Entenda Porque, no Novo Testamento, o Dízimo é Considerado Oferta e Pode Ser Dado aos Pobres
Fim da Série de Estudos Teológicos sobre os Sacerdócios e a Utilização do Dízimo INSTRUÇÕES DO MESSIAS E DOS APÓSTOLOS À IGREJA Textos Anteriores desta série:
INTRODUÇÃO Estudar as palavras do Messias aos Seus profetas, apóstolos e aos discípulos de todos os tempos, não é coisa que devemos deixar, para que outros a façam por nós. É nosso dever, bem como privilégio cavar fundo para entendermos cada palavra e/ou frase dita pelo Messias e por meio de Seus profetas e apóstolos. Como muito já foi falado, sobre os vários tipos de Sacerdócios, dízimos e ofertas, de acordo com o Estatuto Perpétuo dos dízimos e ofertas do Sistema Levítico; agora estudaremos, especificamente os dízimos e ofertas no Sacerdócio do Messias, que é Sacerdote Segundo a Ordem de Malki-Tsédec. Na expressão “Segundo a Ordem”, não está sendo dito que o Sacerdócio do Messias é “igual” ao de Malki-Tsédec; mas possuem algumas características semelhantes. No artigo anterior, em duas citações que já foram apresentadas, Ellen G. White afirmou que o dízimo é anterior a Abraão. É desde os tempos primitivos e que remonta aos dias do próprio Adão. As citações seguem abaixo:
Contudo, Ele não parou nisso, também disse: “Aos filhos de Levi dei todos os dízimos em Israel...”. “Porque os dízimos dos filhos de Israel, que apresentam ao SENHOR em oferta, dei-os por herança aos levitas...”. – (Núm. 18:21 e 24 – ARA). E por meio de Neemias foi dito: “... Os dízimos da nossa terra, aos levitas, pois a eles cumpre receber os dízimos em todas as cidades onde há lavoura” – (Neemias 10:37 – ARA). Então, de todos os dízimos que pertencem a Yahweh, apenas os dízimos EM ISRAEL, é que Ele deu aos levitas; bem como os dízimos DOS FILHOS DE ISRAEL. Portanto, não eram os dízimos das nações nem dos gentios que foram dados aos levitas. A outra citação de Ellen G. White é esta:
Antes do patriarca Abraão, por esta citação de Ellen G. White, percebe-se que os dízimos também eram chamados de dons e/ou ofertas. Como segue: “... Cumprindo o que Deus deles requer, deviam manifestar em ofertas a apreciação das misericórdias e bênçãos a eles concedidas. ...”. Mas não é apenas isto. Por isso, depois veremos a relação existente entre as ofertas (também chamada de dons) e os dízimos. Dessas duas citações, existe uma que não podemos deixar de estudá-la com muita atenção. Nela o que se pretende destacar é o que claramente está de acordo com o que a Escritura Sagrada ensina, tanto no que se chama “Velho” como “Novo Testamento”. Por isso, destacaremos o seguinte período: “O sistema do dízimo remonta para além dos dias de Moisés. Requeria-se dos homens que oferecessem dons a Deus com intuitos religiosos, antes mesmo que o sistema definido fosse dado a Moisés – já desde os dias de Adão. ...”. No entanto, por meio do trecho destacado, temos que procurar entender qual o significado de “... Intuitos religiosos...”. Mas isto não é coisa difícil de entendermos, porque a Escritura Sagrada define o que é a verdadeira religião: “A religião pura e sem malícia, para com o nosso Deus e Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e a si mesmo guardar incontaminado do mundo”. – (Tiago 1:27 – ARA). Antes disso, Tiago havia dito: “Meus irmãos, qual é o proveito, se alguém disser que tem fé, mas não tiver obras? Pode, acaso, semelhante fé salva-lo? Se um irmão ou uma irmã estiverem carecidos de roupa e necessidade do alimento cotidiano, e qualquer dentre vós lhes disser: Ide em paz, aquecei-vos e fartai-vos, sem, contudo, lhes dar o necessário para o corpo, qual é o proveito disso? Assim, também a fé, se não tiver obras, por si só está morta”. – (Tiago 2:14-17 – ARA). Essas linhas são semelhantes as que foram ditas pelo profeta Isaías. Quando ele falou do verdadeiro jejum também descreveu a verdadeira religião: “Porventura, não é este o jejum que escolhi: que soltes as ligaduras da impiedade, desfaças as ataduras da servidão, deixes livres os oprimidos e despedaces todo jugo? Porventura, não é também que repartas o teu pão com o faminto, e recolhas em casa os pobres desabrigados, e, se vires o nu, o cubras, e não te escondas do teu semelhante? Então, romperá a tua luz como a alva, a tua cura brotará sem detença, a tua justiça irá adiante de ti, e glória do SENHOR será a tua retaguarda; então, clamarás, e o SENHOR te responderá; gritarás por socorro, e ele dirá: Eis-me aqui. Se tirares do meio de ti o jugo, o dedo que ameaça, o falar injurioso; se abrires a tua alma ao faminto e fartares a alma aflita, então, a tua luz nascerá nas trevas, e a tua escuridão será como o meio-dia”. – (Isaías 58:6-10 – ARA). Portanto, “intuitos religiosos”, nada mais são do que a prática da verdadeira religião. Por isso, que neste artigo, nós iremos abordar as instruções do Messias tanto aos Seus profetas do “Velho Testamento” quanto aos Seus apóstolos e discípulos. Porque a expressão: “Intuitos Religiosos” e seu significado, estão contidos no verso: “A religião pura e sem malícia, para com o nosso Deus e Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e a si mesmo guardar incontaminado do mundo”. – (Tiago 1:27 – ARA). Agora, prestemos atenção a estas advertências e esclarecimentos tanto de Ellen G. White, mas principalmente da Escritura Sagrada. Então, no Deserto, quando os israelitas estavam vagueando durante os quarenta anos, Yahweh disse a Moisés: “Suscitar-lhe-ei um profeta do meio de seus irmãos, semelhante a ti, em cuja boca porei as minhas palavras, e ele lhes falará tudo o que eu ordenar. De todo aquele que não ouvir as minhas palavras, que ele falar em meu nome, disso lhe pedirei contas”. – (Deut. 18:18-19 - ARA). Nesses dois versos encontramos advertências importantes que deveremos considerar, no que diz respeito aos ensinamentos do Messias. Em conformidade ao que Moisés escreveu, bem como tornando mais claro e/ou reforçando, ratificando o que fora dito, Ellen G. White escreveu: “... Toda palavra que Ele proferia provinha de Deus. Era a Palavra e a Sabedoria de Deus, sempre apresentava a verdade com a autoridade de Deus. ...”. “É necessário que toda família faça da Bíblia seu Livro de estudo. Os dizeres de Cristo são ouro puro, isento de toda partícula de escória, a não ser que os homens, com seu entendimento humano, procurem coloca-la ali e fazer com que a mentira pareça ser uma parte da verdade. ...”. – (WHITE, Ellen G. Fundamentos da Educação Cristã. 2ª ed. 1996. pp. 408 e 386.). Portanto, tendo por base o que foi escrito em Deuteronômio e as citações de Ellen G. White, apresentaremos as instruções do Messias e dos Seus apóstolos à Igreja.
