Nicotra (Defensores da Divindade) X José Carlos Ramos (Defensores da Trindade) Se a história e a bíblia tem algo a ensinar, que espírito caracteriza a obra de cada um destes grupos?
Prezado Editor, Gostaria de colocar algumas considerações sobre o assunto para, longe de tentar resolver a questão, pelo menos levar cada um de nós a pensar. Também não gostaria de fazer deste material algo de cunho pessoal, embora não saiba como fazê-lo sem envolver pessoas, uma vez que o próprio título perderia sua razão de ser se assim não fosse, e ainda porque o segundo autor, cita o nome do primeiro no seu último artigo sobre o tema. Tampouco irei fazer deste um apanhado de textos prós ou contra, visto que hoje, só neste site há material farto de ambos os lados para o pesquisador sincero encontrar por si mesmo o lado direito da questão. Vejamos as evidências dentro deste terreno, comparando-as com a forma como no passado se desenvolveram questões conflitantes, e como se comportaram cada um dos lados, visto que “...nada há de novo debaixo do sol...”. De princípio, temos que enquanto os defensores da Divindade, se desdobram buscando espaços aqui e ali, invariavelmente tirando recursos de seu próprio bolso para poder fazer com que sua compreensão do tema chegue aos interessados, temos por outro lado não apenas a revista adventista, mas, aliado a ela, os milhões e milhões de periódicos seculares e religiosos, católicos, evangélicos, “protestantes”, e etc, etc, etc., espalhados pelo mundo, endossando esta “verdade trinitariana”. Não obstante, tal qual a épica luta Davi x Golias, a gigante massa de veículos e seus bilhões de materiais endossando o lado trinitário não consegue calar as minúsculas dezenas (???) de materiais contrários a ela. Não será preciso muito, mesmo para o cristão superficial, pela fé, contemplar Um Líder e apenas doze homens, tirando de seus parcos recursos a sobrevivência, e destes recursos os valores que financiariam o envio de sua mensagem, mensagem aliás contrária à da grande massa, contrapondo-se a uma gigantesca estrutura que desde o comércio de cordeiros ao uso dos dízimos e ofertas, não menos que uma série de outras artimanhas como espoliação de tributos e mesmo ajuda financeira de Roma, propagava o contrário. O comparativo atual é simples. Assim, ponto para Nicotra e os que pensam como ele. Temos então que a Igreja Adventista e todo o seu “prelado”, salvo raríssimas e obtusas exceções, está, em companhia, neste tema, senão em outros, inquestionavelmente, marchando ao lado de Babilônia mãe e suas filhas no intuito de propagar esta “verdade”. Se a máxima “dize-me com quem anda e te direi quem és”, tem algum valor, e ainda, se creio que “andarão dois juntos se não estiverem de acordo?...” vale algo, então: Dois pontos para Nicotra e os que pensam como ele! O doutores da lei judaicos, embasados em sua suposta sabedoria adquirida na escola dos profetas, há muito corrompida, contrastavam seu cabedal de conhecimento, fruto de arrazoados e tradições adquiridas, suas vestes sacerdotais imponentes, sua posição de destaque na instituição “levantada por Deus”, seus doutorados, mestrados e outros muitos “ados”, com a simplicidade de Jesus, sua falta de conhecimento (segundo eles), das letras, sua origem humilde, sua posição na igreja e na sociedade, para determinar o lado da questão. Um leigo contra um doutor da lei? Tal cegueira os levava a dar resposta a esta pergunta, e um fim a qualquer tentativa de esclarecimento doutrinário ou profético por parte do povo, com um: “...creram Nele algum dos principais?... No entanto, o resultado bíblico de tal controvérsia, foi não só catastrófico para estes, como, elucidativo por demais, para que não caiamos no mesmo erro. Três pontos para Nicotra e os que pensam como ele. Os fariseus, tentavam, no princípio do ministério de Jesus, convencer o mesmo de que suas afirmações careciam de fundamento bíblico ou histórico, citavam por vezes os profetas antigos, alegando inclusive que Jesus tentava derrubar o que estes levantaram, mas, com o passar do tempo, na falta de textos escriturísticos claros em favor do que tentavam propagar, aliada a uma ginástica teológica e espiritualística, ia ficando cada vez mais evidente para eles e para o próprio povo, que o inimigo nada pode contra a verdade, senão pela própria verdade, e um novo ingrediente foi adicionado à sua estratégia. Falar mal do próprio Jesus. Fazer com que as pessoas acreditassem que era um pobre iludido, enganado pelo inimigo, e que, seu estudo pobre e superficial das escrituras, visto que não havia estudado com os doutores da lei, como eles o foram, o levava a tirar conclusões errôneas sobre Deus e as doutrinas estabelecidas. Deixe para os doutores da lei, para os doutores em Divindade, ou seja, para nós, os Fariseus, que entendemos do assunto, a tarefa de explicar ao povo. Afinal, não estudamos para isso? Algo parecido com o texto extraído do último artigo na revista adventista de autoria do doutor da lei, José Carlos Ramos:
