Há alguns meses, escrevi para esta site uma matéria com o título: Inquisição Adventista na Igreja Adventista de Pau da Lima em Salvador, onde relatava a perseguição que sofri por parte do pastor distrital, Pr. Serpa, que hoje está "jubilado".

O referido pastor à época, juntamente com o 1º ancião da igreja, Sr. Antônio Carlos, numa das salinhas de um dos departamentos da igreja, queriam que eu voltasse atrás nos meus pensamentos "satânicos", sob pena de, palavras do pastor: "Se você não se calar, vai sofrer as conseqüências".

Como imediatamente disse que não me calaria nem voltaria atrás naquilo que hoje acredito, imediatamente, o Pr. voltou-se para o ancião e disse que eu estava proibido de cantar, pregar, assumir cargo ou desenvolver qualquer parte na igreja. Isso já se arrasta por quase 6 meses.

Durante esse tempo, vários pastores da Associação Bahia, inclusive o novo pastor da igreja que ainda freqüento, por sinal um grande amigo, ex-companheiro de trabalho da Rádio Novo Tempo aqui de Salvador, onde trabalhei por 4 anos, Pr. Jorge Brito, estiveram em minha casa, tentando me demover desses pensamentos "heréticos" que, segundo eles, não estão em conformidade com a Palavra de Deus e que voltasse às igrejas onde eu havia pregado contra a Trindade e me retratasse dizendo que tudo o que havia dito, era engano da minha parte.

Durante todo esse tempo, numa tentativa de acalmar os ânimos em minha família, calei-me e afastei-me dos debates e dos estudos com os amigos. Mas estou proibido pela Associação Bahia, numa recomendação do seu presidente, Pr. Jair Góes, de pregar em qualquer Igreja Adventista do Sétimo Dia. A gota d'água foi um convite para pregar no próximo sábado, dia 13, feito por um ancião de uma das igrejas daqui, que certamente ainda não sabia da ordem, e que ontem, dia 09, ligou-me cancelando e dizendo que havia um documento que fora expedido para as igrejas comunicando o fato.

Não posso mais me calar, já que eles declararam guerra, vamos à batalha. Por favor, orem por mim, pois sinto que falta muito pouco para que eu seja excluído da Igreja. Que seja, só não quero ser excluído do Livro da Vida. Um abraço a todos do site.

Sebastião Nascimento

Gostaria de dizer algo ao irmão. Desde que comecei a questionar algumas práticas da IASD com relação ao emprego do dízimo e posteriormente com a questão da Trindade, tenho percebido que algumas pessoas demoram mais que outras para assimilar estes temas. No início rejeitam, mas aos poucos, dependendo de como o assunto é apresentado, acabam aceitando.

O irmão, pelo visto, assimilou muito rapidamente. Mas não deve acreditar que todos assimilarão com a mesma facilidade. Às vezes o melhor a se fazer é ir devagar, colocando os argumentos aos poucos, sempre num clima de amizade para tentar ganhar as pessoas.

É lógico que o irmão não vai conseguir convencer o pastor, porque se ele for convencido perderá o emprego. Eu me refiro à sua abordagem com sua família e amigos. Vá devagar. Peça a Deus que lhe conceda o Seu Espírito no momento de apresentar estas questões a outros.

Peço a Deus que esteja ao seu lado lhe dando coragem e cautela, simplicidade e prudência.

Um forte abraço!

Ricardo Nicotra

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