PRIMEIRA INSTRUÇÃO A primeira instrução, basicamente, repete-se em três dos quatro Livros que tratam do Evangelho, a exceção é o Evangelho Segundo João. Em primeiro lugar, veremos o chamado dos apóstolos e a primeira missão. Abordaremos o que foi dito em Marcos e Lucas, depois o que foi escrito por Mateus. “E chamou a si os doze, e começou a enviá-los a dois e dois, e dava-lhes poder sobre os espíritos imundos; ordenou-lhes que nada levassem para o caminho, senão apenas um bordão; nem pão, nem alforje, nem dinheiro no cinto...”. – (Mar. 6:7-9 – AVR). “... Nada leveis para o caminho, nem bordão, nem alforje, nem pão, nem dinheiro; nem tenhais duas túnicas. ...” – (Luc. 9:1-3 – AVR). Aqui nesses versos, destacamos às expressões: “nem dinheiro no cinto”; e “nem dinheiro”. Literalmente seriam: “nem cobre no cinto”; “nem prata”. Sendo que, também se entende assim: “nem moeda de cobre”; “nem moeda de prata”. Por que eles não deveriam levar “nada” pelo caminho, salvo pequenas exceções? No próprio contexto dos livros citados entendemos o porquê. “Em qualquer casa em que entrades, nela ficai, e dali partireis”. – (Luc. 9:4 – AVR; confira em Mar. 6:10). Além disso, o Messias ainda foi mais especifico: “Ficai nessa casa, comendo e bebendo do que eles tiverem; pois digno é o trabalhador do seu salário. Não andeis de casa em casa. Também, em qualquer cidade em que entrardes, e vos receberem, comei do que puserem diante de vós”. – (Luc. 10:7-8 – AVR). Dois são os principais motivos pelos quais eles não deveriam levar nada do que fora citado pelo Messias. Primeiro: “Digno e o trabalhador do seu salário”. Portanto, ninguém deve trabalhar de graça nem pagar para trabalhar. Porque de alguma forma recebemos o nosso pagamento. Segundo: eles não iriam ficar hospedados em hotéis ou hospedarias. O Texto diz: “Ficai nessa casa, comendo e bebendo do que eles tiverem... Não andeis de casa em casa... comei do que puserem diante de vós”. Sendo assim, eles não deveriam gastar dinheiro com alimentação; nem mesmo exigir dos seus hospedeiros qualquer tipo de alimento diferente para eles. Quão diferente dos dias atuais! Hoje, os gastos com o dinheiro dos dízimos são exorbitantes em hotéis cinco estrelas e banquetes... No que diz respeito à expressão: “comei do que puserem diante de vós”; devemos lembrar duas coisas. Primeira: “... Não ireis aos gentios, nem entrareis em cidade de samaritanos. mas ide antes às ovelhas perdidas da casa de Israel...”. (Mat. 10:5-6 – AVR). Segunda: “Depois disso designou o Senhor outros setenta, e os enviou adiante de si, de dois em dois, a todas as cidades e lugares aonde ele havia de ir”. – (Luc. 10:1 – AVR). As casas onde os discípulos iriam hospedar-se eram dentro de Israel. Portanto, o Messias não autorizou a comida de animais imundos. Outros detalhes de igual importância podem ser destacados no livro do apóstolo Mateus: “E, chamando a si os seus doze discípulos, deu-lhes autoridade sobre os espíritos imundos, para expulsarem, e para curarem toda sorte de doenças e enfermidades. ... A estes doze enviou Jesus, e ordenou-lhes, dizendo: ... e indo, pregai, dizendo: É chegado o reino dos céus. Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, limpai os leprosos, expulsai os demônios; de graça recebestes, de graça dai. Não vos provereis de ouro, nem de prata, nem de cobre, em vossos cintos; nem de alforje para o caminho, nem de duas túnicas, nem de alparcas, nem de bordão; porque digno é o trabalhador do seu alimento. Em qualquer cidade ou aldeia em que entrardes, procurai saber quem nela é digno, e hospedai-vos aí até que vos retireis. E, ao entrardes na casa, saudai-a; se a casa for digna, desça sobre ela a vossa paz; mas, se não for digna, torne para vós a vossa paz. ...”. – (Mat. 10:1, 5-13 – AVR. – confira também em Mar. 6:7-13 e Luc. 9:1-6). A missão dos apóstolos foi claramente delineada pelo Messias. Eles receberam autoridade sobre: “os espíritos imundos”, para os “expulsarem”. Para: “curarem toda sorte de doenças e enfermidades”. Depois disse: “indo, pregai, dizendo: É chegado o reino dos céus”. Portanto, não era apenas curar e expulsar demônios, eles deveriam, principalmente anunciar: “É chegado o reino dos céus”. O Messias voltou a enfatizar: “Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, limpai os leprosos, expulsai os demônios”. No entanto, no que diz respeito a este estudo, o que deve ser bem enfatizado desses versos de Mateus é: “... de graça recebestes, de graça dai. Não vos provereis de ouro, nem de prata, nem de cobre, em vossos cintos”. – (Mat. 10:8-9 – AVR). Pela colocação dessa expressão: “de graça recebestes, de graça dai”. Entende-se que os apóstolos não deveriam cobrar pelos serviços que prestariam como enviados do Messias (em especial, no que diz respeito aos milagres que realizariam). Porque dEle receberam poder e autoridade de graça. Contudo, a expressão, liga-se também ao que fora dito após: “Não vos provereis de ouro, nem de prata, nem de cobre, em vossos cintos”. Portanto, o “Não vos provereis”, não diz respeito apenas ao que não deveriam levar quando estivessem saindo; mas, também, ao retorno deles da missão. Além do que já dissemos acima sobre o porquê de não levar nada do que fora especificado pelo Messias, acrescenta-se também: “Porque digno é o trabalhador do seu alimento. Em qualquer cidade ou aldeia em que entrardes, procurai saber quem nela é digno, e hospedai-vos aí até que vos retireis”. (Mat. 10:10-11 - ARA. Em Mateus a expressão é: “Porque digno é o trabalhador do seu alimento”. Em Lucas é: “Digno e o trabalhador do seu salário”. Aqui, o termo alimento tem equivalência ao termo salário. Isso corresponde à manutenção do obreiro. Mas, nem hoje, nem naquela época significava apenas comer e beber. Por isso, o apóstolo Paulo escreveu: “Os anciãos que governam bem sejam tidos por dignos de duplicada honra, especialmente os que labutam na pregação e no ensino. Porque diz a Escritura: Não atarás a boca ao boi quando debulha. E: Digno é o trabalhador do seu salário”. – (1Tim. 5:17-18 – AVR). Aqui, “ancião” é o mesmo que presbítero. O verso não diz: apóstolo, profeta ou pastor. Mas diz sobre os: “que governam bem ... os que labutam na pregação e no ensino”. Então, hoje, por que apenas os chamados ”pastores” e/ou “obreiros” é que recebem dos dízimos? A Escritura Sagrada não afirma positivamente que os anciãos ou presbíteros também têm o mesmo direito a duplicada honra? Por outro lado, o apóstolo também advertiu: “Se alguém ensina outra doutrina e não concorda com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo e com o ensino segundo a piedade, é enfatuado, nada entende, mas tem mania por questões e contendas de palavras, de que nascem inveja, provocação, difamações, suspeitas malignas, altercações sem fim, por homens cuja mente é pervertida e privada da verdade, supondo que a piedade é fonte de lucro. De fato, grande fonte de lucro é a piedade com o contentamento. Porque nada temos trazido para o mundo, nem coisa alguma podemos levar dele. Tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes. Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação, e cilada, e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição. Porque o amor do dinheiro é a raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviam da fé e a si mesmo se atormentam com muitas dores”. – (1Tim. 5:3-10 – AVR). O contexto da “doutrina do Messias” que ele fala nesses versos, certamente está relacionado ao: “ouro, a prata e ao bronze”, o dinheiro (salário) da época, focalizado pelo Messias na missão dos doze e dos setenta. Por isso o apóstolo é enfático: “Tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes”. Por fim, conclui com advertências: “Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação, e cilada, e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição. Porque o amor do dinheiro é a raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviam da fé e a si mesmo se atormentam com muitas dores”. Infelizmente, hoje são muitos os que buscam ficar “ricos” e “poderosos” por meio da religião. Por isso, não apenas exploram aos filhos do Eterno, como também Lhe roubam nos dízimos e ofertas.
