João Paulo II Pede Perdão pelos Pecados dos Fiéis mas Desculpa a Igreja

Papa repudiou a "violência em nome da fé"  

CIDADE DO VATICANO (Reuters) -- Em uma das mais expressivas atitudes de seu papado, João Paulo II pediu perdão, neste domingo, pelos muitos pecados cometidos no passado pela Igreja Católica, inclusive em relação a fiéis de outras religiões.

"Nós perdoamos e pedimos perdão", declarou o papa durante a homilia de uma cerimônia inédita realizada na Basílica de São Pedro.

"Pedimos perdão pelas divisões entre os cristãos, pelo uso da violência que alguns cristãos empregaram em nome da fé e pelo comportamento de desconfiança e hostilidade algumas vezes adotado em relação a seguidores de outras religiões", acrescentou. A frase "violência em nome da fé" foi uma referência freqüentemente usada para o tratamento dispensado aos hereges durante a Santa Inquisição, as Cruzadas e a conversão forçada ao catolicismo.

"Pelo papel que cada um de nós teve, contribuindo para a distorção da face da Igreja, nós humildemente pedimos perdão", disse o papa. Em um outro momento da missa, que marcou o "Dia do Perdão" no Ano Santo dos católicos -- os 2000 anos do nascimento de Cristo --, João Paulo II e seus principais assessores pediram perdão por pecados específicos contra judeus, mulheres, outros cristãos e grupos étnicos.

Por várias vezes, o papa afirmou que os católicos deveriam ver o início do milênio como uma chance ideal para procurar o perdão pelos pecados do passado, inclusive aqueles da igreja como uma comunidade.

João Paulo II classificou essa iniciativa como uma "purificação da memória", necessária para que a igreja avance. O papa disse, ainda, que os cristãos estão preparados para perdoar o próximo por abusos sofridos ao longo dos séculos.

Esta foi a primeira vez na história da Igreja Católica que um de seus líderes fez um reconhecimento tão veemente dos pecados cometidos em nome da fé.

O pedido de perdão, porém, abrangeu não apenas os pecados ocorridos na Idade Média, mas também na história mais recente. Ainda que veladamente, João Paulo II admitiu a omissão da Igreja durante o Holocausto.

O papa, porém, não se referiu à igreja como a perpetradora dos pecados, mas sim seus fiéis, que agiam em nome da fé.

Fonte: http://www.cnnbrasil.com/2000/mundo/europa/03/12/papa5.reut/index.html 


Para nós, Adventistas do Sétimo Dia, esse e outros acontecimentos, que indicam a proximidade do fim da história humana, estão previstos há mais de um século no livro O Grande Conflito, de Ellen G. White. Se ainda não teve a oportunidade de ler essa obra, clique aqui para fazer o download de uma cópia em documento do Word 6.0, em formato *.zip, autodescompactável.


Para entrar em contato conosco, utilize este e-mail: adventistas@adventistas.com