem a verdade... (Ms 150, 1901 ‘Ev. 381)

 

II. O papel do Membro de Igreja hoje

1. Qualidades individuais usadas para ganhar almas

a) Exercitar-se em ganhar outros

“A pergunta é: Estão eles (os membros da Igreja) a buscar salvar as almas por quem Cristo morreu? O crescimento espiritual depende de dar aos outros a luz que Deus nos deu”.( ML 103, 1898) “As faculdades espirituais enfraquecerão e morrerão se não forem exercitadas em ganhar almas para Cristo”. 9T, 106)

b) Uma verdadeira ligação com Cristo

“Há uma grande diferença entre uma suposta união e uma verdadeira com Cristo, pela fé...É-nos dada uma regra pela qual pode ser distinguido o verdadeiro discípulo daqueles que alegam seguir a Cristo, mas n’Ele não têm fé. Aqueles produzem fruto; Estes são infrutíferos. Aqueles são muitas vezes sujeitos à podadura de Deus, para que possam produzir mais fruto; estes, como ramos murchos, estão para ser cortados da videira viva”. (2TS, 72, 1882)    

c) Dedicação absoluta à Sua causa 

“Deus deseja que façamos uso de cada oportunidade para adquirirmos uma preparação para a Sua obra. Ele espera que ponhamos todas as nossas energias em realizá-la e em guardar os nossos corações vivos para a sua santidade e suas tremendas responsabilidades”. (MH 498)

“Toda a alma verdadeiramente convertida terá imenso desejo de trazer outros da escuridão do erro para a maravilhosa luz da justiça de Cristo. O grande derramamento do espírito de Deus, que iluminará toda a terra com a Sua glória, não vira enquanto não tivermos um povo iluminado que saiba, por experiência, o que significa ser colaboradores de Deus. Quando tivermos consagração completa ao serviço de Cristo, Deus reconhecerá o facto por um derramamento do Seu Espírito se medida. Mas isto não acontecerá enquanto a maioria dos membros da Igreja não forem obreiros juntamente com Deus”. (RH 21 de Junho de 1896)

d) Elos na corrente para salvar outros           

“Aquele que é um filho de Deus deve desde agora considerar-se como um elo na corrente que foi descida para salvar o mundo, um com Cristo no Seu plano de misericórdia, saindo com Ele para buscar e salvar o perdido”. (DA 417)

e) Comunicadores de luz

“Todo o que ouve, diga: Vem. Não somente os ministros, mas o povo. Todos devem juntar-se ao convite. Não somente pela sua profissão mas pelo seu caracter e vestuário, todos devem ter uma influência atractiva”. (5T 207)

O Senhor há-de vir cedo... Estejamos resolvidos a fazer tudo quanto está ao nosso alcance para comunicar luz aos que nos cercam”. (3TS, 257, 1904) Cada membro de Igreja devia aprender como comunicar luz aos que estão sentados em trevas”. (RH, 11 de Junho de 1895)

O Senhor me apresentou a obra que há por fazer nas nossas cidades. Os crentes aí podem trabalhar para Deus na vizinhança dos seus lares. Devem-no fazer calmamente e com humildade, levando consigo, onde quer que forem, a atmosfera do céu”. (3RT, 83, 1902)

A verdade preciosa e salvadora tem sido repetida, vez após vez, aos nossos membros de Igreja, enquanto que , mesmo nas cidades, onde as nossas Igrejas estão organizadas, há almas perecendo pela falta de conhecimento que os membros poderiam dar”. (RH, 11 de Junho de 1895)

2. Condições actuais desiludem a Deus

a) Depender de um ministro significa não estar convertido

“Deve-se-lhes ensinar que, a não ser que possam permanecer por si sós, sem um ministro, precisam de converter-se, sendo de novo baptizados. Necessitam nascer de novo”. (Ms 150, 1901 ‘Ev. 381’)

b) Negligenciar o trabalho significa colocar-se em perigo

“O mundo deve ser advertido. Que fazemos como indivíduos para levar a luz a outros? Deus deixou a cada um o seu trabalho. Cada um tem uma parte a fazer, e não podemos negligenciá-lo senão com o perigo para as nossas almas”. (1SM, 126) “Mas todos os que amam a Jesus com sinceridade e verdade serão obreiros na Sua vinha. É um dos grandes pecados da Igreja que haja tantos que não fazem nada. Estão a ocupar o terreno inutilmente – ramos murchos, sem fruto. Não exercem uma influência sadia na Igreja, porque o seu espírito e exemplo são contagiosos... Os ociosos são os agentes mais eficazes de satanás”. (RH, 6 de Janeiro de 1885)

c) Eximir-se é zombar de Deus

“Eximir-vos a trabalhar por outros sob pretexto de incapacidade, quando estais absorvidos em empreendimentos mundanos, é zombar de Deus”. (2TS 159)

d) Resultado da inacção

“Quanto menos fervorosos, activos e vigilantes formos no serviço do Mestre, mais nossa mente se demorará em si mesma, tornando os montículos em montanhas de dificuldades”. (4T 610, 611)

 

III. A oportunidade e responsabilidade da Igreja

1. As Igrejas, centros de treino

“Toda a Igreja deve ser uma escola de treino para obreiros cristãos”. (MH 149) “Deus espera que Sua Igreja discipline e prepare os seus membros para a obra de iluminar o mundo”. (3TS 65, 1900)

2. Lugar dos anciãos locais nesta obra

“Os anciãos devem arranjar o seu programa de tal maneira que cada membro da Igreja tenha uma parte a fazer, a fim de que ninguém viva uma vida de ociosidade, mas para que, cada um, realize o que pode de acordo com a sua habilidade própria... É essencial que uma tal instrução seja dada aos membros, a fim de se tornarem obreiros liberais, dedicados e eficazes para Deus. E é somente seguindo tal plano que se poderá evitar que a Igreja se torne estéril e morta”. (RH, 2 de Setembro de 1890)

3. A Igreja coopera com Cristo

“Jesus vê na terra a Sua Igreja verdadeira, cuja maior ambição é com Ele cooperar na grande obra”. (TM 19)

4. A Igreja deve cultivar o terreno abandonado

“É nosso dever levar a luz a lugares onde não há luz, cultivar as partes da vinha que fora deixadas ao abandono”. (RH, 11 de Janeiro de 1895) 

5. A Igreja deve tornar-se independente dos serviços regulares de um ministro

“Em vez de conservar os ministros a trabalhar pelas Igrejas que já conhecem a verdade, digam os membros da Igreja a esses obreiros: ‘Ide trabalhar pelas almas que perecem nas trevas. Nós mesmos levaremos avante os trabalhos da Igreja. Nós realizaremos as reuniões e, estando em Cristo, manteremos a vida espiritual. Trabalharemos pelas almas que estão ao nosso redor, elevaremos nossas orações e mandaremos nossas ofertas para manter os obreiros nos campos mais necessitados e destituídos de auxílio”. (6T 30, 1900)

 

IV. CONCLUSÃO

“Vivemos nas cenas finais da história da terra... persuadamos homens e mulheres por toda a parte a arrependerem-se e fugirem da ira vindoura. Despertemo-los, levando-os a preparar-se imediatamente, pois poucos imaginamos o que está diante de nós. Saiam ministros e membros leigos para os campos amadurecentes, a fim de dizer aos despreocupados e indiferentes que busquem ao Senhor enquanto Se pode achar”. (3TS 256 e 257, 1904)

(*) Colaboração enviada por um precioso amigo, residente em Portugal.

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