Em função do que foi escrito por Marcos e Lucas; e, principalmente por Mateus, é que entendemos as palavras do apóstolo Pedro: “Pedro e João subiam ao templo à hora da oração, a nona. E, era carregado um homem, coxo de nascença, o qual todos os dias punham à porta do templo, chamada Formosa, para pedir esmolas aos que entravam. Ora, vendo ele a Pedro e João, que iam entrando no templo, pediu que lhe dessem uma esmola. E Pedro, com João, fitando os olhos nele, disse: Olha para nós. E ele os olhava atentamente, esperando receber deles alguma coisa. Disse-lhe Pedro: Não tenho prata nem ouro; mas o que tenho, isso te dou; em nome de Jesus Cristo, o nazareno, anda”. – (Atos 3:1-6 – AVR). Bem antes dos apóstolos realizarem este milagre como instrumentos do Senhor, havia ocorrido o seguinte: “Todos os que criam estavam unidos e tinham tudo em comum. E vendiam suas propriedades e bens e os repartiam por todos, segundo a necessidade de cada um”. – (Atos 2:44-45 – AVR). Os dois apóstolos que subiram ao Templo, ainda seguiam as ordens do Messias: “Não vos provereis de ouro, nem de prata, nem de cobre, em vossos cintos”. – (Mat. 10:9 – ARA). Aqui, por esses versos, entendemos que os apóstolos não estão levando para o Templo: nem dízimos nem ofertas. É certo, também, que eles não possuíam, no momento, qualquer espécie de moedas. Caso contrário estariam mentindo. Porque o apóstolo disse: “Não tenho prata nem ouro”. Uma passagem importante que podemos relaciona-la a esse contexto: “Três vezes no ano, todo varão entre ti aparecerá perante o SENHOR, teu Deus, no lugar que escolher, na Festa dos Pães Asmos, e na Festa das Semanas, e na Festa dos Tabernáculos; porém não aparecerá de mãos vazias perante o SENHOR; cada um oferecerá na proporção em que possa dar, segundo a bênção que o SENHOR, seu Deus, lhe houver concedido”. – (Deut. 16:16-17 – ARA). Certamente, nesse episódio não se tratava de uma dessa três Festas mencionadas, ou o fato ocorreu após o início de uma delas. Além do mais, também poderia não ser época de nenhuma das três Festas fixas de Yahweh. Antes desse momento, da cura do “coxo”, próximo ao Templo, temos um outro, na vida dos apóstolos, que vale a pena ser destacado. É um assunto referente aos bem materiais. O apóstolo Pedro fez a seguinte pergunta: “... Eis que nós deixamos tudo, e te seguimos; que recompensa, pois, teremos nós?”. – (Mat. 19:27 – AVR; confira em Mar. 10:28; Luc. 18:28). Ora, por essa pergunta, entendemos que até aqui, o Messias não havia dado instruções para que Seus apóstolos recebessem dízimos, para manutenção “e/ou enriquecimento” deles. No livro de Lucas 18:28: “Eis que nós deixamos nossa casa e te seguimos”. Este acontecimento é posterior a outros que focalizam o dízimo: Luc. 11:42: “Mas aí de vós, fariseus! Porque dais o dízimo da hortelã, da arruda e de todas as hortaliças e desprezais a justiça e o amor de Deus; devíeis, porém, fazer estas coisas, sem omitir aquela”. Aqui o Messias está reconhecendo a validade dos dízimos que deveriam ser destinados aos levitas, bem como os dízimos dos dízimos aos sacerdotes. Porque foi instituído por Yahweh para manutenção da Tribo de Levi, especialmente daqueles que trabalhavam no Templo. Além do mais, a Tribo de Levi não recebeu herança de terra em Israel, como as demais Tribos. Ali, os apóstolos, em destaque o apóstolo Pedro declaram que deixaram casas; mas hoje, infelizmente eles estão acumulando bens e mais bens. Em Luc.18:12: “Jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho”. Aqui são palavras de um fariseu, não são palavras do Messias. Quem quiser defender a validade das palavras do fariseu nesse verso, também deverá jejuar duas vezes na semana e dizimar de “tudo o que ganhar”. Porque pelo que sabemos, os pastores, especialmente os da IASD, não dizimam de tudo o que ganham. Por isso, o que entendemos desse verso é que ele não é “Um Assim Diz Yahweh” ou “Um Assim Diz o Messias”. Portanto, aqui, podemos acrescentar o seguinte: a pessoa quando escolhida e/ou quando sentir o desejo de trabalhar para o Messias; ela não deve buscar ou viver buscando, nem as posses mundanas nem o enriquecimento.
Na sua despedida, da igreja em Éfeso, o apóstolo Paulo declarou: “De ninguém cobicei prata, nem ouro, nem vestes. Vós mesmos sabeis que estas mãos proveram as minhas necessidades e as dos que estavam comigo. Em tudo vos dei o exemplo de que, assim trabalhando, é necessário socorrer os enfermos, recordando as palavras do Senhor Jesus, porquanto ele mesmo disse: Coisa mais bem-aventurada é dar do que receber”. – (Atos 20:33-35 – AVR). Para esses versos do apostolo, não tem o que se comentar. Ele não estava recebendo dízimos nem ofertas dessa congregação/igreja, para a sua manutenção e dos que estavam com ele. O apóstolo Paulo sabia que “os judeus” eram por lei, obrigados a dizimar aos levitas. Porém, quanto aos discípulos do Messias, será que o apóstolo sabia da existência de alguma lei que os obrigassem a dizimar e ofertar igualmente “aos judeus”, para Igreja?
SEGUNDA INSTRUÇÃO A segunda instrução importante que encontramos, é aquela que o Messias dá ao jovem rico: “Disse-lhe Jesus: Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, segue-me. Mas o jovem, ouvindo essa palavra, retirou-se triste; porque possuía muitos bens”. – (Mat. 19:21-22 – AVR; confira também em Mar. 10:21-22 e Luc. 18:22-23). “Uma coisa te falta”. (Mar. 10:21 – ARA; Luc. 18:22). Em outro lugar, após curar um leproso, o Messias disse: “... Olha, não contes isto a ninguém; mas vai, mostra-te ao sacerdote, e apresenta a oferta que Moisés determinou, para lhes servir de testemunho”. (Mat. 8:4 – AVR; confira Mar. 1:44 e Luc. 5:14). Em outro lugar Ele elogiou a oferta da viúva pobre: “E sentando-se Jesus defronte do cofre das ofertas, observava como a multidão lançava dinheiro no cofre; e muitos ricos deitavam muito. Vindo, porém, uma pobre viúva, lançou dois leptos, que valiam um quadrante. E chamando ele os seus discípulos, disse-lhes: Em verdade vos digo que esta pobre viúva deu mais do que todos os que deitavam ofertas no cofre; porque todos deram daquilo que lhes sobrava; mas esta, da sua pobreza, deu tudo o que tinha, mesmo todo o seu sustento”. – (Mar. 12:41-44 – AVR; confira também em Luc. 21:1-4). Contudo, no caso do Jovem rico, o Messias não disse a ele para vender tudo e dá aos levitas ou aos sacerdotes no Templo. Também não disse: “Vende tudo e Me entregue, para que eu e os Meus discípulos empreguemos na pregação do evangelho”. No entanto, o Messias disse: “Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu...”. Portanto, a perfeição envolve ajudar: pobres (necessitados), órfãos e viúvas. Por isso, o Messias disse o que está escrito em Mateus 25:31-46.