Basta ler e comparar: Quatro pontos para Nicotra e os que pensam como ele. Ao longo dos anos, Satanás sempre trabalhou de forma a apresentar um sofisma, antes que o verdadeiro se apresentasse. Ao aproximar-se a prometida chuva serôdia, cria um estado de excitamento entre o povo nas igrejas em que pode, criando um falso derramamento, fortalecendo-os no engano. Vendo aproximar-se o reino do Senhor Jesus, quando, ...de um sábado a outro, toda carne virá adorar diante de Deus...cria um falso sábado, com o mesmo intuito de enganar o povo. Hoje, sabendo que os livros como o - Boas Novas - que o Senhor inspirou, através dos mensageiros Waggoner e Jones, começam a chegar aos membros, através de outros, que não a instituição que deveria estar fazendo esta obra, cria contrafações para enganar o povo, como sejam o livro hoje da casa – Boas Novas para Você -. Sabendo que a apostasia Omega está entrando em sua fase mais crítica, e sabendo que ela viria de dentro da Igreja, e através de seus líderes contaminaria os membros, chega ao absurdo de levar uma pessoa a escrever um livro sob o título – Contenda, o Caminho da Apostasia Omega – numa clara alusão ao Ministério 4 Anjos, situado nesta cidade, e que é constantemente citado no mesmo, como se este humilde ministério, tivesse em si a força de promover uma apostasia dentro da igreja, da magnitude e proporção avassaladora da apostasia Omega. Cria assim, uma falsa representação da apostasia Omega, no intuito de desviar o verdadeiro foco da mesma, a saber, a própria igreja adventista em sua base diretiva. Este mesmo inimigo, consciente de que breve, todos os joelhos se curvarão, em louvor ao Pai e ao Filho somente, intensifica sua guerra, através do engano da adoração trinitariana, demonstrando mais uma vez, a falácia de sua estratégia. Cinco pontos para Nicotra e os que pensam como ele. Na época dos mártires, o livre arbítrio, direito alienável bíblico e civil, tão valioso aos olhos de Deus, foi retirado do povo, e a liberdade de expressão e fé, era punida com perseguições e morte. Livros que não expressassem os dogmas da igreja eram tidos como satânicos e subversivos, sendo queimados, e nesta queima, incluída a própria bíblia. Imaginar o direito de defesa, escrito ou falado, era algo absolutamente fora de questão. É interessante notar no entanto, que os arautos da verdade, ainda que em intensa minoria, jamais negavam o direito de defesa ou mesmo o espaço requerido pelo livre arbítrio, para que o povo pudesse, através dos escritos ou de debates, comparar um e outro lado da questão. Este site, que também se posiciona ao lado dos que pensam como o Nicotra, neste assunto, é constante alvo de ataques por parte dos doutores da lei, exatamente por fazer valer do livre arbítrio uma realidade prática, visto que publica o pensamento dos contrários à verdade estabelecida pelo doutorado, mas ao mesmo tempo cede espaço para que se expressem ambos os lados. É incrível como Satanás e os seus, perde mesmo o domínio próprio e o bom senso, pois, não bastasse o ter em sua mão toda uma máquina professa cristã aliada em favor da Trindade, consegue mesmo através daqueles que deveriam ser os atalaias do povo, julgar-se no direito de tentar, por todos os meios, subjugar o único espaço onde os membros, prós e contra, podem se manifestar de forma a comparar um e outro lado da questão, livre de pressões a ataques diretos por parte dos manipuladores e “detentores da verdade”. Onde encontraremos na Revista Adventista ou num meio de comunicação a ela ligado, um espaço para que de forma simples e direta se possa colocar os dois ramos de pensamento lado a lado? Não nos enganemos. O texto bíblico que afirma: “Vocês não entram no reino, e não deixam os que querem entrar”, não encontra respaldo em nenhum daqueles que hoje advogam a Divindade, mas é claramente visto nos que defendem o Trinitarianismo. Este fato é tão claro que os expulsos são sempre os primeiros, e não os últimos. E mesmo isso, foi profetizado pelo Senhor Jesus. Mais um ponto para Nicotra e os que pensam como ele. Muitos outros comparativos poderiam ser aqui colocados, mas creio que os aqui apresentados são suficientes para que cada um medite nas evidências. Se por um lado o doutor em Divindade encerra seu artigo pedindo que Deus tenha misericórdia deles (os que crêem na Divindade), encerro este reiterando o pedido, apenas com um acréscimo. Deus tenha misericórdia do Nicotra e os que pensam como ele, e não menos que o tenha do José Carlos Ramos – que estudou no Unasp de 1959 a 1965 - e os que pensam como ele. -- Rogério Buzzi (um leigo como qualquer outro). Leia também: |
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