No que se chama “Velho Testamento”, existem algumas ordens especificas por parte de Yahweh. “Quando também segares a messe da tua terra, o canto do teu campo não segarás totalmente, nem as espigas caídas colherás da tua messe. Não rebuscarás a tua vinha, nem colherás os bagos caídos da tua vinha; deixá-los-ás ao pobre e ao estrangeiro. Eu sou o SENHOR, vosso Deus”. – (Lev. 19:9-10 – ARA). Esses versos complementam-se com os de Deuteronômio 24:19-22: “Quando, no teu campo, segares a messe e, nele, esqueceres um feixe de espigas, não voltarás a tomá-lo; para o estrangeiro, para o órfão e para a viúva será; para que o SENHOR, teu Deus, te abençoe em toda obra das tuas mãos. Quando sacudires a tua oliveira, não voltarás a colher o fruto dos ramos; para o estrangeiro, para o órfão e para a viúva será. Quando vindimares a tua vinha, não tornarás a rebuscá-la; para o estrangeiro, para o órfão e para a viúva será o restante. Lembrar-te-ás de que foste escravo na terra do Egito; pelo que te ordeno que faças isso”. – (ARA). No “Novo Testamento”, também temos muitas referências, no que diz respeito aos cuidados, para com os pobres, órfãos e viúvas. “Estando Jesus em Betânia, em casa de Simão, o leproso, aproximou-se dele uma mulher que trazia um vaso de alabastro cheio de bálsamo precioso, e lho derramou sobre a cabeça, estando ele reclinado à mesa. Quando os discípulos viram isso, indignaram-se, e disseram: Para que este desperdício? Pois este bálsamo podia ser vendido por muito dinheiro, que se daria aos pobres. Jesus, porém, percebendo isso, disse-lhes: Por que molestais esta mulher? pois praticou uma boa ação para comigo. Porquanto os pobres sempre os tendes convosco; a mim, porém, nem sempre me tendes”. – (Mat. 26:6-11 – AVR; confira também em Mar. 14:3-7). O apóstolo João escreveu: “Veio, pois, Jesus seis dias antes da páscoa, a Betânia, onde estava Lázaro, a quem ele ressuscitara dentre os mortos. Deram-lhe ali uma ceia; Marta servia, e Lázaro era um dos que estavam à mesa com ele. Então Maria, tomando uma libra de bálsamo de nardo puro, de grande preço, ungiu os pés de Jesus, e os enxugou com os seus cabelos; e encheu-se a casa do cheiro do bálsamo. Mas Judas Iscariotes, um dos seus discípulos, aquele que o havia de trair disse: Por que não se vendeu este bálsamo por trezentos denários e não se deu aos pobres? Ora, ele disse isto, não porque tivesse cuidado dos pobres, mas porque era ladrão e, tendo a bolsa, subtraía o que nela se lançava”. (João 12:1-8 – AVR). Portanto, por essas passagens, que não precisam de explicações, percebemos que além da pregação do evangelho, a preocupação do Messias durante o Seu ministério era o cuidado com os pobres. Por isso, a ofertas recebidas eram destinadas não apenas a manutenção dEle e dos Seus apóstolos, mas principalmente para o cuidado com os pobres. Estas também eram as preocupações dos apóstolos após Pentecostes. No entanto, nesses versos está claro que a preocupação de Judas não era com os pobres, mas com ele próprio. Pois ele estava desviando dinheiro sagrado, para fins ilícitos como muitos, no ministério, fazem hoje em dia. No que diz respeito à expressão: “Porquanto os pobres sempre os tendes convosco”. O Messias citou, parafraseando o que foi dito a Moisés: “Pois nunca deixará de haver pobres na terra; por isso, eu te ordeno: livremente, abrirás a mão para o teu irmão, para o necessitado, para o pobre na tua terra”. – (Deut. 15:11 – ARA). Leia todo o capítulo 15.
No livro de Atos, Lucas escreveu: “Todos os que criam estavam unidos e tinham tudo em comum. E vendiam suas propriedades e bens e os repartiam por todos, segundo a necessidade de cada um”. – (Atos 2:44-45 – AVR). Depois ele escreveu: “Da multidão dos que criam, era um só coração e uma só a alma, e ninguém dizia que coisa alguma das que possuía era sua própria, mas todas as coisas lhes eram comuns. Com grande poder os apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles haviam abundante graça. Pois não havia entre eles necessitado algum; porque todos os que possuíam terras ou casas, vendendo-as, traziam o preço do que vendiam e o depositavam aos pés dos apóstolos. E se repartia a qualquer um que tivesse necessidade”. – (Atos 4:32-35 – AVR). Aqui destacamos o seguinte: “Todos os que criam estavam unidos...”. “Da multidão dos que criam, era um só coração e uma só a alma...”. Ninguém foi obrigado a dar nada. Mas os que deram, fizeram porque todos estavam “unidos no coração”, “alma” e “doutrina”. Portanto, sem a união que ocorreu na Igreja Primitiva; hoje, não ocorrerá o que lá ocorreu. Os apóstolos recebiam e distribuíam as ofertas entre os necessitados, segundo a necessidade de cada um. De tal forma que entre eles não havia necessitados. Em outro lugar Lucas escreveu: “Ora, naqueles dias, crescendo o número dos discípulos, houve uma murmuração dos helenistas contra os hebreus, porque as viúvas daqueles estavam sendo esquecidas na distribuição diária. E os doze, convocando a multidão dos discípulos, disseram: Não é razoável que nós deixemos a palavra de Deus e sirvamos às mesas. Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais encarreguemos deste serviço. Mas nós perseveraremos na oração e no ministério da palavra. O parecer agradou a todos, e elegeram a Estevão, homem cheio de fé e do espírito Santo, Filipe, Prócoro, Nicanor, Timão, Pármenas e Nicolau, prosélito de Antioquia, e os apresentaram perante os apóstolos; estes, e tendo orado, lhes impuseram as mãos. E divulgava-se a palavra de Deus, de sorte que se multiplicava muito o número dos discípulos em Jerusalém e muitos sacerdotes obedeciam à fé”. Aqui, nos versos acima, também percebemos que a preocupação da Igreja Primitiva, para com os pobres, era constante. Por outro lado, os apóstolos também perceberam que era melhor que eles se dedicassem a “oração e no ministério da palavra”. Sem dúvida isso era mais importante. Por isso, sugeriram em assembléia, a todos os discípulos que escolheram sete diáconos que pudessem ficar servindo “às mesas”. Portanto, os apóstolos encarregaram-se da oração e ao ministério da Palavra. Já os diáconos ficaram responsáveis pelas finanças da Igreja Primitiva – o que implicava também: “servir às mesas” e cuidar das viúvas, dos pobres e órfãos.
Em Israel muitas eram as leis existentes nos dias do Messias. Lei Moral; Lei voltada ao Sacerdócio e aos Levitas; Lei de Saúde; Lei Civil (imposta a todos); Lei Social (voltada ao cuidado dos mais necessitados); Lei Cerimonial; etc. O Messias disse positivamente que não veio abolir a Lei ou os Profetas. “Não penseis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim destruir, mas cumprir”. – (Mat. 5:17 – AVR). Se o Messias não aboliu as Leis, nem mesmo a Lei Cerimonial, quando esteve aqui, como alguns ensinam que hoje elas estão abolidas? Quanto a Lei Cerimonial, que apontava para os sacrifícios de animais, prefigurando a morte do Messias, entendemos que ela perdeu o seu significado, em função da morte do Messias. Por isso é dito que ela foi abolida. E quanto aos sacerdotes e levitas? Hoje precisamos de sacerdotes e levitas? Claro que sim. O que não temos mais necessidade é de sacrifícios. A função de sacrificar animais é que perdeu a sua utilidade. Caso contrário, também não teria sentido a existência de pastores e presbíteros hoje em dia. Mas aqui, o assunto é dízimo. Alguns erradamente utilizam dois Textos da Escritura Sagrada para defender a utilização dos dízimos do Sistema Levítico, como tendo sido autorizados pelo Messias. São eles: “O fariseu, de pé, assim orava consigo mesmo: ... Jejuo duas vezes na semana, e dou o dízimo de tudo quanto ganho”. (Luc. 18:11-12 – AVR). Aqui, em função da expressão: “dou o dízimo de tudo quanto ganho”, muitos querem incluir, ouro, prata e bronze, além de outras coisas que Yahweh não designou como dízimos no Texto Sagrado. Como foi visto em artigos anteriores e quem quiser pode conferir no Texto Sagrado que, ouro, prata e bronze jamais foram utilizados como dízimos nem mesmo em substituição aos produtos da terra e animais (Deut. 14:22-29; especialmente os versos 24 a 26). Além do mais, nesses versos o Messias não está sancionado a utilização dos dízimos por meio dos apóstolos; nem mesmo aprovando ou reprovando a devolução dos dízimos pelo fariseu. A outra passagem é: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, e tendes omitido o que há de mais importante na lei, a saber, a justiça, a misericórdia e a fé; estas coisas, porém, devíeis fazer, sem omitir aquelas”. – (Mat. 23:23 – AVR; confira também em Luc. 11:42). Nesse verso, o Messias não está mudando a Lei do Dízimo do Sistema Levítico, para o Seu Sacerdócio, que é Segundo a Ordem de Malki-Tsédec. Ele está, sim, enfatizando que os escribas e fariseus deveriam não apenas dá o dízimo levítico, conforme especificado na Lei; mas dá o dízimo que caberia aos pobres, órfãos e viúvas. Por que, isso sim, faz parte da justiça e da misericórdia, que o Messias estava referindo-se. Semelhantemente Ele havia dito ao jovem rico: “Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu”. Aqui também o Messias não está mudando a Lei. Primeiro porque Ele não acabou com o Sistema Levítico, nem com o Sacerdócio da Casa de Arão. Embora este apontasse para o ministério do Messias. Um segundo ponto a ser destacado, é que Ele ainda não havia morrido. Por isso não estava fazendo mudança alguma na Lei. Por menor que fosse. Portanto, aqui, o Messias está reconhecendo a validade dos dízimos do Sistema Levítico. Onde os levitas recebiam os dízimos e dizimavam também aos sacerdotes.
“E divulgava-se a palavra de Deus, de sorte que se multiplicava muito o número dos discípulos em Jerusalém e muitos sacerdotes obedeciam à fé”. – (Atos 6:7 – AVR). Em outro lugar Lucas escreveu: “Então, José cognominado pelos apóstolos de Barnabé (que quer dizer, filho de consolação), levita, natural de Chipre, possuindo um campo, vendeu-o, trouxe o preço e o depositou aos pés dos apóstolos”. – (Atos 4:36-37 – AVR). Percebemos que o Sacerdócio do Messias é superior a todos os sacerdócios e mesmo o da Casa de Arão, porque muitos sacerdotes passaram a obedecer a fé, aceitando o Messias como Senhor e salvador. Até mesmo um “levita”, como está escrito: “... possuindo um campo, vendeu-o, trouxe o preço e o depositou aos pés dos apóstolos. – (Atos 4:36-37 – AVR)”. No entanto, isso não quer dizer que os sacerdotes e levitas não poderiam anunciar o Evangelho do Reino no Templo.
TERCEIRA INSTRUÇÃO O apóstolo Paulo por três vezes escreveu à igreja de Corinto. E nas duas Cartas que temos, ele fala de uma maneira geral, diretamente, de ofertas, e uma vez, indiretamente dos dízimos do Sistema Levítico. Duas delas estão na primeira Carta, a terceira e a quarta, na segunda Carta que escreveu àquela igreja. Em 1Cor. 9:1-18; 16:1-3; e 2Cor. 8:1-15; 9:1-15. Ele também escrevendo aos Gálatas: 2:1-10 (especialmente o verso 10) e Gálatas 6:6, fez referências às ofertas.
“Assim ordenou também o Senhor aos que anunciam o evangelho, que vivam do evangelho. Mas eu de nenhuma destas coisas tenho usado. Nem escrevo isto para que assim se faça comigo; porque melhor me fora morrer, do que alguém fazer vã esta minha glória. Pois, se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, porque me é imposta esta obrigação; e ai de mim, se não anunciar o evangelho! Se, pois, o faço de vontade própria, tenho recompensa; mas, se não é de vontade própria, estou apenas incumbido de uma mordomia. Logo, qual é a minha recompensa? É que, pregando o evangelho, eu o faça gratuitamente, para não usar em absoluto do meu direito no evangelho”. – (1Cor. 9:14-18 – AVR). Embora o apóstolo pudesse ser mantido por meio da pregação do evangelho, ele abriu mão desse direito, em Éfeso e Corinto. E mesmo assim, com a exceção do Messias, pregou o evangelho do Reino, como nenhum outro jamais pregou. O apóstolo Paulo declarou: “Não sabeis vós que os que prestam serviços sagrados, do próprio templo se alimentam; e quem serve ao altar, do altar tira também o seu sustento?”. – (1Cor. 9:13 – ARA). Por esse verso, o apóstolo Paulo está ratificando o Sacerdócio tanto dos Levitas quanto da Casa de Arão. Porque aos levitas era licito alimentarem-se do Templo: “Aos filhos de Levi dei todas os dízimos em Israel por herança, pelo serviço que prestam, serviço da tenda da congregação”. – (Núm. 18:21 – ARA). “Farão o serviço que lhes é devido para contigo e para com a tenda; porém não se aproximarão dos utensílios do santuário, nem do altar, para que não morram, nem ele, nem vós. Ajuntar-se-ão a ti, e farão todo o serviço da tenda da congregação; o estranho, porém, não se chegará a vós outros”. “Eu, eis que tomei vossos irmãos, os levitas, do meio dos filhos de Israel; são dados a vós outros para o SENHOR para servir na tenda da congregação”. – (Num. 18:3-4 e 6 - ARA). No entanto, aos sacerdotes era licito alimentarem-se do altar: Vós, pois, fareis o serviço do altar; para que não haja outra vez ira contra os filhos de Israel”. “Mas tu e teus filhos contigo atendereis ao vosso sacerdócio em tudo concernente ao altar, e ao que estiver para dentro do véu, isto é o vosso serviço: eu vos tenho entregue o vosso sacerdócio por ofício como dádiva; porém o estranho que se aproximar morrerá”. (Num. 18:5 e 7 – ARA). Portanto, em 1Cor. 9:13, “Templo” e “Altar”, não é uma referência a Igreja; mas a Tribo de Levi, em função do ministério que prestavam no Templo, e aos sacerdotes pelo ministério que prestavam no Altar. No que diz respeito a 1Cor. 9:13 e 14, Ellen G. White escreveu: “Foi a este plano para sustento do ministério que Paulo se referiu quando disse “Assim ordenou também o Senhor aos que anunciam o evangelho, que vivam do evangelho”. – (WHITE, Ellen G. Atos dos Apóstolos. 6ª ed. 1990. p. 336.). Esta ordem do Senhor é encontrada na missão dada aos doze e depois aos setenta. Lá foi especificado o que é viver do evangelho. “... Porque digno é o trabalhador de seu alimento”. (Mat. 10:10 – ARA). “Permanecei na mesma casa, comendo e bebendo do que eles tiverem; porque digno é o trabalhador de seu salário”. (Luc. 10:7 – ARA).
“Quanto à coleta para os santos, fazei vós também como ordenei às igrejas da Galácia. No primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte, em casa, conforme a sua prosperidade, e vá juntando, para que se não façam coletas quando eu for. E, quando tiver chegado, enviarei, com cartas, para levarem as vossas dádivas a Jerusalém, aqueles que aprovardes. Se convier que eu também vá, eles irão comigo”. Por esses versos, entendemos claramente que o apóstolo Paulo está tratando de “coleta”. Que tipo de coleta é esta? Para quem está sendo feita a referida coleta? O apóstolo Paulo também chama a coleta de “dádiva”. O que é dádiva jamais poderá ser chamada de obrigação legal. Que tipo de coleta é esta? Para quem está sendo feita a referida coleta? De acordo com a Escritura Sagrada, esta oferta não pode ser considerada dízimo. O aposto diz que eles estavam coletando uma dádiva aos santos. (1Cor. 16:1). Em 2Cor. 8:4, ele fala da “assistência aos santos”. Em Rom. 16:25, ele fala de uma “coleta em benefício dos pobres dentre os santos que viviam em Jerusalém”. (ARA - Confira o Texto de Atos 11:27-30). No livro de Gálatas 2:10 está escrito: “Recomendando-nos tão somente que nos lembrássemos dos pobres, o que também me esforcei por fazer”. (ARA). Estas foram as recomendações de Tiago, Pedro e João ao apóstolo Paulo, a Barnabé e a Tito. Portanto, estas coletas apresentadas nestas várias citações, especialmente em 1Cor. 16:1-4, eram ofertas (dádivas) aos pobres e santos que existiam em Jerusalém. Muitas vezes, os doutores e pastores da IASD utilizam os escritos de Ellen G. White para dizer que o apóstolo Paulo, nas referidas citações, especialmente, em 1Cor. 16:1-4, estava referindo-se à coleta de dízimos. No entanto, os mesmos doutores e pastores rejeitam as afirmações positivas de Ellen G. White, no que diz respeito à adoração somente ao Pai e ao Filho. Rejeitam também os comentários que ela faz sobre a criação, onde ela descreve claramente que apenas o Pai e o Filho participaram da criação do ser humano, bem como de todas as Suas criaturas em todo o Universo.
No primeiro desses versos o apóstolo escreve: “Ora, quanto à assistência a favor dos santos, é desnecessário escrever-vos...”. – (ARA). Aqui, mais uma vez está evidente que a finalidade das ofertas é suprir a necessidade dos santos (pobres). Depois ele diz: “E isso afirmo: aquele que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia com fartura com abundância também ceifará. Cada um contribua segundo tiver proposto no seu coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quem dá com alegria”. –(versos 6-7 - ARA). Por esses dois versos, claramente está escrito que toda dádiva/oferta deve ser feita de coração e se possível planejada. “Não com tristeza”. Dando, mas querendo não dá. Não “por necessidade”. Dar uma oferta ao Criador, esperando com isso ser abençoado para que suas necessidades sejam supridas. Por último, temos o ponto central da mensagem do apóstolo Paulo neste capítulo: “... Distribuiu, deu aos pobres, a sua justiça permanece para sempre”. (verso 9 - ARA). O apóstolo conclui com os seguintes versos: “Porque o serviço desta assistência não só supre a necessidade dos santos, mas também redunda em muitas graças a Deus, visto como, na prova desta ministração, glorificam a Deus pela obediência da vossa confissão quanto ao evangelho de Cristo e pela liberalidade com que contribuís para eles e para todos, enquanto oram eles a vosso favor, com grande afeto, em virtude da superabundante graça de deus que há em vós. Graças a Deus pelo seu dom inefável!”. – (2Cor. 9:12-15 - ARA).
Mas aquele que está sendo instruído na palavra faça participante de todas as coisas boas aquele que o instruiu”. (Gal. 6:6 – ARA). “A minha defesa perante os que me interpelam é esta: não temos nós o direito de comer e beber?”. “Se nós vos semeamos as coisas espirituais, será muito recolhermos de vós bens materiais? Se outros participam desse direito sobre vós, não o temos nós em maior medida?”. (1 Cor. 9:3-4 e 11-12 – ARA). Por esses versos entendemos que neles também se fundamenta o direito de alguém querer viver do Evangelho. Aquele que prega o Evangelho – Ministério da Palavra e da Oração (Atos 6:4). Assim declarou o apóstolo Paulo: “Assim ordenou também o Senhor aos que pregam o evangelho que vivam do evangelho”. (1Cor. 9:14 – ARA). Portanto, não é errado alguém viver de recursos provenientes de dízimos e de ofertas, se assim uma comunidade determinar que deva ser. O que não se pode é confundir o Sistema Levítico de Dízimos, com o Sacerdócio de Malki-Tsédec e fundi-los no Sacerdócio do Messias.
Nenhuma pessoa está privada de ajudar no ministério da Igreja do Messias com os seus próprios bens. A Escritura Sagrada têm alguns exemplos bem claros, alguns já foram apresentados acima, conforme está escrito no livro de Atos. Agora, apresento outro abaixo: “Logo depois disso, andava Jesus de cidade em cidade, e de aldeia em aldeia, pregando e anunciando o evangelho do reino de Deus; e iam com ele os doze, bem como algumas mulheres que haviam sido curadas de espíritos malignos e de enfermidades: Maria, chamada Madalena, da qual tinham saído sete demônios. Joana, mulher de Cuza, procurador de Herodes, Susana, e muitas outras que os serviam com os seus bens”. – (Luc. 8:1-3 – AVR). Essas mulheres não foram obrigadas a ajudar. Sentiram-se compungidas a demonstrar gratidão ao Messias, por tudo o que Ele fez a elas. Os bens que elas deram, serviram como demonstração de gratidão ao Messias. Hoje, também todos nós podemos da mesma forma demonstrar gratidão semelhante a que elas demonstraram, menor ou maior; mas o importante é que demonstremos de todo coração. Os nossos bens servem e servirão tanto para manter o ministério da Igreja do Messias (não me refiro às instituições que possuem nomes [as tantas que existem por aí...]; o Messias não deu nome a Sua Igreja), como aos pobres, órfãos e viúvas (Tiago 1:27 e 2:14-17; Mat. 25:31-46); bem como aos nossos familiares (1Tim. 5:3-4).
Quando uma pessoa faz um voto a Yahweh ou ao Seu Amado Filho, deve cumpri-lo. A pessoa que faz um voto superior ao que geralmente dá como dízimo, ela não é obrigada a dar juntamente com o seu voto, o dizimo; mas se quiser pode fazê-lo. Alguém pode dar tudo a Yahweh e ao Messias como gratidão (É o caso que está relatado no livro de Atos) ou pode fazer um voto e dar apenas uma parte, seja ela pequena ou grande. Hoje também, todos nós estamos livres para fazer nossos votos, para que de alguma maneira venhamos a contribuir com o ministério da Igreja do Messias, “que Ele comprou com Seu próprio sangue”; bem como ajudar a suprir as necessidades dos pobres, órfãos e viúvas (Atos 2:42-47; 4:32-35 e 6:1-7).
CONCLUSÃO
Dízimos, dons e ofertas nos escritos de Ellen G. White: Em todos os seus escritos Ellen G. White focaliza claramente o dízimo do Sistema Levítico. Por outro lado, ela também menciona a existência dos dízimos, como existindo desde os dias de Adão. Por conseguinte, da forma que ela expõem o seu texto, fica claro que: dízimos, dons (dádivas) e ofertas (antes de ser implantado o Sistema de Dízimo Levítico – A Lei do Dízimo), eram a mesma coisa. Além do mais, tinham apenas um objetivo – era para “intuitos religiosos”. Não era para manutenção de nenhum ministério de pregadores da Justiça e/ou do Evangelho. Portanto, os “dons” dados “a Deus com intuitos religiosos”, eram para ajudar os pobres em geral (Leia Jó 24; 29; e 31). Dízimos e ofertas e dons no “Velho Testamento”: Ainda falando dos dízimos/dons/ofertas anteriores a Moisés, ela apresenta, o Texto Bíblico, onde Abraão dá a décima parte dos despojos, que lhe pertencia, pela vitória na guerra (como dízimo, segundo a Bíblia) a Malki-Tsédec, certamente, podemos entender que se tratava de uma oferta de gratidão a Yahweh por ter se saído vitorioso na batalha, bem como em retribuição a ajuda de Malki-Tsédec. Porque este trouxe pão e vinho para alimentar o exército de Abrão e dos aliados que com ele estavam. Após serem apresentados os dois parágrafos acima, apresentamos o Sistema Levítico de Dízimos, e “A Lei dos Dízimos”. No entanto, “o sistema definido” não existia antes do povo judeu ser libertado do cativeiro egípcio. Porque ele foi “dado a Moisés”, no Deserto. O Sistema de Dízimos como já vimos, foi instituído para os levitas (estes recebiam os dízimos) e para os sacerdotes (estes recebiam os dízimos dos dízimos e as ofertas, exceto àquelas que eram queimadas a Yahweh). Portanto, entendemos que: ou o Sistema de Dízimo Levítico é a própria Lei do Dízimo ou a Lei do Dízimo apenas foi incluída no referido Sistema.
A IASD, como já foi citado acima, utiliza-se dos escritos de Ellen G. White na forma de dois pesos e duas medidas. Onde melhor possa interessar-lhe. De uma maneira geral, para a IASD, especificamente para os seus líderes, o que realmente interessa para eles dos escritos de Ellen G. White, são: primeiro - apenas os escritos dela que defendem a “autoridade infalível da IASD” (semelhante a ICAR, e, principalmente, na pessoa do Papa), na pessoa de seus ministros e delegados reunidos em Assembléia Geral. Segundo: o direito de receber dízimos e ofertas, etc. e utilizar-se dessas doações, apenas para manter o luxo e os desmandos de alguns “ministros do evangelho”. Contudo, Ellen G. White apenas faz aplicação do Sistema de Dízimo Levítico, como tendo sido transferido para IASD; porém isso não é bíblico. Pois os dízimos (em Israel e dos filhos de Israel – que eram produtos agrícolas) foram dados aos levitas e sacerdotes como estatuto perpétuo. No entanto, quando os escritos dela claramente falam de criação, adoração e hierarquia, em conformidade com a Escritura Sagrada, apontando-nos quem são os verdadeiros Criadores do Universo, do nosso Planeta e do Homem, e sendo somente eles dignos de adoração, a IASD, pronuncia-se como o Dragão relatado no livro do Apocalipse. Portanto, é neste sentido que a IASD utiliza-se dos escritos de Ellen G. White, na forma de dois pesos e duas medidas.
Algumas pessoas tentam defender o dízimo levítico por meio da Carta aos Hebreus. Lá está escrito: “Considerai, pois como era grande esse a quem Abraão, o patriarca, pagou o dízimo tirado dos melhores despojos. Ora, os que dentre os filhos de Levi recebem o sacerdócio têm mandamento de recolher, de acordo com a lei, os dízimos do povo, ou seja, dos seus irmãos, embora tenham estes descendido de Abrão... E, por assim dizer, também Levi, que recebe dízimos, pagou-os na pessoa de Abrão. Porque aquele ainda não tinha sido gerado por seu pai, quando Melquisedeque saiu ao encontro deste”. – (Heb. 7:4-5 e 9-10 – ARA). Desses versos quero destacar apenas duas coisas: primeira – esse dízimo relatado por Paulo, faz parte apenas do contexto de Abraão e Malki-Tsédec. Ele não era contado como dízimo no Sistema de Dízimo Levítico (leia Números 31:19 a 54). Portanto, o apóstolo não pode está defendendo um dízimo que Yahweh determinou que não seria mais aceito como dízimo; contudo, o próprio Yahweh afirmou que os despojos agora seriam aceitos como ofertas (Lev. 31:48-54). E os despojos eram divididos entre todos: Yahweh, os sacerdotes, levitas, o exército e a congregação (Lev. 31:25-47). O outro ponto a ser destacado é este: “Ora, os que dentre os filhos de Levi recebem o sacerdócio têm mandamento de recolher, de acordo com a lei, os dízimos do povo, ou seja, dos seus irmãos, embora tenham estes descendido de Abrão...”. – (Heb. 7:5 – ARA). A expressão: “têm mandamento de recolher, de acordo com a lei, os dízimos do povo”, é bem explicita. Nela o apóstolo Paulo está afirmando positivamente no tempo presente, do modo indicativo. Por esse verso e de acordo com 1Cor. 9:13, os levitas e sacerdócios ainda, legalmente, recebiam os dízimos e ofertas do povo.
De acordo com o Sacerdócio do Messias, que é semelhante ao Sacerdócio Segundo a Ordem de Malki-Tsédec. Podemos encontrar nele alguns detalhes sobre o dízimo/despojo ou despojo/dízimo. O apóstolo Paulo também comenta: “Pois, quando há mudança de sacerdócio, necessariamente há também mudança de lei. Porque aquele de quem são ditas estas coisas pertence a outra tribo, da qual ninguém prestou serviço ao altar; pois é evidente que nosso Senhor procedeu de Judá, tribo à qual Moisés nunca atribuiu sacerdotes”. – (Heb. 7:12-14 – ARA). Considerando que no Sistema Levítico, os dízimos eram doados apenas de produtos agrícolas e de animais limpos e que as ofertas apresentadas eram: ouro, prata, bronze e de outros metais preciosos, além das moedas que valiam como dinheiro na época. No entanto, o Sacerdócio Segundo a Ordem de MALKI-TSÉDEC, semelhante aos doadores, anteriores ao patriarca Abraão, que devolviam de “tudo” a Yahweh: os dízimos/dons (doações) /ofertas como “intuitos religiosos”, hoje, no Seu Sacerdócio, o Messias, também recebe ofertas de “tudo” o que lhe for entregue de coração, sejam elas chamadas de dízimos ou dons (doações). Porque o Messias não pertence à Tribo de Levi e, portanto, não está preso ao Sistema de Dízimo Levítico e muito menos limitado ao Sacerdócio Segundo a Ordem de MALKI-TSÉDEC. Portanto, este é o motivo de não encontrarmos no “Novo Testamento” nenhuma ordem/autorização ou uma simples menção da mudança do Sistema do Dízimo Levítico para a Igreja, especialmente no que diz respeitos a quem deveria receber os dízimos: levitas e sacerdotes ou apóstolos, presbíteros e obreiros? Por isso, no que se relaciona à Igreja, sempre é feita menção de ofertas, tanto para o ministério quanto para ajudar alguns grupos mais necessitados.
Nos artigos anteriores, ficamos inteirados e bem informados que, no Sistema Levítico, somente os levitas recebem os dízimos; aos sacerdotes e sumo sacerdote cabe receber dos levitas os dízimos dos dízimos; e destes e de toda a congregação dos filhos de Israel, bem como dos filhos de outras nações, quase todas as ofertas que eram consagradas a Yahweh. Contudo, em épocas determinadas, tanto “os levitas”, como “os estrangeiros”, “os órfãos” e “as viúvas” eram convidados pelos grandes e pequenos latifundiários, para que participassem dos banquetes dentro de suas cidades (posses/casas). Além, desses, anualmente, durante as Festas designadas por Yahweh, aqueles, mais “os servos” e “as servas” deveriam ser lembrados também pelos senhores: grandes e pequenos latifundiários - agricultores/pecuaristas. Em um dos artigos escritos, também foi abordado sobre o que significa: “Casa do Tesouro”. Agora, acrescento que esta expressão é uma metonímia utilizada pelo profeta Malaquias. Metonímia: “Apresenta uma realidade por meio de um vocábulo ou expressão, referente a outra com a qual tem relação direta e de forma objetiva - por contigüidade (relação com aquilo que a rodeia)”. Exemplo: o conteúdo, a “Casa do Tesouro” pelo universo o “Templo”. Só que a Casa do Tesouro era apenas uma das câmaras existentes no Templo de Salomão e de Zorobabal. “Ainda no mesmo dia se nomearam homens para as câmaras dos tesouros, das ofertas, das primícias e dos dízimos, para ajuntarem nelas, das cidades, as porções designadas pela lei para os sacerdotes e para os levitas; pois Judá estava alegre, porque os sacerdotes e os levitas ministravam ali”. – (Neemias 12:44 – ARA). Aqui, por meio desse verso, percebemos que existiam várias câmaras e uma delas era a “dos tesouros” ou “Casa do Tesouro”. Quase todas as porções que eram conduzidas pelos levitas ao Templo, eram para os sacerdotes e o sumo sacerdote e as ofertas especiais que pertenciam exclusivamente a Yahweh. A expressão: “e para os levitas”, é apenas uma referência aos dízimos dos levitas que trabalhavam no Templo. Hoje, não estamos obrigados a dizimar, como os israelitas, aos levitas; pois estamos debaixo de outro Sistema. Do Sistema que nos liga ao Messias, cujo Sacerdócio e semelhante à Ordem de Malki-Tsédec. O dízimo dado por Abraão, na Escritura Sagrada, nos é apresentado como um caso esporádico; no entanto, ele nos abre uma janela ou porta no que diz respeito a quem dizimar e, não apenas onde dizimar. Por outro lado, também não podemos esquecer do grupo instituído oficialmente pelo Messias – os apóstolos. Eles eram os líderes da Igreja. E segundo o que está escrito no “Novo Testamento”, os fieis discípulos doavam/ofertavam/pactuavam/dizimavam os seus bens ou de seus bens. Mas voltando ao dízimo de Abraão. É sabido que a maioria dos defensores do dízimo (não do Sistema de Dízimo Levítico – onde consta a Lei do Dízimo como um Estatuto Perpétuo aos levitas e sacerdotes), dizem que ele não era parte da Lei Cerimonial porque ele, de acordo com o Texto Sagrado, tem sua fundamentação no ato de Abrão e no voto de seu neto Jacó. Diante disso, se este é um argumento que fundamenta a prática do dízimo para a Igreja nos dias de hoje. Pelo mesmo princípio que eles adotam, podemos defender a doação dos dízimos, ofertas e votos (pactos) a qualquer pessoa (sendo formada ou não em teologia) que esteja fazendo a Obra de Yahweh e de Seu Amado Filho, ou seja – pregando o Evangelho do Reino. Contudo, essas pessoas devem estar vivendo de acordo com os seguintes textos: Atos 6:3; 1Tim. 3:1-7; 5:17-18; 2Tim. 2:15; e Tito 1:5-9. Sabemos que Malki-Tsédec não faz parte da linhagem do Messias; no entanto, Abraão deu a ele o dízimo dos despojos de guerra, conforme os termos que falamos em outro artigo. Fundamentado em quê podemos dizer que qualquer pessoa, segundo os critérios apresentados nos Textos acima, poderá viver dos dízimos, ofertas e votos (pactos)? Certamente estamos fundamentados nos seguintes Textos da Escritura Sagrada: Mat. 10:10; Luc. 10:7; 1Cor. 9:3-4; 11-14; Gál. 6:6 e 1Tim. 5:17-18. Quanto à Igreja/congregação/comunidade, sabemos que os dízimos, ofertas e votos (pactos) eram levados livremente aos apóstolos (Atos 4:34-35) e às vezes recolhidos por eles 1Cor. 16:1-2 e Gál. 2:10. O objetivo principal era suprir a necessidade daqueles discípulos que realmente fossem necessitados; e não da liderança da Igreja/congregação/comunidade (Atos 2:44-46 e 4:34-35), em benefício de uns poucos como ocorre em nossos dias. Você pode dizimar/ofertar/pactuar ou fazer votos a Yahweh e entregar em uma comunidade; apenas deverá saber o que está sendo feito com o que foi entregue (2Reis 12:15). No entanto, sabemos que houve um grande período de crise na Judéia, por isso houve uma necessidade de se fazer coleta para enviar aos santos e/ou pobres em Jerusalém. (Rom. 15:25-27; 1Cor. 16:1-2; 2Cor. 9:1-15; e Gál. 2:10). O Texto de Rom. 15:26 é bem explicito: “... levantar uma coleta em benefício dos pobres dentre os santos que vivem em Jerusalém”. Portanto, não sou contra os dízimos, ofertas e votos (pactos); apenas não posso aceitar um sistema corrompido e corrupto como o que existe atualmente. Apenas como lembrança, em Deuteronômio tem um detalhe importante. Lá é dito que as pessoas que dizimavam, em algumas circunstâncias, poderiam vender os seus dízimos (produtos agrícolas e/ou da pecuária) e levá-lo em dinheiro a Jerusalém. No entanto, ao chegar lá, eles deveriam comprar os produtos agrícolas e/ou da pecuária para dizimá-los. Esta é a maior prova que temos que dinheiro não era utilizado como dízimo, embora o fosse como oferta. Isso, no Sistema Levítico de Dízimos. Porém, quando vamos ao Sacerdócio de Malki-Tsédec, percebemos, em função dos despojos de guerra, que de tudo se dizimava (naturalmente, dentro do que fosse limpo e lícito). Contudo, os dízimos dos despojos de guerra, como já estamos cientes, eles eram aceitos apenas como ofertas, no Sacerdócio da Casa de Arão; mas uma oferta que envolvia toda a nação de Israel e não apenas os levitas e sacerdotes. Por isso, entendemos que no “Novo Testamento” os dízimos são considerados como ofertas e as ofertas como dízimos. Sendo assim quem quiser dizimar ou ofertar está livre para fazê-lo, lembrando sempre que isto é com “Intuitos Religiosos”, e segundo os princípios estabelecidos: “Cada um oferecerá na proporção em que possa dar, segundo a bênção que o SENHOR seu Deus lhe houver abençoado”. “Cada um contribua segundo o que tiver proposto no coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quem dá com alegria”. – (Deut. 16:17; e 2Cor. 9:7 – ARA).
NOTA: Quando me propus a estudar sobre os dízimos e as ofertas, não tinha dúvidas quanto à validade dos mesmos; mas sim quanto ao seu recebimento e sua aplicação. Quem deveria receber dos dízimos e as ofertas? E onde deveriam ser utilizados? No entanto, não devemos esquecer que o Sistema Levítico de Dízimos é válido para Israel (Sacerdócio da Casa de Arão). E tanto para os gentios quanto aos israelitas, está em vigor o Sistema do Sacerdócio do Messias. – josielteli@hotmail.com Textos Anteriores desta série:
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